quarta-feira, 30 de julho de 2025

BATERIAS E MAIS BATERIAS

QUEM NÃO CRESCE APODRECE.


Ao contrário de trens, trólebus e bondes, que percorrem trajetos fixos, os carros elétricos são alimentados por baterias recarregáveis, que determinam o período de tempo durante o qual eles podem rodar sem precisar de recarga.


Guardadas as devidas proporções, isso se aplica também a notebooks, smartphones e tablets, já que suas autonomias dependem, dentre outros fatores, da capacidade da bateria — expressa em miliampere-hora (mAh) — e do consumo energético, que varia conforme as condições de uso e o perfil do usuário.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Enquanto o Brasil acompanha apreensivo a contagem regressiva para a entrada em vigor do tarifaço de 50% imposto por Trump, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro leva aos lábios o trombone para anunciar que está trabalhando em prol do fracasso das negociações com a Casa Branca. Segundo o imprestável, qualquer revisão nas tarifas está vinculada ao fim do processo por tentativa de golpe contra seu igualmente imprestável pai.

A comissão de parlamentares que foi aos EUA ainda não conseguiu se reunir com nenhuma autoridade americana, e reconhece que a situação está cada vez mais complicada, tanto pelo prazo exíguo quanto pelo fato de nosso país estar isolado. O vice-presidente Geraldo Alckmin — também conhecido por "picolé de chuchu" — disse que o governo está dialogando pelos canais oficiais e também reservadamente com autoridades americanas. 

Lula, por sua vez, disse esperar que Trump reflita sobre a importância do Brasil, e que está disposto a se sentar à mesa de negociação com o despirocado da peruca laranja. Falando nisso, o Brasil é hoje o maior exportador de suco de laranja para os EUA.

Ah, antes que eu me esqueça: prenderam a Carla Zambelli.


Observação: Um mAh corresponde a 3,6 coulombs, ou seja, a carga elétrica transferida por uma corrente constante de um milésimo de ampère durante uma hora. Já a potência da bateria é expressa em watts (W), equivalentes a joules por segundo (J/s). Se uma bateria opera a 12V e fornece 2A, sua potência instantânea é de 24W (ou 24 J/s).


Apesar dos avanços recentes, as baterias ainda não acompanharam o ritmo das exigências dos smartphones. Modelos com 5.000 ou 6.000 mAh prometem mais de 30 horas longe da tomada, mas heavy users podem ficar na mão antes do final do dia. Assim, ou o usuário adota uma configuração mais “espartana”, ou carrega um carregador sobressalente no bolso — ou ainda um modelo veicular no carro.

Novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para espaçar as recargas e reduzir o tempo necessário para elas. Os chineses criaram uma mini bateria nuclear capaz de durar mais de 7.000 anos, e os dinamarqueses, uma superbateria "movida a sal", com eficiência de 90%, capaz de abastecer 100 mil casas por 10 horas. 


Ainda não se sabe quando — nem se — essas soluções chegarão ao mercado, mas a Honor já oferece celulares com baterias de silício-carbono, que prometem até três dias de autonomia e mantêm a capacidade máxima de carga mesmo após três anos de uso.


Realme já lançou modelos com 10.000 mAh, que tornam os 5.000 mAh da concorrência quase obsoletos, e o OnePlus 13T vai além: é capaz de operar sem bateria quando conectado diretamente à rede elétrica. Apostar nessas tecnologias não sai barato, mas insistir em lançar aparelhos com 5.000 mAh é flertar com o passado.


Enquanto isso, a Hyme Energy está desenvolvendo o que promete ser o maior sistema de armazenamento de energia térmica industrial do mundo: um espaço de 200 MWh em Holstebro, na Dinamarca, voltado para a indústria alimentícia do país.

Quem viver verá.