sexta-feira, 1 de novembro de 2024

CONTOS DA CAROCHINHA

O IMPOSSÍVEL SÓ EXISTE ATÉ QUE ALGUÉM DUVIDE E PROVE O CONTRÁRIO


Quando se trata de Histórias da Carochinha, poucas superam o Gênesis. Segundo a peça basilar das religiões abraâmicas, Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, depois de ter criado o homem à sua imagem e semelhança (!?). 


A julgar pelo que temos hoje, teria sido melhor se o Criador tivesse encerrado a obra no quinto dia.

Ainda segundo o texto bíblico, todos falavam a mesma língua no mundo pós-diluviano até os babilônios construirem a famosa Torre de Babel, quando então Deus disse: "Eles formam um só povo e falam uma única língua; o que começaram a construir não lhes será impossível. Venham, vamos confundir a língua deles para que não se entendam mais."

Hoje, sabemos que o Universo surgiu há cerca de 13,8 bilhões de anos, que a Terra tem 4,5 bilhões, que nossos ancestrais começaram a desenvolver uma linguagem verbal há centenas de milhares de anos, e que as primeiras formas de escrita surgiram por volta de 4000 a.C.

CONTINUA APÓS A VERGONHA NACIONAL

 

Passou o santo, passou a festa. Findas as eleições, o interesse dos políticos pelas agruras da população, tão falso quanto eles próprios, deu lugar àquilo que realmente lhes interessa: a disputa pela presidência na Câmara e no Senado, a anistia do 8 de janeiro e a volta do pagamento das emendas Pix. 
Bolsonaro, que amargou nas urnas a derrota de seu extremismo, já fala abertamente em incluir no projeto da anistia um artigo anulando a sua inelegibilidade. A Câmara lhe ofereceu a sobrevida do projeto de anistia em troca do apoio do PL ao deputado Hugo Motta, candidato ao trono ora ocupado por Arthur Lira, e Davi Alcolumbre, provável substituto de Rodrigo Pacheco, é a favor de tudo e contra qualquer outra coisa, desde que não atrapalhem o seu retorno à presidência do Senado. E todos se unem em torno de uma abjeta articulação que visa reabrir o cofre das espúrias emenda Pix, barradas por uma liminar do ministro Flávio Dino. 
Nossos valorosos congressistas não levam o país nem para a esquerda, nem para a direita. Empurram-no para o fundo do poço.

Das mais de 7 mil línguas faladas atualmente nos 195 países reconhecidos pela ONU, 23 cobrem mais da metade da população mundial. O português é o idioma oficial de 9 países e conta com cerca de 260 milhões de falantes (213 milhões só no Brasil). 

Em um país com 5.570 municípios espalhados por 8,5 milhões de quilômetros quadrados, não é surpresa que um gaúcho da fronteira não compreenda um cearense, por exemplo. E vice-versa. Mas a pergunta é: será que outros animais também se comunicam entre si?

Estudos indicam que cães compreendem nossa linguagem como os bebês. Com treinamento adequado, esses animais podem aprender até mil palavras, embora não seja capaz de "conversar" com seus pares. Os elefantes são conhecidos por sua memória extraordinária, que permite lembrar de cheiros, vozes e lugares especiais. Já os c
himpanzés, gorilas e orangotangos se comunicam (inclusive com os humanos) através de gestos e sinais, e os cachalotes, mediante sons que formam "fonemas".

Donos do segundo maior cérebro em relação ao corpo, os golfinhos possuem uma inteligência próxima à humana e uma habilidade de comunicação altamente desenvolvida. É comum vê-los brincando de “vôlei” subaquático e, em alguns casos, ensinando os filhotes a usar ferramentas. Alguns pesquisadores sugerem que eles sejam como espécie "alienígena" vivendo entre nós, mas num mundo tão diferente que compreendê-los seria como conversar com um ET.

Orcas, conhecidas erroneamente como "baleias assassinas" (na verdade, são golfinhos), vivem em grupos que compartilham "dialetos". Cientistas já ensinaram uma orca a dizer "hello" e "good-bye", e vêm tentando segmentar os sons de outros golfinhos em “sílabas”. Sabe-se que esses mamíferos usam assobios e cliques tanto para se relacionar entre si quanto para captar o ambiente por ecolocalização.

Não se sabe ao certo se as plantas interagem diretamente conosco, mas biólogos observaram que algumas espécies emitem uma névoa de compostos químicos para alertar outras plantas da presença de predadores como insetos herbívoros. Esse mecanismo já era conhecido desde os anos 1980, mas foi só recentemente que pesquisadores japoneses conseguiram capturar imagens em tempo real dessa “comunicação”.

Sempre que achamos que já vimos tudo, a natureza vem e nos surpreende com algo novo.