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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

É, MAS NÃO É MUITO...

MAIS MOLE QUE BOCHECHA DE VELHA.

Quem acompanha minhas postagens ainda deve estar lembrado de um texto sobre o TRACKR  ― dispositivo rastreador que se propõe a ajudar o usuário a localizar “em segundos” seu celular, carro, chaves, carteira, bicho de estimação, etc. através de um aplicativo gratuito, instalado no smartphone.

Para quem não leu a matéria, as virtudes desse dispositivo, segundo o fabricante, são o baixo preço (US$29.99 mais frete), a ausência de taxas mensais ou qualquer outro custo adicional, além do tamanho (equivalente ao deu uma moeda) e de o software de gerenciamento oferecer compatibilidade tanto com o Android quanto com o iOS.

Volto agora ao assunto por conta de uma avaliação feita pela equipe da Revista Quatro Rodas ter chegado à conclusão de que nem tudo são flores nesse jardim: depois de adquirir o rastreador no Mercado Livre (ao custo de R$ 170) e ler as instruções, a reportagem constatou que, diferente do que afirmam alguns sites que comercializam o produto, o TrackR não é um rastreador GPS, pois utiliza um sinal Bluetooth, o que, na prática, limita seu alcance a cerca de 30 metros.

Para avaliar o funcionamento num espaço tão reduzido (é, se você pretende usar o gadget para encontrar seu carro no estacionamento de um shopping ou hipermercado, pode tirar o cavalo da chuva), a equipe pendurou a “moedinha” no chaveiro do carro e pediu a um voluntário que o escondesse dentro de casa. Feito isso, com o aplicativo previamente instalado no telefone e a conexão Bluetooth devidamente ativada, deu início à busca, que funcionou como a brincadeira de “quente ou frio” da criançada: conforme se aproximava ou se afastava do objeto, o smartphone informava o usuário mediante uma interface gráfica e um sinal sonoro que aumentava ou diminuía de intensidade.

Diferentemente do que afirma a propaganda (qualquer coisa pode ser encontrada em segundos), localizar o chaveiro escondido (que estava a menos de 10 metros de distância do ponto onde a busca foi iniciada) levou mais de 2 minutos. Para garantir que uma parede ou um móvel não tivesse comprometido o sinal, uma nova tentativa foi feita em campo aberto, mas não adiantou muito: o alcance chegou a, no máximo, 10 metros, e o tempo necessário à localização do objeto foi praticamente o mesmo.

DEPOIS DE VENCER UM ANEURISMA, REINALDO AZEVEDO VOLTA À ATIVA

Para a alegria de seus admiradores e desgosto de seus detratores, Reinaldo Azevedo está de volta à ativa, tanto no Blog quanto na TVeja, na Folha e na Jovem Pan (onde faz comentários no Jornal da Manhã e ancora o programa Os Pingos nos Is), depois de ter sido acometido por um aneurisma, na véspera do Natal.

Na madrugada do dia 23 de dezembro, durante um difícil exercício de esforço, o jornalista teve uma dor de cabeça que se repetiu na madrugada e na noite do dia 24. Após ser submetido a uma ressonância do cérebro e uma angiografia das artérias, foi operado com sucesso e recebeu alta a tempo de assistir da varanda de casa o raiar de 2017.

Na postagem que publicou em sua página último dia 16, Reinaldo dá detalhes sobre o ocorrido e encerra o texto dizendo que: “Foi tudo arriscado e muito perigoso. Como disse Guimarães Rosa, ‘viver é muito perigoso’. Mas passei pela porta estreita, como a fala de Cristo em São Lucas. Eu voltei”.

Seja bem-vindo de volta, meu caro.

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

PERDEU, ESQUECEU, NÃO SABE ONDE DEIXOU? EIS A SOLUÇÃO.

SE VOCÊ CONHECE O INIMIGO E CONHECE A SI MESMO, NÃO PRECISA TEMER O RESULTADO DE CEM BATALHAS. SE VOCÊ SE CONHECE, MAS NÃO CONHECE O INIMIGO, PARA CADA VITÓRIA GANHA SOFRERÁ TAMBÉM UMA DERROTA. SE VOCÊ NÃO CONHECE NEM O INIMIGO NEM A SI MESMO, PERDERÁ TODAS AS BATALHAS.

Se você vive esquecendo onde estacionou o carro, ou onde largou as chaves ou a carteira, uma boa notícia: Basta colocar o TrackR ― dispositivo do tamanho de uma moeda ― no porta-luvas do veículo, no chaveiro, na carteira (ou na coleira do seu cão ou gato de estimação) e abrir o aplicativo correspondente no seu smartphone para localizar o objeto (ou bicho) perdido.

Diferentemente da maioria sistemas de rastreamento, o TrackR custa barato (US$29.99 mais frete ― cerca de US$10) e não tem taxas mensais nem qualquer outro custo adicional. O aplicativo, que tem versões compatíveis tanto com o sistema Android quanto com o iOS, é gratuito. Para mais informações e aquisição do gadget, acesse https://www.thetrackr.com/ (texto em português).

LULA BURLA FISCALIZAÇÃO DE VOO

Na manhã de 3 de junho do ano passado, quando o jato particular de prefixo PP-SCB se preparava para decolar do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), os pilotos e os cinco passageiros foram surpreendidos por um cerco deflagrado por fiscais da Receita Federal, conforme dá conta a revista VEJA desta semana.

Segundo a reportagem, os agentes teriam sido informados de que sete das doze malas embarcadas não haviam sido radiografadas, e a cena nada ficou devendo aos melhores filmes de ação, com viaturas ― de sirene e alertas luminosos ligados ― interceptando a aeronave e o comandante seguindo com as manobras, até que um dos carros bloqueou a pista e policiais uniformizados, armados de metralhadoras, finalmente conseguiram impedir a decolagem.

Os fiscais não sabiam quem estava a bordo nem tinham informações detalhadas do destino do avião, razão pela qual ficaram surpresos quando se depararam com Lula, seu fotógrafo particular, um assessor de imprensa, um tradutor e um segurança. Visivelmente nervoso, o petralha permaneceu trancado na cabine de comando enquanto os policiais eram informados de que o destino era Roma, onde sua insolência daria uma palestra para ministros da Agricultura de diversos países.

Enquanto um fiscal se preparava para inspecionar a bagagem, porém, o delegado Luis Pardi, chefe do plantão naquele dia, desceu para conversar com um assessor de Lula, e minutos depois determinou que a operação fosse abortada e o avião, liberado.

De acordo com um dos agentes, Pardi pareceu empenhado em retardar a ação da Receita ― que demandava pressa, pois o avião estava prestes a decolar ―, e um pedaço de papel encontrado na pista indicava que o destino do voo não era Roma, mas sim a Ilha do Sal, em Cabo Verde ― usada como entreposto para reabastecimento de aeronaves sem autonomia de voo da América do Sul para a Europa.

Devido ao inusitado dos acontecimentos, uma investigação sigilosa está em curso na PF e no MPF. Procurado pela reportagem, o delegado afirmou que “o que tinha a dizer, ele já havia explicado internamente”. Já o empresário Michael Klein, dono do jato à época, diz que “cedeu a aeronave a pedido do ex-presidente”.

Tire o leitor suas próprias conclusões.

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