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segunda-feira, 24 de julho de 2017

WHATSAPP ― BARBAS DE MOLHO (Continuação)

SÁBIO É O HOMEM QUE CHEGA A TER CONSCIÊNCIA DA SUA IGNORÂNCIA.

Ainda sobre a segurança no uso do WhatsApp (e aplicativos de troca de mensagens em geral), compartilhar arquivos com grupos de contatos pode envolver riscos, pois não é possível saber o que os destinatários farão com as fotos, clipes de vídeo e o que mais você lhes enviar. Se for realmente necessário enviar algo importante, recorra a canais que operam com criptografia reforçada ou a mensagens que se autodestroem (se você usa o Android, não deixe de conhecer o TELEGRAM).

Os arquivos recebidos podem conter vírus ou outras pragas digitais. Idealmente, você não deveria abrir arquivos enviados por desconhecidos, mas nada garante a confiabilidade daquilo que provem de um remetente conhecido, pois, como sabemos, os cibercriminosos utilizam estratégias as mais diversas para disseminar programinhas maliciosos e desfechar seus golpes. Precaver-se contra tudo e contra todos pode parecer paranoia, mas de nada adianta chorar sobre o leite derramado. Barbas de molho, portanto.

Links exigem cuidados redobrados, mesmo quando provêm de pessoas conhecidas (que podem compartilhar arquivos problemáticos por desconhecimento ou mesmo com a melhor das intenções). Sempre que cismar com uma mensagem recebida de um conhecido, confirme a procure saber detalhes sobre o conteúdo. Se a mensagem que lhe desperta desconfiança vier de alguém que você não conhece, NÃO ABRA.

Por mais práticas que sejam as trocas de mensagens, ligações por voz são mais seguras ― arquivos de dados podem ser facilmente falsificados, adulterados ou recheados de pragas que, por voz, é impossível disseminar, e o mesmo vale para o envio involuntário de arquivos comprometedoras (como quando você resolve compartilhar com a galera a foto de um pôr do sol fantástico e, por engano, envia o nude que tirou da namorada quando ambos estavam pra lá de Bagdá).

Resumo da ópera: Armas não matam pessoas; pessoas matam pessoas. Guardadas as devidas proporções, o mesmo vale para apps de comunicação, que se tornam perigosos quando manipulados sem os devidos cuidados. Lembre-se: se a intenção do remetente for má, piores serão as consequências para o destinatário da mensagem.

Na falta de alternativa melhor, utilize o bom senso.

LULA, O GRANDE FILHO... DO BRASIL

Sentenciado a 9 anos e 6 meses de prisão na primeira das quatro ações em que é réu (e a fila deve andar em breve, já que a denúncia envolvendo o folclórico Sítio de Atibaia dormita desde maio na mesa do juiz Sérgio Moro), Lula criticou sua condenação “sem provas” que, segundo ele, é parte de uma “perseguição política” para impedi-lo de disputar a presidência em 2018.

Observação: Ao ser intimado da sentença, Lula escrevinhou, num garrancho de meter medo (veja na imagem que ilustra este post), que pretende recorrer.

Quando soube de sua condenação, Lula discursou para uma claque de 300 “apoiadores”. Dentre outras bobagens, disse que “não analisaria a decisão do ponto de vista jurídico, pois ela é política”, que estava “indignado, mas confiante na Justiça”, e que a sentença deveria dar origem a um processo no Conselho Nacional de Justiça ― ou seja, sua insolência quer processar a sentença (só para esclarecer: o Conselho não julga sentenças, mas atos administrativos de magistrados).

Na última quinta-feira, repetiu a dose de cima de um caminhão de som estacionado defronte ao MASP: 

"Como não conseguem me derrotar na política, eles querem me derrotar no processo. É todo dia processo, é todo dia depoimento, todo dia inquéritoDerrubaram a Dilma quando ela tinha 8% [de popularidade]. Temer tem 3%, é menos que a margem de erro da Folha de S.Paulo. Se o Temer tivesse o mínimo de compromisso com o país, ele renunciaria e mandaria uma emenda ao Congresso convocando eleição direta em caráter emergencial para escolher o homem ou a mulher que vai dirigir esse país. A única prova que existe nesse processo, de não sei quantas mil páginas, é a prova da minha inocência. É a única prova, é a prova da minha inocência. Eu queria fazer um apelo à imprensa, um apelo ao povo brasileiro: se alguém tiver uma prova contra mim, por favor, diga. Mande para Justiça, mande para Suprema Corte, mande para imprensa, porque eu preciso. Eu ficaria mais feliz se eu fosse condenado com base numa prova, se eles me desmascararem: ‘está aqui ó, você realmente cometeu um ilícito, você cometeu um erro’. O que me deixa indignado, mas sem perder a ternura, é você perceber que você está sendo vítima de um grupo de pessoas que contaram a primeira mentira, que vão passar a vida inteira mentindo para poder justificar a primeira mentira que contaram de que o Lula era dono de um triplex. Não sou dono de um triplex, não tenho triplex, e ainda fui multado em R$ 700 mil, porque agora o triplex é da União. Eles tomaram o triplex, e eu tenho que pagar R$ 700 mil para Petrobras. Eles poderiam me dar o triplex, eu vendia o triplex e pagava a multa".

Que falta faz o João Santana, né? No tempo do marqueteiro baiano, o besteirol petista era mais criativo.

Faltou povo no ato  em defesa do petista, tanto em São Paulo quanto em outras capitais. Apenas os militantes pagos ― e mesmo assim nem tantos, já que o dinheiro anda escasso no PT ― cumpriram o dever de gritar palavras de ordem contra o juiz Sérgio Moro, contra o presidente Michel Temer, contra a imprensa, enfim, contra “eles”, o pronome que representa, para a tigrada, todos os "inimigos do povo". À primeira vista, parece estranho que o "maior líder popular da história do Brasil", como Lula é classificado pelos petistas, não tenha conseguido mobilizar mais do que algumas centenas de simpatizantes na Avenida Paulista, além de outros gatos pingados em meia dúzia de cidades. Afinal, justamente no momento em que esse grande brasileiro se diz perseguido e injustiçado pelas "elites", as massas que alegadamente o apoiam deveriam tomar as ruas do País para demonstrar sua força e constranger seus algozes, especialmente no Judiciário.

A verdade é que o fiasco da manifestação resume os limites da empulhação lulopetista. A tentativa de vincular o destino de Lula ao da democracia no País, como se o chefão da ORCRIM fosse a encarnação da própria liberdade, não enganou senão os incautos de sempre ― e mesmo esses, aparentemente, preferiram trabalhar ou ficar em casa a emprestar solidariedade a seu líder. Fica cada vez mais claro ― e talvez até mesmo os eleitores de Lula já estejam desconfiados disso ― que o ex-presidente só está mesmo interessado em evitar a cadeia, posando de perseguido político. 

A sentença de Moro finalmente materializou ao menos uma parte da responsabilidade do ex-presidente no escândalo de corrupção protagonizado por seu governo e por seu partido. Já não são mais suspeitas genéricas, e sim crimes bem qualificados. Nas 238 páginas da sentença, abundam expressões como "corrupção", "propina", "fraude", "lavagem de dinheiro" e "esquema criminoso", tudo minuciosamente relatado pelo magistrado. Não surpreende, portanto, que o povo, a quem Lula julga encarnar, tenha se ausentado da presepada na Avenida Paulista.

O fracasso é ainda mais notável quando se observa que o próprio Lula, em pessoa, esteve na manifestação. Em outros tempos, a presença do demiurgo petista atrairia uma multidão de seguidores, enfeitiçados pelo seu palavrório. Mas Lula já não é o mesmo. Não que lhe falte a caradura que o notabilizou desde que venceu a eleição de 2002 e que o mantém em campanha permanente. Mas seu carisma parece já não ser suficiente para mobilizar apoiadores além do círculo de bajuladores. Resta-lhe, com a ajuda de seus sabujos, empenhar-se em manter a imagem de vítima.

Quando Moro determinou o bloqueio de R$ 600 mil e de outros bens para o pagamento da multa, a defesa de Lula alegou que a decisão ameaçava a subsistência de seu cliente e respectiva família. Houve até quem dissesse que a intenção do juiz era "matar Lula de fome", e alguns petistas iniciaram uma “vaquinha” para ajudá-lo a repor o dinheiro bloqueado. Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, essa é "a diferença entre nós e a direita: nós temos uns aos outros". Um dia depois, contudo, o país ficou sabendo que sua insolência dispõe de cerca de R$ 9 milhões em aplicações, porque esses fundos foram igualmente bloqueados por ordem de Moro. A principal aplicação, de R$ 7,2 milhões, está em nome da empresa por meio da qual Lula recebe cachês por palestras, aquelas que ninguém sabe se ele efetivamente proferiu, mas que foram regiamente pagas por empreiteiras camaradas. Tais valores não condizem com a imagem franciscana que Lula cultiva com tanto zelo, em sua estratégia de se fazer de coitado. Felizmente, cada vez menos gente acredita nisso.

Só para relembrar: no discurso que fez quando se tornou réu pela primeira vez, em meados do ano passado, Lula desafiou: PROVEM UMA CORRUPÇÃO MINHA QUE IREI A PÉ PARA SER PRESO. Pois bem, parece que está na hora de providenciar um par de tênis confortáveis, pois a caminhada vai ser longa: são 433,8 km de São Bernardo do Campo, em São Paulo, a Curitiba, no Paraná.

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quinta-feira, 20 de julho de 2017

PRIVACIDADE ― WHATSAPP ― BARBAS DE MOLHO

A CRIANÇA DIZ O QUE FAZ, O VELHO DIZ O QUE FEZ E O IDIOTA, O QUE VAI FAZER.

Usuários de smartphones têm uma relação de amor e ódio com o WhatsApp ― mais de amor que de ódio, a julgar pelo número de gatos-pingados que, como eu, não aprecia esse aplicativo. Como não faria sentido ignorar os interesses da maioria, resolvi publicar algumas dicas que ajudam os usuários do WhatsApp a se proteger de riscos que vão de “simples infecções virais” à espionagem, chantagem virtual e falcatruas financeiras.

A primeira dica tem a ver com o nome, foto e status, que dizem muito sobre o usuário, mas que é possível manter longe dos curiosos acessando as “Opções de Privacidade” do WhatsApp e restringindo as permissões de acesso. Vale usar um nickname (apelido) em vez do nome verdadeiro e substituir a foto por uma imagem ― como do Homem Aranha, do Mickey Mouse, do Ursinho Puff ―, digamos, menos reveladora.

Igualmente recomendável é não enviar dados confidencias através de SMS, programas mensageiros em geral e mensagens de email. Esses dados trafegam “abertos”, como num cartão postal, e não envelopados e lacrados, como nas cartas que, séculos atrás, eram enviadas pelo correio.
Convém também redobrar os cuidados com fica armazenado na memória do celular. Câmeras fotográficas e filmadoras acopladas aos smartphones propiciam nudes e filmagens tórridas que podem ser motivo de constrangimento se caírem em mãos erradas (ou forem visualizadas por olhos errados, melhor dizendo). 

Convém salvar qualquer arquivo pessoal, mesmo a lista de contatos, na memória do chip da operadora ou, se o aparelho permitir, num cartãozinho de memória (tipo SD Card). Mais hora, menos hora, seu telefone vai trocar de mãos, seja por motivo de perda, furto ou venda/doação (no caso da compra de um aparelho novo) e deletar os arquivos da memória interna não garante que eles não possam ser recuperados por bisbilhoteiros. 

A maioria dos smartphones aceita SD Cards e afins, com a notória exceção do iPhone e de alguns modelos de outros fabricantes). Em assim procedendo, basta instalar o SIM Card da operadora e transferir o cartão de memória para o aparelho novo para matar dois coelhos com uma única bordoada: ter seus arquivos disponíveis imediatamente e evitar a trabalheira de apagar a memória com aplicativos dedicados (para saber mais sobre a exclusão definitiva de arquivos e programinhas que auxiliam nessa tarefa, acesse esta postagem (e não deixe de ler também os comentários, que enriquecem as informações elencadas no texto do post).

Volto a este assunto numa próxima postagem, depois de encerrar a sequência “Você conhece seu PC?”. 


HAJA CINISMO! E DINHEIRO!

Em 2010, depois de 85 dias em greve de fome, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo morreu numa cadeia de Havana. Lula, notório puxa-saco de Fidel, esteve lá para pontificar: “greve de fome não pode servir como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas”. Isso depois de ele próprio ter brincado de grevista faminto no extinto DOPS ― chefiado pelo camarada Romeu Tuma ― durante a ditadura militar, como relembra o jornalista Augusto Nunes.

Para Lula, não havia diferença entre os dissidentes que lutavam pela liberdade e os ladrões que povoam o sistema carcerário paulista. Sete anos e meio depois, ele foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, transformando-se numa versão mais famosa dos criminosos comuns encarcerados nos presídios de São Paulo. Mas o farsante boquirroto continua caprichando no papel de perseguido político. Haja cinismo.

No mesmo palavrório em Havana, sua insolência explicou por que se recusara a interceder pela libertação de vinte presos políticos de verdade: “Preciso respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de prender as pessoas pela lei de Cuba, como quero que respeitem o Brasil”. Na esteira desse raciocínio, seu velho cumpanhêro Raul Castro está proibido (pelo próprio Lula) de solidarizar-se com o petista condenado. Precisa respeitar a Justiça brasileira, que se limitou a cumprir seu papel e punir, na forma da lei, um ex-presidente que se tornou um fora-da-lei. E o pior é que ainda tem quem se disponha a votar nessa aberração!

E já que estamos no assunto, o juiz Sérgio Moro ordenou, na última terça-feira, a pedido do Ministério Público Federal, o bloqueio de R$ 606.727,12 do molusco sem dedo. O dinheiro foi encontrado em quatro contas de Lula: R$ 397.636,09 (Banco do Brasil), R$ 123.831,05 (Caixa Econômica Federal), R$ 63.702,54 (Bradesco) e R$ 21.557,44 (Itaú). Além disso, Moro também confiscou três apartamentos e um terreno, todos em São Bernardo do Campo, além de dois automóveis.

No pedido, a PGR afirmou que, no exercício da presidência, o petralha comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos e usou o dinheiro para se perpetuar no poder mediante compra de apoio parlamentar, financiar campanhas eleitorais e aumentar ilicitamente seu patrimônio. Os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato queriam o bloqueio de quase R$ 200 milhões, incluindo multas e acréscimos a título de reparação de danos, embora não atribua esse patrimônio a Lula; o montante faz parte de um cálculo efetuado por procuradores com base em danos à Petrobrás. Além do sapo barbudo, o pedido incluiu como alvo do confisco a falecida Marisa Letícia, que teve extinta sua punibilidade.

Na sentença em que condenou Lula a 9 anos e 6 meses de prisão, Moro decretou o confisco do tríplex do Guarujá e impôs multa de R$ 16 milhões ao petista e a outros dois réus ― o empreiteiro Léo Pinheiro e o executivo Agenor Franklin Medeiros, da OAS. “Neste processo, pleiteia (Ministério Público Federal) o sequestro de bens do ex-presidente para recuperação do produto do crime e o arresto dos mesmos bens para garantir a reparação do dano”, anotou o juiz, referindo-se à Petrobras, vítima do esquema de cartel e propinas instalado em suas principais diretorias entre 2004 e 2014. 

O magistrado detalhou os valores que deveriam ser bloqueados de Lula: “Como já decretado o sequestro e o confisco do apartamento, o valor correspondente deve ser descontado dos dezesseis milhões, restando R$ 13.747.528,00. Cabe, portanto, a constrição de bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o montante de R$ 13.747.528,00.”

Claro que a defesa do petralha chiou. Para Zanin e companhia, a decisão “retira de Lula a disponibilidade de todos os seus bens e valores, prejudicando sua subsistência, assim como a subsistência de sua família, sendo mais uma arbitrariedade dentre tantas outras já cometidas pelo mesmo juízo contra o ex-presidente”. Tadinho dele, né? 

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sexta-feira, 26 de maio de 2017

DE OLHO NO WHATSAPP

SÓ MESMO UM DONO DE FRIGORÍFICO PARA DAR NOME AOS BOIS E FAZER A VACA IR PARA O BREJO!

Com mais de 1,2 bilhão de usuários no mundo e mais de 100 milhões só no Brasil, o WhatsApp vem sendo largamente utilizado na disseminação de notícias e informações falsas. 

Pensando nisso, o aplicativo publicou um breve guia para ajudar os usuários a se protegerem desse tipo de conteúdo. Dentre elas, o aplicativo recomenda redobrar a atenção para em mensagens com erros gramaticais, links desconhecidos, promoções, pedidos de compartilhamento de conteúdo e de envio de dados pessoais e mensagens “oficiais” do próprio serviço. Confira:


CURTAS, MAS RELEVANTES

Cabem embargos infringentes à decisão do STF que condenou Paulo Maluf a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado, mais multa, por crimes de lavagem de dinheiro e remessa ilegal de valores para contas no exterior. A decisão da 1ª Turma foi unânime ― inicialmente, foram 4 votos a 1, mas o ministro Marco Aurélio Mello acabou aderindo ao entendimento da maioria.

Os advogados do deputado tentarão converter o regime fechado em prisão domiciliar, já que Maluf nasceu em 1931, e a lei garante esse benefício a octogenários ― mas em caso de prisão preventiva, não de condenação por sentença transitada em julgado. Trata-se claramente de jus sperniandi; se vai colar, aí já é outra história.

Devido ao tempo transcorrido desde os crimes até o julgamento da ação, por pouco Maluf não sai livre leve e solto. A pena por lavagem de dinheiro prescreve em 16 anos, prazo que é reduzido à metade quando o réu tem mais de 70 anos de idade, mas, contrariando a tese da defesa de Maluf, os ministros entenderam que esse tipo de crime tem natureza permanente ― ou seja, só se interrompe quando o dinheiro escondido é descoberto, possibilitando o início das investigações (no caso do deputado, milhões de dólares teriam circulado em contas de membros de sua família, tanto na Suíça, quanto na Inglaterra e na Ilha de Jersey, e o prejuízo causado ao erário chega a US$ 1 bilhão).

Já perda do mandato parlamentar será determinada à Câmara depois que o STF julgar os embargos interpostos pela defesa, o que pode levar mais alguns meses.

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A defesa de Renato Duque apresentou à Lava-Jato uma fotografia dele com Lula, tirada no em 2012, desmentindo, portando, a versão falaciosa em que o petralha diz só ter conhecido Duque em 2104. Leia o que diz a Veja:
Instituto Lula

Renato Duque afirmou que Lula tinha total conhecimento do Petrolão, recebia propinas do esquema e era o comandante da estrutura criminosa. Duque disse que se reuniu três vezes com o petista para tratar de assuntos de interesse da quadrilha e, em pelo menos uma ocasião, discutiu a eliminação de provas que pudessem levar a Lava-Jato até o ex-presidente. Sentado diante de Sergio Moro, o petista negou as acusações e disse que nem sequer conhecia o ex-diretor da Petrobras quando esteve com ele no único encontro pessoal que tiveram, em julho de 2014, num hangar do Aeroporto de Congonhas. Em sua versão para a conversa, Duque disse ao magistrado que ouviu de Lula um pedido para eliminar contas de propina no exterior. Lula, por sua vez, disse que apenas apurava denúncias de corrupção envolvendo diretores da estatal. Em meio a essa guerra de versões, a foto apresentada por Duque é uma bomba. Ela prova que Lula conhecia Duque quando esteve com ele no hangar do aeroporto. Prova também que Duque já frequentava o Instituto Lula em meados de 2012, quando a fotografia foi tirada.
Como se vê, mentira tem perna curta, língua presa e um dedo a menos.

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Rodrigo Maia negou que tenha engavetado os 13 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente da República depois que a delação da JBS veio à público.
Eu não posso avaliar uma questão tão grave como essa num drive-thru. Não é assim. Não é desse jeito. Quanto tempo se discutiu, se passou aqui a crise do governo Dilma? As coisas não são desse jeito”, afirmou o presidente da Câmara, na entrevista que concedeu à imprensa na quarta-feira, 24.

Maia afirmou que é preciso ter paciência. “Estão dizendo que eu engavetei. Não tomei decisão. Não é uma decisão que se tome da noite para o dia”, disse ele, além de reforçar que, como presidente da Câmara, não será instrumento para desestabilização do Brasil.

E como hoje é sexta-feira:

A petista caiu dura no chão da cozinha e foi pro céu. 

Chegando lá, encontrou com Deus, que 
imediatamente reconheceu o erro:
- Ih, minha filha, não era sua hora não! Houve algum erro aqui, vou te mandar de volta.
- Que bela surpresa, companheiro Deus! Mas, antes de ir, o Senhor poderia fazer a gentileza de me tirar uma dúvida?
-Claro, minha filha. É o mínimo que eu posso fazer para reparar esse equívoco.
- O Lula é mesmo culpado por corrupção?
- Ahaha! Mas é claro, minha filha! Alma mais suja não há! Eu mesmo, se tivesse que escolher,  votaria no Satanás e não no Lula.
Ressuscitada, a petista liga para a colega :
- Cumpanhêra! Tenho novidades escandalosas!
- Mas o que houve?!?!?
- Você não imagina quem a Globo comprou!

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terça-feira, 25 de abril de 2017

O MEDONHO JOGO DA BALEIA AZUL

A CRIANÇA DIZ O QUE FAZ, O VELHO, O QUE FEZ E O IDIOTA, O QUE VAI FAZER.

Por vezes, é a vida que imita a arte. Um bom exemplo é o sinistro “jogo da Baleia Azul”, que mais parece ter saído de um conto do Mestre do Terror Stephen King, mas é real, surgiu na Rússia ― ou pelo menos foi de lá que vieram os primeiros relatos de adolescentes terem dado cabo da própria vida, atirando-se do alto de um prédio ou se jogando debaixo de um trem ― e vem avançando mundo afora com a velocidade vertiginosa das Redes Sociais.

Mensagens enviadas por “curadores” a grupos fechados do WhatsApp e outros aplicativos afins desafiam as vítimas a cumprir 50 tarefas, que vão de desenhar uma baleia azul numa folha de papel à automutilação e até o envenenamento de outras pessoas. A derradeira missão é o suicídio, e os participantes são instados a seguir fielmente as instruções, pois, se desistirem do jogo, bloquearem o remetente das mensagens ou simplesmente ignorarem as tarefas, serão rastreados, e seus familiares, punidos.

Em contrapartida aos desafios macabros propostos pelo jogo da Baleia Azul, surgiram variações como a “Baleia Verde” ― que desafia os participantes a realizar 35 tarefas que estimulam sua autoconfiança e autoestima ― e a “Baleia rosa” ― que conta com mais de 200 mil seguidores e propõe desafios como “escreva na pele de alguém o quanto você a ama”, “poste uma foto usando a roupa que te faz sentir bem” e “faça carinho em alguém”.

Segundo o portal G1, jogos com apelos de riscos letais têm virado moda entre os adolescentes. Um exemplo é o jogo da asfixia, que gerou vítimas no Brasil. Outros são o “Desafio do Sal e Gelo” ― no qual, para serem aceitos no grupo, os adolescentes devem queimar a pele e compartilhar as imagens nas redes sociais ― e o “Jogo da Fada”, que incita crianças a inalar o gás do fogão de madrugada, enquanto os pais dormem.

As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos filhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul.

Cautela e canja de galinha...

Sobrando tempo e dando jeito, assista a este vídeo: https://youtu.be/XEqjB8XPkWE

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

COMO RECUPERAR CONVERSAS NO WHATSAPP

MULHER ENIGMÁTICA, ÀS VEZES, É POUCA GRAMÁTICA.

O WhatsApp conquistou usuários de todo o mundo a tal ponto que muita gente nem sabe como conseguiu sobreviver quando ele não existia. Para alguns, no entanto ― e eu me incluo entre estes últimos ―, a maneira como determinados usuários bombardeiam seus contatos com mensagens de texto e voz, fotos e clipes de vídeo digamos, dispensáveis, é um aborrecimento de proporções épicas.

Se você usa o WhatsApp, é provável que apague as “conversas” regularmente, pois mantê-las indefinidamente pode esgotar o espaço já não muito generoso da memória interna dos smartphones ― e ainda que a maioria dos aparelhos permita ampliar esse espaço via cartões de memória, nem sempre nos lembramos de ajustar a configuração para que o armazenamento se dê na mídia removível (aliás, muitos aparelhos costumam dificultar esse ajuste, e isso quando não o impedem). Resultado: a  gente sempre acaba apagando mensagens que, por qualquer razão, precisa reler posteriormente, quando já é tarde demais.

Observação: O WhatsApp jura de pés juntos que não armazena as conversas dos usuários, embora elas fiquem guardadas na memória do aparelho e, se o backup tiver sido habilitado, será possível restaurar todo o conteúdo que foi salvo ultimamente. No caso de perda do smartphone, essas serão as únicas conversas que poderão ser restauradas no aparelho, e embora alguns aplicativos se proponham a recuperar as conversas apagadas da memória, eles nem sempre funcionam.

O Dr. Fone é um programa de recuperação de arquivos que realiza varredura em três níveis configuráveis. O ideal é começar com a opção Procurar arquivos apagados e, dependendo da quantidade de arquivos recuperados, repetir o procedimento no Modo Avançado, que é mais demorado (dependendo da capacidade armazenamento do telefone, essa varredura pode levar horas, além de exigir que o aparelho não seja utilizado enquanto a ferramenta de recuperação estiver sendo executada). Note que a versão de teste permite apenas avaliar a capacidade de recuperação do programa e visualizar os arquivos; para restaurá-los, é preciso adquirir uma licença (que custa R$ 189,90 para o sistema Android e de R$ 119,90 a R$ 259,90 para o iPhone)

Outra opção é o Gihosoft Data Recovery, que opera de maneira semelhante e pode servir como alternativa para quem não conseguir recuperar os arquivos ou conversas usando o Dr. Fone ― até porque cada aplicativo trabalha com um mecanismo próprio, e assim as chances de sucesso variam caso a caso, conforme o aparelho e a plataforma. Da mesma forma que o app anterior, este permite somente visualizar os arquivos recuperados; para restaurá-los, é preciso desembolsar US$ 49,95.

Tenham todos um ótimo dia.

AINDA SOBRE O SUCESSOR DE ZAVASCKI NA RELATORIA DA LAVA-JATO

O sorteio da relatoria da Operação Lava-Jato no Supremo deve ficar pode ficar para amanhã, quinta-feira (2). Até poucos minutos atrás, a expectativa era que essa definição ocorresse no início da tarde de hoje, mas parece que Carmen Lucia ainda quer ouvir todos os ministros da corte sobre o pedido de mudança feito por Edson Fachin (da mesma forma que no exército, antiguidade é posto no STF, e como a nomeação de Fachin foi a mais recente, a presidente quer saber se alguém mais da Primeira Turma tem interesse em mudar para a Segunda.

Vale lembrar que Carmen Lucia pode realizar o sorteio apenas entre os ministros da Segunda Turma ou entre os 9 que restaram com a morte de Zavascki (o STF conta com 11 distribuídos em duas Turmas de 5, já que o presidente da Corte ― ou A presidente, na composição atual ― não participa de nenhuma delas.

Não há no regimento interno do Supremo um artigo que permita que algum ministro escolha assumir um caso, mas é possível recusar a relatoria de um processo ― no contexto atual, o decano Celso de Mello já adiantou que declinaria da relatoria da Lava-Jato, alegando motivos de saúde.

Embora seja controversa, a possibilidade de Carmen Lucia definir ela própria a situação existe; o que não existe (pelo menos até onde eu consegui apurar) é um precedente nesse sentido. Mas para tudo tem uma primeira vez. Aliás, em recente entrevista à imprensa, o ministro Marco Aurélio Mello sinalizou que Fachin sucederá a Zavascki na relatoria da Lava-Jato.

Mais uma vez, ir além disso seria pura especulação. O jeito é acompanhar os acontecimentos e publicar atualizações, fazer o quê?


PARA QUEM QUER ― Artigo de J.R. Guzzo

O Brasil de hoje é provavelmente um dos países do mundo que melhor convivem com o absurdo. Fomos desenvolvendo na vida pública brasileira, ao longo de anos e décadas, uma experiência sem igual em aceitar a aberração como uma realidade banal do dia a dia, tal como se aceita o passar das horas ou o movimento das marés.

A morte do ministro Teori Zavascki, dias atrás, na queda de um avião privado no litoral do Rio de Janeiro, foi a mais recente comprovação da atitude nacional de pouco-caso diante de comportamentos oficiais que não fazem nexo. É simples. O ministro Zavascki não poderia estar naquele avião, porque o avião não era dele ― estava viajando de favor, e um ministro do STF não pode aceitar favores, de proprietários de aviões ou de qualquer outra pessoa. Nenhum juiz pode, seja ele do mais alto Tribunal de Justiça do Brasil, seja de uma comarca perdida num fundão qualquer do interior.

Da morte de Teori já se falou uma enormidade, e sabe lá Deus o que não se falou, ou talvez ainda se fale. Foram feitas indagações sobre o dono do avião, um empresário de São Paulo, seus negócios e suas questões junto ao Judiciário. Foram apresentados detalhes sobre suas relações pessoais, seus projetos empresariais e seu estilo de vida. Foram examinadas as circunstâncias em que se originou e evoluiu seu relacionamento com o ministro. Não apareceu nada que pudesse sugerir qualquer decisão imprópria por parte do magistrado ― ao contrário, sua conduta à frente dos processos da Lava-Jato continua sendo descrita como impecável. Mas o problema, aqui, não é esse. O problema é que ninguém, entre os que tomam decisões ou influem nelas, estranhou o fato de que um dos homens mais importantes do sistema de justiça brasileiro, nos trágicos instantes finais de sua vida, estivesse viajando de carona no avião de um homem de negócios que não era da sua família nem do seu círculo natural de amizades. Não se trata de saber se o empresário era bom ou ruim. Sua companhia não era adequada, apenas isso, para nenhum magistrado com causas a julgar.

A questão não se limita aos empresários. Não está certo para um juiz, da mesma maneira, frequentar ministros de Estado e altos funcionários do governo. Ele também não pode andar com sócios de grandes escritórios de advocacia ― grandes ou de qualquer tamanho. Entram na lista, ainda, diretores de “relações governamentais” de empresas, dirigentes de órgãos que defendem interesses particulares e políticos de todos os partidos. Não dá para aceitar convites de viagem com “tudo pago”, descontos no preço e qualquer coisa que possa ser descrita como um favor. Não é preciso fazer a lista completa ― dá para entender completamente do que se trata, a menos que não se queira entender. O ministro Zavascki não era, absolutamente, um caso diferente da maioria dos membros do STF e de uma grande parte, ninguém poderia dizer exatamente quantos, dos 17.000 magistrados brasileiros de todas as instâncias. Seu comportamento era o padrão ― com a diferença, inclusive, de ser mais discreto do que muitos. Ninguém nunca viu nada errado no que fazia ― e ele, obviamente, também não.

Cobrança exagerada? Diante dos padrões de moralidade em vigor na vida pública nacional, é o caso, realmente, de fazer a pergunta. Mas não há exagero nenhum em nada do que foi dito acima. Ao contrário, essa é a postura que se observa em qualquer país bem-sucedido, democrático e decente do mundo. Na verdade, não passa na cabeça de ninguém, nesses países, levar uma vida social parecida à que levam no Brasil os ministros do STF e de outros tribunais superiores, desembargadores e juízes de todos os níveis e jurisdições. Muitos magistrados brasileiros também acham inaceitável essa confusão entre comportamento privado e função pública. Não falam para não incomodar colegas, mas não aprovam ― e não agem assim. Têm a solução mais simples para o problema: só falam com empreiteiros, etc. no fórum, e nunca a portas fechadas. Para todos eles, “conversa particular” é coisa que não existe. Nenhum deles vê nenhum problema em se comportar assim. Eles aceitam levar uma vida pessoal com limites; só admitem circular na própria família, com os amigos pessoais e entre os colegas. Fica mais difícil, sem dúvida. Mas ninguém é obrigado a ser juiz, nem a misturar as coisas. Só quem quer.

Concluída a transcrição de mais essa pérola do ilustre jornalista, acrescento a seguinte ressalva: não estou entre “aqueles que tomam decisões ou influem nelas”, mas entre os que observaram o detalhe que Guzzo salientou em sua coluna. Para conferir, basta acessar a postagem que publiquei dias após o acidente que matou Zavascki, na qual, parágrafos depois de dizer que “para muitos, falar mal dos mortos é blasfêmia, mas, hipocrisias à parte, o simples fato de alguém morrer não faz desse alguém um santo nem anula seus eventuais malfeitos”, eu teci as seguintes considerações:

Causa estranhamento ninguém ter mencionado que Zavascki ia passar o final de semana na ilha do empresário Carlos Alberto Filgueiras ― dono da luxuosa rede de hotéis Emiliano e da malsinada aeronave. O fato de estar a bordo do avião de Filgueiras não configura crime, mas tampouco favorece o magistrado ― ou, no mínimo, coloca-o na mesma e incômoda posição de um Sérgio Cabral que voava nas asas de Cavendish ou de um Lula aninhado nos ares com a Odebrecht. Ou que, em 2015, o ministro tenha participado do casamento do filho de um amigo ― o advogado Eduardo Ferrão ―, onde se encontrava boa parte da elite empresarial tupiniquim enrolada na Lava-Jato. Ou ainda que, numa de suas primeiras decisões no STF, ele tenha dado o voto de desempate que absolveu Dirceu, Genoino e Delúbio do crime de formação de quadrilha.

Enfim...

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domingo, 6 de novembro de 2016

DUAS PELO PREÇO DE UMA

Se você é usuário do WhatsApp, convém pôr as barbas de molho: A bandidagem digital, useira e vezeira em pegar carona na popularidade de aplicativos e serviços, vem ludibriando centenas de milhares de usuários do programinha com a oferta de uma funcionalidade (falsa) que permitiria bisbilhotar as trocas de mensagens de seus contatos. Segundo empresa de segurança PSafe, os estelionatários induzem as vítimas a compartilhar um link com dez amigos ou grupos e depois baixar o app com a função Whats Espião e fornecer seus dados pessoais, o que acaba gerando cobranças indevidas e abrindo as portas do smartphone para outros tipos de crimes digitais.
Como diz um velho ditado, "a curiosidade matou o gato".

Já a Microsoft promete disponibilizar no Patch Tuesday deste mês a correção para uma falha de segurança do Windows revelada pelo Google, que denunciou o problema na última segunda-feira, 31, embora afirme ter notificado a empresa de Redmond no dia 21 de outubro. Seja lá como for, fique atento e não deixe de atualizar seu PC na próxima terça-feira.
(Com conteúdo do portal de tecnologia IDG Now!)

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ATÉ ONDE VAI A ESTUPIDEZ HUMANA...

De acordo com alguns autointitulados “intelectuais petistas”, é preciso velar pela reputação de Lula. Antes de prosseguir, abro um parêntese: é estranho falar em intelectuais, pois, à luz da cachoeira de denúncias contra essa facção criminosa disfarçada de partido, defender o lulopetismo não combina com a conotação de “lente” associada ao termo em questão. Enfim, fechemos o parêntese e sigamos adiante: Que mané reputação, cara-pálida? Só se for “má-reputação”, cumpanhêros, que o cara está mais sujo que poleiro de papagaio, e essa falácia de complô da mídia, das elites e sei lá mais quem para “desconstruir a importância do autodeclarado "vivente mais honesto do Brasil" e comprometer sua volta ao Planalto nas eleições presidenciais de 2018” não passa de cantiga para dormitar bovinos.

Na visão desses “luminares” ― e da militância apedeuta que bebe suas palavras como se fossem o mais puro néctar dos deuses ―, as ações movidas contra Lula não passam de perseguição política capitaneada pelo “juiz fascistaSergio Moro, e a prisão e eventual condenação do lalau teria cunho eminentemente político e, portanto, seria tão injusta quanto eles alegam que foram a condenação do guerrilheiro de araque José Dirceu (e do valoroso mochileiro João Vaccari), o impeachment da nefelibata da mandioca, a prisão de Mantega e de Palocci (que ontem se tornou oficialmente réu na Lava-Jato) e por aí segue a interminável procissão de desvarios.

Observação: Nesta quinta-feira, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público contra Antonio Palocci ― que foi ministro nos governos de Lula e de Dilma ― e mais 14 indiciados (dentre os quais Marcelo Odebrecht e Renato Duque) por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.

Falando no Babalorixá da Banânia ― termo cunhado por Reinaldo Azevedo, que às vezes chuta fora, mas quase sempre marca gol ―, o dito-cujo [Lula, não Reinaldo] rompeu o silêncio depois de seu partido ser castigado nas urnas, e achou de culpar São Paulo pela desdita da ORCRIM (já que no Estado mais rico e populoso da Federação o PT caiu do terceiro para o décimo lugar em número de prefeituras, sendo derrotado até mesmo no mítico ABCD, tradicional reduto da legenda e berço político de seu desprezível criador.

Segundo o jornalista, em discurso proferido durante a inauguração de um laboratório da Universidade Federal de São Carlos, o molusco abjeto perorou o apanhado de bobagens que lhe sopram os “luminares” petistas:

Aqui em São Paulo nós temos um problema que é o conservadorismo. Desde a Revolução de 32, quando foi construída a USP, que eles não queriam universidade federal aqui para não ter pensamento federal no Estado de São Paulo. Uma ideia, uma concepção retrógrada, que não tem noção de país, não tem noção de que o país tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que nós somos uma mega nação, que tivemos as mais diferentes culturas desse mundo, e tem gente que não gosta disso. Tem gente que não gosta da ascensão de outros Estados”.

O petralha parece se esquecer de que a capital paulista é a segunda maior cidade nordestina do Brasil (atrás apenas de Salvador, que reelegeu um prefeito do DEM, o segundo mais votado do país em números proporcionais), e mesmo assim o petralha Fernando Haddad foi fragorosamente derrotado pelo tucano João Doria (e logo no primeiro turno, fato inédito em Sampa, onde a escolha dos alcaides sempre se definiu no segundo turno das eleições). Tampouco mencionou sua insolência que o PT não ganhou em nenhuma capital do Sul, do Sudeste, do Nordeste ou do Centro-Oeste ― com a isolada exceção de Rio Branco, no Acre ―, nem que o petista João Paulo, que disputou o segundo turno em Recife (capital do Estado em que Lula nasceu) implorou para o deus pai da petralhada não aparecer por lá ― e nem assim deu certo, pois foi derrotado por Geraldo Júlio, do PSB por 61% a 38% dos votos válidos.

Resumo da ópera: talvez o resto do Brasil não repudie o PT com a força de São Paulo ― não por acaso, o Estado mais rico e populoso do país ―, mas também não fica muito atrás.

Enfim, após disparar boçalidades contra São Paulo, Lula resolveu investir em teorias conspiratórias dignas de Marilena Chauí ― aquela que acha que Sergio Moro é um agente dos EUA incumbido nos tirar o pré-sal. Sobre a deposição de Dilma, o molusco fez elucubrações absurdas, como se vê a seguir, na transcrição de um trecho do discurso:

Será que é porque nós destinamos 75% dos royalties para resolver o problema da educação, para recuperar o tempo perdido do século 21? Será que essa coisa que aconteceu no Brasil tem alguma ligação com o Brasil ter virado um protagonista internacional, ter criado o Brics, ter criado um banco fora do FMI e do Banco Mundial? Será que o que está acontecendo no Brasil tem a ver com a relação do Brasil com a África, da criação da Unasul, do Mercosul? Então é importante que a gente discuta que não é por acaso o que está acontecendo nesse país, não é por acaso. Tem algo maior do que a gente imagina acontecendo nesse país”.

Ora, o petismo nos deu crescimento de 0,1% em 2014, recessão de 3,8% em 2015 e de estimados 3,2% a 3,5% em 2016. O petismo nos legou inflação de dois dígitos, juros de 14,25%, desemprego de 12%, déficit fiscal de R$ 170,5 bilhões, colapso na infraestrutura, saúde em pandarecos, uma das piores escolas do mundo, a Petrobras quebrada e um dos regimes mais corruptos do planeta. Aí os imperialistas se juntaram com a direita e decidiram: Precisamos dar um jeito de parar essa potência, antes que o eixo Maduro-PT transformem a América Latina num paraíso.

Daí já se vê como será a campanha eleitoral de Lula em 2018 ― caso ele esteja vivo e continue solto até lá (coisa de que eu duvido; afinal, a delação da Odebrecht promete, e deve ser homologada nos próximos dias).

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