O Windows ainda lidera o mercado mundial de sistemas para PCs (com 72% de participação), ainda que esse protagonismo tenha perdido peso na vida cotidiana desde que as pessoas passaram a interagir mais com seus smartphones e a usar desktops e notebooks somente quando precisam de uma tela ampla, teclado e mouse físicos e mais poder de processamento e RAM do que os pequenos notáveis oferecem.
CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA
O Planalto até tentou, mas não conseguiu evitar que o relatório do PL Antifacção proposto pelo combo de deputado e esbirro do governador bolsonarista de São Paulo fosse aprovado na Câmara — o texto recebeu 370 votos a favor e apenas 110 contra, expondo, uma vez mais, a fragilidade do governo Lula no Congresso. Ainda assim, Hugo Motta barrou de ofício a proposta do bolsonarismo de equiparar facções criminosas ao terrorismo. Davi Alcolumbre já escolheu o senador Alessandro Vieira — em detrimento de Flávio Bolsonaro e de Sergio Moro — para relatar o projeto no Senado, a pretexto de evitar a “contaminação política” do projeto.
Paralelamente, a votação do Projeto de Lei Antifacção pela Câmara e a deflagração da terceira operação da PF em poucos meses com reflexos na classe política selam o divórcio litigioso entre o governo Lula e uma parcela poderosa do Centrão. Resta avaliar os efeitos desse afastamento — cada vez mais definitivo — no último ano de mandato do petista e nas eleições do ano que vem
Se endurecimento das penas fosse a solução mágica para combater o crime organizado, o Brasil seria um Éden da segurança há muito tempo. Mas a proliferação da criminalidade no Brasil mostra que falta um plano consistente para lidar com essas facções.
Se a direita bolsonarista se balizasse pelo bom senso e colocasse o PL da segurança pública relatado pelo pupilo do governador bolsonarista de São Paulo acima das diferenças partidárias, ideológicas e eleitorais, o próprio Tarcísio elevaria a estatura da sua candidatura. No entanto, sua excelência prefere se rebaixar à politicagem e festejar como uma grande conquista um projeto que ainda vai passar pelo crivo do Senado e que está longe de ser uma solução.
A Microsoft demorou a perceber que o mundo digital estava se tornando essencialmente móvel e que essa mobilidade ia além dos notebooks. Lançar o Windows Mobile quando o Android já soprava sua terceira velinha foi um exemplo clássico de timing errado, tentar “empurrar” a plataforma a fabricantes que haviam abraçado o robozinho verde não funcionou, e comprar a Nokia e criar os apps que os desenvolvedores parceiros não tinham interessem em fornecer foi a derradeira pá de cal em um sistema natimorto que não deixou saudades.
Lançado pelo Google em setembro de 2008, o Android domina 70% dos celulares ativos no planeta, enquanto o iOS — restrito ao hardware da maçã — responde por 28%. Embora haja “vida inteligente” em exoplanetas como KaiOS, Tizen, Ubuntu Touch, HarmonyOS e LineageOS, esses aliens são raros como moscas-brancas de olhos azuis.
Os produtos da Apple se destacam pela excelência, mas o preço (salgado) e a variedade (limitada) de modelos favorecem a concorrência, que oferece dispositivos “para todos os bolsos” — alguns por menos de R$ 1 mil. Não surpreende, portanto, que Samsung, Motorola, Xiaomi e Realme abocanhem 36%, 19%, 16% e 6% do mercado brasileiro, contra modestos 5% da marca da maçã. Mas isso não significa que o Android seja “melhor” que o sistema da maçã, apenas que o preço mais camarada e a versatilidade do código aberto o tornam mais atraente para uma fatia expressiva de consumidores.
Observação: A primeira logomarca da Apple exibia Sir Isaac Newton sentado sob uma macieira, mas Steve Jobs optou pela maçã colorida, que reinou até 1998. Depois vieram versões monocromáticas até chegar à maçã plana e minimalista (em preto, branco ou cinza), usada até hoje. Vale destacar que, em 1977, Rob Janoff conseguiu, com apenas um protótipo, criar um símbolo simples e indissociável da marca — façanha que muitas empresas levam anos (ou décadas) para alcançar.
O Google libera uma nova versão do Android a cada 12 meses (em média), mas cabe aos fabricantes parceiros definir quando e por quanto tempo seus aparelhos receberão atualizações do sistema e patches de segurança. Em muitos casos, o dispositivo fica preso à versão original ou recebe um único update — talvez por isso apenas 7% dos smartphones em uso rodem o Android 15, mas isso pode mudar, já que a Samsung ampliou para sete o número de atualizações de alguns Galaxy, no que foi seguida pela Motorola e pelo Google (com a linha Pixel).
De modo geral, um aparelho com Android 14 ou 13 — atualizado com os patches de segurança — está de bom tamanho para a maioria dos usuários, mas quem não abre mão dos recursos mais novos acaba trocando um celular em boas condições de funcionamento por um modelo estalando de novo. Mas isso é assinto para os próximos capítulos.
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