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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS - O QUE É E POR QUE ACONTECE

ÀQUELE QUE QUER TUDO NÃO SE PODE DAR NADA.

Embora tenham recebido diversos aprimoramentos desde sua criação, em meados do século passado, e continuem sendo usados como memória persistente na maioria dos PCs, os HDs são dispositivos eletromecânicos anacrônicos e devem ser aposentados assim que os SSD de grandes capacidades chegarem ao consumidor final a preços palatáveis (conforme vimos na postagem da última quinta-feira, mesmo os modelos mais modernos são cerca de 4.000 vezes mais lentos do que a memória RAM).
Como ensina Meste Morimoto, na RAM os dados são escritos e lidos eletronicamente de forma aleatória – ou seja, em qualquer dos seus endereços –, o que torna o processo praticamente instantâneo. No HD, todavia, a escrita é feita mediante a inversão da polaridade das cabeças magnéticas que atuam sobre as moléculas da camada de óxido de ferro dos discos (quando a polaridade da cabeça é positiva, ela atrai o polo negativo das moléculas, e vice-versa, resultando nos bits 0 e 1). Na leitura, as cabeças simplesmente "leem" o campo magnético gerado pelas moléculas e criam uma corrente elétrica correspondente, cuja variação é analisada pela controladora do drive para determinar os bits. Vejamos isso melhor:
Os HDs atuais integram de 1 a quatro discos que um motor elétrico faz girar de 5.400 a 10.000 vezes por minuto, enquanto as cabeças de leitura e gravação, posicionadas na extremidade de um braço movido por um atuador, varrem constantemente a área de armazenamento (que corresponde a ambas as faces de cada disco).
A formatação física a que os discos são submetidos pelos fabricantes dividem sua superfície em milhares de trilhas concêntricas, que são subdividas em milhares de setores – um setor é a menor divisão física do disco, e tem capacidade para apenas 512 bytes.

Observação: Com base nesses parâmetros, podemos determinar a capacidade de um HD multiplicando o número de cilindros pelo número de cabeças; o resultado, pelo número de setores, e o total, por 512. As trilhas externas possuem diâmetro superior ao das internas, e oferecem não só maior capacidade de armazenamento, mas também mais rapidez no acesso aos dados, razão pela qual é recomendável instalar o sistema operacional na partição do início do disco.

As trilhas são numeradas de acordo com sua localização – a mais próxima da borda é a 0 e as seguintes, 1, 2, 3, etc. Já os cilindros correspondem aos conjuntos de trilhas de mesmo número nos vários discos – por exemplo, o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de disco, o cilindro 2 é formado pela trilha 2 de cada face, e assim por diante. O cluster, por seu turno, é um grupo de setores com endereço único que o Windows “enxerga” como sendo uma única unidade lógica, e representa a menor parcela do HD que pode ser acessada pelo sistema. Note que um arquivo grande pode ser dividido e distribuído por vários clusters, mas um cluster não pode conter mais de um arquivo.

Observação: O setor grava a informação fisicamente, como "positiva" ou negativa", "magnetizada" ou "desmagnetizada", "zero" ou "um", etc., ao passo que no cluster a informação gravada é lógica, ou seja, na forma de dados passíveis de interpretação pelo SO.

O tamanho do cluster varia de acordo com o sistema de alocação arquivos escolhido na formatação lógica do HD. No NTFS, cada cluster possui entre 512 bytes e 4 KB, dependendo do tamanho da partição. Quanto menores forem os clusters, menor será o desperdício de espaço, sobretudo na gravação de arquivos pequenos, pois mesmo que tenha um único byte de tamanho, o arquivo ocupará um cluster inteiro.
Num disco virgem, os dados são escritos em clusters contíguos, o que facilita o trabalho das cabeças de leitura. Mas as constantes edições, apagamentos e regravações a que procedemos quando operamos o computador criam lacunas que o sistema se apressa em preencher, mesmo que elas estejam no meio de uma extensa área ocupada e que haja espaço livre sobrando mais adiante. Caso elas não bastem para conter o arquivo a ser gravado, ele será fracionado e distribuído pelos clusters vagos ao longo das trilhas, tantos quantos forem necessários para acomodá-lo integralmente. E a isso se dá o nome de fragmentação.


Amanhã a gente continua; abraços e até lá.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

BITS e BYTES - BASE BINÁRIA, TAMANHO, CAPACIDADE, VELOCIDADE e outras considerações

TODO AMOR É ETERNO. SE NÃO FOR ETERNO, NÃO É AMOR.

Vimos que computadores operam com números binários; que um bit pode representar apenas um de dois estados opostos – aberto/fechado, ligado/desligado, etc.; que oito bits formam um byte; e que essas grandezas são intercambiáveis, embora, por convenção, o bit e seus múltiplos representem velocidades (taxas de transferência) e o byte e seus múltiplos, tamanhos (de arquivos) e capacidades (de dispositivos de memória).
Diferentemente do que ocorre na base decimal – onde 1 Kg corresponde a 1.000 gramas, 1 megagrama (ou tonelada) a 1.000 Kg, e por aí vai –, 1 Kb equivale a 1024 bits, 1 Mb a 1024 Kb, e assim por diante (o mesmo se aplica aos múltiplos do byte). No entanto, por uma questão de conveniência – ou de apelo mercadológico –, os fabricantes de discos rígidos convertem os bytes de seus produtos usando a notação decimal, o que lhes garante ganhos bastante representativos: embora a diferença entre 1.000 e 1024 seja de apenas 2,4%, esse percentual chega a quase 10% quando a capacidade do drive alcança a casa do Terabyte – "lesando" o consumidor em aproximadamente 100 GB (99.511.627.776 bytes, para ser exato).

ObservaçãoDevido à pressão dos fabricantes de HDs, a IEC criou em 2005 um sistema alternativo que introduz o “bi” nos prefixos que remetem a grandezas binárias, dando origem ao kibibyte (KiB = 1024 bytes), ao mebibyte (MiB), ao gibibyte (GiB), ao tebibyte (TiB), ao pebibyte (PiB), ao exbibyte (EiB), ao zebibyte (ZiB) e ao yobibyte (YiB), onde cada qual multiplica por 1024 o valor do seu predecessor. A rigor, isso apenas nos deixa com dois padrões de medida conflitantes, cada qual com seus defensores, detratores e aplicações não raro tendenciosas.

Mutatis mutandis, o que foi dito até aqui se aplica também a grandezas como largura de bandataxas de download e de upload. Para entender melhor, quando você contrata um pacote de banda larga de “Um Mega”, por exemplo, sua largura de banda (ou velocidade de navegação) teórica é de 1 Mb/s (megabit por segundo), mas sua taxa de download (expressa em quilobits por segundo) é de  128 KB/s – como vimos, 1 Mb equivale a 1024 bits, e como 1 byte corresponde a 8 bits, é preciso dividir 1024 por 8 (tome cuidado para não confundir o b com o B).

Observação: O bit é usado ainda para referenciar o “tamanho das palavras” processadas pelo PC – ou seja, da sequência de bits de tamanho fixo que a CPU e o Sistema Operacional são capazes de manipular. O Seven popularizou as versões de 64 bits do Windows, cuja principal vantagem é gerenciar uma quantidade de RAM muito superior à das versões de 32 bits (8 GB na HB e 16 GB na HP contra 192 GB nas edições Professional, Enterprise e Ultimate). Isso já foi abordado aqui no Blog, de modo que você pode obter mais detalhes usando o campo de buscas da nossa homepage.

Muitas operadoras fazem suas conversões usando a notação decimal, o que reduz ainda mais as velocidades reais. Demais disso, muitos consumidores acreditam que os valores estejam expressos em megabytes, quando na verdade a grandeza usada é o megabit, o que os torna oito vezes menores, pois, como vimos, o bit corresponde a 1/8 do byte. Considerando ainda que uma vasta gama de fatores pode reduzir a velocidade de navegação (tais como congestionamento da rede em horários de pico, lentidão nos servidores que hospedam as páginas que você deseja acessar, degradação do sinal distribuído pelo seu roteador wireless, etc.), a coisa até que melhorou um bocado.

Observação: Outra confusão bastante comum se dá com os pacotes de dados limitados oferecidos pelos serviços de banda larga móvel das operadoras de telefonia celular. Nesses casos, um plano de 1 Giga, por exemplo, não referencia a velocidade, mas sim a quantidade de dados que você poderá baixar por mês antes de ser tarifado pelo tráfego excedente ou ter sua velocidade reduzida até o fechamento da fatura. Leia bem o contrato e esclareça todas as suas dúvidas com o serviço de suporte ao cliente do seu provedor.

Amanhã a gente conclui, pessoal.
 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

BAIXA VELOCIDADE DE CONEXÃO, BITS, BYTES E OUTRAS QUESTÕES AFINS.

UM NÚMERO BAIXO DE VOTANTES É UMA INDICAÇÃO DE QUE MENAS (sic) PESSOAS ESTÃO A VOTAR (Lula).

A baixa velocidade de conexão incomodava os internautas desde o tempo em que o dial-up era padrão, quando os usuários alegavam não alcançar os 56 Kbps "prometidos" pelos fabricantes de seus modems. Aliás, no saudoso Curso Dinâmico de Hardware, eu até publiquei um artigo explicando como configurar adequadamente esse dispositivo e salientei que navegar entre 48 e 52 Kbps estava de bom tamanho, considerando que a má qualidade das linhas telefônica, as condições nem sempre adequadas do cabeamento dos imóveis, a distância entre a central e o ponto de acesso, e por aí vai. Com a popularização da banda larga e a melhoria dos serviços, todavia, os 128/256 Kbps iniciais – que então pareciam astronômicos para os recém-chegados – logo viraram coisa do passado: hoje, a velocidade média da banda larga tupiniquim fica por volta dos 2,5 Mb/s, e os principais provedores já oferecem planos de 100 Mbps, (embora nem sempre cumpram o que prometem), como veremos numa sequência de postagens que começa com a de home. Acompanhe:

Apesar de realizar cálculos monstruosos em frações de segundo, o computador só opera com enormes conjuntos de zeros e uns. Tudo o que ele carrega na memória, processa, lê e grava (de letras, símbolos e algarismos a músicas, imagens, vídeos e instruções operacionais) é representado através de números binários. Uma faixa musical gravada em MP3, p. ex., pode ter 3 MB3.072 KB3.145.728 bytes ou 25.165.824 bits – no fundo, dá tudo na mesma, o que muda é somente a forma de expressar a grandeza.
Isso causa certa confusão entre nós, seres humanos, já que estamos acostumados a fazer cálculos utilizando a base 10, mas é possível converter qualquer valor decimal em binário dividindo-o sucessivas vezes por 2, marcando 0 se o resultado for exato e 1 no caso de sobrar resto e então lendo os resultados de baixo para cima, como no exemplo à direita (a recíproca também é verdadeira, mas os detalhes fogem ao escopo desta postagem e, portanto, ficam para outra vez).
bit (abreviatura de dígito binário) é a menor unidade de informação que o computador consegue manipular, e pode representar apenas dois estados opostos – fechado/aberto, desligado/ligado, falso/verdadeiro, etc. –, expressos, por convenção, pelos algarismos 0 ou 1. Já o byte (pronuncia-se báite), é composto por oito bits consecutivos e corresponde a uma letra, número, sinal ou caractere que enviamos através teclado (com base na tabela ASCII) ou outro dispositivo de entrada de dados e instruções.
Por uma questão de convenção, o bit e seus múltiplos são usados para exprimir velocidade (taxa de transferência de dados), ao passo que o byte e seus múltiplos remetem a tamanho (de arquivos) e capacidade (armazenamento de dados). Um Kb é igual a 1024 bits; um Mb, a 1024 Kb; um GB, a 1024 MB, e assim por diante (para não errar na conversão, clique aqui).

Observação: Tanto os múltiplos do bit quanto do byte são representados pelos prefixos Kilo, Mega, Giga, Tera, Peta Exa, Zetta e Yotta, e correspondem, respectivamente, a 210, 220, 230, 240, 250, 260, 270 e 280. Ao abreviar essas grandezas, use sempre o “b” minúsculo para representar o bit e o “B” maiúsculo para representar o byte.

Diversos dispositivos seguem a notação binária, dentre os quais os módulos de memória, cartões SD, pendrives, e CDs/DVDs. Um pente de memória de 1 GB, por exemplo, contém exatamente 1.073.741.824 bytes, enquanto um CD de 650 MB é dividido em 333.000 setores de 2048 bytes cada um, totalizando 681.984.000 bytes, ou 650.39 MB.

Amanhã a gente continua. Até lá, delicie-se com a entrevista que a nossa presidenta concedeu a William Bonner dias atrás, no Jornal Nacional (clique aqui).

FORA, DILMA, LULA, PT, PETRALHAS E O ESCAMBAU! 



Tenham todos um ótimo dia.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

CONTROLE DE CONTAS DE USUÁRIO NO WINDOWS 7 - Final.

CADA MACACO NO SEU GALHO!

Prosseguindo como que dizíamos ontem, é indiscutível que o UAC aprimora a segurança do sistema, de modo que à resposta à pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é SIM, até porque qualquer camada a mais de proteção é sempre bem-vinda. No entanto, tenha em mente que o UAC não torna o PC idiot proof a ponto de protegê-lo do próprio usuário.

Observação: Quem não dispõe de um arsenal de defesa responsável e faz pouco das recomendações básicas de segurança não demora a ser vítima de um vírus, spyware ou outro tipo qualquer de código malicioso, e aí não adianta culpar o sistema. Por outro lado, se o incauto se logar com uma conta limitada, os estragos feitos pela praga serão igualmente limitados, de maneira que bastará fazer logon com outra conta para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes (o que, convenhamos, é mais fácil e rápido do que reinstalar o Windows).

No Seven, a conta limitada dá acesso à maioria dos recursos do sistema, conquanto impeça a instalação ou desinstalação de programas, drivers ou dispositivos de hardware, além de obstar a modificação de arquivos indispensáveis ao funcionamento do PC e configurações que afetem outros usuários ou a segurança global da máquina. Para rodar aplicativos que exijam poderes administrativos, todavia, não é preciso fazer logoff e tornar a se logar como administrador; basta indicar sua conta privilegiada e digitar a senha correspondente.
Se você se sentir incomodado com as constantes mensagens do UAC, acesse o Painel de Controle, clique em Contas de Usuário > Alterar configurações de Conta de Usuário, mova o controle deslizante para a posição Nunca notificar, dê OK e reinicie o computador (para reativar o recurso, siga os mesmos passos e mova a barra deslizante para a posição anterior).
Já para executar o Seven com uma conta limitada, primeiro é preciso criá-la. Se você está migrando agora para essa edição do Windows, acesse o Painel de Controle e, em Contas de Usuário, clique em Gerenciar outra conta > Criar uma nova conta, dê um nome à conta, marque a opção desejada e confirme. Caso venha usando essa versão do sistema com a conta de administrador criada durante a instalação, o melhor a fazer é rebaixá-la (isto é, transformá-la numa conta-padrão) e criar outra conta privilegiada – de modo a evitar a perda de suas configurações pessoais. Para tanto, repita os passos anteriores, crie a nova conta, atribua-lhe poderes de administrador e uma senha (caso surja uma mensagem dizendo que você irá perder todos os arquivos criptografados com EFS, certificados pessoais, senhas armazenadas, ignore-a e siga adiante). Clique então em Gerenciar outra conta, dê duplo clique sobre a conta de administrador que você quer rebaixar, clique em Alterar o tipo de conta, marque a opção Usuário padrão, confirme, feche as janelas e reinicie o computador.

Antes da nossa tradicional piadinha de final de semana, resolvi reproduzir aqui a "carta de despedida" que o XP "escreveu de próprio punho" e endereçou a todos os usuários e amigos. Confira:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

Passemos agora ao humor de sexta-feira:

TESTE DO BAFÔMETRO EM PORTUGAL.

Um indivíduo, bêbado que nem um cacho, foi mandado parar para um teste de alcoolemia. Diz o guarda:
- O sr. bebeu alguma coisa hoje?
- Com certeza, Sr. Guarda. A minha sobrinha casou hoje e antes de ir para o casamento enfiei logo umas cervejolas. No banquete, enfiei umas 3 ou 4 garrafas de tintol e, à noite na festa, bebi 2 garrafas de Johnny Walker rótulo preto. Hic!
- E o sr. sabe que eu sou da Brigada de Trânsito e que isto é um controle de alcoolemia?
- Sei perfeitamente, Sr. Guarda. E o Sr. Guarda já reparou que este carro é inglês, tem o volante do outro lado e quem está a conduzir é a minha mulher?


Brincadeira, evidentemente, mas não seu um fundo de verdade (risos).
Bom final de semana a todos.

terça-feira, 19 de março de 2013

FRAGMENTAÇÃO DOS DADOS NO HD

Mesmo os discos magnéticos de última geração são, em média, 400.000 vezes mais lentos que a memória RAM. Se você quiser uma máquina ágil, procure abastecê-la com o máximo de memória que sua placa-mãe suportar (respeitados os limites impostos pelo seu Windows – que, como vimos, não vai além dos 3,5 GB nas versões de 32-bits). Assim, o acesso à memória virtual será reduzido e a consequente degradação do desempenho do computador, minimizada, notadamente se os dados no estiverem excessivamente fragmentados (para entender isso melhor, sugiro rever a sequência de postagens que eu publiquei em fevereiro de 2008, começando por esta aqui).

Observação: fragmentação dos dados se deve ao fato de o Windows e seu sistema de alocação de arquivos preencherem os clusters disponíveis em ordem crescente, começando pelo mais próximo do início do disco e seguindo pelos subsequentes, mesmo que eles não sejam contíguos, estejam no meio de uma extensa área ocupada e haja espaço sobrando logo adiante. O cluster é a menor "porção" de espaço no disco que o sistema é capaz de acessar, e seu tamanho (número de setores) pode variar de um, nos discos mais antigos, a 64, em certas versões de Windows. Um cluster pode até acomodar integralmente um arquivo bem pequeno, mas não uma imagem em alta resolução, por exemplo, cujos milhões de bytes serão divididos e espalhados por outros clusters disponíveis na sequência (um cluster não pode abrigar mais do que um arquivo, mas um arquivo pode ser distribuído por vários clusters).

Quanto mais fragmentados estiverem os arquivos, mais trabalhosa e demorada será sua “recomposição”, já que a controladora do HD terá de localizar os fragmentos respectivos, posicionar a cabeça de leitura na trilha onde se encontra o primeiro deles, esperar que o disco gire até a posição desejada, “ler” as informações, copiá-las na memória, repetir o processo com o cluster subsequente, e assim sucessivamente, até reconstituir totalmente o arquivo. Considerando que uma simples movimentação da cabeça magnética para ler o primeiro cluster demora, em média, 500 vezes mais do que um acesso à memória RAM, fica fácil entender por que o uso do "swap file" degrada significativamente o desempenho do computador.

Amanha a gente continua; abraços e até lá.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ALGORITMO, LOGARITMO e outras considerações

Se você confunde bits com bytes, drive com driver ou a capacidade do HD com a memória física do sistema (RAM), seja bem vindo ao clube. Afinal, a popularização da informática nos brindou com inúmeros neologismos, acrônimos e siglas (geralmente de origem inglesa), o que propicia equívocos dessa natureza.

Dias atrás, um conhecido com quem eu conversava confundia sistematicamente os termos algoritmo logaritmo – o que seria até perdoável se ele não cursasse Ciências da Computação.

A propósito, anote aí no seu caderninho: ALGORITMO é uma sequência finita de instruções lógicas que o computador executa ao realizar uma tarefa ou resolver um problema, ao passo que  LOGARITMO é um recurso destinado a facilitar a realização de cálculos matemáticos complexos mediante a transformação de multiplicações e divisões em operações mais simples (soma e subtração).

Observação: Não confunda algoritmo com programa. Alguns autores definem "programa" como um conjunto de algoritmos combinados, o que, guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que definir uma casa como um monte de tijolos assentados.

Existem diversas formas de escrever algoritmos, sendo o pseudocódigo e o fluxograma as mais comuns. Aliás, eu até pensei em pedir “uma palhinha” ao amigo lusitano José Viegas, mas parece que o moço anda muito atarefado, de modo que dificilmente encontraria tempo para abrilhantar este humilde Blog com seus vastos conhecimentos de programação. Uma pena.

Enfim, amanhã veremos (ainda que em rápidas pinceladas) o Sistema Binário, a Lógica dos computadores e a Álgebra Booleana. Abraços a todos e até lá.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

INFORMATIQUÊS e outros que tais


Como toda disciplina, a Informática tem seu jargão característico, e erros banais como confundir bits com bytes ou drivers com drives, por exemplo, podem comprometer a credibilidade de uma postagem ou de um artigo publicado na mídia impressa – aspecto que pautou a inclusão do DICIONÁRIO DE INFORMATIQUÊS na COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA (que eu editava com meu então parceiro Robério até alguns anos atrás).
Com a “Última Flor do Lácio” a coisa não é muito diferente, e a despeito de a linguagem falada ser mais liberal do que a escrita e textos coloquiais não se prenderem a regras tão rígidas quanto as que regem as epístolas mais formais, ouvir alguém dizer “para mim fazer”, por exemplo, é de arrepiar.
Outros equívocos comuns:

·      Grama, com substantivo feminino, é sinônimo de capim. Como unidade de medida de peso, esse termo pertence ao gênero masculino, e o mesmo vale para seus múltiplos e submúltiplos. Se você não pede ao açougueiro uma quilo de bifes, não há porque pedir ao merceeiro duzentas gramas de presunto (ai!), trezentas gramas de mortadela – ou “mortandela”, Deus nos livre e guarde.

·        A abreviação (ou abreviatura, tanto faz) de quilo (e não kilo) é kg, em letras minúsculas (o prefixo k indica que a unidade está multiplicada por mil e, portanto, não pode ser usado isoladamente).

·        Para a representação de horário na linguagem escrita, o “Système International d’Unités”, adotado no Brasil, não prevê o uso dos dois pontos “importados” do Inglês, mas sim do h, como em 18h40. Não use m para abreviar minutos (m é abreviatura de metro). Não abrevie o termo minutos no registro de horário: 12h45. Em cronometragem esportiva, use as abreviaturas min e s como em 1h18min46s316 (milésimos de segundo dispensam abreviatura).

·        Para exprimir velocidade, seja em km/h (quilômetro por hora) ou em m/s (metro por segundo), deixe sempre o espaço correspondente a um caractere entre o valor numérico e o prefixo da unidade (como em 80 km/h).

·        Pontos cardeais, dias da semana e meses do ano devem ser grafados em letras minúsculas (a não ser no início de uma frase, evidentemente).

·        Cuidado para não confundir “mas com mais (na linguagem falada, a pronúncia disfarça o erro, mas na escrita ele nos salta aos olhos). A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário (ex.: pensei que escrevia certo, mas estava redondamente enganado). Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos” (ex.: Janeiro foi o mês mais chuvoso do ano).

Para mais dicas, leia a postagem 100erros de português, publicada pelo meu amigo Lu Cidreira, e teste seus conhecimentos com este não menos interessante joguinho de erros.

A propósito: Bit é a contração de "Binary Digit" (dígito binário) e designa a menor unidade de informação manipulada pelo computador, ao passo que Byte é uma unidade básica de memória que corresponde a oito bits e representa a quantidade de informação necessária para especificar uma letra, número, símbolo ou outro caractere qualquer. O termo Drive remete a qualquer dispositivo de armazenamento de dados (drive de HD, drive de CD-ROM, pendrive, etc.) ou unidade física ou lógica reconhecida pelo Sistema Operacional (drive C:, D:, E:, e assim por diante), enquanto que Drivers são programinhas de baixo nível que funcionam como (elemento de ligação entre o SO e os componentes de hardware que forma o sistema computacional. Para elucidar outras dúvidas, clique aqui ou recorra ao campo de buscas do Blog.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

De volta aos bits e bytes...

Um comentário deixado por um visitante, dias atrás, num post antigo (bits e bytes) me levou a “revisitar” o assunto e relembrar que bit é a unidade básica digital que corresponde a um “1” ou a um “0” (o termo em questão advém da forma reduzida de "BInary digiT", que é a menor unidade de informação manipulada pelo computador).
Um byte equivale a oito bits; um quilobyte, a 1024 bytes (ou meia página de texto); 1024 quilobytes, a um megabyte (espaço suficiente para armazenar um quinto da obra de Shakespeare), e um gigabyte, a 1024 MB (onde é possível gravar um filme de uma hora de duração).
Mil gigabytes formam um terabyte (15 terabytes são suficientes para digitalizar toda a biblioteca do congresso dos EUA); 1 petabyte, a 1024 terabytes (1/5 do conteúdo de todas as cartas distribuídas pelo correio dos Estados Unidos); 1 exabyte, a 1024 petabytes (10 bilhões de exemplares de uma única revista); 1 zettabyte, a 1024 petabytes (soma de todos os dados a serem produzidos em todo o mundo neste ano de 2010).
Bom dia a todos e até amanhã, se Deus quiser.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Medidas Imensuráveis e humor de sexta-feira

Não faz muito tempo, "monitor" era um termo relacionado apenas a televisores; "disco", uma bolacha de vinil que reproduzia música na vitrola; e "memória", a capacidade do ser humano de guardar (e recordar) lembranças ao longo da vida. Hoje, todavia, a associação desses vocábulos ao âmbito computacional é imediata: quase todo mundo sabe, por exemplo, que a tela de um monitor é medida pela diagonal (e que seu tamanho é expresso em polegadas), e que discos - HDs, CDs e DVDs - são "dispositivos de memória" (cuja capacidade é expressa em múltiplos de bytes).
Por convenção, o bit e seus múltiplos indicam velocidade (como na de transferência de dados entre dois dispositivos computacionais, por exemplo), ao passo que o byte e seus múltiplos expressam tamanho (de um arquivo, por exemplo) ou capacidade (de armazenamento de dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). Entretanto, por estarmos mais habituados ao sistema decimal do que ao binário, costumamos associar o prefixo quilo a 1.000 (1kg de carne = 1.000g de carne, por exemplo), ainda que esse raciocínio nem sempre se aplique ao contexto da informática: se você retroceder até a postagem de 24 de janeiro de 2008, verá que 8 bits (e não 10) formam 1 Byte; que 1 kB (quilobyte) corresponde a 1024 bytes (e não a 1000); que 1 MB corresponde a 1024 quilobytes, e assim por diante.
A necessidade de medir remonta aos primórdios da humanidade, e como cada lugar utilizava um sistema de medida próprio - formado por unidades imprecisas, geralmente baseadas no corpo de rei local (palmo, pé, polegada, etc.), o desenvolvimento do comércio entre os povos exigiu a criação de um padrão universal, fundamentado em “constantes naturais”. Mais adiante, esse padrão daria origem ao SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS, que conta com sete unidades fundamentais - metro (m), quilograma (kg), segundo (s), ampère (A) kelvin (K), mol (mol) e candela (cd). Mesmo assim, alguns países - notadamente os de colonização inglesa - utilizam escalas diferentes: se você prestar atenção aos filmes da TV, verá que as placas das estradas americanas indicam a distância em milhas, que o combustível é vendido em galões, que a altura das pessoas é expressa em pés e polegadas, que os termômetros registram a temperatura em graus Fahrenheit (), e que perfumes e bebidas trazem o volume em onças fluidas (fl.oz).
A título de curiosidade, um pé corresponde a aproximadamente 0,3m; um palmo , a 0,22m; uma milha (mi), a 1,6km; uma polegada, a 2,5cm; uma onça fluida, a 29,57ml (nos EUA) ou a 28,41ml (na Inglaterra). E para quem não se lembra do que foi ensinado nas aulas de Ciências, a fórmula para converter graus Fahrenheit em Celsius é (ºF – 32) : 1,8 = ºC.

E pra não perder o hábito, aqui vão 13 "verdades" sobre os homens:

Como se chama uma mulher que sabe onde seu marido está todas as noites? Resposta: Viúva.
Como se chama um homem inteligente, sensível e bonito? R: Boato.
O que deve fazer uma mulher quando seu marido corre em zigue-zague pelo jardim? R: Continuar a atirar.
Por que os homens não têm período de crise na idade madura? R: Porque nunca saem da adolescência.
Qual é o ponto comum entre os homens que freqüentam bares para solteiros? R: Todos eles são casados.
Por que as mulheres não querem mais se casar? R: Porque não é justo levar o porco inteiro por causa de 100 gramas de lingüiça!
Qual a semelhança entre o homem e o microondas? R: Aquecem em 15 segundos!
Qual a semelhança entre o homem e o caracol? R: Ambos têm chifres, babam e se arrastam. E ainda pensam que a casa é deles!
Por que não existe homem inteligente, sensível e bonito ao mesmo tempo? R: Seria mulher!Quando um homem mostra que tem planos para o futuro? R: Quando compra 2 caixas de cerveja.
Por que mulheres casadas são mais gordas do que as solteiras? R: A solteira chega em casa, vê o que tem na geladeira e vai pra cama; a casada vê o que tem na cama e vai pra geladeira.
O que Deus disse depois de criar o homem? R: Tenho que ser capaz de fazer coisa melhor...
O que disse Deus depois de criar a mulher? R: A prática traz a perfeição!

Boa sexta-feira treze a todos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Revisitando o HD

Tanto as memórias quanto o HD têm importância fundamental no desempenho de um sistema computacional. E como a RAM já foi "revisitada" na postagem do último dia 7, vou agora fazer o mesmo com o HD - componente que muitos usuários veem como um simples repositório de dados e ao qual não dedicam grande atenção.

Vale lembrar que tanto a RAM (memória física do sistema) quanto o HD (memória de massa), a despeito de serem fabricados a partir de tecnologias distintas e de terem funções diferentes, são memórias e, portanto, têm suas capacidades expressas em bytes e seus múltiplos (KB, MB e GB).

Houve época em que os PCs não tinham discos rígidos; o SO e os programas eram carregados a partir de arcaicos disquetes (há quem ainda se lembre de máquinas antigas, que costumavam integrar dois, três ou mais "floppy drives"). O primeiro HD de que se tem notícia foi construído pela IBM em 1956, era composto por 50 pratos de 24 polegadas de diâmetro - essa monstruosidade armazenava 4.36 MB (5 milhões de caracteres, com 7 bits cada um) e custava mais de 30 mil dólares.

Passando ao que interessa, o HD é uma mídia magnética de alta capacidade, constituída basicamente por uma câmara (ou caixa) selada, em cujo interior existem um ou mais pratos metálicos (platters) montados sobre um eixo e acionados por um motor. Embora o número de pratos influencie diretamente a capacidade do drive, os fabricantes não costumam integrar mais do que quatro, para não dificultar nem encarecer demais a produção dos componentes.

A leitura e a gravação dos dados é feita por cabeças eletromagnéticas (Heads) que, presas a um braço móvel (Arm) acionado por um atuador, podem percorrem toda a superfície dos discos, e as altas rotações (entre 5.400 e 10.000 RPM, nos modelos atuais) formam uma "bolsa de ar" que as mantém afastadas alguns nanômetros da camada magnética - os drives não são fechados à vácuo; é preciso haver ar em seu interior para que esse efeito seja criado.

placa lógica é o "sistema nervoso" do HD, e tem por função, dentre outras coisas, monitorar a rotação do motor, o deslocamento do atuador e o uso do cache de memória, além de tomar decisões baseadas em informações enviadas pela controladora de disco da placa-mãe.

A capacidade de armazenamento dos HDs depende basicamente da densidade e do diâmetro dos discos. A camada magnética, que recobre ambas as faces de cada prato, é constituída por grãos microscópicos dispostos de forma uniforme; quanto menores forem esses grãos, mais fina e sensível será a superfície e mais alta a densidade de gravação. Considerando que HDs modernos giram a 7200 RPM (via de regra, quanto maior a rotação, melhor a performance) e leem dados a 50 MB/s (em setores sequenciais), seu desempenho é bastante satisfatório, especialmente com a adoção da gravação perpendicular, que permite - pelo menos em tese - construir discos com capacidade de até 10 TB!

O diâmetro dos discos vêm "encolhendo" sistematicamente. Embora superfícies menores reduzam a capacidade de armazenamento da mídia e elevem o custo do megabyte, discos muito grandes são pesados, desperdiçam energia, geram muito calor e ruído e não suportam gravações em velocidades altas, além de serem extremamente sensíveis a impactos (isso sem mencionar que o tamanho dos pratos acaba retardando o acesso aos dados - aspecto que, combinado com a rotação mais baixa, resulta numa sensível degradação do desempenho).

Resumo da ópera: drives de 3.5" combinam desempenho aceitável, boa capacidade de armazenamento e custo mais baixo por megabyte, sendo a solução ideal para desktops. Já os de 2.5", mais compactos, silenciosos, econômicos (no consumo de energia) e resistentes a impactos, são geralmente utilizados em notebooks.

Amanhã a gente continua.

Abraços a todos e até lá.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Bits e Bytes

Bits e bytes representam coisas diferentes, embora a semelhança dos nomes, especialmente nas abreviações, dê margem a confusões bastante comuns.

"Bit" é a forma reduzida de "BInary digiT", a menor unidade de informação que pode ser manipulada pelo computador. Oito bits formam um "Byte" - acrônimo de "BinarY TErm" - que pode corresponder a uma letra, número, sinal ou caractere que enviamos via teclado (ou através de outro dispositivo de entrada de dados e instruções, com base na tabela ASCII) quando operamos o computador.

Vale lembrar que, mesmo quando trabalhemos com textos, figuras, músicas e animações, o PC sempre interpreta as informações sob a forma de enormes conjuntos de zeros e uns (já que utiliza o sistema binário). Tudo que é carregado na memória, processado e armazenado em disco ou em mídia removível é representado dessa forma, desde letras, símbolos e algarismos até imagens, instruções e comandos operacionais. Isso talvez nos pareça estranho, mas é porque estamos mais habituados ao sistema decimal.

Qualquer grandeza decimal pode ser convertida para o sistema binário (e vice-versa). Para transformar um valor decimal em binário, basta dividi-lo por 2 sucessivas vezes até chegar a 1 dividido por 2. Como qualquer número dividido por 2 sempre terá 0 ou 1 como resto em cada etapa, sempre que a divisão for exata você deve anotar 0 (zero) e, se sobrar "resto", marcar 1. Ao final, é só ler os resultados "de baixo para cima". A título de ilustração, veja a seguinte correspondência de valores:

1 Byte = 8 bits
1 Kilobyte (ou KB) = 1024 bytes
1 Megabyte (ou MB) = 1024 kilobytes
1 Gigabyte (ou GB) = 1024 megabytes
1 Terabyte (ou TB) = 1024 gigabytes
1 Petabyte (ou PB) = 1024 terabytes
1 Exabyte (ou EB) = 1024 petabytes
1 Zettabyte (ou ZB) = 1024 exabytes
1 Yottabyte (ou YB) = 1024 zettabytes

Voltando agora ao que interessa, por uma questão de convenção, o bit e seus múltiplos (quilobit, megabit, gigabit) são utilizados para expressar "velocidade" (de transferência de dados entre dois dispositivos computacionais), ao passo que o byte e seus múltiplos (quilobyte, megabyte, gigabyte) expressam tamanho (de um arquivo, por exemplo) e capacidade (de armazenamento de dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). 

Essas grandezas determinam também o "comprimento da palavra" do computador, ou seja, a quantidade de bits que o PC utiliza na composição das instruções internas (8 bits, palavra de 1 byte; 16 bits, palavra de 2 bytes; 32 bits, palavra de 4 bytes, e assim por diante), mas isso já é uma outra história.

Importante lembrar que valores expressos em bits devem ser grafadas com o "b" da sigla minúsculo (como em Mb, por exemplo), ao passo que os expressos em bytes devem ser grafados com "B" maiúsculo (como em GB, por exemplo).
A propósito: o site "Dicas úteis do Cassão" (www.cassao.eti.br/) oferece, entre outras informações interessantes, "tabelas dinâmicas" para conversão de bits em bytes (ida e volta) e números decimais em binários (e vice-versa). Fica a sugestão.

Bom fim de semana a todos - já que amanhã, aniversário de São Paulo, é feriado aqui no pedaço.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Informatiquês

Considerando que os motivos natalinos vêm agradando meus visitantes mais cativos, vou prosseguir com as figurinhas, uma por dia, até o final do mês. E como hoje é domingo, vamos falar de um assunto mais "light": o "informatiquês".
Atire o primeiro mouse quem nunca confundiu bits com bytes, drives com drivers, ou nunca se referiu (impropriamente) ao gabinete do computador como "CPU". Toda disciplina tem seu jargão característico, e a informática não é exceção. Aliás, usar um computador sem conhecer o significado de uma profusão de termos e siglas (geralmente em inglês), implica em cometer deslizes perdoáveis ou erros crassos, conforme o caso.
Em vista disso, estamos trabalhando na elaboração de um dicionário de Informatiquês. O livro ainda está em fase de elaboração, mas será publicado dentro da Coleção Guia Fácil Informática e deverá chegar às bancas lá pelo mês que vem. Fica aqui a informação para todos que me honram com suas visitas e, em especial, para os que acompanham nosso trabalho na mídia impressa.
Aproveitando o ensejo, vale lembrar a todos que CPU é a sigla de Unidade Central de Processamento, em inglês, e remete ao processador principal do computador - e não ao gabinete (aquela caixa plástica ou metálica que abriga a placa-mãe e demais componentes internos do PC, que também é conhecida como Case, Gabinete do Sistema ou Gabinete de CPU).
Bit é a contração de "Binary Digit" (dígito binário), e designa a menor unidade de informação manipulada pelo computador.
Byte, por sua vez, é uma unidade básica de memória que corresponde a oito bits e representa a quantidade de informação necessária para especificar uma letra, número, símbolo ou outro caractere qualquer.
Um drive é uma unidade de disco - disquete (Floppy Drive), disco rígido (HDD ou Hard Disk Drive), CD-ROM, um pen-drive ou qualquer outro dispositivo de armazenamento de dados.
Já um driver é um programinha de baixo nível que serve como ponte (elemento de ligação) entre o sistema operacional e o hardware.
Por ocasião da instalação (ou reinstalação) do Windows, você deve instalar os drivers de chipset e drivers de dispositivos adequados aos componentes que integram o seu computador. O Windows conta com um expressivo banco de drivers nativos e é capaz de fazer funcionar a maioria dos itens de hardware disponíveis no mercado, mas é sempre preferível usar as versões disponibilizados pelos respectivos fabricantes (que costumam vir nos CDs ou disquetes que acompanham o computador, a placa-mãe e outros dispositivos e periféricos).
Aliás, é importante visitar regularmente os websites dos fabricantes para fazer o download das versões mais recentes desses programinhas (mas isso já é outro assunto, e fica para uma outra vez). Amanhã voltamos às teclas de atalho e personalizações do Desktop. Espero que o "Bom Velhinho" do post de hoje seja realmente bonzinho para com todos nós.
Bom domingo a todos.