O ex-todo-poderoso ministro dos governos de Lula e Dilma ― que, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, disse ter
informações e provas que dariam pelo menos mais um ano de trabalho à Lava-Jato
e chegou mesmo a contratar o escritório de advocacia ADRIANO BRETAS, em Curitiba, que é especializado em negociar
delações premiadas ― parece ter desistido da colaboração, estimulado pela
soltura do “cumpanhêro” Dirceu e,
antes dele, Bumlai e Genu.
Só que o ministro Edson
Fachin negou liminarmente seu pedido de habeas
corpus e enviou o julgamento não para a 2ª Turma, mas para o Plenário da
Corte. Seu despacho foi curto e não explicou os motivos dessa decisão, mas é
fácil perceber que, diante das divergências entre as duas turmas, o magistrado
preferiu apostar suas fichas nos demais ministros, dada a possibilidade de o “trio
calafrio” que integra sua turma derrubar seu voto, como fez no julgamento do HC
do guerrilheiro de araque.
Ainda não se sabe quando o STF vai apreciar a questão, mas a
votação certamente será apertada.
Gilmar
Mendes certamente votará pela soltura de Palocci, no que provavelmente será seguido por Toffoli e Lewandowski.
Marco Aurélio é conhecido por soltar
todo mundo, inclusive o goleiro Bruno,
condenado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e
sequestro de menor.
Rosa Weber tem
se inclinado a manter os criminosos na prisão, mas às vezes é simpática ao PT,
e isso pode ser determinante na sessão em questão.
Edson Fachin já negou o pedido de habeas corpus, no que deve ser acompanhado por Luís Roberto Barroso e Luiz
Fux ― embora este último venha sendo pressionado pela imprensa petista.
Alexandre de Moraes, o novato da Corte,
sempre defendeu a Lava-Jato, sendo improvável que vá queimar sua carreira no STF libertando Palocci.
O decano Celso de
Mello é um poço de mistérios, de modo que a presidenta da Corte, ministra Cármen Lúcia, pode ser obrigada a dar o
voto de Minerva.
TOC, TOC, TOC.
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