Se você vive esquecendo onde estacionou o carro, ou onde largou as chaves ou a carteira, uma boa notícia: Basta colocar o TrackR ― dispositivo do tamanho de uma moeda ― no porta-luvas do
veículo, no chaveiro, na carteira (ou na coleira do seu cão ou gato de
estimação) e abrir o aplicativo correspondente no seu smartphone para localizar
o objeto (ou bicho) perdido.
Diferentemente
da maioria sistemas de rastreamento, o TrackR
custa barato (US$29.99 mais
frete ― cerca de US$10) e não tem
taxas mensais nem qualquer outro custo adicional. O aplicativo, que tem versões
compatíveis tanto com o sistema Android
quanto com o iOS, é gratuito. Para
mais informações e aquisição do gadget, acesse https://www.thetrackr.com/ (texto em português).
Na manhã de 3 de junho do ano passado, quando o jato
particular de prefixo PP-SCB se preparava para decolar do Aeroporto Internacional
de Cumbica, em Guarulhos (SP), os pilotos e os cinco passageiros foram
surpreendidos por um cerco deflagrado por fiscais da Receita Federal, conforme dá conta a
revista VEJA desta semana.
Segundo a reportagem, os agentes teriam sido informados de
que sete das doze malas embarcadas não haviam sido radiografadas, e a cena nada
ficou devendo aos melhores filmes de ação, com viaturas ― de sirene e alertas
luminosos ligados ― interceptando a aeronave e o comandante seguindo com as manobras,
até que um dos carros bloqueou a pista e policiais uniformizados, armados de
metralhadoras, finalmente conseguiram impedir a decolagem.
Os fiscais não sabiam quem estava a bordo nem tinham
informações detalhadas do destino do avião, razão pela qual ficaram surpresos
quando se depararam com Lula, seu fotógrafo particular, um assessor de imprensa, um tradutor e um segurança. Visivelmente nervoso, o petralha permaneceu trancado na cabine de comando enquanto os policiais eram informados de que o destino era
Roma, onde sua insolência daria uma
palestra para ministros da Agricultura de diversos países.
Enquanto um fiscal se preparava para inspecionar a bagagem,
porém, o delegado Luis Pardi, chefe
do plantão naquele dia, desceu para conversar com um assessor de Lula, e minutos depois determinou que a
operação fosse abortada e o avião, liberado.
De acordo com um dos agentes, Pardi pareceu empenhado em retardar a
ação da Receita ― que demandava pressa, pois o avião estava prestes a
decolar ―, e um pedaço de papel encontrado na pista indicava que o destino do
voo não era Roma, mas sim a Ilha do Sal, em Cabo Verde ― usada como entreposto para reabastecimento de
aeronaves sem autonomia de voo da América do Sul para a Europa.
Devido ao inusitado dos acontecimentos, uma investigação
sigilosa está em curso na PF e
no MPF. Procurado pela reportagem, o
delegado afirmou que “o que tinha a dizer, ele já havia explicado
internamente”. Já o empresário Michael
Klein, dono do jato à época, diz que “cedeu a aeronave a pedido do
ex-presidente”.
Tire o leitor suas próprias conclusões.
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