sábado, 9 de agosto de 2025

SENHAS FRACAS NUNCA MAIS

O SEGREDO É A ALMA DO NEGÓCIO.


As senhas são mais antigas do que costumamos imaginar: o Velho Testamento registra que o termo "xibolete" (do hebraico שבולת, que significa "espiga") era usado para identificar um determinado grupo de indivíduos. 


No âmbito da TI, a prática se popularizou depois que o MIT criou o Compatible Time-Sharing System (CTSS) e a Arpanet adotou o login com nome de usuário e senha de acesso. Nos primórdios do correio eletrônico, uma combinação de quatro algarismos bastava, mas o e-commerce e o netbanking potencializaram a necessidade de uma autenticação segura. 

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


O bolsonarismo deseja tirar o "mito" do Supremo, já que a volta do processo à estaca zero da primeira instância abre não um portão, mas um portal para uma infinidade de recursos que conduzem os crimes à prescrição — outro nome para impunidade. Já o Centrão, atolando na estrumeira dos inquéritos sobre malversação de verbas federais por meio de emendas parlamentares, pega carona no motim congressual bolsonarista para tirar da suprema grelha a delinquência das emendas e blindar os parlamentares. 

A sublevação foi suspensa na madrugada de quinta-feira, depois que Hugo Motta ameaçou suspender mandatos de deputados que insistissem na obstrução — que foi encerrada após uma negociação que envolveu líderes partidários e a intervenção do ex-presidente da Casa, Arthur Lira.

A eventual aprovação da proposta que acaba com o foro privilegiado para os poderosos pode não chegar a tempo de acudir Bolsonaro, cujo julgamento está previsto para o mês que vem. Ciente dos riscos, o baba-ovos do mico exigem que o acordo inclua também a votação da anistia — nesse ponto, o Centrão topou apenas debater a matéria, sem compromisso com a aprovação. 

Em 2017, quando o STF estava prestes a limitar a abrangência do foro privilegiado, o Senado aprovou uma proposta que o então senador Romero Jucá resumiu em três frases: "Se acabar o foro privilegiado, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba." A proposta foi aprovada pelos senadores e passou pelas comissões da Câmara, mas estacionou na porta do plenário. 

Naquela época, o Centrão estava enrolado no petrolão, e o mesmo Jucá foi pilhado num grampo em que defendia a costura de um "grande acordo nacional com o Supremo, com tudo". Agora, a ideia é transferir a "suruba" para a primeira instância. Triste Brasil!


Usar senhas óbvias (fracas, mas fáceis de decorar) é como trancar a porta e deixar a chave à vista. Criar senhas complexas (como 2Ar16i5Ko*0#) é fácil; memorizá-las, nem tanto. Recorrer a um gerenciador é como entregar as chaves a um estranho, mas o risco de usar uma única senha forte para tudo é ainda maior. O Chrome possui um gerenciador nativo, que detecta combinações fracas e sugere alternativas. 

Sabendo que a maioria dos usuários ignora essas recomendações — até porque alterar senhas dá trabalho —, o Google desenvolveu uma funcionalidade que, mediante autorização expressa do usuário, troca automaticamente senhas fracas ou que tenham sido envolvidas em vazamentos. O recurso será lançada oficialmente no final do ano, de modo a dar temo aos desenvolvedores para tornar aplicativos e sites compatíveis com ele. 

Lembre-se: Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.