sábado, 27 de agosto de 2016

O IMPEACHMENT NA RETA FINAL



Até pouco tempo atrás, quase ninguém levava a sério a possibilidade de Dilma ser impichada. No entanto, depois de 5 anos, 4 meses e 12 dias tomando decisões erradas, gerando uma recessão histórica, manipulando contas, sabotando estatais, promovendo desemprego em massa e compactuando com todo tipo de falcatruas eleitoreiras, Dilma foi suspensa da presidência, e agora aguarda o julgamento final, que deve apeá-la de vez do cargo e cassar seus direitos políticos por oito anos ― a votação, ao que se espera, deve ocorrer entre os próximos dias 30 e 31.

Com sua costumeira arrogância, Dilma apresentou dias atrás, naquele incompreensível arremedo de português que lhe é peculiar, uma “carta aos senadores e à nação” com uma distorção da realidade que a transforma em vítima. Além disso, voltou a afrontar o Congresso e o STF com sua desatinada tese de “golpe de estado” e a defender um estapafúrdio plebiscito estapafúrdio sobre novas eleições para presidente ― que, se prosperasse, teria de ser avalizado por votações em dois turnos na Câmara e no Senado e se arrastaria até 2018, quando termina o mandato tampão de Michel Temer.

Esse “testamento para a posteridade” serviu apenas para enfatizar a incompetência e inabilidade de Dilma para governar. Num mea-culpa inusitado, ainda que extemporâneo e baldio, ela engoliu o orgulho e chegou a reconhecer que errou, mas por ter escolhido Michel Temer para vice ― como e isso tivesse sido uma opção pessoal, não um acordo partidário ― e por imaginar que a crise teria uma solução rápida ― sem reconhecer em momento algum que a desgraça que aí está foi criada por ela e seu séquito de imprestáveis. Se fosse sincera no reconhecimento de seus erros, disse o senador Ronaldo Caiado, uma carta seria pouco; ela teria de escrever uma enciclopédia de má conduta da gestão pública.

Como ofensiva derradeira, Dilma resolveu comparecer ao julgamento para se defender das acusações ― como se fosse possível defender o indefensável ―, sem ter a percepção de que isso serve apenas para legitimar o processo de impeachment e desmascarar sua estúpida e despropositada tese de “golpe de estado”.

Vindo da mulher sapiens, essa postura não chega a surpreender; o que causa espécie mesmo é ela se agarrar tão desesperadamente a um cargo para o qual não foi talhada e que jamais exerceu com um mínimo de competência. Mas basta ler as entrelinhas para concluir que o que mais a preocupa não é o vexame de deixar o Planalto pela porta dos fundos ou a perda das mordomias de presidente da Banânia, mas a perspectiva de acabar na cadeia ― talvez até na distinta companhia de seu abjeto predecessor e mentor. Afinal, pesam contra ela acusações que vão bem além das pedaladas fiscais e outros desmandos administrativos (ou crimes de responsabilidade).

Semanas atrás, a petista foi promovida à condição de investigada, e pode vir a ser condenada criminalmente por interferir na Lava-Jato e tentar obstruir a Justiça ― afinal, não faltam indícios de que tenha conspirado para nomear Marcelo Navarro para o STJ em troca do compromisso de soltar presos da Lava-Jato, articulado uma tentativa de evitar a delação do ex-senador Delcídio do Amaral e nomeado Lula para a Casa Civil visando tirá-lo do alcance do juiz Sergio Moro.
Por essas e outras, talvez Dilma devesse rever seus planos de passar oito meses viajando pela América Latina. Sem a prerrogativa de foro privilegiado, ela poderá ser processada em primeira instância com outros acusados de obstruir a Justiça, como Mercadante, Cardozo, e o próprio sumo pontífice da petelândia e capo di tutti i capi ― vale lembrar que Delcídio foi preso por muito menos.

Resumo da ópera: A abertura de inquérito pelo STF, autorizada por Teori Zavascki no último dia 15, é o pior revés que a bruxa má experimentou desde sua ascensão ao poder. Isolada e sem apoio ― até mesmo da facção criminosa travestida de partido político que atende pelo nome de Partido dos Trabalhadores ―, ela vê ruir o castelo de cartas com que vinha tentando entrar para a história como uma governante proba e acima de qualquer suspeita, mas traída pelo vice e cassada sem provas por um nefasto “golpe de estado”. De uns tempos a esta parte, todavia, o mantra de que se valia desde o início de seu imprestável segundo mandato ― de que seu governo foi marcado pela independência na investigação da corrupção e pela inexistência de acusações de enriquecimento pessoal ― já não convence ninguém, diante da cachoeira de provas de que o petrolão abasteceu suas duas campanhas à presidência.

Enfim, cada coisa a seu tempo. Vamos aguardar o resultado do impeachment para depois tecer comentários sobre um provável indiciamento pelo MPF e consequente julgamento e condenação da guerrilheira de araque, nefelibata da mandioca e mãe de todas as crises.

Atualização:
Por volta das onze horas da manhã de ontem, depois que eu já havia concluído este texto, Ricardo Lewandowski, presidente do STF, antecipou o intervalo para almoço devido ao tumulto que se instalou no plenário do Senado. O primeiro bate-boca começou mais cedo, quando o senador petista Lindbergh Farias atacou o democrata Ronaldo Caiado, a quem chamou de “desclassificado”. Caiado respondeu em off que Lindbergh tem mais de 30 processos no STF e "cracolândia em seu gabinete. Lewandowski determinou que os microfones fossem desligados e suspendeu a sessão por cinco minutos. Em seguida, Renan Calheiros, presidente da Casa, pediu aos senadores que reduzissem as questões de ordem repetidas, e a propósito de uma declaração feita ontem pela petralha Gleisi Hoffmann, afirmou: “Esta sessão é uma demonstração de que a burrice é infinita. A senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer que o Senado não tem condição moral de julgar a presidente”, lembrando que ela e o marido, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo, foram indiciados por corrupção passiva na Lava-Jato. Renan chegou a ameaçar suspender o depoimento de Dilma, marcado para a próxima segunda-feira, caso a troca de acusações entre os parlamentares no plenário do Senado continuasse. “Ele não tem esse poder porque nem preside a sessão de julgamento. A única forma de o depoimento não ocorrer na segunda-feira é se não forem concluídas as oitivas das testemunhas”, rebateu a também senadora petista Vanessa Grazziotin. Diante disso, Lewandowski interrompeu os trabalhos, que deverão ser retomados após o recesso para almoço. Resta agora aguardar para ver o que vai acontecer a partir de então.

Segunda atualização: Bem mais tarde, quando a noite já ia alta e o Senado havia se esvaziado, foram concluídos os questionamentos aos dois primeiros depoentes da defesa, com a maior parte das perguntas sendo feitas por defensores da petista e membros da base governista abrindo mão de fazer indagações para acelerar o processo. Vamos continuar acompanhado. Novidades relevantes a qualquer hora na minha comunidade http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br 

Bom sábado a todos e até mais ler.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

AINDA SOBRE A BATERIA DOS SMARTPHONES (continuação)

O SER HUMANO, TAL COMO IMAGINAMOS, NÃO EXISTE.

Conforme eu mencionei no post anterior, aplicativos que prometem aumentar a autonomia da bateria dos smartphones existem aos montes. O problema é que a maioria não passa de inutilitários ― ou seja, consomem ciclos de processamento e espaço nas memórias do aparelho sem oferecer qualquer contrapartida.

Cheguei a essa conclusão após experimentar diversos “battery savers” integrantes das suítes de segurança e manutenção que avaliei ao longo dos últimos meses, mas como não utilizo o 4G (navegar na Web, somente via Wi-Fi) e uso o telefone quase que exclusivamente para fazer e receber ligações por voz (além de desligá-lo durante a noite), minha bateria costuma durar de 48 a 72 horas, o que pode parecer uma eternidade para quem nunca desliga o smartphone, usa e abusa do WhatsApp, navega na Web o tempo todo e ainda ouve música ou assiste a vídeos regularmente. Assim, resolvi deixar de lado minhas impressões pessoais e compartilhar com vocês os resultados de um teste com 16 aplicativos (para Android, iOS e Windows Phone), publicados na revista da PROTESTE do mês passado. Confira:

Todos os apps para Android que a equipe testou foram considerados fáceis de instalar, mas alguns perderam pontos por não receberem atualizações há anos ― caso do Battery Defender, que foi atualizado pela última vez em 2012 ―, e outros, por serem compatíveis apenas com a versão mais recente do sistema (se seu Android é antigo, anote aí: o DU Battery Saver pode ser usado a partir da versão 2.3 do sistema). 

Com exceção do Battery Doctor, os programinhas limitaram a estimar o tempo de carga restante, sem detalhar a informação por atividade (como navegar na Web, ouvir música, etc.). Aliás, o Battery Doctor foi considerado o melhor do teste, não só por ampliar em mais de 50% o tempo de duração da bateria, mas também por dispor de atualização automática e ser capaz de identificar os aplicativos mais gulosos, embora tenha perdido pontos devido à má organização dos seus recursos e pelo fato de boa parte das instruções estar em inglês.

Se seu sistema é o iOS ou o Windows Phone, a má notícia é que nenhum dos "savers" testados detalhou o consumo de energia por aplicativo. Alguns, como  o Battery Doctor Must Have para iOS, dispõem da “otimização automática”, que desabilita funções do sistema para prolongar a autonomia da bateria, mas para aparelhos com sistema móvel da Microsoft, nenhum deles oferecia esse recurso ― que, vale salientar, é disponibilizado nativamente pelo AndroidiOS  e Windows, podendo ser habilitado a partir do menu Configurações. Mas o melhor mesmo é fazer os ajustes manualmente: no mais das vezes, basta desligar funções como NFC, GPS, Wi-Fi, Bluetooth e 4G, reduzir ao mínimo o tempo e o brilho do display, desabilitar atualizações automáticas de aplicativos, sincronização de emails, controle de gastos e rotação de tela para poupar carga suficiente para esperar aquela ligação importante, por exemplo. No caso de telas com tecnologia AMOLED, usar um papel de parede preto (cor sólida) ajuda a reduzir o consumo de energia.

A conclusão fica para uma próxima postagem. Abraços e até lá.

E como hoje é sexta-feira:

A professora sempre perdia a paciência com Tenóbio:

― Você me deixa louca, menino! Tem jeito não!

Até que um belo dia a mestra chamou a mãe do menino e lhe disse que havia jogado a toalha, que o desempenho do garoto era um desastre, que nunca vira uma criança tão imbecil em seus 10 anos de magistério.

A mãe ficou tão chocada que tirou Tenóbio da escola e se mudou do agreste pernambucano para São Paulo. Vinte anos depois, já aposentada, ela foi acometida de uma cardiopatia incurável, e nos confins do judas onde morava, não havia a menor possibilidade de tratamento.

Assim, a velha juntou seus caraminguás e picou a mula para São Paulo, onde conseguiu ser internado no INCOR e operada por um dos melhores cirurgiões do país. Quando recobrou a consciência e tentou agradecer o sorridente doutor, a paciente não conseguiu pronunciar palavra. Em questão de segundos, sua face passou do branco-cera para o azul marinho e um minuto depois ela estava morta.

O médico, atônito, nada pode fazer para salvar (novamente) a vida da velhinha, e só alguns minutos mais tarde se deu conta de que Tenóbio, o faxineiro, havia desligado os aparelhos para ligar sua enceradeira e lustrar o corredor.

Observação: Se em algum momento você chegou a acreditar que Tenóbio havia se formado médico e operado com sucesso a velha mestra, é bem provável tenha votado em Dilma, nas últimas eleições, e que acredite quando Lula diz ser a alma viva mais honesta do Brasil. Meus parabéns.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

COMO AUMENTAR A AUTONOMIA DA BATERIA DO SMARTPHONE

O ADULTO NÃO EXISTE. O HOMEM É UM MENINO PERENE.

Enquanto a autonomia das baterias dos celulares cresce em progressão aritmética, os recursos e funções dos telefoninhos aumentam exponencialmente, desafiando seus desenvolvedores a encontrar maneiras de mantê-los funcionando longe da tomada por pelo menos um dia inteiro.

Ao contrário das antigas baterias a base de níquel-cádmio, as atuais, de íon de lítio ou polímero de lítio, não são sujeitas ao “efeito memória”, podendo ser recarregadas total ou parcialmente a qualquer momento, independentemente da quantidade de energia remanescente. Entretanto, como bem sabe quem faz uso intenso do smartphone, deixar o aparelho conectado ao carregador durante toda a noite não garante que a carga dure até o final do dia seguinte. E como ninguém revogou a Lei de Murphy, não é incomum o usuário ficar na mão justamente quando está esperando uma ligação ou mensagem importante, por exemplo.

Claro que sempre se pode recorrer a um carregador veicular, mas nem sempre se está no carro quando o aparelho emite o alerta de bateria baixa. Andar com uma bateria sobressalente no bolso também é uma solução, mas não para todos os casos: no tão ambicionado (e caro) iPhone, por exemplo, a bateria não pode ser removida. E agora, José?

Enquanto os pesquisadores não descobrem uma saída funcional e comercialmente viável para aumentar a autonomia das baterias, o jeito é recorrer a medidas paliativas, dentre as quais a melhor, a meu ver, é o Power Bank, que recarrega a bateria a qualquer tempo e em qualquer lugar.

Há modelos que “vestem” aparelho como uma capinha convencional, outros que se parecem com pendrives ou com pequenos HDs externos. A maioria pode ser carregada a partir da rede elétrica e muitos também são capazes tanto de receber quanto fornecer energia via interface USB, o que os torna mais versáteis: além de smartphones, eles alimentam/recarregam câmeras fotográficas, filmadoras, caixas de som energizadas, enfim, qualquer dispositivo que disponha desse tipo de interface.

Alguns Power Banks (mais caros) integram células fotossensíveis ― ou seja, funcionam com energia solar ― e/ou prometem realizar 6, 8 ou mais recargas, mas todos, sem exceção, são uma mão na roda em situações como a que eu mencionei no início desta postagem. E o melhor é que você encontra essas belezinhas a preços bastante palatáveis: os mais simplesinhos podem custar menos que um maço de cigarros, e há modelos solares com preços entre 50 e 100 reais.

Na hora de escolher o dispositivo mais adequado às suas necessidades e possibilidades, atente para a quantidade de ciclos de recarga que ele suporta. Modelos de 500 ciclos são os mais indicados para “heavy users”, já que suportam recargas diárias por quase dois anos. Na falta dessa informação, verifique o tipo de células que o aparelhinho utiliza; as de polímero de lítio apresentam maior capacidade e durabilidade do que as de íon de lítio, mas costumam custar mais caro.

Outro parâmetro que deve ser analisado cuidadosamente é o número de vezes que o dispositivo é capaz de recarregar a bateria do telefone sem que seja preciso conectá-lo a uma tomada ou à portinha USB do computador. Claro que isso depende de diversos fatores, mas o cálculo é simples: um modelo com capacidade de 4000 mAh pode recarregar duas vezes uma bateria de 2070 mAh, como a do Motorola Moto G. Vale lembrar, todavia, que é sempre melhor usar esse recurso em situações de emergência, ou seja, evitar recargas completas, visando, dessa forma, prolongar a vida útil do Power Bank.

Por último, mas não menos importante: diversos apps prometem aumentar o tempo de duração das baterias dos smartphones, mas será que eles realmente funcionam? É o que veremos na próxima postagem. Até lá.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

CHEGOU A HORA DE SUBSTITUIR SEU VELHO SMARTPHONE E VOCÊ NÃO TEM CACIFE PARA BANCAR UM MODELO TOP DE LINHA? ENTÃO, NÃO DEIXE DE LER ESTA POSTAGEM.

HÁ UMA DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE CONHECER O CAMINHO E TRILHAR O CAMINHO.

Quando o dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor. Mas em tempos de vacas magras, como agora, cada centavo conta.

Claro que nem por isso você precisa usar seu smartphone “até que a morte os separe”, ou mesmo se conformar com um modelo com recursos pra lá de espartanos quando aposentar seu aparelho longevo e claudicante. Mas daí a gastar quase R$ 5 mil numa belezinha como a da foto que ilustra esta postagem vai uma longa distância, até porque existem excelentes opções por preços bem mais palatáveis.

Como sói acontecer no âmbito da tecnologia, a maioria das novidades chega ao mercado com o preço nas alturas, mas basta esperar a poeira baixar para economizar um bom dinheiro ― como eu costumo dizer, os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito. Isso sem mencionar que, sempre que um novo modelo é lançado, seu antecessor sofre uma desvalorização significativa, tornando-se uma opção bem mais interessante, especialmente quando sobra mês no fim do salário.

O iPhone 4S, por exemplo, que foi lançado em 2011 como uma atualização da versão 4 ― já com o mesmo processador que integrava o iPhone 5 ―, não é mais fabricado e, portanto, só pode ser encontrado no mercado de usados, que oferece aparelhos seminovos com preços em torno de R$ 700. Assim, se você ambiciona um smartphone da Apple, faça uma pesquisa no Bondfaro ou no Mercado Livre e realize seu sonho sem ter de penhorar até as meias e a cueca.

O Galaxy S4, da Samsung é outro bom exemplo. Ele 2013, quando foi lançado, ele custava R$ 2,399. Agora, um modelo com tela de 5 polegadas, resolução Full HD, câmera de até 13 MP, suporte à tecnologia 4G, processador de 1,9 GHz e 2 GB de memória interna pode ser encontrado por preços entre 700 e 900 reais.

Outra opção interessante é o Motorola Moto X segunda geração, lançado em 2014 ao preço de R$ 1,5 mil, que agora custa entre 800 e 900 reais. Ele não suporta cartão de memória, mas oferece bons 32 GB de memória interna (vale lembrar que boa parte desse espaço é comprometida pelo SO e aplicativos pré-carregados de fábrica, mas isso é um “problema” que se verifica em smartphones de todas as marcas e modelos, conforme a gente discutiu em outras postagens).

Essas são apenas algumas sugestões, naturalmente. Se pesquisar no Bondfaro ou no Mercado Livre, você encontrá muitas outras, como os excelentes LG G2 e Galaxy Note 3, que são oferecidos (novos) por preços inferiores a R$ 1000.

Boa sorte em suas compras.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

IMAGEM INVERTIDA NA TELA DO MONITOR

AO RICO NÃO FALTES, AO POBRE NÃO PROMETAS.

Oito anos atrás, eu publiquei aqui no blog uma postagem sobre uma inesperada inversão da imagem na tela do monitor do PC, cujo teor transcrevo a seguir:

Talvez não seja uma situação muito comum, mas pode acontecer de alguém desconfigurar acidentalmente o computador e fazer com que as imagens no monitor sejam exibidas de cabeça para baixo.
Para solucionar esse problema, experimente clicar com o botão direito do mouse num ponto vazio da Área de Trabalho, escolher Propriedades e, nas configurações avançadas do quadro das Propriedades de Vídeo, localizar o comando Rotacionar ― ou algo parecido, porque o nome pode variar conforme a marca e modelo da placa gráfica.

Uma alternativa mais simples (que pode ou não funcionar, dependendo também da marca e do modelo da placa) consiste simplesmente em manter pressionadas as teclas Ctrl+Alt e teclar as setas direcionais até que a imagem volte a ser exibida normalmente.

Volto agora ao assunto porque as edições mais recentes do Windows facilitam esse ajuste. No Ten (e acho que também no Seven e no Eight), você pode acessar o comando responsável pela rotação dando um clique direito num ponto vazio da área de trabalho e, no menu suspenso, selecionando Opções gráficas > Rotação. Feito isso, basta escolher uma das possibilidades oferecidas por padrão ― Girar para 0, 90, 180 ou 270 graus. Note que, com a tela rotacionada, operar o mouse fica mais difícil. Então, tente primeiro resolver o problema utilizando a alternativa sugerida no parágrafo anterior.

Abraços e até mais ler.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

WINDOWS 10 ― COMO PROTEGER PASTAS E ARQUIVOS

A LIBERDADE É MAIS IMPORTANTE DO QUE O PÃO.

Computadores estão longe de ser aparelhos baratos ― especialmente no Brasil ―, embora já tenham custado bem mais caro. Por conta disso, lá pela década de 90, quando os PCs começaram a se popularizar entre usuários de classe média, era comum a mesma máquina ser compartilhada por todos os membros da família ― solução interessante do ponto de vista econômico, mas que não só propiciava acirradas disputas entre pais, filhos e irmãos, mas também comprometia a segurança do sistema e a privacidade de cada um dos usuários.

Para atenuar esse “desconforto”, a Microsoft criou uma política de contas de usuários e senhas ― que, embora já se fizesse presente no Windows ME, tornou-se mais eficiente no XP e foi aprimorada nas edições subsequentes. Com esse recurso, os usuários cadastrados no sistema acessavam seus próprios arquivos e configurações personalizadas (plano de fundo, proteção de tela, e por aí afora), como se cada qual tivesse seu próprio computador, embora todos compartilhassem o mesmo hardware.

Felizmente, o progressivo barateamento dos PCs, a popularização dos notebooks e, mais recentemente, dos tablets e smartphones fez do “computador da família” apenas uma vaga lembrança. No entanto, nem sempre podemos evitar que outras pessoas usem nosso computador situações, mesmo que em caráter eminentemente eventual, e para manter nossos arquivos pessoais/confidenciais longe de olhos curiosos, melhor do que protege-los por senha é mantê-los ocultos (a propósito, não deixe de conferir minhas matérias sobre política de contas de usuário do Windows, criptografia, senhas, pastas protegidas e arquivos ocultos).

Confira a seguir a maneira mais simples e prática de ocultar pastas/arquivos no Windows 10 (se você ainda se mantém fiel ao velho Seven, clique aqui):

― Pressione as teclas Win+E e, na janela do Explorer, selecione os arquivos/pastas que você deseja ocultar;
― Feito isso, clique no menu Exibir e na opção Ocultar itens selecionados;
― Na telinha que se abrir em seguida, marque a opção Aplicar as alterações aos itens selecionados, subpastas e arquivos, e então clique em OK.

Observação: Se e quando você quiser tornar visíveis as pastas que ocultou, no mesmo menu Exibir que comandou a ocultação dos arquivos e pastas, marque a caixa de verificação ao lado da opção itens ocultos. Com isso, as pastas/arquivos em questão ficarão “transparentes”; selecione as que você deseja exibir e torne a clicar em Ocultar itens selecionados, que agora irá produzir o efeito inverso, ou seja, permitir a visualização dos itens que você havia escondido (certifique-se de que a opção Aplicar as alterações aos itens selecionados, subpastas e arquivos esteja marcada).

Tenha em mente que qualquer pessoa com acesso ao seu PC e conhecimento suficiente do sistema para realizar o procedimento retro citado poderá visualizar suas pastas/arquivos ocultos. Então, se houver algum item realmente confidencial, convém protegê-lo também por senha, o que pode ser feito com o freeware Lock-a-Folder. Se preferir, use o compactador/descompactador de arquivos WinRAR, que, dentre outras funções, também permite criar pastas compactadas protegidas por senha (mais detalhes neste vídeo).

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

domingo, 21 de agosto de 2016

CARTA DE DILMA À NAÇÃO: O “CANTO DO CISNE” NA VERSÃO “GRASNADO DE PATO”


Depois de uma gestão pródiga em erros e medidas estapafúrdias, a anta sapiens resolveu fechar com chave de ouro sua deplorável passagem pelo Planalto com uma “carta aos senadores e à nação”, apresentada por ela própria em entrevista coletiva e transmitida em sua página no Facebook.

Numa das peças mais patéticas da história política do Brasil, Dilma insiste na já exaurida tese do golpe, reafirma que há ruptura institucional no Brasil, nega ter cometido crime de responsabilidade e defende a antecipação das eleições presidenciais de 2018 (clique aqui para acessar a íntegra da epístola da sacripanta, ou aqui, caso queira ouvir o Canto do Cisne na versão Grasnado de Pato).

Com uma cara-de-pau de dar inveja a seu execrável predecessor e mentor, a Assombração do Planalto, às vésperas do exorcismo que deve despachá-la de vez, tem o desplante de dizer que “recebeu com humildade” as duras críticas aos erros cometidos e políticas que não foram adotadas pelo seu governo, bem como de atribuir ao Legislativo a culpa por não ter conseguido aprovar as medidas necessárias para a retomada do crescimento do país, reafirmar a existência de “provas irrefutáveis” de sua inocência, que a Constituição não prevê afastamento por "desconfiança" e que sua deposição definitiva do cargo constituirá um “golpe de estado”.

Em última análise, o objetivo da missiva dilmista ― redigida ao longo das últimas semanas com contribuições de Cardozo, Berzoini, Wagner e do próprio Lula ― é tentar obter apoio de senadores que ainda não decidiram como votarão no julgamento final do impeachment. Como a caudalosa “Contrariedade ao Libelo Acusatório” de 670 páginas ― entregue por Cardozo quando faltavam apenas três minutos para o final do prazo regulamentar ―, trata-se de uma dose cavalar de “mais do mesmo”. Ou uma “bala de latão”, como classificou a senadora Simone Tebet, ao dizer que “Dilma fala em golpe enquanto defende um plebiscito inconstitucional”, ou ainda “de uma superficialidade impressionante”, na visão do senador Waldemir Moka, segundo o qual “o documento deveria ter sido escrito no início de 2015, com ela assumindo os erros que colocaram o Brasil na pior crise de sua história”.

O que a nefelibata da mandioca grasnou em seu canto de pata choca cheira a discurso de palanque ― o que causa espécie, considerando que ela está em via de se tornar inelegível por oito anos. Mas coerência nunca foi o forte dessa senhora, que, no mesmo dia em que cometeu seu estapafúrdio pronunciamento, tornou-se formalmente investigada: O ministro Teori Zavascki, relator do petrolão no STF, autorizou a abertura de inquérito contra Dilma, Lula, Cardozo, Mercadante, Delcídio, Marcelo Navarro (ministro do STJ) e Francisco Falcão (presidente do STJ) por suspeita de obstrução das investigações da Lava-Jato e, por consequência, da Justiça. No caso de Dilma, eventual condenação implicaria em perda do mandato, mas, convenhamos, pelo andar da carruagem, até o final do mês seu mandato já terá ido pelo ralo.

Enfim, pau que nasce torto morre torto, tem jeito não.

sábado, 20 de agosto de 2016

O IMPEACHMENT E A IMPICHADA

Foi Dilma quem criou o inferno astral que ora a atormenta ― não só pelas pedaladas fiscais e decretos de suplementação orçamentária sem aval do Congresso, mas, principalmente, pelo conjunto de sua calamitosa gestão, felizmente interrompida pela Câmara Federal aos 5 anos, 4 meses e 12 dias. Também foi ela (e não Temer, AécioFHC, a mídia em geral e a revista Veja e a Rede Globo em particular) a grande responsável pela maior crise econômica e política da história recente deste país, e como tal será julgada pelo plenário do Senado, numa sessão que começa na próxima quinta-feira e, como o velho programa do Chacrinha, “acaba quando termina”.

Segundo a militância petralha, Dilma não cometeu crime algum, apenas fez o que outros fizeram ― e nem por isso foram cassados, apedrejados ou crucificados. Para essa súcia de apedeutas aleivosos, sua amada chefa é vítima de um “golpe” orquestrado por desafetos inconformados com o resultado das urnas (dentre outras supostas e absurdas razões, pelo fato de Dilma ser mulher), e, capitaneada pela dita-cuja carcará, rincha esse despautério aos quatro ventos, esperando que uma mentira repetida muitas vezes assuma ares de verdade.

O termo golpe, além ser eficiente do ponto de vista midiático ― por ser fácil de entender até mesmo pelos menos esclarecidos ―, acirra os ânimos da militância dilmista, mas, com a conotação de “golpe de Estado”, traz à mente a ideia de revolução armada, com soldados e tanques nas ruas, suspensão dos direitos constitucionais dos cidadãos, e o diabo a quatro. Demais disso, classificar o afastamento da anta petralha de “golpe” significa chamar de “golpistas” os que tomam parte do processo, dos deputados e senadores ― que, eleitos democraticamente pelo povo, têm a incumbência constitucional de decidir sobre a matéria ― ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF. Significa chamar Temer de golpista, como Dilma vem fazendo com irritante teimosia, a despeito de ele ter subido de posto em obediência aos ditames da Constituição, num trâmite acompanhado e avalizado pela nossa mais alta Corte de Justiça ― se Temer premeditou sua ascensão, se “traiu” a presidente de quem era vice, isso já é outra história e, por que não dizer, faz parte da Política ― ciência que, como sabemos, não prima pelos princípios da ética, da moral ou da lealdade.  

Voltando ao impeachment, o julgamento é eminentemente político, pois os juízes são os deputados federais, numa primeira instância, e os senadores, na etapa final. Ao ministro Lewandowski cabe apenas presidir garantir que os trâmites legais sejam seguidos, ou seja, ele não vota, de modo que os juízes ― assim entendidos os 513 deputados e 81 senadores ― são políticos por definição, excelência, natureza, opção, ou tudo isso combinado.

Pouco importa se Eduardo Cunha foi apeado da presidência da Câmara, se terá seu mandato de deputado cassado, ou se deu seguimento ao processo de impeachment apresentado por Hélio Bicudo, Janaína Pascoal e Miguel Reale Júnior por vingança ou qualquer outro motivo análogo. O que importa mesmo é que a agonia se aproxima do final, para o bem ou para o mal, já que o julgamento de Dilma deve ser concluído até o final do mês.

Observação: Em seu mandato, Cunha recebeu um número de pedidos de impeachment muito superior ao registrado nas gestões predecessoras. oram 50 desde fevereiro de 2015, em comparação com 11 na presidência de Henrique Alves, de 2013 a 2015, e três na de Marco Maia, de 2010 a 2013. Desses, 39 foram arquivados (por não atender aos requisitos formais) e 11constam em lista enviada pela secretaria-geral da mesa da Câmara como "em processamento". Um 12º foi apresentado em 13 de abril por Marcelo Reis, representante do grupo Revoltados Online, mas até sexta-feira não constava na relação oficial da Casa.

Habituados a distorcer os fatos para adequá-los a sua vontade, como fazem com as pesquisas de opinião pública que os desfavorecem (clique aqui para mais detalhes) ― a militância petista e demais defensores incondicionais da anta sacripanta não reconheçam a responsabilidade da dita-cuja pela encrenca em que se meteu. Inutilmente, jogam a culpa em Cunha ― que, sozinho, não conseguiria convencer 2/3 da Câmara Federal a votar de acordo com seus interesses ―, enquanto esperam que Renan Calheiros ― que até pouco tempo atrás era aliado e defensor escrachado da afastada ― os ajude a virar o jogo, mas ele virou foi a casaca, tão logo viu para que lado o vento passou a soprar.

Cada vez menos gente continua apoiando Dilma, mesmo entre as alas petistas. Até seu abjeto predecessor e mentor parece ter jogado a toalha ― embora, em público, pose de apoiador incondicional da afastada ―, até porque não é prudente lutar duas batalhas ao mesmo tempo, e, para, ele, mais importante que defender sua abominável cria é escapar da Lava-Jato e do juiz Sergio Moro.

Como dito, o impeachment de Dilma será julgado por parlamentares, e não por juízes togados. E a despeito de ação se embasar nas “pedaladas fiscais” (operações orçamentárias não previstas na legislação, que consistem em atrasar o repasse de verba a bancos públicos e privados com a intenção de aliviar momentaneamente a situação fiscal do governo) e “decretos de suplementação orçamentária” (autorizações de aumento de gastos sem prévio aval do Congresso), é improvável que a vida pregressa da ré não cruze a mente dos senadores na hora do voto. E qualquer um minimamente capaz de raciocinar deve repudiar a ideia de recolocar no comando na nação alguém que comprovadamente não foi talhada para o cargo, que antes de se aventurar na política faliu duas lojinhas de badulaques importados quando o câmbio favorecia esse tipo de negócio (clique aqui para mais detalhes), que, sem saber atirar, virou modelo de guerrilheira; sem ter sido vereadora, virou secretária municipal; sem passar pela Assembleia Legislativa, virou secretária de Estado, sem estagiar no Congresso, virou ministra; sem ter inaugurado nada de relevante, faz pose de gerente de país; sem saber juntar sujeito e predicado, virou estrela de palanque; sem ter tido um único voto na vida até 2010, foi eleita e reeleita presidente da Banânia, digo, do Brasil.

Observação: Embora a militância ignara procure diminuir a gravidade dos atos espúrios de Dilma, alegando que o mesmo foi feito sem maiores consequências por seus predecessores, a Lei Complementar 101, de Responsabilidade Fiscal, proíbe pedaladas (artigo 36), e a Constituição federal, em seu artigo 167, V, veda explicitamente as aceleradas, e no artigo 85, VI, define como crimes de responsabilidade os atos presidenciais atentatórios ao seu texto e, especialmente, contra a lei orçamentária, impactada pelas pedaladas e aceleradas. Todavia, nenhum artigo da Constituição isenta de punição um ato criminoso pelo simples fato de alguém que o cometeu no passado tenha permanecido impune.

Em última análise, a anta sapiens inutilis se revelou uma estranha no ninho dos políticos e se mostrou irresponsável ao conduzir o governo e suas contas, no que infringiu as leis do País e lhe causou imensos danos. O impeachment pode até ter sido o pretexto que a ocasião providenciou para tirá-la de onde estava, mas dizer que ela será apeada do poder por um “golpe” é uma falácia. É incontestável que houve casuísmo na instauração do processo, uma vez que a figura do crime de responsabilidade, que não pegou contra seus predecessores, foi implacável e cega com a afastada. Mas golpes vieram mesmo de Dilma, que socou o País até jogá-lo nas cordas da crise. Lamentos quanto à demissão até cabem, mas somente porque ela veio atrasada, estendendo a agonia em que o Brasil se encontra, e sem uma punição mais dura.

Em sua patética “carta aos senadores e à nação”, a afastada insiste em se dizer inocente e posar de injustiçada. Melhor seria se reconhecesse sua incompetência e anunciasse sua renúncia. Aliás, a despeito de ter sido adiada e sofrido inúmeras modificações, a epístola dilmista não comoveu os indecisos e foi vista pela maioria dos parlamentares como serôdia. Segundo a Folha, o senador tucano Otto Alencar, que votou duas vezes contra o impeachment, sinalizou que pode mudar de posição e avaliou ontem que Dilma será cassada com 60 votos. Já o presidente da Casa, Renan Calheiros ― que, como dito, até pouco tempo era um dos principais aliados da petista no Congresso, ― criticou a abilolada ideia de convocar um plebiscito para decidir sobre antecipação de eleições gerais. Ainda segundo a Folha, Dilma fará pessoalmente sua defesa no julgamento, pois teria ficado particularmente incomodada com avaliações veiculadas na imprensa de que poderia não ir ao Senado por temer perguntas de seus oponentes e possíveis ataques no plenário da Casa. Para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, “a vinda dela é um erro, só vai legitimar o processo que ela chama de golpe”.

Observação: No prefácio que escreveu em livro recente, o economista Edmar Bacha lembrou uma frase atribuída ao então governador paulista Orestes Quércia: “Quebrei o Banespa, mas elegi meu sucessor”. Bacha sugere que Dilma parafraseasse Quércia afirmando: “Quebrei o País, mas me reelegi presidente”. Caberia acrescentar: “E depois fui demitida”.

O cronograma prevê que o julgamento tenha início na próxima quinta-feira, mas a votação final só deve ocorrer na madrugada do dia 31, devido ao número de senadores dispostos a falar e à quantidade de testemunhas arroladas. O acordo é só interromper os trabalhos depois de ouvidas todas as testemunhas, duas de acusação e seis de defesa. Enquanto isso, o país patina, já que é fundamental, para o presidente interino, a deposição definitiva da petralha, que o consagrará comandante em chefe da nação até 2018 ― isso se até lá o TSE não cassar a chapa pela qual Temer se elegeu vice de Dilma.

Haja saco, barnabé!

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

COMO REINSTALAR O WINDOWS 10 SEM PERDER AQUIVOS PESSOAIS

TUDO PASSA, MENOS A ADÚLTERA. NOS BOTECOS E NOS VELÓRIOS, NA ESQUINA E NAS FARMÁCIAS, HÁ SEMPRE ALGUÉM FALANDO NAS SENHORAS QUE TRAEM. O AMOR BEM-SUCEDIDO NÃO INTERESSA A NINGUÉM.

Costumo dizer que não existe programa perfeito, até porque, seja um simples aplicativo, seja um portentoso sistema operacional, todos são escritos por gente de carne e osso ― e, portanto, falíveis. Daí a Microsoft (e a maioria dos desenvolvedores de software zelosos por seus produtos) produzirem e disponibilizarem regularmente correções e aprimoramentos, e como é sempre melhor acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão, devemos manter o sistema atualizado e usar sempre que possível as versões mais recentes dos aplicativos (mais detalhes nesta postagem).

É certo que Windows vem sendo aprimorado a cada nova edição, embora seja igualmente certo que algumas delas ― como o ME, o VISTA e o EIGHT ― não tenham sido lá muito bem-sucedidas. Mas o Ten, que sopra sua primeira velinha no final deste mês, é tido e havido pela Microsoft e por uma parcela significativa dos críticos especializados como o melhor Windows de todos os tempos. Isso não significa que seja perfeito, naturalmente, daí a necessidade dos tradicionais “patches” (ou remendos, em português), que durante muito tempo foram alvo de chacota para os linuxistas e detratores da Microsoft, que se referiam ao Windows como “peneira” (devido a sua “permeabilidade” a invasões) ou “colcha de retalhos” (por conta da profusão de remendos lançados mês sim, outro também).

Embora seja bem menos sujeito a panes e travamentos do que as edições 9X/ME, o Windows 10 continua susceptível à fragmentação excessiva dos dados no HD, ao acúmulo de entulho no disco e no Registro, à corrupção de arquivos do sistema, ao “misterioso desparecimento” de arquivos .DLL, a atualizações/reconfigurações malsucedidas, à ação nefasta de malwares, e por aí segue a procissão. E a despeito de o próprio sistema dispor de ferramentas capazes de minimizar boa parte desses problemas ― e da existência de excelentes suítes de manutenção, tanto pagas quanto gratuitas, que fazem um trabalho ainda mais rebuscado ―, um belo dia o usuário é obrigado a reinstalar o Windows “do zero” para resgatar o “frescor” e o “viço” que ele apresentava nos primeiros meses de uso.

Houve época em que a reinstalação era um verdadeiro porre, mesmo para usuários medianos ― para os iniciantes, então, o jeito era recorrer a amigos mais experientes ou a um Computer Guy de confiança ―, mas o procedimento se tornou bem mais simples e quase não exige, atualmente, a intervenção do usuário. Só que ainda toma tempo, quase sempre resulta na perda de arquivos pessoais (até porque todo mundo sabe que fazer backup é fundamental, mas pouca gente faz) e dá uma trabalheira danada para reconfigurar e personalizar do sistema, aplicar as atualizações/correções e reinstalar os aplicativos.

A boa notícia é que, no caso do Ten, a coisa ficou ainda mais simples, pois tanto a versão HOME quanto a PROFESSIONAL dispõe de uma opção de recuperação que permite reinstalar o sistema sem mexer nos arquivos pessoais ― sopa no mel para quem precisa resolver problemas de lentidão ou travamento e não quer se submeter à via-crúcis tradicional. Acompanhe:

1) Clique com o botão com logo do Windows, à esquerda da barra de tarefas (aquele que convoca o menu Iniciar) e selecione a opção Configurações.

2) Na janela que se abre em seguida, selecione a opção Atualização e Segurança.
3) Na coluna à esquerda da janela que irá se abrir, selecione a opção Recuperação, e, à direita, no campo Restaurar PC, pressione o botão Introdução.
4) Na próxima tela, escolha a opção Manter meus arquivos, e confira os aplicativos que serão removidos durante o processo. Clique em Avançar, aguarde a exibição das ações que serão tomadas. Clique em Restaurar para iniciar o procedimento e aguarde a conclusão.

Depois de alguns minutos, o sistema reiniciará como novo, mas mantendo seus arquivos pessoais. Reinstale seus aplicativos, rode o Windows Update para baixar e aplicar as atualizações/correções críticas e de segurança, proceda às personalizações que julgar necessárias e pronto.

E como hoje é sexta-feira:

O PIOR ATENTADO QUE SE PODE COMETER CONTRA LULA, ALÉM DE ALVEJÁ-LO COM UM MORTÍFERO DICIONÁRIO, É ATIRAR-LHE UMA CARTEIRA DE TRABALHO.
(Esperidião Amin).

Bom f.d.s. a todos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

MALWARE SIMULA WHATSAPP PARA ANDROID E ROUBA INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS DO USUÁRIO

CONHEÇA SEU INIMIGO COMO A SI MESMO E VOCÊ NÃO TERÁ QUE TEMER O RESULTADO DE CEM BATALHAS.

Segundo o site de tecnologia Canaltech, a PSafe identificou um malware ― batizado de WhatsApp.CreditCardStealer ― que simula o WhatsApp para Android e exibe uma tela que solicita ao usuário informar os dados do seu cartão de crédito.

Para aliciar as vítimas, os crackers enviam um email convidando o destinatário a instalar “um Novo WhatsApp recheado de funções inéditas”. Ao acessar o link, o usuário recebe uma mensagem de erro e o aplicativo falso desaparece, mas o WhatsApp continua funcionando normalmente. A praga remove o ícone de atalho da Play Store e impede o acesso à loja virtual, evitando a instalação de aplicativos de segurança ou antivírus que possam detectá-lo, mas, para burlar o antivírus instalado, fica inativa por cerca de quatro horas antes de solicitar os dados do cartão de crédito para liberar o acesso à Play Store.

Além dos dados do cartão serem repassados aos cibervigaristas, o número do celular é cadastrado automaticamente em um serviço de SMS pago, que consome os créditos do aparelho, castigando ainda mais o bolso da pobre vítima.

Outro golpe via WhatsApp busca enganar os usuários com a oferta de um pacote de emoticons românticos. De acordo com a empresa de segurança digital ESET, as vítimas recebem um link falso ― que supostamente levaria à instalação do pacote ― que os instrui a compartilhar a mensagem com 10 pessoas ou 3 grupos diferentes de contatos. Ao seguir as instruções, elas são inscritas em serviços de mensagens pagas, destinados a encher as burras dos cibercriminosos.

Para evitar mais esses golpes, as recomendações são as de sempre: jamais baixe e instale apps de fontes não oficiais, evite clicar em links desconhecidos recebidos por e-mail ou SMS e fique esperto em relação às permissões de acesso solicitadas pelos programas que você instala. Demais disso, é de fundamental importância dispor de um antivírus ativo, operante e devidamente atualizado. Como se costuma dizer, “em rio que tem piranha, jacaré nada de costas”.

Boa sorte e até a próxima.