terça-feira, 31 de dezembro de 2024

MAIS UM ANO QUE SE VAI...



Final de ano sem retrospectivas e resoluções é como ceia de Natal sem panetone e champanhe.
 
Com o dólar nas alturas, só deu pra comprar panetone marca barbante e espumante nacional.

Retrospectivas em anos aziagos são como sal na ferida, e relembrar que pulamos da frigideira de um populista golpista para o fogo de um populista demagogo é treinar para masoquista. 

E resolução de ano é como promessa de político: zero chance de ser cumprida.

Reza a mitologia grega que Pandora foi criada por Hefesto e Palas Atena a mando de Zeus, e recebeu um dom de cada divindade do Olimpo.
 
Do deus dos deuses, a moça ganhou caixa que jamais deveria abrir, mas... ao criar a mulher, Deus criou a curiosidade.
 
A curiosidade levou Pandora a levantar a tampa para espiar o que havia dentro da caixa, mas, ao fazê-lo, ela libertou todos os males que recaíram sobre a humanidade — e, à luz da história recente, muitos deles assentaram praça em Pindorama.
 
Por ter ficado presa no fundo da caixa, a esperança ganhou o título de "a última que morre". 

Mas diz um ditado que boas intenções pavimentam o caminho do inferno, e Dante, em "A Divina Comédia:, que a inscrição "Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate" decora o Portal do Averno.

Então: hope for the best, but prepare for the worst

Desejo a todos boas entradas, ótimas saídas e menos caos entre uma coisa e outra.