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quinta-feira, 4 de maio de 2017

O HABEAS CORPUS DE ANTONIO PALOCCI


O ex-todo-poderoso ministro dos governos de Lula e Dilma ― que, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, disse ter informações e provas que dariam pelo menos mais um ano de trabalho à Lava-Jato e chegou mesmo a contratar o escritório de advocacia ADRIANO BRETAS, em Curitiba, que é especializado em negociar delações premiadas ― parece ter desistido da colaboração, estimulado pela soltura do “cumpanhêro” Dirceu e, antes dele, Bumlai e Genu.

Só que o ministro Edson Fachin negou liminarmente seu pedido de habeas corpus e enviou o julgamento não para a 2ª Turma, mas para o Plenário da Corte. Seu despacho foi curto e não explicou os motivos dessa decisão, mas é fácil perceber que, diante das divergências entre as duas turmas, o magistrado preferiu apostar suas fichas nos demais ministros, dada a possibilidade de o “trio calafrio” que integra sua turma derrubar seu voto, como fez no julgamento do HC do guerrilheiro de araque.

Ainda não se sabe quando o STF vai apreciar a questão, mas a votação certamente será apertada.  

Gilmar Mendes certamente votará pela soltura de Palocci, no que provavelmente será seguido por Toffoli e Lewandowski.  

Marco Aurélio é conhecido por soltar todo mundo, inclusive o goleiro Bruno, condenado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro de menor.  

Rosa Weber tem se inclinado a manter os criminosos na prisão, mas às vezes é simpática ao PT, e isso pode ser determinante na sessão em questão.  

Edson Fachin já negou o pedido de habeas corpus, no que deve ser acompanhado por Luís Roberto Barroso e Luiz Fux ― embora este último venha sendo pressionado pela imprensa petista.  

Alexandre de Moraes, o novato da Corte, sempre defendeu a Lava-Jato, sendo improvável que vá queimar sua carreira no STF libertando Palocci

O decano Celso de Mello é um poço de mistérios, de modo que a presidenta da Corte, ministra Cármen Lúcia, pode ser obrigada a dar o voto de Minerva.

TOC, TOC, TOC. 

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