segunda-feira, 26 de agosto de 2024

DE VOLTA AO MICROSOFT EDGE

O SEGREDO É AMAR O PRÓXIMO, ATÉ PORQUE O ANTERIOR NÃO MERECIA.


ArpaNet foi criada pelo Defense Advanced Research Projects Agency, no início dos anos 1960, visando descentralizar o armazenamento de informações vitais para o governo dos EUA. Ela passou a se chamar Internet em 1982, quando o conjunto de protocolos TCP/IP foi adotado como padrão, mas continuou sendo usada quase que exclusivamente por entidades governamentais e universidades até 1989, quando então a National Science Foundation liberou o acesso para fins comerciais. 
 
Os primeiros navegadores para Unix surgiram em 1991, mas o Netscape Navigator foi o pioneiro na exibição de textos e imagens em websites 
— e o responsável pelo uso de "navegar" como sinônimo de "folhear" (as páginas da Web). Em 1995, a Microsoft desenvolveu o Internet Explorer a partir do código do Spyglass Mosaic e, ao disponibilizá-lo gratuitamente para os usuários do Win95 Plus!, pavimentou o caminho para o que ficou conhecido como Primeira Guerra dos Browsers.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Acusado pela Folha de usar o TSE "fora do rito" para investigar bolsonaristas, Alexandre de Moraes afirmou que, enquanto presidente da corte eleitoral e ministro do STF, "seria esquizofrênico se auto oficiar", que todas as solicitações foram documentadas e que os alvos dos relatórios já eram investigados.
O "material explosivo" que embasou a reportagem são áudios e mensagens trocadas entre o juiz instrutor Airton Vieira, principal assessor de Moraes no STF, e o perito criminal Eduardo Tagliaferro, que à época chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE — Morares suspeita que o vazamento partiu de seu Tagliaferro, como vingança por sua demissão da AEED.
O Supremo em peso saiu em defesa de Moraes e o CNJ rejeitou um pedido de investigação apresentado pelo partido Novo contra os dois juízes auxiliares que produziram relatórios para embasar decisões do magistrado. Já os bolsonaristas pedem o impeachment do "algoz" de seu mito e a anulação dos processos contra extremistas investigados no inquérito das fake news.
Diferentemente do que ocorre na Justiça comum e na seara criminal, a Justiça eleitoral pode agir de ofício. As ações de de Moraes que a Folha põe em xeque estão escorado na Lei 9.504, que confere ao TSE o poder de polícia para fazer requisições que embasem investigações. Quando os fatos trazidos a lume pelo jornal aconteceram, Moraes acumulava as funções de presidente do TSE e relator do inquérito das fake news no STF, e tinha poder de polícia para requisitar informações e encaminhar indícios de ilícitos à seara criminal — no caso, o próprio STF. Dito isso, o magistrado apenas se valeu de suas prerrogativas legais, nada havendo de anormal ou reprovável em sua conduta.
Einstein ensinou que a única verdade absoluta no universo é a velocidade da luz, e que para isso é preciso que o espaço e o tempo sejam relativos. Não há como esperar equilíbrio e neutralidade num país tão polarizado, nem do povo, nem da mídia, nem dos membros dos poderes Legislativo e Judiciário. Para os críticos de Moraes, os fatos descritos pela Folha provam e comprovam que o ministro compartilhou de forma indevida informações entre os tribunais, porém a mim me parece que a reportagem trouxe à luz um problema muito maior, que são as distorções no desenho institucional das altas cortes. Mas isso é outra conversa e fica para um próxima vez.

O IE destronou Navigator em 1997 e reinou até meados de 2012, quando foi superado pelo Google Chrome — que continua sendo o queridinho dos internautas, com 65,4% de participação no mercado, contra 18,4% do Apple Safari (que não roda no Windows), 5,2% do Edge e 2,7% do Firefox. 

Esperando repetir em 2015 o sucesso obtido com o IE em 1995, a Microsoft integrou o Edge ao Windows 10, mas a falta compatibilidade (inclusive com as versões mais antigas do próprio Windows), a carências de extensões (o número reduzido de usuários não animava os desenvolvedores parceiros a criá-las), a demora nas atualizações (vinculadas ao Windows Update) e as indesejáveis semelhanças com o vetusto IE levaram os internautas a optar pelo Chrome

Observação: Como eu publiquei uma sequência sobre navegadores entre 6 de maio e 16 de junho de 2020 e a complementei nesta postagem, não vou encompridar (ainda) mais esta (não tão breve) introdução. Lembro apenas que, para homenagear o icônico IE, o engenheiro de software sul-coreano Jung Ki-Young criou a imagem de uma lápide com o logotipo navegador e o epitáfio "Ele era uma boa ferramenta para baixar outros navegadores". 

O fiasco do Edge forçou a Microsoft a criar uma nova versão baseada no Projeto Chromium, que tornou o software multiplataforma (compatível inclusive com o Android e o iOS) e ampliou enormemente seu leque de extensões. O Edge Chromium evoluiu sobremaneira nos últimos 4 anos, mas muitos de seus recursos passam despercebidos pelos usuários de primeira viagem, como veremos a seguir.

O Edge é capaz de transformar webpages em aplicativos. Para isso, basta acessar o site desejado, clicar nos três pontinhos no canto superior direito da janela do navegador, selecionar Apps, clicar em Instalar este site como um aplicativo", personalizar o nome no pop-up e concluir clicando em Instalar. O ícone é salvo na barra de tarefas e no menu Iniciar. Quando o usuário clica nesse ícone, a página se abre numa janela separada, como se fosse um programa independente, e as barras de endereço e de favoritos desaparecem, deixando mais espaço para o conteúdo. 
 
O browser conta também com uma ferramenta que monitora as senhas salvas e alerta o usuário caso alguma delas tenha sido exposta em vazamentos de dados online. Para habilitar esse recurso, faça o login com sua conta Microsoft, clique nos três pontinhos, depois em Configurações > Perfis > Senhas, novamente em Configurações e, na seção Senha, ative a opção Verificar se há senhas vazadas. A verificação é feita no momento da ativação, mas é possível fazer novas checagens a qualquer momento, bastando para isso selecionar a opção Verificação de segurança de senha.
 
As Coleções funcionam como um caderno digital. Além de salvar links, imagens e trechos de texto, é possível centralizar as abas abertas num só lugar, adicionar notas, reorganizar os cartões e exportar tudo para o Word ou para o Excel. Para usar o recurso, clique no ícone com dois quadrados e um sinal de + (no canto superior direito da janela do Edge) e adicione os itens desejados à coleção (que você pode acessar mais rapidamente pelo atalho Ctrl+Shift+Y, no Windows, ou Command+Shift+Y, no Mac).
 
Para tirar print da tela inteira, abra a página desejada, clique nos três pontinhos, selecione Captura de Tela e clique em Capturar a página inteira (use os atalhos Ctrl+Shift+S no Windows ou Command+Shift+S no Mac para acessar essa função mais rapidamente). Uma prévia da imagem será exibida numa nova janela, onde poderá ser editada. Ao final, basta clicar no ícone do disquete para o arquivo ser salvo no formato .JPG.
 
Kit de Ferramentas de Aprendizagem do Edge inclui a leitura em voz alta (você pode ajustar o ritmo das palavras e escolher entre diferentes vozes e sotaques) e o leitor imersivo (você pode mudar o tamanho da fonte, o espaçamento entre linhas e o tema da página, destacar linhas específicas e até traduzir páginas inteiras para diferentes idiomas). A função Localizar na página foi aprimorada com inteligência artificial para oferecer sinônimos e correspondências, facilitando a localização das informações mesmo quando você comente pequenos erros de digitação.
 
Para explorar essas e outras funcionalidades, clique no ícone do livro aberto, à direita da barra de pesquisa. Se você não o encontrar, clique nos três pontinhos e selecione Mais ferramentas > Kit de Ferramentas de Aprendizagem.

Boa navegação.