O SER HUMANO,
TAL COMO IMAGINAMOS, NÃO EXISTE.
Conforme eu mencionei no post anterior, aplicativos que prometem aumentar a autonomia da bateria dos smartphones existem aos montes. O problema é que a maioria não passa de inutilitários ― ou seja, consomem ciclos de processamento e espaço nas memórias do aparelho sem oferecer qualquer contrapartida.
Cheguei a
essa conclusão após experimentar diversos “battery savers” integrantes das suítes de segurança e
manutenção que avaliei ao longo dos últimos meses, mas como não utilizo o 4G (navegar na Web, somente via Wi-Fi) e uso o telefone quase que
exclusivamente para fazer e receber ligações por voz (além de desligá-lo durante a noite), minha bateria costuma durar de 48 a 72 horas, o que
pode parecer uma eternidade para quem nunca desliga o smartphone, usa e abusa
do WhatsApp, navega na Web o tempo
todo e ainda ouve música ou assiste a vídeos regularmente.
Assim, resolvi deixar de lado minhas impressões pessoais e compartilhar com
vocês os resultados de um teste com 16 aplicativos
(para Android, iOS e Windows Phone), publicados na revista da PROTESTE do mês passado. Confira:
Todos os
apps para Android que a equipe testou foram considerados
fáceis de instalar, mas alguns perderam pontos por não receberem atualizações
há anos ― caso do Battery Defender, que foi
atualizado pela última vez em 2012 ―, e outros, por serem compatíveis apenas
com a versão mais recente do sistema (se seu Android é antigo, anote aí: o DU Battery Saver pode
ser usado a partir da versão 2.3 do
sistema).
Com exceção do Battery Doctor, os programinhas limitaram a estimar o tempo de carga restante, sem detalhar
a informação por atividade (como navegar na Web, ouvir música, etc.). Aliás, o
Battery Doctor foi considerado o melhor do teste, não só por ampliar em mais
de 50% o tempo de duração da bateria, mas também por dispor de atualização
automática e ser capaz de identificar os aplicativos mais gulosos, embora tenha
perdido pontos devido à má organização dos seus recursos e pelo fato de boa
parte das instruções estar em inglês.
Se seu
sistema é o iOS ou o Windows Phone, a má notícia é que
nenhum dos "savers" testados detalhou o consumo de energia por aplicativo.
Alguns, como o Battery Doctor Must Have para iOS, dispõem da “otimização automática”, que desabilita funções do sistema
para prolongar a autonomia da bateria, mas para aparelhos com sistema móvel
da Microsoft, nenhum deles oferecia esse recurso ― que, vale salientar, é disponibilizado nativamente pelo Android, iOS e Windows,
podendo ser habilitado a partir do menu Configurações. Mas o melhor mesmo é fazer os ajustes manualmente: no mais das
vezes, basta desligar funções como NFC,
GPS, Wi-Fi, Bluetooth e 4G, reduzir ao mínimo o tempo e o
brilho do display, desabilitar atualizações automáticas de aplicativos,
sincronização de emails, controle de gastos e rotação de tela para poupar carga
suficiente para esperar aquela ligação importante, por exemplo. No caso de
telas com tecnologia AMOLED, usar um
papel de parede preto (cor sólida) ajuda a reduzir o consumo de energia.
A conclusão
fica para uma próxima postagem. Abraços e até lá.
E como hoje é sexta-feira:
E como hoje é sexta-feira:
A professora
sempre perdia a paciência com Tenóbio:
― Você me
deixa louca, menino! Tem jeito não!
Até que um
belo dia a mestra chamou a mãe do menino e lhe disse que havia jogado a toalha,
que o desempenho do garoto era um desastre, que nunca vira uma criança tão
imbecil em seus 10 anos de magistério.
A mãe ficou
tão chocada que tirou Tenóbio da escola e se mudou do agreste pernambucano para
São Paulo. Vinte anos depois, já aposentada, ela foi acometida de uma
cardiopatia incurável, e nos confins do judas onde morava, não havia a menor
possibilidade de tratamento.
Assim, a
velha juntou seus caraminguás e picou a mula para São Paulo, onde conseguiu ser
internado no INCOR e operada por um dos melhores cirurgiões do país. Quando
recobrou a consciência e tentou agradecer o sorridente
doutor, a paciente não conseguiu pronunciar palavra. Em questão de segundos, sua face
passou do branco-cera para o azul marinho e um minuto depois ela estava morta.
O médico, atônito, nada pode fazer para salvar (novamente) a vida da velhinha, e só alguns minutos mais tarde se deu conta de que Tenóbio, o faxineiro,
havia desligado os aparelhos para ligar sua enceradeira e lustrar o corredor.
Observação: Se em algum momento você
chegou a acreditar que Tenóbio havia se formado médico e operado com sucesso a
velha mestra, é bem provável tenha votado em Dilma, nas últimas eleições, e que
acredite quando Lula diz ser a alma viva mais honesta do Brasil. Meus parabéns.