terça-feira, 15 de julho de 2025

SMARTPHONE — DESEMPENHO E AUTONOMIA DA BATERIA

PODERÍAMOS SER MELHORES SE NÃO QUISÉSSEMOS SER TÃO BONS.

O computador não faz o que o usuário quer, mas sim o que ele manda, e seu componente mais problemático é aquela pecinha que fica entre a cadeira e o monitor. Os smartphones são mais fáceis de usar que os desktops e notebooks, mas isso não significa que sejam 100% idiot-proof  e que a maioria dos problemas que os acomete não seja causada pelo usuário.

 

Dispositivos computacionais utilizam memórias voláteis e, portanto, precisam de um refresh para prevenir (ou resolver) problemas de lentidão ou travamento. O smartphone não foge à regra, embora possa permanecer ligado por mais tempo que seus irmãos maiores. No entanto, recarregar a bateria com o aparelho desligado não só reduz o tempo de recarga como desobriga o usuário de reiniciar o aparelho a cada dois ou três dias para esgotar totalmente as reservas de energia e esvaziar as memórias voláteis.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

A briga entre os Poderes se tornou uma luta insana, mas o que mais impressiona é a incapacidade das partes de avançar rumo a um consenso estratégico, com foco não nas eleições do ano que vem, e sim no interesses maiores do país. 
Para piorar, caiu no colo do STF a função de conciliar e criar consenso, embora a corte não tenha sido criada para funcionar como "poder moderador". Como diz o ditado, em casa onde falta o pão, todos brigam e ninguém tem razão. 
No caso do Brasil, a falta é de foco nos interesses nacionais, e se deve, em grande medida, à falta de lideranças — não só, mas principalmente na política.
Não é surpresa que um presidente impopular — que, desde a posse, se dedicou a arrecadar para atender à expansão dos gastos que se recusa a cortar — vista a fantasia de justiça tributária. No entanto, além de não resolver nossos problemas, a briga pelo poder sem foco leva à perda de oportunidades abertas pela bagunça geopolítica no âmbito internacional.

O que era um símbolo de status nos anos 1990 tornou-se um artigo de primeira necessidade, e a dependência do celular é tamanha, atualmente, que o termo nomofobia foi cunhado para definir a ansiedade patológica que acomete algumas pessoas quando elas são privadas de usar seus dispositivos (segundo a Forbes, aproximadamente 21% da população mundial adulta sofre de nomofobia grave e cerca de 71% têm nomofobia moderada). 
 
Mesmo quem não padece desse transtorno precisa de autonomia, daí a capacidade da bateria ter se tornado um parâmetro tão importante quanto o poder de processamento, a quantidade de RAM e o tamanho do armazenamento interno. Os dumbphones de antigamente consumiam pouca energia porque suas funções eram básicas, mas os smartphones rodam aplicativos pesados, mantêm conexões ativas o tempo todo e têm telas grandes e brilhantes, de modo que convém escolher um modelo com bateria de pelo menos 5.000 mAh.
 
Observação: O intervalo entre as recargas não depende apenas da capacidade da bateria, mas também de como o aparelho é usado. Mesmo com uma bateria de 6.000 mAh um usuário acostumado a jogar, assistir a vídeos, navegar em redes sociais e usar o GPS terá de fazer um pit stop entre as recargas completas.
 
As baterias são projetadas para suportar de 300 a 500 ciclos completos de carga (usar 50% da bateria em um dia, carregá-la até 100%, usar outros 50% no dia seguinte e tornar a carregá-la também conta como um ciclo completo), o que representa uma vida útil de 3 a 5 anos. Por outro lado, a maioria de nós troca o aparelho bem antes disso, de modo que essa vida útil costuma ser mais que suficiente.
 
Smartphones de entrada de linha com 4 GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno devem ser evitados. Se não puder investir num modelo com 8 GB e 256GB (ou 12 GB e 512 GB), compre um aparelho de pelo menos 64 GB e amplie esse espaço com um cartão de modelo, capacidade e classe de velocidade compatíveis, lembrando que iPhones e a maioria dos celulares Android "premium" não aceitam cartão.
 
É importante utilizar carregadores e cabos originais (ou homologados pelo fabricante do celular), não expor o smartphone a altas temperaturas e condições ambientais adversas e recarregar a bateria antes que o aparelho desligue automaticamente (o ideal é manter a bateria com 40% ~ 80% de carga). A maioria dos modelos atuais suporta o carregamento rápido, e com o carregador adequado — que geralmente é vendido separadamente — 15 minutos na tomada bastam para meia carga e cerca de 1 hora para carga total.
 
Smartphones da marca Honor com baterias de silício-carbono oferecem até 3 dias de autonomia e mantém a capacidade máxima de carga mesmo depois três anos de uso. O Honor Magic 7 Lite vem com uma bateria de 6.600 mAh que, com 2% de carga, permite até 1 hora de conversa por voz, ou 20 minutos de streaming de vídeo, ou 30 minutos de navegação em redes sociais.
 
Se seu telefone não passa um dia inteiro longe da tomada, considere a aquisição de um carregador “automotivo”, mas evite produtos genéricos, como os que são vendidos por ambulantes e marreteiros. Por serem de baixa qualidade, eles podem danificar a bateria, o telefone e até mesmo o circuito elétrico do veículo, sobretudo se forem ligados ao mesmo tempo que o ar-condicionado, o desembaçador do vigia traseiro ou outro acessório que possa causar um pico de tensão.
 
Vale também reduzir o brilho da tela e o tempo de "timeout" e ativar os modos escuro e de economia de energia, desativar o disparo automático do flash, a sincronização automática de fotos e vídeos, as conexões sem fio, o serviço de GPS e os alertas sonoros/vibratórios. Em trânsito, desative o Wi-Fi e ative os dados móveis, e só ligue o Bluetooth quando for realmente necessário. 
 
Evite armazenar muitos arquivos multimídia e instalar apps desnecessários — mesmo os programas úteis devem ser impedidos de permanecer rodando em segundo plano sem necessidade. Execute o CCleaner (ou equivalente) duas ou três vezes por mês e use o Z-Device Test ou o Phone Doctor para identificar e reparar problemas sem precisar restaurar as configurações de fábrica.
 
Jamais tente remendar uma tela trincada ou rachada. Para prevenir acidentes, proteja o display com uma película de cerâmica, hidrogel ou vidro temperado e o celular com um capinha TPU, de silicone ou acrílica — elas custam mais que as vendidas nos camelódromos, mas bem menos que a troca do display ou um aparelho novo.