Os cientistas acreditavam que o carbono começou a se formar em grandes quantidades 1 bilhão de anos depois do Big Bang, mas o telescópio espacial James Webb permitiu estudar uma das galáxias mais distantes já observadas e descobrir que o elemento não só surgiu bem antes como pode ser o mais antigo do Universo.
O telescópio Hubble proporcionou um formidável salto no conhecimento, mas o LUVOIR (virtual sucessor do Webb) é dezenas de vezes mais potente e capaz de "enxergar" em ultravioleta (além do infravermelho), o que lhe permite identificar sinais de vida nos exoplanetas — não homenzinhos verdes com olhos gigantes e pontas dos dedos brilhantes, mas um elo entre a vida como a conhecemos e a parte química que corresponde a sua "composição fundamental".
O telescópio Hubble proporcionou um formidável salto no conhecimento, mas o LUVOIR (virtual sucessor do Webb) é dezenas de vezes mais potente e capaz de "enxergar" em ultravioleta (além do infravermelho), o que lhe permite identificar sinais de vida nos exoplanetas — não homenzinhos verdes com olhos gigantes e pontas dos dedos brilhantes, mas um elo entre a vida como a conhecemos e a parte química que corresponde a sua "composição fundamental".
Apesar da diversidade do nosso sistema solar, vulcões, oceanos e planícies existentes nos demais planetas são compostos pelos mesmos materiais que formaram o nosso, onde a combinação de elementos inertes deu origem a bactérias, protozoários e organismos mais complexos, que, mais adiante, evoluíram para as plantas e os animais que povoaram a Terra.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
Por volta do século III a.C., Aristóteles descobriu que a Terra é redonda e Eratóstenes calculou a circunferência do globo a partir da diferença das sombras em duas cidades próximas. Não consta que o formato do planeta tenha mudado desde então, mas 2% dos norte-americanos se dizem terraplanistas e 5% têm dúvidas sobre a esfericidade da Terra, a despeito das milhares de fotos tiradas do espaço e até da Lua.
Se a Terra fosse tão chata quanto esses muares, os sistemas de navegação por satélite (GPS) não calculariam as posições com precisão, não faria sentido usar fusos horários (já que o dia e a noite só existem porque vivemos num globo que gira em torno do próprio eixo), as rotas mais curtas para os voos internacionais seriam em linha reta (não em círculo máximo), e os belo-horizontinos avistariam as luzes da capital baiana tão facilmente quanto enxergam as estrelas no céu.
Observação: Como bem observou o escritor português José Saramago (laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1998), o pior tipo de cegueira é a mental.
Em pleno século XXI, milhões de desaculturados exóticos questionam do heliocentrismo à força da gravidade, põem em dúvida a existência do espaço sideral e dão ouvidos a teorias conspiratórias sobre a alunissagem da Apollo 11, o assassinato de John F. Kennedy, o 11 de Setembro e a Área 51, entre outras. Fanáticos religiosos pegam em lanças contra ateus, agnósticos e evolucionistas, afirmam que Deus criou o mundo em 6 dias (contados a partir das 9h00 de 23 de outubro de 4004 a.C.) e que as plantas, os animais e os seres continuam exatamente como eram no dia da criação.
Outros tantos abilolados sustentam que Elvis Presley não morreu; que Michel Jackson forjou a própria morte e assumiu a identidade de La Toya; que Paul McCartney foi assassinado e substituído por um sósia; que certo ex-presidiário "descondenado" é a "alma viva mais honesta da galáxia"; que certo ex-presidente golpista é um grande filho da Pátria; que reptilianos dominam o mundo; que vacinas têm microchips; que o 5G causa Covid, e por aí afora.
É fato que todos têm direito às opiniões opiniões, mas fato é que ninguém tem direito aos próprios fatos, e que contra fatos não há argumentos.
Continua...