O fim do suporte ao Windows 10 obrigará milhões de usuários a escolher entre continuar usando um sistema inseguro, forçar o upgrade numa máquina que não atende às exigências do Win11, comprar um computador novo, ou migrar para o Linux.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
O sucesso tem muitos pais, mas o fracasso é órfão. O desempenho medíocre do PT nas eleições municipais e a vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca comprovam essa máxima. De celebrada por encarnar esperança e renovação, Kamala Harris passou a culpada pela estagnação do discurso em tempo já ultrapassado pelas demandas do eleitorado.
A esquerda brasileira olha para o resultado das urnas como se o problema não remontasse ao primeiro governo Dilma. Num comício da campanha de Haddad à Presidência, o rapper Mano Brown apontou o afastamento do PT da "multidão que precisa ser conquistada" e levou uma tremenda vaia. O abismo estava logo ali, mas o autoengano prevaleceu — e cresceu quatro anos depois, com a volta do ex-presidiário descondenado ao Planalto.
Lula e seus sectários não praticam autocrítica. Segundo eles, fazê-lo equivaleria a baixar a guarda e abrir passagem para os adversários. Mas retificar condutas não significa capitular. Ao contrário. É, no dizer do samba de Paulo Vanzolini, reconhecer a queda, não desanimar, sacudir a poeira e preparar a volta por cima.
Irritado com ponderações sobre os erros da esquerda, o deputado Ivan Valente, ex-petista atualmente no PSOL, pontificou: "Isso é conversa de intelectual que nunca foi para porta de fábrica entregar panfleto". Alguém deveria lembrar ao nobre parlamentar que o conceito de "porta de fábrica" deixou de existir quando o panfleto passou a ser digital.
A Microsoft decidiu oferecer mais um ano de atualizações de segurança a quem se dispuser a desembolsar US$ 30 (lembrando que novos recursos, correções de bugs e suporte técnico não fazem parte do pacote).
A decisão não foi tomada por solidariedade às "viúvas do Ten", mas porque elas representam mais de 60% dos usuários do Windows.
Aceitar a "gentil oferta" é uma medida paliativa, que serve apenas para emburrar o problema com a barriga até outubro de 2026. Mas por que resolver hoje um problema que pode ficar para amanhã?