sexta-feira, 26 de agosto de 2016

AINDA SOBRE A BATERIA DOS SMARTPHONES (continuação)

O SER HUMANO, TAL COMO IMAGINAMOS, NÃO EXISTE.

Conforme eu mencionei no post anterior, aplicativos que prometem aumentar a autonomia da bateria dos smartphones existem aos montes. O problema é que a maioria não passa de inutilitários ― ou seja, consomem ciclos de processamento e espaço nas memórias do aparelho sem oferecer qualquer contrapartida.

Cheguei a essa conclusão após experimentar diversos “battery savers” integrantes das suítes de segurança e manutenção que avaliei ao longo dos últimos meses, mas como não utilizo o 4G (navegar na Web, somente via Wi-Fi) e uso o telefone quase que exclusivamente para fazer e receber ligações por voz (além de desligá-lo durante a noite), minha bateria costuma durar de 48 a 72 horas, o que pode parecer uma eternidade para quem nunca desliga o smartphone, usa e abusa do WhatsApp, navega na Web o tempo todo e ainda ouve música ou assiste a vídeos regularmente. Assim, resolvi deixar de lado minhas impressões pessoais e compartilhar com vocês os resultados de um teste com 16 aplicativos (para Android, iOS e Windows Phone), publicados na revista da PROTESTE do mês passado. Confira:

Todos os apps para Android que a equipe testou foram considerados fáceis de instalar, mas alguns perderam pontos por não receberem atualizações há anos ― caso do Battery Defender, que foi atualizado pela última vez em 2012 ―, e outros, por serem compatíveis apenas com a versão mais recente do sistema (se seu Android é antigo, anote aí: o DU Battery Saver pode ser usado a partir da versão 2.3 do sistema). 

Com exceção do Battery Doctor, os programinhas limitaram a estimar o tempo de carga restante, sem detalhar a informação por atividade (como navegar na Web, ouvir música, etc.). Aliás, o Battery Doctor foi considerado o melhor do teste, não só por ampliar em mais de 50% o tempo de duração da bateria, mas também por dispor de atualização automática e ser capaz de identificar os aplicativos mais gulosos, embora tenha perdido pontos devido à má organização dos seus recursos e pelo fato de boa parte das instruções estar em inglês.

Se seu sistema é o iOS ou o Windows Phone, a má notícia é que nenhum dos "savers" testados detalhou o consumo de energia por aplicativo. Alguns, como  o Battery Doctor Must Have para iOS, dispõem da “otimização automática”, que desabilita funções do sistema para prolongar a autonomia da bateria, mas para aparelhos com sistema móvel da Microsoft, nenhum deles oferecia esse recurso ― que, vale salientar, é disponibilizado nativamente pelo AndroidiOS  e Windows, podendo ser habilitado a partir do menu Configurações. Mas o melhor mesmo é fazer os ajustes manualmente: no mais das vezes, basta desligar funções como NFC, GPS, Wi-Fi, Bluetooth e 4G, reduzir ao mínimo o tempo e o brilho do display, desabilitar atualizações automáticas de aplicativos, sincronização de emails, controle de gastos e rotação de tela para poupar carga suficiente para esperar aquela ligação importante, por exemplo. No caso de telas com tecnologia AMOLED, usar um papel de parede preto (cor sólida) ajuda a reduzir o consumo de energia.

A conclusão fica para uma próxima postagem. Abraços e até lá.

E como hoje é sexta-feira:

A professora sempre perdia a paciência com Tenóbio:

― Você me deixa louca, menino! Tem jeito não!

Até que um belo dia a mestra chamou a mãe do menino e lhe disse que havia jogado a toalha, que o desempenho do garoto era um desastre, que nunca vira uma criança tão imbecil em seus 10 anos de magistério.

A mãe ficou tão chocada que tirou Tenóbio da escola e se mudou do agreste pernambucano para São Paulo. Vinte anos depois, já aposentada, ela foi acometida de uma cardiopatia incurável, e nos confins do judas onde morava, não havia a menor possibilidade de tratamento.

Assim, a velha juntou seus caraminguás e picou a mula para São Paulo, onde conseguiu ser internado no INCOR e operada por um dos melhores cirurgiões do país. Quando recobrou a consciência e tentou agradecer o sorridente doutor, a paciente não conseguiu pronunciar palavra. Em questão de segundos, sua face passou do branco-cera para o azul marinho e um minuto depois ela estava morta.

O médico, atônito, nada pode fazer para salvar (novamente) a vida da velhinha, e só alguns minutos mais tarde se deu conta de que Tenóbio, o faxineiro, havia desligado os aparelhos para ligar sua enceradeira e lustrar o corredor.

Observação: Se em algum momento você chegou a acreditar que Tenóbio havia se formado médico e operado com sucesso a velha mestra, é bem provável tenha votado em Dilma, nas últimas eleições, e que acredite quando Lula diz ser a alma viva mais honesta do Brasil. Meus parabéns.