quarta-feira, 15 de outubro de 2025

DO TELEFONE DE D. PEDRO AO CELULAR (CONTINUAÇÃO)

TUDO É ENGRAÇADO QUANDO ACONTECE COM OS OUTROS.


Conforme mencionado anteriormente, a privatização das telecomunicações pôs fim ao mercado negro de telefones fixos e democratizou o uso dos celulares. Atualmente, o Brasil possui 263,4 milhões de linhas móveis ativas — média de 1,22 aparelho por habitante, segundo dados da ANATEL de 2024 —, sendo que quatro marcas dominam o mercado: Samsung (36%), Motorola (19%), Apple (17%) e Xiaomi (16%).

 

Meu primeiro celular foi um Motorola D160, comprado em 1999. Nos anos seguintes, usei outros modelos da marca — os mais marcantes foram o Razr V3 e o Krzr K1 —, além de aparelhos da Ericsson, da Nokia e da Sony. Quando os dumbphones se tornaram smartphones, alternei entre modelos da Motorola e da Samsung — os mais marcantes foram o Razr V3 e o Krzr K1. Quando meu Galaxy M23 "estacionou" no Android 14, comprei um Moto G75, que vem me prestando bons serviços desde então.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

A máxima de Otto Von Bismarck, segundo a qual “os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis", continua valendo em nossa republiqueta de bananas: depois que o Centrão enterrou a medida provisória sobre aumento de impostos, Lula determinou que os afilhados de deputados infiéis sejam postos  o olho da rua
Valendo-se de uma metáfora doméstica, a ministra Gleisi Hoffmann exaltou o óbvio: "o governo não vai mais tolerar quem vive em sua casa, come da sua comida, mas não é leal".
Quem sabe ler nas entrelinhas inferiu que o fisiologismo eliminou do relacionamento entre Executivo e Legislativo o faz de conta do diálogo institucional: o Planalto vai exonerar afilhados de infiéis para nomear apaniguados de quem lhe for leal.
Ao dizer o indizível, Gleisi expôs sua convicção de que a única linguagem que o Congresso entende é a da chantagem. Na prática, a explicitação do que antes era apenas sussurrado passa a impressão de que a degradação dos costumes políticos evoluiu. 
A infestação de reféns na máquina pública é a mais eloquente demonstração do desprezo de um poder pelo outro e dos políticos por si mesmos. Seria melhor se o povo não soubesse como são feitas as salsichas e as nomeações para cargos públicos.
 

Devido ao uso constante, a autonomia tornou-se um parâmetro importante na escolha do smartphone. Mas mesmo baterias de 5.000 mAh não livram os heavy users de um "pit stop" entre duas recargas completas — nem os usuários comuns de recarregarem a bateria diariamente ou, na melhor das hipóteses, a cada dois dias. O desafio dos fabricantes não é propriamente aumentar a capacidade de carga (se fosse, não haveria carros elétricos com mais de 500 km de autonomia com uma única carga), mas fazê-lo sem aumentar o tamanho do componente nem encarecer demais o processo de fabricação.

 

Enquanto buscam soluções comercialmente viáveis, os fabricantes recorrem a paliativos para reduzir o tempo de recarga e prolongar a autonomia das baterias mediante otimizações de software. Entre as possibilidades mais promissoras para dispositivos móveis, atualmente, destaca-se a substituição das baterias à base de íons/polímeros de lítio por modelos que utilizam silício-carbono.

 

Paralelamente, pesquisas em outros segmentos apresentam avanços notáveis: os chineses criaram uma minibateria nuclear que promete durar mais de 7.000 anos, e os dinamarqueses desenvolveram uma superbateria 'movida a sal', com eficiência de 90%, capaz de abastecer 100 mil casas por até 10 horas. Mas ainda não se sabe quando — nem se — essas soluções chegarão ao usuário final.

 

A Honor já oferece smartphones com baterias de silício-carbono que prometem até três dias de autonomia e mantêm a capacidade máxima de carga mesmo após três anos de uso. A Realme vem desenvolvendo modelos com baterias de maior capacidade, chegando a 10.000 mAh em alguns dispositivos específicos — um avanço significativo em relação às baterias convencionais de 5.000 mAh da concorrência. A Apple, por sua vez, deve lançar o iPhone 17 Air ainda este ano, prometendo aumento na densidade energética em relação às baterias de polímeros de lítio.

 

Combinada com o constante avanço da tecnologia, a obsolescência programada induz o usuário a substituir um aparelho ainda em boas condições de uso por um modelo novo, supostamente superior. No caso específico dos smartphones, o Google atualiza o Android anualmente, em média, mas os fabricantes seguem suas próprias políticas. Assim, comprar um celular mais barato em vez de um modelo intermediário pode se tornar uma armadilha, já que o aparelho pode deixar de receber atualizações de sistema e patches de segurança antes mesmo que a pessoa quite a última parcela do financiamento. Isso ajuda a explicar por que apenas 7% dos smartphones Android em uso no mundo rodam a versão mais recente do sistema (15).

 

Recentemente, a Samsung ampliou o ciclo de atualizações da linha Galaxy para até sete versões em alguns modelos — e foi seguida pela Motorola. O Google fez o mesmo com o Pixel 8 e o Pixel 8 Pro (que não são vendidos oficialmente no Brasil, mas podem ser comprados de importadores independentes). Já a Xiaomi argumenta que a maioria dos consumidores troca de aparelho a cada três anos e, portanto, não faz sentido em ampliar o tempo de suporte.

 

Considerando que as novas versões do Android focam mais a estabilidade e eficiência do que a introdução de novos recursos, e que a inteligência artificial pode ser implementada sem alterar a versão do sistema, um smartphone com Android 14 ou 13 — desde que em dia com os patches de segurança — atende às necessidades da maioria dos usuários. No entanto, quem estiver se programando para comprar um aparelho novo deve dar preferência (desde que o bolso permita) a um modelo que venha a receber mais atualizações. 

 

Continua...