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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Bits e Bytes

Bits e bytes representam coisas diferentes, embora a semelhança dos nomes, especialmente nas abreviações, dê margem a confusões bastante comuns.

"Bit" é a forma reduzida de "BInary digiT", a menor unidade de informação que pode ser manipulada pelo computador. Oito bits formam um "Byte" - acrônimo de "BinarY TErm" - que pode corresponder a uma letra, número, sinal ou caractere que enviamos via teclado (ou através de outro dispositivo de entrada de dados e instruções, com base na tabela ASCII) quando operamos o computador.

Vale lembrar que, mesmo quando trabalhemos com textos, figuras, músicas e animações, o PC sempre interpreta as informações sob a forma de enormes conjuntos de zeros e uns (já que utiliza o sistema binário). Tudo que é carregado na memória, processado e armazenado em disco ou em mídia removível é representado dessa forma, desde letras, símbolos e algarismos até imagens, instruções e comandos operacionais. Isso talvez nos pareça estranho, mas é porque estamos mais habituados ao sistema decimal.

Qualquer grandeza decimal pode ser convertida para o sistema binário (e vice-versa). Para transformar um valor decimal em binário, basta dividi-lo por 2 sucessivas vezes até chegar a 1 dividido por 2. Como qualquer número dividido por 2 sempre terá 0 ou 1 como resto em cada etapa, sempre que a divisão for exata você deve anotar 0 (zero) e, se sobrar "resto", marcar 1. Ao final, é só ler os resultados "de baixo para cima". A título de ilustração, veja a seguinte correspondência de valores:

1 Byte = 8 bits
1 Kilobyte (ou KB) = 1024 bytes
1 Megabyte (ou MB) = 1024 kilobytes
1 Gigabyte (ou GB) = 1024 megabytes
1 Terabyte (ou TB) = 1024 gigabytes
1 Petabyte (ou PB) = 1024 terabytes
1 Exabyte (ou EB) = 1024 petabytes
1 Zettabyte (ou ZB) = 1024 exabytes
1 Yottabyte (ou YB) = 1024 zettabytes

Voltando agora ao que interessa, por uma questão de convenção, o bit e seus múltiplos (quilobit, megabit, gigabit) são utilizados para expressar "velocidade" (de transferência de dados entre dois dispositivos computacionais), ao passo que o byte e seus múltiplos (quilobyte, megabyte, gigabyte) expressam tamanho (de um arquivo, por exemplo) e capacidade (de armazenamento de dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). 

Essas grandezas determinam também o "comprimento da palavra" do computador, ou seja, a quantidade de bits que o PC utiliza na composição das instruções internas (8 bits, palavra de 1 byte; 16 bits, palavra de 2 bytes; 32 bits, palavra de 4 bytes, e assim por diante), mas isso já é uma outra história.

Importante lembrar que valores expressos em bits devem ser grafadas com o "b" da sigla minúsculo (como em Mb, por exemplo), ao passo que os expressos em bytes devem ser grafados com "B" maiúsculo (como em GB, por exemplo).
A propósito: o site "Dicas úteis do Cassão" (www.cassao.eti.br/) oferece, entre outras informações interessantes, "tabelas dinâmicas" para conversão de bits em bytes (ida e volta) e números decimais em binários (e vice-versa). Fica a sugestão.

Bom fim de semana a todos - já que amanhã, aniversário de São Paulo, é feriado aqui no pedaço.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

BITS e BYTES - BASE BINÁRIA, TAMANHO, CAPACIDADE, VELOCIDADE e outras considerações

TODO AMOR É ETERNO. SE NÃO FOR ETERNO, NÃO É AMOR.

Vimos que computadores operam com números binários, que um bit pode representar apenas um de dois estados opostos – aberto/fechado, ligado/desligado, etc. –, que oito bits formam um byte e que essas grandezas são intercambiáveis, embora, por convenção, o bit e seus múltiplos representem velocidades (taxas de transferência) e o byte e seus múltiplos, tamanhos (de arquivos) e capacidades (de dispositivos de memória).

Diferentemente do que ocorre na base decimal – onde 1 Kg corresponde a 1.000 gramas, 1 megagrama (ou tonelada) a 1.000 Kg, e por aí vai –, 1 Kb equivale a 1024 bits, 1 Mb a 1024 Kb, e assim por diante (o mesmo se aplica aos múltiplos do byte). No entanto, por uma questão de conveniência – ou de apelo mercadológico –, os fabricantes de discos rígidos convertem os bytes de seus produtos usando a notação decimal, o que lhes garante ganhos bastante representativos: embora a diferença entre 1.000 e 1024 seja de apenas 2,4%, esse percentual chega a quase 10% quando a capacidade do drive alcança a casa do Terabyte – "lesando" o consumidor em aproximadamente 100 GB (99.511.627.776 bytes, para ser exato).

ObservaçãoDevido à pressão dos fabricantes de HDs, a IEC criou em 2005 um sistema alternativo que introduz o “bi” nos prefixos que remetem a grandezas binárias, dando origem ao kibibyte (KiB = 1024 bytes), ao mebibyte (MiB), ao gibibyte (GiB), ao tebibyte (TiB), ao pebibyte (PiB), ao exbibyte (EiB), ao zebibyte (ZiB) e ao yobibyte (YiB), onde cada qual multiplica por 1024 o valor do seu predecessor. A rigor, isso apenas nos deixa com dois padrões de medida conflitantes, cada qual com seus defensores, detratores e aplicações não raro tendenciosas.

Guardadas as devidas proporções, o que foi dito aqui se aplica também a grandezas como largura de bandataxas de download e de upload. Para entender melhor, quando você contrata um pacote de banda larga de "1 Mega", por exemplo, sua velocidade de navegação teórica é de 1 Mb/s (megabit por segundo), mas sua taxa de download (expressa em quilobits por segundo) é de 128 KB/s – como vimos, 1 Mb equivale a 1024 bits, e como 1 byte corresponde a 8 bits, é preciso dividir 1024 por 8 

O bit é usado ainda para referenciar o "tamanho das palavras" processadas pelo computador – ou melhor, da sequência de bits de tamanho fixo que a CPU e o sistema operaciona são capazes de manipular. O Seven popularizou as versões de 64 bits do Windows, cuja principal vantagem é gerenciar muito mais memória RAM do qua as versões de 32 bits (8 GB na HB e 16 GB na HP contra 192 GB nas edições Professional, Enterprise e Ultimate). Isso já foi abordado aqui no Blog, de modo que você pode obter mais detalhes usando o campo de buscas da nossa homepage.

Muitas operadoras fazem as conversões usando a notação decimal, o que reduz ainda mais as velocidades reais. Demais disso, muitos consumidores acreditam que os valores estejam expressos em megabytes, quando na verdade a grandeza usada é o megabit, o que os torna oito vezes menores, pois, como vimos, o bit corresponde a 1/8 do byte. Considerando ainda que uma vasta gama de fatores pode reduzir a velocidade de navegação (tais como congestionamento da rede em horários de pico, lentidão nos servidores que hospedam as páginas que você deseja acessar, degradação do sinal distribuído pelo seu roteador wireless, etc.), a coisa até que melhorou um bocado.

Outra confusão bastante comum se dá com os pacotes de dados limitados oferecidos pelos serviços de banda larga móvel das operadoras de telefonia celular. Nesses casos, um plano de 1 Giga, por exemplo, não referencia a velocidade, mas a quantidade mensal de dados que o usuário poderá baixar antes de ser tarifado pelo tráfego excedente ou ter a velocidade reduzida até o fechamento da fatura. Leia bem o contrato e esclareça todas as dúvidas com a turma do suporte de sua operadora.

Amanhã a gente conclui.
 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

BAIXA VELOCIDADE DE CONEXÃO, BITS, BYTES E OUTRAS QUESTÕES AFINS.

UM NÚMERO BAIXO DE VOTANTES É UMA INDICAÇÃO DE QUE MENAS (sic) PESSOAS ESTÃO A VOTAR (Lula).

A baixa velocidade de conexão incomodava os internautas desde o tempo em que o dial-up era padrão, quando os usuários alegavam não alcançar os 56 Kbps "prometidos" pelos fabricantes de seus modems. Aliás, no saudoso Curso Dinâmico de Hardware, eu até publiquei um artigo explicando como configurar adequadamente esse dispositivo e salientei que navegar entre 48 e 52 Kbps estava de bom tamanho, considerando que a má qualidade das linhas telefônica, as condições nem sempre adequadas do cabeamento dos imóveis, a distância entre a central e o ponto de acesso, e por aí vai. Com a popularização da banda larga e a melhoria dos serviços, todavia, os 128/256 Kbps iniciais – que então pareciam astronômicos para os recém-chegados – logo viraram coisa do passado: hoje, a velocidade média da banda larga tupiniquim fica por volta dos 2,5 Mb/s, e os principais provedores já oferecem planos de 100 Mbps, (embora nem sempre cumpram o que prometem), como veremos numa sequência de postagens que começa com a de home. Acompanhe:

Apesar de realizar cálculos monstruosos em frações de segundo, o computador só opera com enormes conjuntos de zeros e uns. Tudo o que ele carrega na memória, processa, lê e grava (de letras, símbolos e algarismos a músicas, imagens, vídeos e instruções operacionais) é representado através de números binários. Uma faixa musical gravada em MP3, p. ex., pode ter 3 MB3.072 KB3.145.728 bytes ou 25.165.824 bits – no fundo, dá tudo na mesma, o que muda é somente a forma de expressar a grandeza.
Isso causa certa confusão entre nós, seres humanos, já que estamos acostumados a fazer cálculos utilizando a base 10, mas é possível converter qualquer valor decimal em binário dividindo-o sucessivas vezes por 2, marcando 0 se o resultado for exato e 1 no caso de sobrar resto e então lendo os resultados de baixo para cima, como no exemplo à direita (a recíproca também é verdadeira, mas os detalhes fogem ao escopo desta postagem e, portanto, ficam para outra vez).
bit (abreviatura de dígito binário) é a menor unidade de informação que o computador consegue manipular, e pode representar apenas dois estados opostos – fechado/aberto, desligado/ligado, falso/verdadeiro, etc. –, expressos, por convenção, pelos algarismos 0 ou 1. Já o byte (pronuncia-se báite), é composto por oito bits consecutivos e corresponde a uma letra, número, sinal ou caractere que enviamos através teclado (com base na tabela ASCII) ou outro dispositivo de entrada de dados e instruções.
Por uma questão de convenção, o bit e seus múltiplos são usados para exprimir velocidade (taxa de transferência de dados), ao passo que o byte e seus múltiplos remetem a tamanho (de arquivos) e capacidade (armazenamento de dados). Um Kb é igual a 1024 bits; um Mb, a 1024 Kb; um GB, a 1024 MB, e assim por diante (para não errar na conversão, clique aqui).

Observação: Tanto os múltiplos do bit quanto do byte são representados pelos prefixos Kilo, Mega, Giga, Tera, Peta Exa, Zetta e Yotta, e correspondem, respectivamente, a 210, 220, 230, 240, 250, 260, 270 e 280. Ao abreviar essas grandezas, use sempre o “b” minúsculo para representar o bit e o “B” maiúsculo para representar o byte.

Diversos dispositivos seguem a notação binária, dentre os quais os módulos de memória, cartões SD, pendrives, e CDs/DVDs. Um pente de memória de 1 GB, por exemplo, contém exatamente 1.073.741.824 bytes, enquanto um CD de 650 MB é dividido em 333.000 setores de 2048 bytes cada um, totalizando 681.984.000 bytes, ou 650.39 MB.

Amanhã a gente continua. Até lá, delicie-se com a entrevista que a nossa presidenta concedeu a William Bonner dias atrás, no Jornal Nacional (clique aqui).

FORA, DILMA, LULA, PT, PETRALHAS E O ESCAMBAU! 



Tenham todos um ótimo dia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

MENSURAR É PRECISO (CONCLUSÃO)

NÃO ACREDITO EM HONESTIDADE SEM ACIDEZ, SEM DIETA E SEM ÚLCERA.

A necessidade de medir remonta aos primórdios da humanidade, e como cada lugar utilizava um sistema de medida próprio ― formado por unidades imprecisas (palmo, pé, polegada, etc.) geralmente baseadas no corpo do rei local, o desenvolvimento do comércio entre os povos exigiu a criação de um padrão universal, fundamentado em “constantes naturais”. Mais adiante, esse padrão deu origem ao SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS, que conta com sete unidades fundamentais - metro (m), quilograma (kg), segundo (s), ampère (A) kelvin (K), mol (mol) e candela (cd). Mesmo assim, alguns países ― notadamente os de colonização inglesa ― utilizam escalas diferentes: se você prestar atenção aos filmes da TV, verá que as placas das estradas americanas indicam a distância em milhas, que o combustível é vendido em galões, que a altura das pessoas é expressa em pés e polegadas, que os termômetros registram a temperatura em graus Fahrenheit (Fº), e que perfumes e bebidas trazem o volume em onças fluidas (fl.oz).

Observação: A título de curiosidade, um corresponde a aproximadamente 0,3 m; um palmo, a 0,22 m; uma milha (mi), a 1,6 km; uma polegada, a 2,5 cm; uma onça fluida, a 29,57 ml (nos EUA) ou a 28,41ml (na Inglaterra). E para quem não se lembra do que foi ensinado nas aulas de Ciências, a fórmula para converter graus Fahrenheit em Celsius é: (ºF – 32) : 1,8 = ºC.

Atente para a tabela de conversão a seguir:

1 Byte = 8 bits;
1 Kilobyte (ou kB) = 1024 bytes;
1 Megabyte (ou MB) = 1024 kilobytes;
1 Gigabyte (ou GB) = 1024 megabytes;
1 Terabyte (ou TB) = 1024 gigabytes;
1 Petabyte (ou PB) = 1024 terabytes;
1 Exabyte (ou EB) = 1024 petabytes;
1 Zettabyte (ou ZB) = 1024 exabytes;
1 Yottabyte (ou YB) = 1024 zettabytes.


Por uma questão de conveniência ― ou apelo mercadológico ―, os fabricantes de discos rígidos convertem os bytes de seus produtos usando a notação decimal, o que lhes garante ganhos bastante significativos: embora a diferença entre 1.000 e 1024 seja de apenas 2,4%, o percentual chega a quase 10% quando a capacidade do drive alcança a casa do Terabyte, “lesando” o consumidor em aproximadamente 100 GB (99.511.627.776 bytes, para ser exato).

Devido à pressão dos fabricantes de HDs, a IEC criou em 2005 um sistema alternativo que introduz o “bi” nos prefixos que remetem a grandezas binárias, dando origem ao kibibyte (kiB = 1024 bytes), ao mebibyte (MiB), ao gibibyte (GiB), ao tebibyte (TiB), ao pebibyte (PiB), ao exbibyte (EiB), ao zebibyte (ZiB) e ao yobibyte (YiB), onde cada qual multiplica por 1024 o valor do seu predecessor (vide figura que ilustra este post). A rigor, isso apenas nos deixa com dois padrões de medida conflitantes, cada qual com seus defensores, detratores e aplicações não raro tendenciosas.

Mutatis mutandis
, o que foi explicado aqui se aplica também a grandezas como largura de bandataxas de download e de upload. Para entender melhor, quando você contrata um pacote de banda larga de “1 Mega”, por exemplo, sua largura de banda (ou velocidade de navegação) teórica é de 1 Mb/s (megabits por segundo), mas sua taxa de download (expressa em kilobits por segundo) é de 128 kB/s ― como vimos, 1 Mb equivale a 1024 bits, e como 1 byte corresponde a 8 bits, é preciso dividir 1024 por 8 (tome cuidado para não confundir o b, de bit, com o B, de byte).

Observação: O bit é usado ainda para referenciar o “tamanho das palavras” processadas pelo PC ― ou seja, da sequência de bits de tamanho fixo que a CPU e o Sistema Operacional são capazes de manipular. O Seven popularizou as versões de 64-bits do Windows, cuja principal vantagem é gerenciar uma quantidade de RAM muito superior à das versões de 32-bits (que é limitada a pouco mais de 3 GB, ao passo que as versões 64-bits Home Basic e Home Premium alcançam 8 GB e 16 GB, respectivamente, e as versões Professional, Enterprise e Ultimate chegam a 192 GB).

Muitas operadoras fazem suas conversões usando a notação decimal, o que reduz ainda mais as velocidades reais, sem mencionar que muitos consumidores acreditam que os valores estejam expressos em megabytes, quando na verdade a grandeza usada é o megabit, oito vezes menor, pois, como vimos, o bit corresponde a 1/8 do byte. Considerando ainda que uma vasta gama de fatores pode reduzir a velocidade de navegação (tais como congestionamento da rede em horários de pico, lentidão nos servidores que hospedam as páginas que desejamos acessar, degradação do sinal distribuído pelo roteador wireless, etc.), a coisa até que melhorou um bocado.

Observação: Outra confusão bastante comum se dá com os pacotes de dados limitados oferecidos pelos serviços de banda larga móvel das operadoras de telefonia celular. Nesses casos, um plano de 1 Giga, por exemplo, não tem a ver com a velocidade (de transferência de dados), mas sim com a quantidade de dados que você poderá baixar por mês, antes de ser tarifado pelo tráfego excedente ou ter sua velocidade reduzida até o fechamento da fatura. Portanto, leia bem o contrato e esclareça todas as suas dúvidas com o serviço de suporte ao cliente do seu provedor.


SOBRE O INDULTO DO EX-GUERRILHEIRO DE ARAQUE

JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA, o ex-guerrilheiro petralha que era considerado mentor intelectual do Mensalão até que a histórica coletiva de imprensa da Lava-Jato colocou os pingos nos ii e atribuiu a Lula Lalau essa grande honraria, havia sido julgado e condenado pelo STF, em 2012, a mais de 10 anos de prisão em regime fechado. Em 2014, dois dias depois da reeleição da nefelibata da mandioca, por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, ele passou a cumprir pena em regime de prisão domiciliar, mas tornou a ser preso em agosto de 2015 na fase Pixuleco da Lava-Jato e sentenciado por Sergio Moro a 23 anos e 3 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Dias atrás, com base no indulto natalino concedido a Dirceu em dezembro do ano passado pela ex-grande chefa toura sentada impichada, Barroso extinguiu a pena referente ao Mensalão com base nas ponderações do próprio juiz Moro ― de que petralha foi condenado por delitos praticados antes do início do cumprimento da pena do mensalão ― e do novo parecer de Rodrigo Janot, desta vez favorável ao perdão a Dirceu.

O ministro entendeu que o ex-todo-poderoso ministro do governo Lula tem direito ao indulto relativo à pena do mensalão, conquanto tenha criticado o sistema de progressão de regime, apontando que após cumprimento “pouco relevante” da pena é possível conseguir o indulto. “O excesso de leniência privou o direito penal no Brasil de um dos principais papeis que lhe cabe, que é o de prevenção geral. O baixíssimo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funcionou como um incentivo à prática generalizada de determinados delitos”, escreveu Barroso, em sua decisão, além de ressalvar que “o sentenciado continuará na prisão em que se encontra [em Curitiba], tendo em vista que permanece em vigor decreto de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Paraná”.

Na quinta-feira passada, Teori Zavascki, ministro responsável pelos processos da Lava-Jato no STF, indeferiu um pedido da defesa de Dirceu para ele fosse solto. Vale lembrar que o petralha completou 70 anos em março passado, e mesmo com a extinção da pena anterior, dificilmente viverá o bastante para cumprir integralmente a pena remanescente.


E como hoje é sexta:





Era isso, pessoal. Espero que tenham gostado.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

De volta aos bits e bytes...

Um comentário deixado por um visitante, dias atrás, num post antigo (bits e bytes) me levou a “revisitar” o assunto e relembrar que bit é a unidade básica digital que corresponde a um “1” ou a um “0” (o termo em questão advém da forma reduzida de "BInary digiT", que é a menor unidade de informação manipulada pelo computador).
Um byte equivale a oito bits; um quilobyte, a 1024 bytes (ou meia página de texto); 1024 quilobytes, a um megabyte (espaço suficiente para armazenar um quinto da obra de Shakespeare), e um gigabyte, a 1024 MB (onde é possível gravar um filme de uma hora de duração).
Mil gigabytes formam um terabyte (15 terabytes são suficientes para digitalizar toda a biblioteca do congresso dos EUA); 1 petabyte, a 1024 terabytes (1/5 do conteúdo de todas as cartas distribuídas pelo correio dos Estados Unidos); 1 exabyte, a 1024 petabytes (10 bilhões de exemplares de uma única revista); 1 zettabyte, a 1024 petabytes (soma de todos os dados a serem produzidos em todo o mundo neste ano de 2010).
Bom dia a todos e até amanhã, se Deus quiser.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Medidas Imensuráveis e humor de sexta-feira

Não faz muito tempo, "monitor" era um termo relacionado apenas a televisores; "disco", uma bolacha de vinil que reproduzia música na vitrola; e "memória", a capacidade do ser humano de guardar (e recordar) lembranças ao longo da vida. Hoje, todavia, a associação desses vocábulos ao âmbito computacional é imediata: quase todo mundo sabe, por exemplo, que a tela de um monitor é medida pela diagonal (e que seu tamanho é expresso em polegadas), e que discos - HDs, CDs e DVDs - são "dispositivos de memória" (cuja capacidade é expressa em múltiplos de bytes).
Por convenção, o bit e seus múltiplos indicam velocidade (como na de transferência de dados entre dois dispositivos computacionais, por exemplo), ao passo que o byte e seus múltiplos expressam tamanho (de um arquivo, por exemplo) ou capacidade (de armazenamento de dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). Entretanto, por estarmos mais habituados ao sistema decimal do que ao binário, costumamos associar o prefixo quilo a 1.000 (1kg de carne = 1.000g de carne, por exemplo), ainda que esse raciocínio nem sempre se aplique ao contexto da informática: se você retroceder até a postagem de 24 de janeiro de 2008, verá que 8 bits (e não 10) formam 1 Byte; que 1 kB (quilobyte) corresponde a 1024 bytes (e não a 1000); que 1 MB corresponde a 1024 quilobytes, e assim por diante.
A necessidade de medir remonta aos primórdios da humanidade, e como cada lugar utilizava um sistema de medida próprio - formado por unidades imprecisas, geralmente baseadas no corpo de rei local (palmo, pé, polegada, etc.), o desenvolvimento do comércio entre os povos exigiu a criação de um padrão universal, fundamentado em “constantes naturais”. Mais adiante, esse padrão daria origem ao SISTEMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS, que conta com sete unidades fundamentais - metro (m), quilograma (kg), segundo (s), ampère (A) kelvin (K), mol (mol) e candela (cd). Mesmo assim, alguns países - notadamente os de colonização inglesa - utilizam escalas diferentes: se você prestar atenção aos filmes da TV, verá que as placas das estradas americanas indicam a distância em milhas, que o combustível é vendido em galões, que a altura das pessoas é expressa em pés e polegadas, que os termômetros registram a temperatura em graus Fahrenheit (), e que perfumes e bebidas trazem o volume em onças fluidas (fl.oz).
A título de curiosidade, um pé corresponde a aproximadamente 0,3m; um palmo , a 0,22m; uma milha (mi), a 1,6km; uma polegada, a 2,5cm; uma onça fluida, a 29,57ml (nos EUA) ou a 28,41ml (na Inglaterra). E para quem não se lembra do que foi ensinado nas aulas de Ciências, a fórmula para converter graus Fahrenheit em Celsius é (ºF – 32) : 1,8 = ºC.

E pra não perder o hábito, aqui vão 13 "verdades" sobre os homens:

Como se chama uma mulher que sabe onde seu marido está todas as noites? Resposta: Viúva.
Como se chama um homem inteligente, sensível e bonito? R: Boato.
O que deve fazer uma mulher quando seu marido corre em zigue-zague pelo jardim? R: Continuar a atirar.
Por que os homens não têm período de crise na idade madura? R: Porque nunca saem da adolescência.
Qual é o ponto comum entre os homens que freqüentam bares para solteiros? R: Todos eles são casados.
Por que as mulheres não querem mais se casar? R: Porque não é justo levar o porco inteiro por causa de 100 gramas de lingüiça!
Qual a semelhança entre o homem e o microondas? R: Aquecem em 15 segundos!
Qual a semelhança entre o homem e o caracol? R: Ambos têm chifres, babam e se arrastam. E ainda pensam que a casa é deles!
Por que não existe homem inteligente, sensível e bonito ao mesmo tempo? R: Seria mulher!Quando um homem mostra que tem planos para o futuro? R: Quando compra 2 caixas de cerveja.
Por que mulheres casadas são mais gordas do que as solteiras? R: A solteira chega em casa, vê o que tem na geladeira e vai pra cama; a casada vê o que tem na cama e vai pra geladeira.
O que Deus disse depois de criar o homem? R: Tenho que ser capaz de fazer coisa melhor...
O que disse Deus depois de criar a mulher? R: A prática traz a perfeição!

Boa sexta-feira treze a todos.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

APAGAR ARQUIVOS CONFIDENCIAIS ― OU: CAUTELA E CANJA DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM

ESCREVO POR AMOR À ARTE, MAS O AMOR NÃO PAGA AS CONTAS.

Todo arquivo digital é uma imensa sequência de bits. O bit é a menor unidade que um dispositivo computacional consegue manipular, e pode assumir somente dois valores ou estados (zero e um, aberto e fechado, ligado e desligado, etc.). Na notação binária ― que é utilizada pelos computadores ―, 1 bit corresponde a 8 bytes, e as grandezas não são expressas em múltiplos de 10, mas na base 2 elevada ao expoente “x”. Assim, 1 kB não são 1000 bytes, mas 1024 bytes (para mais detalhes, reveja esta postagem).

Computadores armazenam na memória física (RAM) os programas em execução e as informações em processamento (desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto). Nenhum dispositivo computacional atual, de um grande mainframe a uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima dessa memória. O problema é que a RAM é volátil, ou seja, incapaz de reter os dados quando o fornecimento de energia é cortado. Então, para que não tenhamos de realimentar toda vez com as informações de que precisa para funcionar (drivers, bibliotecas, sistema operacional, aplicativos, etc.), um HD (ou um SSD, nos modelos de topo de linha mais recentes) faz o papel de memória de massa, salvando as informações de maneira persistente ― não confundir com permanente.

Devido a uma série de fatores relacionados com segurança e privacidade, convém tomarmos muito cuidado com dados pessoais/confidenciais/comprometedores que salvamos no PC, no tablet, no smartphone, etc., pois, como sabemos ― ou deveríamos saber ―, arquivos digitais só são apagados definitivamente depois que são sobrescritos.

Quando deletamos uma foto que havíamos gravado no HDD do PC ou na memória do smartphone, por exemplo, o espaço que ela ocupava fica disponível para regravação, mas, até que isso aconteça, pode ser possível recuperá-la com o auxílio de ferramentas dedicadas ― como o Restoration. Isso nem sempre dá certo, mas há grandes chances de sucesso, especialmente se rodarmos o programinha logo depois que o arquivo que desejamos recuperar foi deletado.
O lado ruim da história e que, quando passamos adiante nosso PC, tablet ou smartphone, sempre existe a possibilidade de algum curioso se valer desse tipo de ferramenta para vasculhar o que foi apagado, mas ainda pode ser recuperado. E mesmo que formatemos o HDD, no caso do PC, ou revertamos os gadgets às configurações de fábrica ― procedimento que limpa a memória interna e desfaz as alterações aplicadas ao sistema operacional desses aparelhinhos, há grandes chances dos abelhudos lograrem êxito em seu intento.

Observação: No caso de tablets e smartphones baseados no Android, acesse Configurações, selecione Backup e reset e escolha redefinir dados de fábrica. Nas versões anteriores a 4.0, pressione Menu a partir da tela inicial, selecione Configurações > Privacidade > Restaurar configurações de fábrica, role a tela de aviso até o final e selecione Redefinir telefone. Nas versões mais recentes, acesse Configurações, selecione Backup e reset e, na tela seguinte, escolha redefinir dados de fábrica. No iOS, selecione Configurações > Geral > Redefinir > apagar todo conteúdo e configurações.

A boa notícia é que o Restoration também apaga definitivamente os dados (outras boas opções são o Advanced System Care, o Eraser e o DBAN). Talvez seja desnecessário você se dar a esse trabalho se está seguro de que não mantém arquivos comprometedores em seus aparelhos, mas até mesmo os nomes, telefones e endereços de email de seus contatos podem ser usados indevidamente por alguém mal-intencionado. Então, procure sempre armazenar esses dados no próprio cartão SIM ou configurar seu aparelho para que os salve no SD Card (caso ele ofereça suporte a cartões de memória). Assim, se você transferir o SIM e/ou o SD Card para o telefone, terá prontamente à disposição seus contatos, músicas, emails, fotos e outros arquivos pessoais, além da segurança de que eles não cairão em mãos erradas.

2.527 ANOS DE PRISÃO

Se a “alma viva mais honesta do planeta” fosse condenada pelo vasto leque de crimes de que é acusada, pegaria de 519 a 1.795 anos de cadeia. Pelo mesmo critério, o Cangaceiro das Alagoas e ex-presidente do Congresso poderia amargar 247 atrás das grades (sua pena mínima seria de 60 anos). E o líder do governo no Senado ― Caju, ou Jucá ―, de 39 e 170 anos. 

O levantamento feito pela reportagem de IstoÉ inclui o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Quadrilha, um dos principais auxiliares do presidente Michel Temer. Se implicado por todos os crimes, sua insolência correria o risco de pegar uma pena de 67 anos. O mesmo cálculo se aplica ao presidente da Câmara, Rodrigo Mamata. Já a pena para o presidente do Senado, Estrupício de Oliveira, seria de 5 a 25 anos. E é esse Congresso que vai votar as reformas de que o Brasil tanto precisa para retomar o caminho do crescimento E ― valei-nos Deus ―  é esse Congresso que vai votar as medidas contra abuso de autoridade ― cuja aprovação a toque de caixa os imprestáveis Renan Caralheiros e Roberto Requeijão vêm defendendo caninamente, enquanto negam candidamente tratar-se de mera retaliação a juízes, procuradores, delegados federais e outras autoridades. Uma barbaridade!

OBSERVAÇÃO: Se aprovado fosse, esse absurdo provocaria uma interminável enxurrada de ações, pois investigados, denunciados e réus processariam os agentes que os investigaram, os procuradores que os denunciaram, os magistrados que os condenaram. E aquela asnice de hermenêutica, então, um verdadeiro descalabro: se a lei não fosse interpretativa, toda decisão do STF seria unânime. Aliás, falando no Supremo, o ministro Marco Aurélio já deu sinais de que, se aprovada semelhante excrescência, a decisão final certamente caberá àquela Corte, o que de certa forma nos tranquiliza, mas não desobriga de pressionar o Legislativo para que essa merdeira não passe.

O levantamento de IstoÉ, baseado em inquéritos policiais e denúncias do Ministério Público, mostra que, quanto mais maduros estão os processos, maiores sãos os riscos de temporadas mais longas na prisão. Como Lula tem mais ações penais que os outros, está bem à frente dos colegas. O cálculo não considerou todas as investigações do petista e de Renan Caralheiros, ambos com mais de dez procedimentos criminais na Justiça, mas apenas as denúncias ou os inquéritos derivados das delações da Odebrecht.

Voltando a Lula, o depoimento do casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura, somado às informações com que Antonio Palocci acenou, ontem, ao juiz Sergio Moro ― as quais, disse o ex-ministro de Lula e Dilma, devem render pelo menos mais um ano de investigações à Lava-Jato ―, o dia D está chegando e a hora H não tarda.

Lula Lá! E com Dilma na rabeira!

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

INFORMATIQUÊS e outros que tais


Como toda disciplina, a Informática tem seu jargão característico, e erros banais como confundir bits com bytes ou drivers com drives, por exemplo, podem comprometer a credibilidade de uma postagem ou de um artigo publicado na mídia impressa – aspecto que pautou a inclusão do DICIONÁRIO DE INFORMATIQUÊS na COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA (que eu editava com meu então parceiro Robério até alguns anos atrás).
Com a “Última Flor do Lácio” a coisa não é muito diferente, e a despeito de a linguagem falada ser mais liberal do que a escrita e textos coloquiais não se prenderem a regras tão rígidas quanto as que regem as epístolas mais formais, ouvir alguém dizer “para mim fazer”, por exemplo, é de arrepiar.
Outros equívocos comuns:

·      Grama, com substantivo feminino, é sinônimo de capim. Como unidade de medida de peso, esse termo pertence ao gênero masculino, e o mesmo vale para seus múltiplos e submúltiplos. Se você não pede ao açougueiro uma quilo de bifes, não há porque pedir ao merceeiro duzentas gramas de presunto (ai!), trezentas gramas de mortadela – ou “mortandela”, Deus nos livre e guarde.

·        A abreviação (ou abreviatura, tanto faz) de quilo (e não kilo) é kg, em letras minúsculas (o prefixo k indica que a unidade está multiplicada por mil e, portanto, não pode ser usado isoladamente).

·        Para a representação de horário na linguagem escrita, o “Système International d’Unités”, adotado no Brasil, não prevê o uso dos dois pontos “importados” do Inglês, mas sim do h, como em 18h40. Não use m para abreviar minutos (m é abreviatura de metro). Não abrevie o termo minutos no registro de horário: 12h45. Em cronometragem esportiva, use as abreviaturas min e s como em 1h18min46s316 (milésimos de segundo dispensam abreviatura).

·        Para exprimir velocidade, seja em km/h (quilômetro por hora) ou em m/s (metro por segundo), deixe sempre o espaço correspondente a um caractere entre o valor numérico e o prefixo da unidade (como em 80 km/h).

·        Pontos cardeais, dias da semana e meses do ano devem ser grafados em letras minúsculas (a não ser no início de uma frase, evidentemente).

·        Cuidado para não confundir “mas com mais (na linguagem falada, a pronúncia disfarça o erro, mas na escrita ele nos salta aos olhos). A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário (ex.: pensei que escrevia certo, mas estava redondamente enganado). Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos” (ex.: Janeiro foi o mês mais chuvoso do ano).

Para mais dicas, leia a postagem 100erros de português, publicada pelo meu amigo Lu Cidreira, e teste seus conhecimentos com este não menos interessante joguinho de erros.

A propósito: Bit é a contração de "Binary Digit" (dígito binário) e designa a menor unidade de informação manipulada pelo computador, ao passo que Byte é uma unidade básica de memória que corresponde a oito bits e representa a quantidade de informação necessária para especificar uma letra, número, símbolo ou outro caractere qualquer. O termo Drive remete a qualquer dispositivo de armazenamento de dados (drive de HD, drive de CD-ROM, pendrive, etc.) ou unidade física ou lógica reconhecida pelo Sistema Operacional (drive C:, D:, E:, e assim por diante), enquanto que Drivers são programinhas de baixo nível que funcionam como (elemento de ligação entre o SO e os componentes de hardware que forma o sistema computacional. Para elucidar outras dúvidas, clique aqui ou recorra ao campo de buscas do Blog.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Informatiquês

Considerando que os motivos natalinos vêm agradando meus visitantes mais cativos, vou prosseguir com as figurinhas, uma por dia, até o final do mês. E como hoje é domingo, vamos falar de um assunto mais "light": o "informatiquês".
Atire o primeiro mouse quem nunca confundiu bits com bytes, drives com drivers, ou nunca se referiu (impropriamente) ao gabinete do computador como "CPU". Toda disciplina tem seu jargão característico, e a informática não é exceção. Aliás, usar um computador sem conhecer o significado de uma profusão de termos e siglas (geralmente em inglês), implica em cometer deslizes perdoáveis ou erros crassos, conforme o caso.
Em vista disso, estamos trabalhando na elaboração de um dicionário de Informatiquês. O livro ainda está em fase de elaboração, mas será publicado dentro da Coleção Guia Fácil Informática e deverá chegar às bancas lá pelo mês que vem. Fica aqui a informação para todos que me honram com suas visitas e, em especial, para os que acompanham nosso trabalho na mídia impressa.
Aproveitando o ensejo, vale lembrar a todos que CPU é a sigla de Unidade Central de Processamento, em inglês, e remete ao processador principal do computador - e não ao gabinete (aquela caixa plástica ou metálica que abriga a placa-mãe e demais componentes internos do PC, que também é conhecida como Case, Gabinete do Sistema ou Gabinete de CPU).
Bit é a contração de "Binary Digit" (dígito binário), e designa a menor unidade de informação manipulada pelo computador.
Byte, por sua vez, é uma unidade básica de memória que corresponde a oito bits e representa a quantidade de informação necessária para especificar uma letra, número, símbolo ou outro caractere qualquer.
Um drive é uma unidade de disco - disquete (Floppy Drive), disco rígido (HDD ou Hard Disk Drive), CD-ROM, um pen-drive ou qualquer outro dispositivo de armazenamento de dados.
Já um driver é um programinha de baixo nível que serve como ponte (elemento de ligação) entre o sistema operacional e o hardware.
Por ocasião da instalação (ou reinstalação) do Windows, você deve instalar os drivers de chipset e drivers de dispositivos adequados aos componentes que integram o seu computador. O Windows conta com um expressivo banco de drivers nativos e é capaz de fazer funcionar a maioria dos itens de hardware disponíveis no mercado, mas é sempre preferível usar as versões disponibilizados pelos respectivos fabricantes (que costumam vir nos CDs ou disquetes que acompanham o computador, a placa-mãe e outros dispositivos e periféricos).
Aliás, é importante visitar regularmente os websites dos fabricantes para fazer o download das versões mais recentes desses programinhas (mas isso já é outro assunto, e fica para uma outra vez). Amanhã voltamos às teclas de atalho e personalizações do Desktop. Espero que o "Bom Velhinho" do post de hoje seja realmente bonzinho para com todos nós.
Bom domingo a todos.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

CONTROLE DE CONTAS DE USUÁRIO NO WINDOWS 7 - Final.

CADA MACACO NO SEU GALHO!

Prosseguindo como que dizíamos ontem, é indiscutível que o UAC aprimora a segurança do sistema, de modo que à resposta à pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é SIM, até porque qualquer camada a mais de proteção é sempre bem-vinda. No entanto, tenha em mente que o UAC não torna o PC idiot proof a ponto de protegê-lo do próprio usuário.

Observação: Quem não dispõe de um arsenal de defesa responsável e faz pouco das recomendações básicas de segurança não demora a ser vítima de um vírus, spyware ou outro tipo qualquer de código malicioso, e aí não adianta culpar o sistema. Por outro lado, se o incauto se logar com uma conta limitada, os estragos feitos pela praga serão igualmente limitados, de maneira que bastará fazer logon com outra conta para tudo voltar a ser como antes no Quartel de Abrantes (o que, convenhamos, é mais fácil e rápido do que reinstalar o Windows).

No Seven, a conta limitada dá acesso à maioria dos recursos do sistema, conquanto impeça a instalação ou desinstalação de programas, drivers ou dispositivos de hardware, além de obstar a modificação de arquivos indispensáveis ao funcionamento do PC e configurações que afetem outros usuários ou a segurança global da máquina. Para rodar aplicativos que exijam poderes administrativos, todavia, não é preciso fazer logoff e tornar a se logar como administrador; basta indicar sua conta privilegiada e digitar a senha correspondente.
Se você se sentir incomodado com as constantes mensagens do UAC, acesse o Painel de Controle, clique em Contas de Usuário > Alterar configurações de Conta de Usuário, mova o controle deslizante para a posição Nunca notificar, dê OK e reinicie o computador (para reativar o recurso, siga os mesmos passos e mova a barra deslizante para a posição anterior).
Já para executar o Seven com uma conta limitada, primeiro é preciso criá-la. Se você está migrando agora para essa edição do Windows, acesse o Painel de Controle e, em Contas de Usuário, clique em Gerenciar outra conta > Criar uma nova conta, dê um nome à conta, marque a opção desejada e confirme. Caso venha usando essa versão do sistema com a conta de administrador criada durante a instalação, o melhor a fazer é rebaixá-la (isto é, transformá-la numa conta-padrão) e criar outra conta privilegiada – de modo a evitar a perda de suas configurações pessoais. Para tanto, repita os passos anteriores, crie a nova conta, atribua-lhe poderes de administrador e uma senha (caso surja uma mensagem dizendo que você irá perder todos os arquivos criptografados com EFS, certificados pessoais, senhas armazenadas, ignore-a e siga adiante). Clique então em Gerenciar outra conta, dê duplo clique sobre a conta de administrador que você quer rebaixar, clique em Alterar o tipo de conta, marque a opção Usuário padrão, confirme, feche as janelas e reinicie o computador.

Antes da nossa tradicional piadinha de final de semana, resolvi reproduzir aqui a "carta de despedida" que o XP "escreveu de próprio punho" e endereçou a todos os usuários e amigos. Confira:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

Passemos agora ao humor de sexta-feira:

TESTE DO BAFÔMETRO EM PORTUGAL.

Um indivíduo, bêbado que nem um cacho, foi mandado parar para um teste de alcoolemia. Diz o guarda:
- O sr. bebeu alguma coisa hoje?
- Com certeza, Sr. Guarda. A minha sobrinha casou hoje e antes de ir para o casamento enfiei logo umas cervejolas. No banquete, enfiei umas 3 ou 4 garrafas de tintol e, à noite na festa, bebi 2 garrafas de Johnny Walker rótulo preto. Hic!
- E o sr. sabe que eu sou da Brigada de Trânsito e que isto é um controle de alcoolemia?
- Sei perfeitamente, Sr. Guarda. E o Sr. Guarda já reparou que este carro é inglês, tem o volante do outro lado e quem está a conduzir é a minha mulher?


Brincadeira, evidentemente, mas não seu um fundo de verdade (risos).
Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

MENSURAR É PRECISO

NÃO SE APRESSE EM PERDOAR. A MISERICÓRDIA TAMBÉM CORROMPE.

Não faz muito tempo, “monitor” era um termo usado somente em relação a televisores; “disco”, quando não era de pizza, era a bolacha de vinil que reproduzia música na vitrola; e “memória”, a capacidade do ser humano de guardar (e recordar) lembranças ao longo da vida. Hoje, no entanto, a associação desses vocábulos ao âmbito computacional é imediata: quase todo mundo sabe, por exemplo, que a tela de um monitor é medida pela diagonal e que seu tamanho é expresso em polegadas. Ou que discos ― tanto eletromagnéticos, como os HDs, quanto ópticos, como os CDs e DVDs ― são “dispositivos de armazenamento de dados”, cuja capacidade é expressa em múltiplos de bytes.

Por convenção, o bit e seus múltiplos indicam velocidade ― como na transferência de dados entre dois dispositivos computacionais, por exemplo ―, ao passo que o byte e seus múltiplos expressam tamanho ― de um arquivo, por exemplo ― ou capacidade ― de armazenamento de dados, como nos módulos de memória, discos rígidos, etc.). Entretanto, por estarmos mais habituados com o sistema decimal do que com o binário, costumamos associar o prefixo quilo a 1.000 (1 kg de carne = 1.000 g de carne, por exemplo). Só que esse raciocínio nem sempre se aplica no âmbito da informática: 8 bits (e não 10) formam 1 Byte; 1 kB (kilobyte ou quilobyte) equivale a 1024 bytes (e não a 1000); 1 MB (megabyte) corresponde a 1024 kB, e assim por diante.

Observação: Tanto os múltiplos do bit quanto do byte são representados pelos prefixos Kilo, Mega, Giga, Tera, Peta Exa, Zetta e Yotta, e correspondem, respectivamente, a 210, 220, 230, 240, 250, 260, 270 e 280. Ao abreviar essas grandezas, use sempre o “b” minúsculo para representar o bit e o “B” maiúsculo para representar o byte, e tenha em mente que a abreviação correta do prefixo quilo é “k” (minúsculo), já que “K” (maiúsculo) remete a Kevin (medida de temperatura criada por William Thomson, conhecido como Lord Kelvin).

Amanhã eu conto o resto. Abraços e até lá.

TROCA NO COMANDO DO PT AMEAÇA RACHAR O PARTIDO

O grupo Muda PT ― que reúne as cinco maiores correntes de esquerda do partido ― anunciou que pretende realizar uma série de plenárias em algumas das principais cidades do país, com o objetivo mobilizar militantes descontentes e pressionar a corrente majoritária ― Construindo um Novo Brasil, a não adiar para o ano que vem a renovação da direção petista. Em resposta, a CNB, que se mostra irredutível quanto ao calendário e à forma de escolha da nova direção, divulgou no último sábado um texto onde reitera a defesa da manutenção das eleições diretas. Diante da pior crise da história do partido ― que perdeu a Presidência após 13 anos, sofreu uma das mais significativas derrotas nas eleições municipais e tem alguns de seus principais líderes presos ou na mira da Justiça por acusações de corrupção ―, dirigentes admitem uma nova debandada, agora de parlamentares que receiam não se reeleger devido ao desgaste da legenda (alguns avaliam que metade da bancada petista na Câmara pode deixar o partido).

Uma das poucas esperanças de manutenção da unidade do PT seria Lula aceitar presidi-lo por um ano e comandar sua reconstrução, mas o petralha rejeitou categoricamente essa possibilidade, talvez porque o aperto no cerco promovido pela Lava-Jato tenha calado mais fundo do que ele deixa transparecer, notadamente após Emílio Odebrecht, pai do príncipe das empreiteiras (e hoje presidiário) Marcelo Odebrecht, ter reconhecido que o “amigo” no esquema de propinas da construtora é mesmo Lula ― pelo visto, não há multa bilionária e perspectiva de prisão que não faça amizades serem revistas.

Observação: Você pode conferir no site O Antagonista o saldo que o trio da propina ainda tinha a receber da Odebrecht, mas eu adianto aqui que a cota-parte que tocava ao “amigo” [Lula] era de R$ 23 milhões; ao “italiano” [Palocci], R$ 6 milhões, e ao “Pós-Itália” [Mantega], R$ 50 milhões. Para a Lava-Jato, o trio recebia um percentual sobre os contratos da empreiteira. Os créditos eram depositados no Setor de Operações Estruturadas, em nome de cada um deles, como se fossem contas correntes, das quais eles sacavam de acordo com suas necessidades. Nos últimos dias, o esquema foi confirmado por Emílio Odebrecht e por outros delatores da empresa. Lula lá!
Voltando à novela do PT: Segundo o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo 

Lula, Gilberto Carvalho, em vez de se digladiarem pelo controle da direção petista, as principais correntes do partido deveriam manter o foco em problemas maiores que o partido enfrenta hoje: “Amanhã o Lula pode ser condenado, pode ser preso, e ter processo de eleição direta ou congresso é o que menos neste momento. Me assusta que o tema dominante esteja sendo este”, disse Carvalho, que é dos petistas mais próximos do molusco abjeto. Para ele, o foco do PT deveria ser a mobilização contra a agenda de reformas do governo Michel Temer.

Carvalho afirma ainda achar inadequado que, em um momento tão grave como o que a sigla está atravessando ― “em que o país está sendo atropelado por medidas do governo Temer” ―, próceres petistas darem mais importância à renovação da direção do que a uma união fundamental da legenda”. Para ele, é preciso “dar força para esta direção ficar de pé porque; quer queira, quer não, esta direção vai levar o partido no mínimo até março ou abril ― seis meses fundamentais para a gente depois deste massacre eleitoral”. Quando nada, o cara mostra que tem os pés no chão e, ao contrário da militância abilolada, reconhece a carraspana que as urnas infligiram ao PT.

Com informações de O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

RANSOMWARE WANNACRYPT AFETA MAIS O WINDOWS 7 DO QUE O XP

NÃO HÁ NADA PIOR QUE UM IDIOTA COM INICIATIVA.

Diferentemente do que se imaginou a princípio, o mega ataque hacker baseado no WannaCrypt não foi tão avassalador assim para o XP, embora a própria Microsoft tenha se apressado a disponibilizar uma correção para ele, mesmo tendo encerrado seu suporte estendido em 2014. De acordo com a Kaspersky ― empresa russa que é referência em softwares de segurança digital ―, a edição do Windows mais afetada foi o Seven x64 (confira no infográfico que ilustra esta postagem).

O XP foi o Windows mais longevo de todos os tempos. Lançado em 2001, ele recebeu três Service Packs e permaneceu ativo até abril de 2009, quando foi aposentado pela empresa de Redmond.

Como o Vista não decolou, o XP continuou recebendo atualizações críticas e de segurança por mais cinco anos, e a despeito de o Seven ter sido um sucesso de crítica e de público, o velho guerreiro ainda marca presença em mais de 140 milhões de máquinas ―  inclusive nos caixas eletrônicos do seu Banco.

Para rememorar a aposentadoria do XP, reproduzo a seguir sua carta de despedida, que publiquei originalmente em abril de 2014:

08/04/2014

Carta de despedida do Windows XP

Queridos usuários e amigos,

Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014, termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa.

Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento. Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder servi-los como um sistema operacional.

Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.

Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.

Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis.

Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.

Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003.

Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa.

Muito obrigado por esses anos que compartilhamos.

Com os meus melhores desejos tecnológicos,

Windows XP 

A GRANDEZA DA RENÚNCIA ― ARTIGO EM FALTA NAS PRATELEIRAS DA POLÍTICA TUPINIQUIM

Conforme eu ponderei na postagem anterior, a melhor saída para o imbróglio em que Temer se meteu e meteu o país seria sua pronta renúncia. Aliás, se isto aqui não fosse a Banânia que é, um presidente flagrado num encontro clandestino com um investigado que, com a naturalidade de quem confidencia uma aventura extraconjugal, diz estar subornando juízes, procuradores e até ex-parlamentares (que hoje gozam da hospitalidade do nosso sistema prisional), se afastaria até a conclusão das investigações e, ao final, se tudo se resumisse a um falso positivo, reassumiria o cargo. Mas renúncia exige grandeza, e grandeza está em falta nas prateleiras da política tupiniquim.

Getúlio renunciou não só à presidência, mas também à vida. Jânio renunciou, mas, como reconheceu no livro “Jânio Quadros: Memorial à história do Brasil”, fê-lo como um blefe, achando que voltaria fortalecido pelas bênçãos do povo e das Forças Armadas ― e se deu mal. Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto popular na “Nova República”, renunciou, às vésperas do julgamento do impeachment, mas apenas para tentar salvar seus direitos políticos ― não funcionou; ele foi apeado da presidência e ficou inelegível por oito anos. Dilma não renunciou ― e acabou penabundada.

Temer parece decidido a imitar sua antecessora e se agarrar ao cargo com unhas e dentes ― falando na mulher sapiens, diante da situação delicada em que se encontra seu desafeto, a mentecapta teve o desplante de postular a anulação do seu impeachment e sua recondução ao Planalto. Uma ideia tão mirabolante quanto a de certo penta-réu que tentar escapar do xilindró candidatando-se à sucessão presidencial. Mas isso é conversa para outra hora.

Como bem salientou Roberto Pompeu de Toledo ― em mais um brilhante artigo publicado na Revista Veja desta semana ―, a grandeza da renúncia ofereceu-se pela primeira vez a Michel Temer no dia do impeachment de Dilma. Se abdicasse de seus direitos de vice naquela ocasião, teria aberto caminho para eleições das quais surgiria um presidente abençoado pelo voto popular e com um mandato de mais de dois anos pela frente. A segunda vez se deu quando suas conversas com Joesley Batista foram divulgadas. Nesse caso, os benefícios não seriam amplos como na vez anterior, nem para o país ― porque o sucessor já não viria por eleição direta ― nem para ele próprio ― porque o gesto não apagaria a fatídica conversa de sua biografia. Seria, ainda assim, um gesto de grandeza, mas que ele repudia enfaticamente: “Se quiserem, me derrubem”. Ofertas de grandeza não costumam aparecer a toda hora, e como Temer já desperdiçou duas, tudo indica que vamos ficar sem elas.

Como também foi dito no post anterior, em não ocorrendo a renúncia espontânea, Temer poderá cair via impeachment ou ser afastado pelo STF ― atendendo a um pedido da PGR, o ministro Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito para investigá-lo no imbróglio da JBS. A questão é que, tanto num caso como no outro, a coisa poderia se arrastar por meses, e isso seria traumático para um país que depôs uma presidente da República há menos de um ano. Ficamos, então, na expectativa de a chapa Dilma-Temer ser cassada pelo TSE na próxima semana ― mesmo que seja interposto recurso ao Supremo, o resultado seria mais rápido que o das alternativas anteriores. Por outro lado, é possível e até provável que algum dos ministros do TSE peça vista do processo, e aí só Deus sabe quando o julgamento será retomado (voltarei a esse assunto oportunamente).

O STF deve se pronunciar nesta tarde ― estou escrevendo este texto às 14 horas do dia 31 de maio ― sobre a restrição ao foro privilegiado para parlamentares. O caso concreto que será apreciado é de relatoria do ministro Luiz Roberto Barroso e envolve a restrição de foro do atual prefeito de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes.

Barroso argumentou que o atual sistema “é feito para não funcionar” e se tornou uma “perversão da Justiça”, e disse ainda que “não é preciso prosseguir para demonstrar a necessidade imperativa de revisão do sistema. Há problemas associados à morosidade, à impunidade e à impropriedade de uma Suprema Corte ocupar-se, como primeira instância, de centenas de processos criminais. Não é assim em parte alguma do mundo democrático”. Segundo o ministro, existem na Corte aproximadamente 500 processos contra parlamentares, sendo 357 inquéritos e 103 ações penais. “O prazo médio para recebimento de uma denúncia pelo STF é de 565 dias, ao passo que um juiz de primeiro grau a recebe, como regra, em menos de uma semana, porque o procedimento é muito mais simples”.

Vamos acompanhar. 

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quarta-feira, 19 de abril de 2017

AINDA SOBRE O HDD E O DESLIGAMENTO DO COMPUTADOR (CONTINUAÇÃO)

UMA CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA, MAS TEM MUITO ADULTO POR AÍ QUE MAIS PARECE UMA CRIANÇA GRANDE.

A resposta para a pergunta que eu deixei em aberto no post anterior é: Depende. Vai interromper o trabalho por alguns minutos ― para ir ao banheiro, por exemplo? Deixe o computador ligado. Vai almoçar? Coloque a máquina em standby (na lista do menu Iniciar, clique na opção Suspender). Encerrou por hoje e só vai usar o computador amanhã? Hibernar pode ser melhor do que Desligar ― lembrando sempre que o sistema tende a ficar mais “pesado” quando é usado por dias a fio sem uma “revigorante” reinicialização.

Observação: Embora não seja o escopo deste artigo, vale lembrar também que você pode configurar sua senha de logon no Windows para ser exigida quando o sistema volta do descanso de tela, do standby ou da hibernação, de maneira a inibir a ação dos bisbilhoteiros de plantão, conforme, aliás, a gente já viu em outras postagens.

Antes de prosseguir, vale relembrar alguns pontos importantes, começando pelo o número de inicializações que um HDD é capaz de suportar ― que não é infinito, mas vem aumentando ao longo dos anos. Hoje em dia, é mais comum o computador se tornar obsoleto bem antes que o drive dê sinais de exaustão. Claro que acidentes acontecem; um surto de energia (causado por um relâmpago que atinge a rede elétrica, por exemplo) pode causar danos irreversíveis, sem mencionar que reinicializações resultantes de “apagões” inesperados podem acarretar problemas em nível de software (perda de dados, corrupção de arquivos, etc.). Nos portáteis, existe também o risco de choques físicos ― quedas, impactos, etc. ―, daí os drives de estado sólido (SSD, baseados em memória flash e sem partes móveis) serem mais comuns nessa plataforma do que nos desktops, mas isso é uma outra história (que eu contei nesta postagem).

Para quem não tem o saudável hábito de seguir os links que eu incluo nos meus textos (uma evolução fantástica em relação à mídia impressa, onde era preciso recontar as mesmas histórias inúmeras vezes), ou não sabe que as palavras ou frases sublinhadas e grafadas em azul remetem a outras webpages ― e, portanto, não estão aí para enfeitar, mas para esclarecer pontos importantes ―, segue um breve resumo:

O HDD eletromecânico é composto por uma câmara selada (carcaça), em cujo interior um ou mais pratos (discos) giram em alta velocidade em torno de seu eixo, mediante a ação de um motor. A leitura/gravação dos dados é feita por minúsculas cabeças eletromagnéticas (heads) posicionadas na extremidade de braços (arms) controlados por um atuador. Essas cabeças alteram a polaridade das moléculas de óxido de ferro do revestimento metálico que recobre os partos, gerando sinais elétricos que a placa lógica interpreta como imensos conjuntos de bits zero e um, que são os arquivos digitais.

Durante o processo de fabricação, os drives dão formatados fisicamente, quando então as superfícies dos pratos são “divididas” em trilhas, setores e cilindros. As trilhas são faixas concêntricas numeradas da borda para o centro e divididas em (milhões de) setores de 512 bytes. Quando o drive conta com dois ou mais pratos, o cilindro corresponde ao conjunto de trilhas de mesmo número existente nos vários pratos (o cilindro 1 é formado pela trilha 1 de cada face de cada disco, o cilindro 2, pela trilha 2, e assim por diante). O primeiro setor – conhecido como setor de boot, setor zero, trilha zero ou MBR – abriga o gerenciador de boot, as tabelas de alocação de arquivos usadas na formatação lógica (feita pelo próprio usuário quando da instalação do sistema) das partições inicializáveis e outros dados inerentes à inicialização do computador. Note que setor e cluster são coisas diferentes: o primeiro é a menor unidade física do HDD, ao passo que o segundo, geralmente formado por um conjunto de setores, é a menor unidade lógica que o SO é capaz de acessar

Já os SSDs não têm motor, discos, nem quaisquer outras peças móveis. Seus componentes básicos são a memória flash ― onde os dados são armazenados como na RAM, o que torna o processo de leitura e gravação muito mais veloz ― e o controlador, que gerencia o cache de leitura e gravação de arquivos, criptografa informações, mapeia trechos defeituosos da memória, e por aí afora. Sua adoção vem sendo feita de forma gradativa, notadamente em máquinas mais caras, até porque o preço do gigabyte nesse tipo de memória é bem maior que nos HDDs convencionais.

Observação: Existem também os drives híbridos, que combinam uma unidade SSD de pequena capacidade com um HDD convencional e proporcionam desempenho melhor a preço menor. A memória flash funciona como cache, armazenando e garantindo acesso rápido aos arquivos utilizados com maior frequência (sistema e aplicativos), enquanto os discos magnéticos se encarregam dos demais dados (músicas, vídeos e arquivos pessoais). O processo é transparente e automático, e tanto o usuário quanto o SO "enxergam" o conjunto como se ele fosse um drive comum.

Continuamos na próxima, pessoal. Até lá.

MONTESQUIEU NÃO CHEGOU AO BRASIL 

O Brasil é um país estranho. Já completamos o primeiro trimestre e nada, de fato, ocorreu na política nacional — além, obviamente, das estarrecedoras revelações que vieram a público com a suspensão do sigilo da “Lista de Fachin”. Lula continua solto, posando de salvador da pátria, e Dilma, vomitando seus estapafúrdios discursos mundo afora, ora em portunhol capenga, ora num hilário arremedo de francês de galinheiro.  

Em suma, tudo passa pelo Judiciário. É como se os outros dois poderes — Executivo e Legislativo — fossem apenas meros apêndices da estrutura de poder. Nunca na história recente da democracia brasileira este desequilíbrio esteve tão evidente. Juízes, desembargadores e ministros ocupam o primeiro plano da cena política. São os atores principais. Abandonaram os autos dos processos. Ocupam os microfones com naturalidade. Discursam como políticos. Invadem competências de outros poderes, especialmente do Legislativo. No caso do Supremo Tribunal Federal, a situação é ainda mais grave. Aproveitando-se da inércia do Congresso Nacional, o STF legisla como se tivesse poder legal para tal, interpreta a Carta Magna de forma ampliada, chegando até a preencher supostas lacunas constitucionais. Assumiu informalmente poderes constituintes e sem precisar de nenhum voto popular. Simplesmente ocupou o espaço vazio.

O projeto criminoso de poder petista ao longo de 13 anos destruiu a institucionalidade produzida pela Constituição de 1988. Cabe registrar que até então não tínhamos um pleno funcionamento das instituições. Contudo, havia um relativo equilíbrio entre os poderes e um respeito aos limites de cada um. Mas este processo acabou sendo interrompido pelo PT.

O petrolão foi apenas uma das faces deste projeto que apresou a estrutura de Estado. E que lá permanece. Depois de quase um ano da autorização para a abertura do processo do impeachment, pouco ou nada foi feito para despetizar a máquina governamental. Pedro Parente, quando assumiu a presidência da Petrobras, afirmou que havia uma quadrilha na empresa. Porém, o tempo passou e nada foi apresentado. O que sabemos sobre a ação do PT e de partidos asseclas na empresa deveu-se à ação da Justiça. Foram efetuadas investigações internas? Funcionários foram punidos? Os esquemas de corrupção foram eliminados? A empresa buscou ressarcimento do assalto que sofreu? Como explicar que bilhões foram desviados da Petrobras e seus gestores não foram sequer processados?

Se a nova direção da Petrobras foi omissa, o mesmo se aplica a um dos pilares do projeto criminoso de poder petista, o BNDES. Foi um assalto. Empréstimos danosos ao interesse público foram concedidos sem qualquer critério técnico. Bilhões foram saqueados e entregues a grupos empresariais sócios do PT. Porém, até o momento, Maria Silvia Bastos Marques não veio a público expor, ainda que sucintamente, a situação que encontrou ao assumir a presidência do banco. E os empréstimos a Cuba? E às republicas bolivarianas? E para as ditaduras da África negra?

Não é possível entender o silêncio das presidências da Petrobras e do BNDES. Por que não divulgam a herança maldita que receberam? Desinteresse? Medo? Não é politicamente conveniente? Por que os brasileiros só tomaram — e continuam tomando — conhecimento das mazelas da Petrobras e do BNDES através dos inquéritos e processos judiciais? Por que os presidentes, ex-diretores e demais responsáveis não foram processados pelos novos gestores?

Se o Executivo continua refém da velha ordem, o mesmo se aplica ao Legislativo. O Congresso Nacional se acostumou ao método petista de governar. Boa parte dos parlamentares foram sócios da corrupção. Receberam milhões de reais indiretamente do Estado. Venderam emendas constitucionais, medidas provisórias, leis e até relatórios conclusivos de comissões parlamentares de inquéritos. Tudo foi mercantilizado. E os congressistas participantes do bacanal da propina lá continuam. Desta forma, diversamente de outros momentos da nossa história (1961, 1964 e 1984-85), o Congresso não tem voz própria na maior crise que vivemos. Quais deputados e senadores poderão se transformar em atores à procura de uma solução política? Quem tem respeitabilidade? Quem fala em nome da nação?

Tanto no Executivo como no Legislativo a velha ordem se mantém com apenas pequenas alterações. Colaboradores ativos do petismo, sócios entusiasmados do maior saque estatal da nossa história, ocupam importantes postos nos dois poderes. Há casos, como o de Leonardo Picciani, que seriam incompreensíveis a algum analista estrangeiro que não conhecesse a hipocrisia da política brasileira. O deputado votou contra a abertura do processo do impeachment e, mesmo assim, foi premiado com o cargo de ministro do novo governo. Boa parte da base parlamentar que sustentou os governos criminosos do PT agora apoia Michel Temer, sem, em momento algum, ter efetuado alguma autocrítica.

É justamente devido às contradições dos outros dois poderes que o Judiciário acabou invadindo o espaço que constitucionalmente não é o seu. Isto não significa que opere sem divergências. Pelo contrário. Basta recordar os constantes atritos entre os responsáveis pela Lava-Jato e alguns ministros do STF, o que também não é recomendável.

O que é inquestionável é o desequilíbrio entre os poderes. Mais ainda, a supremacia do Judiciário. É um desserviço ao Estado democrático de Direito o enorme poder dos juízes, também porque, mas não apenas por isso, sequer receberam um voto popular. E continuam incólumes ao controle democrático. O que diria o Barão de Montesquieu de tudo isso?

Postagem criada com base em texto do historiador Marco Antonio Villa.

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