quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

COMO RECUPERAR CONVERSAS NO WHATSAPP

MULHER ENIGMÁTICA, ÀS VEZES, É POUCA GRAMÁTICA.

O WhatsApp conquistou usuários de todo o mundo a tal ponto que muita gente nem sabe como conseguiu sobreviver quando ele não existia. Para alguns, no entanto ― e eu me incluo entre estes últimos ―, a maneira como determinados usuários bombardeiam seus contatos com mensagens de texto e voz, fotos e clipes de vídeo digamos, dispensáveis, é um aborrecimento de proporções épicas.

Se você usa o WhatsApp, é provável que apague as “conversas” regularmente, pois mantê-las indefinidamente pode esgotar o espaço já não muito generoso da memória interna dos smartphones ― e ainda que a maioria dos aparelhos permita ampliar esse espaço via cartões de memória, nem sempre nos lembramos de ajustar a configuração para que o armazenamento se dê na mídia removível (aliás, muitos aparelhos costumam dificultar esse ajuste, e isso quando não o impedem). Resultado: a  gente sempre acaba apagando mensagens que, por qualquer razão, precisa reler posteriormente, quando já é tarde demais.

Observação: O WhatsApp jura de pés juntos que não armazena as conversas dos usuários, embora elas fiquem guardadas na memória do aparelho e, se o backup tiver sido habilitado, será possível restaurar todo o conteúdo que foi salvo ultimamente. No caso de perda do smartphone, essas serão as únicas conversas que poderão ser restauradas no aparelho, e embora alguns aplicativos se proponham a recuperar as conversas apagadas da memória, eles nem sempre funcionam.

O Dr. Fone é um programa de recuperação de arquivos que realiza varredura em três níveis configuráveis. O ideal é começar com a opção Procurar arquivos apagados e, dependendo da quantidade de arquivos recuperados, repetir o procedimento no Modo Avançado, que é mais demorado (dependendo da capacidade armazenamento do telefone, essa varredura pode levar horas, além de exigir que o aparelho não seja utilizado enquanto a ferramenta de recuperação estiver sendo executada). Note que a versão de teste permite apenas avaliar a capacidade de recuperação do programa e visualizar os arquivos; para restaurá-los, é preciso adquirir uma licença (que custa R$ 189,90 para o sistema Android e de R$ 119,90 a R$ 259,90 para o iPhone)

Outra opção é o Gihosoft Data Recovery, que opera de maneira semelhante e pode servir como alternativa para quem não conseguir recuperar os arquivos ou conversas usando o Dr. Fone ― até porque cada aplicativo trabalha com um mecanismo próprio, e assim as chances de sucesso variam caso a caso, conforme o aparelho e a plataforma. Da mesma forma que o app anterior, este permite somente visualizar os arquivos recuperados; para restaurá-los, é preciso desembolsar US$ 49,95.

Tenham todos um ótimo dia.

AINDA SOBRE O SUCESSOR DE ZAVASCKI NA RELATORIA DA LAVA-JATO

O sorteio da relatoria da Operação Lava-Jato no Supremo deve ficar pode ficar para amanhã, quinta-feira (2). Até poucos minutos atrás, a expectativa era que essa definição ocorresse no início da tarde de hoje, mas parece que Carmen Lucia ainda quer ouvir todos os ministros da corte sobre o pedido de mudança feito por Edson Fachin (da mesma forma que no exército, antiguidade é posto no STF, e como a nomeação de Fachin foi a mais recente, a presidente quer saber se alguém mais da Primeira Turma tem interesse em mudar para a Segunda.

Vale lembrar que Carmen Lucia pode realizar o sorteio apenas entre os ministros da Segunda Turma ou entre os 9 que restaram com a morte de Zavascki (o STF conta com 11 distribuídos em duas Turmas de 5, já que o presidente da Corte ― ou A presidente, na composição atual ― não participa de nenhuma delas.

Não há no regimento interno do Supremo um artigo que permita que algum ministro escolha assumir um caso, mas é possível recusar a relatoria de um processo ― no contexto atual, o decano Celso de Mello já adiantou que declinaria da relatoria da Lava-Jato, alegando motivos de saúde.

Embora seja controversa, a possibilidade de Carmen Lucia definir ela própria a situação existe; o que não existe (pelo menos até onde eu consegui apurar) é um precedente nesse sentido. Mas para tudo tem uma primeira vez. Aliás, em recente entrevista à imprensa, o ministro Marco Aurélio Mello sinalizou que Fachin sucederá a Zavascki na relatoria da Lava-Jato.

Mais uma vez, ir além disso seria pura especulação. O jeito é acompanhar os acontecimentos e publicar atualizações, fazer o quê?


PARA QUEM QUER ― Artigo de J.R. Guzzo

O Brasil de hoje é provavelmente um dos países do mundo que melhor convivem com o absurdo. Fomos desenvolvendo na vida pública brasileira, ao longo de anos e décadas, uma experiência sem igual em aceitar a aberração como uma realidade banal do dia a dia, tal como se aceita o passar das horas ou o movimento das marés.

A morte do ministro Teori Zavascki, dias atrás, na queda de um avião privado no litoral do Rio de Janeiro, foi a mais recente comprovação da atitude nacional de pouco-caso diante de comportamentos oficiais que não fazem nexo. É simples. O ministro Zavascki não poderia estar naquele avião, porque o avião não era dele ― estava viajando de favor, e um ministro do STF não pode aceitar favores, de proprietários de aviões ou de qualquer outra pessoa. Nenhum juiz pode, seja ele do mais alto Tribunal de Justiça do Brasil, seja de uma comarca perdida num fundão qualquer do interior.

Da morte de Teori já se falou uma enormidade, e sabe lá Deus o que não se falou, ou talvez ainda se fale. Foram feitas indagações sobre o dono do avião, um empresário de São Paulo, seus negócios e suas questões junto ao Judiciário. Foram apresentados detalhes sobre suas relações pessoais, seus projetos empresariais e seu estilo de vida. Foram examinadas as circunstâncias em que se originou e evoluiu seu relacionamento com o ministro. Não apareceu nada que pudesse sugerir qualquer decisão imprópria por parte do magistrado ― ao contrário, sua conduta à frente dos processos da Lava-Jato continua sendo descrita como impecável. Mas o problema, aqui, não é esse. O problema é que ninguém, entre os que tomam decisões ou influem nelas, estranhou o fato de que um dos homens mais importantes do sistema de justiça brasileiro, nos trágicos instantes finais de sua vida, estivesse viajando de carona no avião de um homem de negócios que não era da sua família nem do seu círculo natural de amizades. Não se trata de saber se o empresário era bom ou ruim. Sua companhia não era adequada, apenas isso, para nenhum magistrado com causas a julgar.

A questão não se limita aos empresários. Não está certo para um juiz, da mesma maneira, frequentar ministros de Estado e altos funcionários do governo. Ele também não pode andar com sócios de grandes escritórios de advocacia ― grandes ou de qualquer tamanho. Entram na lista, ainda, diretores de “relações governamentais” de empresas, dirigentes de órgãos que defendem interesses particulares e políticos de todos os partidos. Não dá para aceitar convites de viagem com “tudo pago”, descontos no preço e qualquer coisa que possa ser descrita como um favor. Não é preciso fazer a lista completa ― dá para entender completamente do que se trata, a menos que não se queira entender. O ministro Zavascki não era, absolutamente, um caso diferente da maioria dos membros do STF e de uma grande parte, ninguém poderia dizer exatamente quantos, dos 17.000 magistrados brasileiros de todas as instâncias. Seu comportamento era o padrão ― com a diferença, inclusive, de ser mais discreto do que muitos. Ninguém nunca viu nada errado no que fazia ― e ele, obviamente, também não.

Cobrança exagerada? Diante dos padrões de moralidade em vigor na vida pública nacional, é o caso, realmente, de fazer a pergunta. Mas não há exagero nenhum em nada do que foi dito acima. Ao contrário, essa é a postura que se observa em qualquer país bem-sucedido, democrático e decente do mundo. Na verdade, não passa na cabeça de ninguém, nesses países, levar uma vida social parecida à que levam no Brasil os ministros do STF e de outros tribunais superiores, desembargadores e juízes de todos os níveis e jurisdições. Muitos magistrados brasileiros também acham inaceitável essa confusão entre comportamento privado e função pública. Não falam para não incomodar colegas, mas não aprovam ― e não agem assim. Têm a solução mais simples para o problema: só falam com empreiteiros, etc. no fórum, e nunca a portas fechadas. Para todos eles, “conversa particular” é coisa que não existe. Nenhum deles vê nenhum problema em se comportar assim. Eles aceitam levar uma vida pessoal com limites; só admitem circular na própria família, com os amigos pessoais e entre os colegas. Fica mais difícil, sem dúvida. Mas ninguém é obrigado a ser juiz, nem a misturar as coisas. Só quem quer.

Concluída a transcrição de mais essa pérola do ilustre jornalista, acrescento a seguinte ressalva: não estou entre “aqueles que tomam decisões ou influem nelas”, mas entre os que observaram o detalhe que Guzzo salientou em sua coluna. Para conferir, basta acessar a postagem que publiquei dias após o acidente que matou Zavascki, na qual, parágrafos depois de dizer que “para muitos, falar mal dos mortos é blasfêmia, mas, hipocrisias à parte, o simples fato de alguém morrer não faz desse alguém um santo nem anula seus eventuais malfeitos”, eu teci as seguintes considerações:

Causa estranhamento ninguém ter mencionado que Zavascki ia passar o final de semana na ilha do empresário Carlos Alberto Filgueiras ― dono da luxuosa rede de hotéis Emiliano e da malsinada aeronave. O fato de estar a bordo do avião de Filgueiras não configura crime, mas tampouco favorece o magistrado ― ou, no mínimo, coloca-o na mesma e incômoda posição de um Sérgio Cabral que voava nas asas de Cavendish ou de um Lula aninhado nos ares com a Odebrecht. Ou que, em 2015, o ministro tenha participado do casamento do filho de um amigo ― o advogado Eduardo Ferrão ―, onde se encontrava boa parte da elite empresarial tupiniquim enrolada na Lava-Jato. Ou ainda que, numa de suas primeiras decisões no STF, ele tenha dado o voto de desempate que absolveu Dirceu, Genoino e Delúbio do crime de formação de quadrilha.

Enfim...

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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

WINDOWS 10 ― VERSÃO 1507 DEIXA DE TER SUPORTE A PARTIR DE MARÇO

DIFÍCIL DIZER O QUE INCOMODA MAIS, SE A INTELIGÊNCIA OSTENSIVA OU A BURRICE EXTRAVASANTE. 

A primeira versão do Windows 10 (1507), lançada oficialmente em julho de 2015, deixará de ser suportada pela Microsoft a partir de 26 de março de 2017. Claro que seu PC não deixará de funcionar se você não atualizar o sistema para a versão 1511 e/ou não instalar o update de aniversário (versão 1607). Aliás, segundo o StatCounter Global Stats, 5% dos PCs do planeta ainda usam o XP, 8,5% têm o Eight.1 e 40,2% mantêm o Seven, embora o Ten venha ganhando espaço: embora esteja longe de atingir a ambiciosa meta de 1 bilhão de máquinas, ele começou 2016 com uma participação de 12% e fechou o ano com 27,15%. Mas manter a versão 1507 significa deixar de receber novas correções e atualizações críticas e de segurança, o que é preocupante, sobretudo porque, como eu venho dizendo há anos, a internet se tornou um ambiente bastante hostil.

Observação: No Windows 10, as versões são identificadas pelo ano e o mês de lançamento (1507 = ano de 2015 e mês 07). Para descobrir qual versão está instalada no seu computador, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre.

Aliás, muita gente vem sendo pega de surpresa pela instalação automática do update de aniversário (versão 1607), que voltou a ser “empurrado” pela Microsoft no último dia 20. Isso porque, conforme comunicado no ano passado, a empresa vem investindo no modelo de software como serviço, que inclui um sistema de atualização semelhante ao da Apple, destinado a incentivar os usuários a rodar as versões mais recentes do sistema. Deixar de oferecer suporte à versão original do TEN faz parte dessa estratégia (para saber mais, clique aqui), e com a chegada do Windows 10 Creators, em abril, apenas as versões 1511 e 1607 continuarão sendo suportadas.

Felizmente, a empresa de Redmond resolveu os problemas que vinham impedindo um número significativo de usuários de instalar o bendito update de aniversário, pondo um fio ao calvário que eu abordei nesta, nesta, nesta, nesta e nesta postagem. Eu mesmo já estava perdendo as esperanças de um dia bater papo com a Cortana (assistente pessoal que permite interagir com o sistema operacional por meio de comandos de voz) quando resolvi tentar (mais uma vez) fazer a atualização e ― aleluia! ― o 1607 entrou liso feito quiabo.

Por último, mas não menos importante: Se o prazo para migrar gratuitamente para o Windows 10 expirou em julho do ano passado, como fica a situação de quem não fez o upgrade? (Vale lembrar que a mídia original do software não custa barato; nas lojas parceiras da Microsoft, a versão Home sai por R$469,99 e a Pro, por R$809,99). Se é seu caso, saiba que existem duas alternativas:

A primeira é instalar o TEN e ativá-lo usando a chave da versão original (Windows 7 ou 8.1) ― trata-se de uma solução “não oficial”, por assim dizer, mas que, à luz da meta ambiciosa da Microsoft, é compreensível que essa janela de oportunidade continue aberta, embora não se saiba até quando (portanto, é bom você se apressar). 

A segunda é clicar neste link e, na página de acessibilidade da Microsoft, clicar em Atualizar agora. Concluído o download do arquivo de instalação, dar duplo clique sobre ele fazer uma instalação limpa do Windows 10 (para mais detalhes, siga este tutorial do site de tecnologia Techtudo).

Boa sorte.

SOBRE EIKE BATISTA, O EMPREENDEDOR QUE SONHOU EM SER O HOMEM MAIS RICO DO MUNDO E ACORDOU EM BANGU 9.

Na última quinta-feira, 26, ao tentar cumprir um mandado de prisão contra Eike Batista ― acusado de pagar US$ 16,5 milhões de propina ao ex-governador fluminense Sérgio Cabral, que está preso desde novembro do ano passado ―, a PF descobriu que o empresário havia se mandado para Nova York. Na condição de foragido, o ex-bilionário entrou para a lista dos procurados da Interpol.

Eike voltou ao Brasil dias depois ― “para ajudar a passar as coisas a limpo”, segundo ele próprio ―, quando então foi encaminhado para o presídio de Bangu 9, unidade destinada a milicianos e ex-policiais militares, onde divide com outros 6 presos da Lava-Jato que, como ele, não têm curso superior, uma cela de 15 metros quadrados onde não há água quente e um “boi” serve de vaso sanitário. Lá, cada detento pode levar uma TV de 14 polegadas e um ventilador, e recebe 4 refeições por dia (bem mais frugais do que aquelas com que Eike estava acostumado, naturalmente).

O ex-bilionário deve ser ouvido pela PF na tarde desta terça-feira (31). Ontem, dois habeas corpus foram protocolados no TRF da 2ª Região, que decidirá seu futuro. Especula-se que, se for mantido preso por muito tempo, ele poderá negociar uma delação premiada. Além dele, seu antigo homem de confiança e hoje vice-presidente do Flamengo, Flávio Godinho, acusado de intermediar o pagamento da propina a Cabral, também entrou com pedido de habeas corpus. O empresário Francisco de Assis Neto, conhecido como Kiko ― que, segundo a PF, recebeu R$ 7,7 milhões do esquema de Sérgio Cabral apenas em 2014 ―, continua foragido.

Eike divide opiniões. Dilma chegou a afirmar que ele era “nosso padrão, nossa expectativa e orgulho do Brasil” (vindo de quem vem, essa bobagem não chega a surpreender, mas enfim...). Para a anta vermelha, ele “tinha capacidade de trabalho, buscava as melhores práticas, queria tecnologia de última geração, percebia os interesses do país e merecia nosso respeito”. Talvez agora ela reveja seus conceitos.

Uma provável delação desse exemplo de probidade pode complicar ainda mais a situação de Lula e colocar sua pupila em palpos de aranha, tamanha a quantidade de fatos espúrios que ele conhece sobre a dupla de petralhas. Segundo o Sensacionalista, o molusco já se matriculou num curso superior por correspondência ― mas teme que sua correspondência seja desviada por algum petista. Oficialmente, ele nega estar estudando e diz que quem está fazendo isso é um amigo, mas na verdade ficou alarmado com a situação de Eike, que acabou sendo separado de sua peruca ― já que essa tinha curso superior e ele, não.

Em tempo: Não deixe de dedicar uns minutinhos a este vídeo. Ele foi publicado por Rodrigo Constantino, acompanhada da introdução que eu reproduzo abaixo, com umas poucas alterações de minha lavra, mas que não chegam a comprometer a ideia original:

Muitos sentem saudades da “presidanta” fazendo seus discursos, especialmente de improviso. Não há programa de humor melhor, convenhamos. Conheço alguns que tiveram até crise de abstinência, e ficaram no YouTube babando, revendo os velhos discursos, com as mãos trêmulas e tudo. Pois bem: seus problemas acabaram! Não só vou trazer ao leitor saudosista (ou masoquista?) um trecho de um discurso fresquinho, como em espanhol! Isso mesmo! Dilma tentou, pois o que saiu foi o “portunhol” mais tosco que já vi na vida. E o conteúdo não fica atrás: o “neoliberalismo” é o grande culpado por todos os males do mundo! Gente, não tenho como descrever o quão hilário é esse vídeo. E digo mais: ele fica melhor ainda quando lembramos que, agora, podemos rir de Dilma sem chorar logo depois, já que a anta vermelha não é mais a presidanta da Banânia. 
Fabio Porchato e Marcelo Adnet podem competir com isso? É concorrência desleal, o que explica o “humor” cada vez mais apelativo dos dois. Do mesmo nível, só mesmo Greg escrevendo suas colunas na Falha de São Paulo…

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

AINDA SOBRE A PASTA WINDOWS.OLD

AS GRANDES CONVIVÊNCIAS ESTÃO A UM MILÍMETRO DO TÉDIO.

Por mais “espaçosos” que sejam os HDDs atuais, pouco mais de 30 horas de vídeo em alta resolução ocupam cerca de 1 TB  de espaço, de modo que, se você gostou da ideia de baixar filmes e seriados da Netflix para assistir offline (recurso disponível desde novembro do ano passado) e não dispõe de um drive externo ou pendrive de alta capacidade (a Kingston acabou de lançar um modelo de 2 TB, que ainda não tem preço definido, mas dificilmente custará menos que o de 1 TB, que sai por US$ 1,5 mil), é bom pôr as barbichas de molho.

Como eu disse na primeira parte desta matéria, o Windows também contribui ― e de diversas maneiras ― para lotar seu HDD. Por isso, vale a pena limitar o espaço destinado à Lixeira do sistema e aos pontos de restauração ― quanto a estes últimos, convém excluir regulamente os backups mais antigos, conforme também foi explicado no capítulo anterior.

Outra maneira de recuperar dezenas (ou até centenas) de Gigabytes é remover a pasta Windows.old, que, como eu também já disse, é criada automaticamente quando você instala uma nova versão do sistema “por cima” da anterior (ou seja, sem formatar o HDD). Isso permite reverter o computador ao status quo ante caso o update seja mal sucedido ou, por qualquer motivo, não o satisfaça plenamente. Só que essa pasta pode facilmente ocupar dezenas de Gigabytes, e não faz sentido mantê-la quando não se tem planos de desfazer a atualização ― como no caso do update do Windows 7/8 para o 10 ou do próprio Windows 10 da versão 1511 para a 1607 (update de aniversário).

Observação: Dezenas de Gigabytes podem não parecer grande coisa quando se tem um disco rígido eletromecânico de 1 TB, mas a história é outra no caso de um drive de estado sólido (SSD), que, devido ao alto custo da memória flash, costuma disponibilizar bem menos espaço.

Por conter arquivos temporários, a pasta Windows.old tende a desaparecer sozinha (30 dias depois da atualização, que corresponde ao prazo concedido pela Microsoft para o usuário “arrependido” desfazer o update). Se isso não acontecer ou você quiser se livrar dela antes (caso tenha pouco espaço livre no HD), não adianta localizá-la no Explorer, selecioná-la e pressionar o botão Delete. O certo a fazer é usar o utilitário de Limpeza do Disco, que você acessa abrindo a pasta Computador, dando um clique direito na sua unidade de sistema (partição onde o Windows está instalado, que geralmente é a C:), clicando em Propriedades e em Limpeza de Disco.

Na janelinha que é exibida depois que o sistema calcula a quantidade de espaço que pode ser recuperada, você deve clicar em Limpar Arquivos do Sistema, aguardar o novo cálculo, marcar a opção “Instalações anteriores do Windows” e confirmar em OK. Em seguida, na nova janela, clique em Excluir arquivos e aguarde a conclusão do processo (caso novas solicitações apareçam, clique nelas para prosseguir). 

Se você seguir os passos sugeridos e utilitário de Limpeza do Disco não listar a pasta em questão, experimente recorrer ao CCleaner (clique aqui para saber mais sobre essa excelente suíte de manutenção). Abra o programa, clique em Limpeza > Windows e, no campo Avançado, marque a opção Instalação Antiga do Windows e pressione o botão Analisar. Concluída a análise, você verá o item Instalação antiga do Windows, seguido do tamanho da pasta e da quantidade de arquivos. Clique em Executar Limpeza e aguarde a conclusão do processo.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.


SUS? QUE SUS, CARA PÁLIDA?

Quando ainda era presidente da Banânia, Lula chegou ao absurdo de dizer que tencionava aconselhar Obama a usar o SUS ― segundo o bode vermelho, a quintessência das maravilhas ― como modelo de sistema de saúde (se você não acredita, chique aqui para ouvir a fanfarronice da boca do próprio petralha).

Para quem conhece o SUS, essa gabolice cheira a porre, mas, convenhamos: vindo de um populista megalomaníaco, ególatra e parlapatão, não chega a surpreender. Como tampouco surpreende o fato de que, diante de qualquer dor de barriga, o molusco abjeto corre para o Hospital Sírio Libanês, que é um dos mais caros do país. Afinal, mesmo que ele tenha enchido as burras com palestras pagas por empreiteiras esmerdadas até os beiços no esquema do petrolão, quem banca essa mordomia é o povo (tanto Lula quanto FHC, Collor, Sarney e, mais recentemente, Dilma, fazem jus a uma série de vantagens e mordomias que custam ao contribuinte uma pequena fortuna).

Enfim, na semana passada, por conta de alterações na fala e fortes tonturas, a mulher de Lula foi levada ao SUS, digo, ao Hospital Sírio Libanês, onde foi internada e colocada em coma induzido (se dependesse mesmo do SUS, de duas uma: ou ela ainda estaria esperando atendimento, ou já teria sido sepultada). De acordo com o boletim médico divulgado no início da tarde deste domingo, o quadro é grave, mas a paciente se mantém estável. Roberto Kalil Filho, médico chefe da junta que atende a molusca, explicou que, no caso de um AVC hemorrágico, a atividade cerebral só atinge o pico depois de no mínimo três dias, e só então é possível avaliar melhor as regiões do cérebro afetadas pelo sangramento. Disse ainda o doutor que a paciente já tinha um aneurisma (em linguagem leiga, uma veia cerebral propensa à dilatação e passível de se romper), que havia sido diagnosticado dez anos atrás, mas cujos riscos não justificavam uma intervenção cirúrgica.

Marisa Letícia tem 66 anos, é hipertensa e fumante contumaz, está casada com Lula há 43 anos, é ré em duas ações penais na Lava-Jato (envolvendo o triplex do Guarujá e uma cobertura em São Bernardo) e investigada no inquérito que apura a responsabilidade por obras feitas no famoso sítio Santa Bárbara, em Atibaia (que o clã dos Lula da Silva insiste em afirmar que não pertence ao ex-presidente). Dependendo da evolução do quadro, talvez em breve ela já não precise mais temer a justiça terrena. Quanto à divina, isso vai das convicções de cada um.

ADITAMENTO IMPORTANTE:

CARMEN LUCIA HOMOLOGA DELAÇÃO DA ODEBRECHT

OS JUÍZES AUXILIARES DA EQUIPE DO FINADO TEORI ZAVASCKI ENCERRARAM NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA AS AUDIÊNCIAS COM OS DELATORES DA ODEBRECHT, E A PRESIDENTE DO SUPREMO ― E PLANTONISTA NA CORTE DURANTE O RECESSO DO JUDICIÁRIO ― HOMOLOGOU-AS NESTA MANHÃ (TODAS AS 77 DELAÇÕES, E NÃO APENAS A DE MARCELO ODEBRECHT, COMO CHEGOU A SER COGITADO).

RESTA AGORA DEFINIR A QUESTÃO DA RELATORIA DOS PROCESSOS DA LAVA-JATO, MAS CADA COISA A SEU TEMPO. TUDO INDICA QUE A ESCOLHA DO NOVO RELATOR SERÁ MESMO REALIZADA POR SORTEIO ELETRÔNICO, MAS O REGIMENTO NÃO DEIXA CLARO SE ENTRE TODOS OS MINISTROS DO STF (COM EXCEÇÃO DA PRESIDENTE) OU SOMENTE OS MEMBROS DA SEGUNDA TURMA, DA QUAL ZAVASCKI, FAZIA PARTE. 

OUTRA POSSIBILIDADE SERIA MOVER UM INTEGRANTE DA PRIMEIRA TURMA (EDSON FACHIN OU LUIZ ROBERTO BARROSO) PARA A VAGA DE ZAVASCKI NA SEGUNDA, E ENCARREGÁ-LO DA RELATORIA DA LAVA-JATO. 

DE MOMENTO, TODAVIA, DIZER MAIS DO QUE ISSO SERIA MERA ESPECULAÇÃO. VOLTO DEPOIS COM MAIS DETALHES SOBRE O ASSUNTO. 

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domingo, 29 de janeiro de 2017

CARMEN LUCIA DEVE HOMOLOGAR DELAÇÃO DA ODEBRECHT

Os juízes auxiliares da equipe do ministro Teori Zavascki, morto no último dia 19, encerraram na última sexta-feira as audiências com os 77 delatores da Odebrecht, e agora a expectativa é de que as delações sejam homologadas pela presidente do STF, Cármen Lúcia, entre amanhã e depois.

Isso não resolve a questão da relatoria dos processos da Lava-Jato, naturalmente, mas adianta o expediente, pois, na condição de “plantonista” durante o recesso do Judiciário (que termina na próxima quarta-feira), Cármen tem legitimidade para deliberar sobre casos urgentes ― prerrogativa reforçada com o pedido de urgência protocolado dias atrás por Rodrigo Janot.

Integrantes do Supremo e da PGR avaliam que a autorização dada por Carmen Lúcia para a equipe de Teori continuar com os trabalhos já sugeria sua intenção de dar andamento à homologação para garantir que não haja atrasos no processo e passar à opinião pública a mensagem de que não há qualquer mudança no ritmo e na disposição do tribunal quanto às investigações. Volto a salientar que, se a homologação ficar para depois do dia 1º, será preciso esperar a definição do novo relator; se for feita pela ministra antes de quarta-feira, haverá tempo e clima para articular com os demais ministros a construção do caminho que levará à escolha do substituto de Teori.

Pelo regimento, a solução mais provável é a realização de sorteio entre os integrantes de todo o STF ou apenas dos membros da Segunda Turma da Corte, da qual o falecido fazia parte. Também é apontada a possibilidade de uma solução “consensual”, que consistiria em mover um integrante da primeira turma ― provavelmente Edson Fachin ― para o lugar deixado por Zavascki na segunda, e encarrega-lo da relatoria dos processos da Lava-Jato. Até o momento, Carmem Lucia tem mantido reserva sobre o assunto, mas especula-se que o sorteio envolvendo todo o plenário demonstrará que qualquer ministro está apto a assumir a tarefa. O Palácio do Planalto também trabalha com essa previsão, e Temer já reiterou que só indicará o nome do jurista que preencherá a vaga aberta com a morte de Teori depois que a questão da relatoria for definida. 

A propósito: Amanhã, 30, o juiz Sergio Moro retorna ao trabalho depois das merecidas férias de final de ano. Vamos aguardar as novidades.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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sábado, 28 de janeiro de 2017

NÃO FOI EM VÃO


No tempo da hiperinflação, dizia-se que dois renomados economistas, um otimista e o outro, pessimista, foram convidados a opinar sobre a situação do país. O primeiro foi curto e grosso:
― O país está uma merda.
Desconcertado com a resposta, o entrevistador dirigiu-se ao pessimista:
― Diante da opinião do seu colega, o que o senhor tem a dizer?
E o pessimista:
― A merda não vai dar pra todo mundo, tem gente que vai ficar sem.


Lembrei-me dessa anedota porque a tigrada vermelha, inconformada com o fato de sua amada ex-presidanta ter sido penabundada e de o penta-réu Lula Lalau acabar numa cela da PF em Curitiba (ou noutro presídio qualquer), mantém a postura revanchista e se opõe a tudo que o governo Temer faz ou pensa em fazer.

A patuleia apedeuta protestou contra a PEC dos gastos (que acabou aprovada), é contra as reformas do ensino e da Previdência Social e tudo mais que o sucessor da anta vermelha tem feito para debelar a crise e recolocar o país nos trilhos do crescimento. Não raro, os “militantes” convocam gente da pior espécie para engrossar suas fileiras, e, em troca de um copo de tubaína, um sanduba de mortadela e uma nota de 20 merréis, essa turba vândalos fecha rodovias, depreda ônibus, bloqueia o tráfego nas principais avenidas das grandes cidades, ocupa estabelecimentos de ensino e outros prédios públicos, destrói tudo que vê pela frente, enfim, promove o caos de todas as maneiras possíveis e imagináveis.

Dessa seleta cáfila de patetas, os que são capazes de juntar meia dúzia de palavras numa frase dedicam-se a defender o PT e os petralhas nas redes sociais ― procurando mais gente que suporte suas opiniões, quando na verdade deveriam procurar tratamento psiquiátrico ―, enquanto os analfabetos funcionais repercutem suas “pérolas de sabedoria” com tanta disposição quanto a das crianças de Hamelin seguindo o flautista.

Dias atrás, chamou minha atenção uma caricata figura feminina que, de salto alto, joias e taça de champanhe na mão, exibia uma frigideira enfiada no derrière proeminente. Obviamente, a intenção do autor dessa charge grotesca era tripudiar sobre os “coxinhas” que apoiaram o impeachment da gerentona de araque batendo panelas, e que, na subida avaliação dessa figura tão esclarecida, devem estar amargamente arrependidos. Só que a “sumidade” não leva em conta ― muito convenientemente, aliás ― que a crise econômica, política e a moral que se abancou no país não foi criada por Temer, mas gerada e parida pela lastimável administração petista, notadamente depois da reeleição de “Janete”, a anta arroganta e incompetenta.  

Por pior que seja o saldo de 2016, esse ano trouxe um alívio extraordinário ao nos livrar de Dilma ― a pior presidente de todos os tempos ― e de seu bizarro esbirro Aloisio Merdandante ― um dos políticos mais patéticos da nossa história ― e avanços importantes: uma vez consumado o impeachment, o Congresso, mesmo emparedado pela Lava-Jato, aprovou uma agenda extraordinária de reformas (que passam por temas críticos como óleo e gás, telefonia, ISS, limitação dos gastos públicos, estatais, etc.).

Claro que só mesmo a Velhinha de Taubaté acreditaria que bastava Dilma ser defenestrada da presidência da Banânia para o país voltar a crescer, como num passe de mágica. Só que a velhinha morreu, e sua opinião de crédula incorrigível já não conta mais. E, cá entre nós, se a situação é bem pouco alvissareira, imagine como seria se a gerentona de araque e sua equipe de nulidades continuasse à frente do governo, enterrando o país ainda mais fundo no lamaçal da podridão e no pântano do imobilismo

Não pense o leitor que escrevo tudo isto porque aplaudo de pé o governo Temer e a corja de “suas excelências” que gravitam no seu entorno ― onde há menos homens de bem do que galinhas com dentes. A meu ver, Michel Temer seria nossa última escolha assumir as rédeas do País, não fosse pelo fato de não termos alternativa, pelo menos à luz da Constituição Federal (esqueça aquela bobagem de golpe, que a bananeira já deu cacho).

Por outro lado, mesmo com seus ministros caindo feito moscas à razão de um por mês, e com a popularidade beirando o traço, é inegável que o peemedebista tem seus méritos, como comprovam a recuperação da Petrobras Eletrobras, que resultou na retomada da confiança (pífia, lenta, mas gradual) dos investidores; o sucesso das Olimpíadas, o retorno da inflação à meta (talvez mais por conta da recessão do que pelo sucesso das medidas implementadas pela equipe econômica, mas enfim), a redução dos juros, a estabilização do PIB (que, se não subiu, ao menos parou de cair), a relativa estabilidade do câmbio e o saldo positivo da balança comercial, dentre tantas outras realizações que estão aí para quem quiser ver e tiver olhos para enxergar.   

No âmbito da Lava-Jato, a despeito de alguns tropeços e da “fatalidade” que vitimou o ministro Teori Zavascki, avanços significativos pavimentam o caminho que levará a uma completa reestruturação do sistema político nacional (de maneira claudicante e a duras penas, mas enfim...). Entretanto, para promover uma revisão ética como manda o figurino é fundamental atrair novos quadros para a política, e nada está mais longe disso do que a pretensiosa revitalização do PT, principalmente com o molusco abjeto na presidência do partido e, pior ainda, candidato à presidência da República em 2018.
Lula presidente? Só se for Presidente Bernardes. Acorda, bando de doidivanas azoratados!
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CELULARES ― SUSPENSÃO DO SERVIÇO E CANCELAMENTO DA LINHA



O PRIMEIRO NOME DE FREUD ERA SEGISMUNDO. ALIÁS, NÃO SÓ SEU PRIMEIRO NOME COMO TAMBÉM SEU PRIMEIRO COMPLEXO.

Quando a telefonia móvel celular desembarcou no Brasil, há pouco menos de duas décadas, os aparelhos ― caros e volumosos ― serviam quase que exclusivamente para fazer e receber ligações por voz (isso quando havia sinal, já que a tecnologia era incipiente e as operadoras contavam com pouquíssimas torres de retransmissão), sem mencionar que as chamadas custavam os olhos da cara e que até mesmo as ligações recebidas eram tarifadas. Mas não há nada como o tempo para passar, e depois que a privatização das TELES extinguiu o famigerado SISTEMA TELEBRÁS, o serviço melhorou, o preço caiu, os aparelhos encolheram e a gama de recursos e funções aumentou exponencialmente.

Na disputa pela preferência dos consumidores, as operadoras oferecem diversas promoções, como planos que permitem falar de graça com outros usuários da mesma rede e “pacotes de serviços” com franquias de minutos e tráfego de dados (para ligações por voz e navegação na Web via 3G/4G) de acordo com o perfil do usuário. E a despeito de muita gente torcer o nariz para as linhas pré-pagas (“de cartão”, como ficou conhecida a modalidade de tarifação em que você paga para usar, em vez de usar e pagar uma fatura mensal), foram elas que levaram as linhas móveis a superar em quantidade os terminais fixos. Eu, particularmente, conheço muita gente que abriu mão do telefone “de casa” para economizar uma graninha no final do mês.

O fato é que celulares pré-pagos são maioria, embora os planos “controle” sejam igualmente interessantes para quem não quer ter surpresas na hora de pagar a conta. Com eles, a fatura vem num valor fixo, que depende da quantidade de minutos, mensagens de texto e banda para transferência de dados estabelecida pela operadora, mas permite fazer recargas sempre que necessário, como numa linha pré-paga. Mas isso já é outra história.

Interessa mesmo dizer é que, devido à crise que assola o país, é mais fácil “sobrar mês no fim do salário” do que salário no final do mês ― e isso para quem ainda tem emprego. Assim, muitos usuários deixam de reabastecer seus celulares regularmente, até porque, num primeiro momento, a falta de créditos não obsta o recebimento de chamadas e nem impede o acesso à Web via redes Wi-Fi. O problema é que, depois de determinado tempo, isso pode resultar no cancelamento da linha.

De acordo com a Resolução 632 da ANATEL, as operadoras podem, sim, cancelar a linha por falta de recargas, pois, caso o distinto não saiba, os créditos têm validade limitada. O artigo 70 dessa resolução estabelece que, caso existam créditos a expirar na data do vencimento, eles devem retornar quando o usuário realiza uma nova recarga, MAS ISSO NÃO IMPEDE AS EMPRESAS DE LIMITAR SUA VALIDADE ― desde que ofereçam opções com validade de 90 a 180 dias.

Em resumo: ao consumir totalmente seus créditos, você fica impedido de fazer ligações, mas continua recebendo chamadas por até 30 dias. Ao final desse prazo, todos os serviços podem ser bloqueados ― com exceção de discagens de emergência (polícia, bombeiros, etc.). A partir daí, se você não fizer uma nova recarga dentro de mais 30 dias, sua linha poderá ser cancelada sem prévio aviso.

Claro que as operadoras têm interesse em manter o cliente, e só cancelam a linha depois de enviar recorrentes mensagens de texto ou de avisar o dito cujo mediante uma ligação convencional.  Então, procure usar seus créditos com parcimônia, e reserve sempre uns trocados para fazer recargas periódicas, porque depois não adianta chorar.

AINDA SOBRE O A MORTE DE ZAVASCKI E O IMBRÓGLIO DA LAVA-JATO

Parece que o ministro Edson Fachin será mesmo o novo relator da Lava-Jato. Para isso, no entanto, é fundamental que Carmen Lucia costure um acordo com os ministros da 2ª turma, para onde Fachin terá de ser movido ― uma negociação delicada, que deve ser acompanhada com atenção.

Observação: O regimento interno do STF não deixa claro o que fazer em casos como esse. Por ocasião da morte do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, em 2009, o então presidente do STF, Gilmar Mendes, determinou em dois dias a redistribuição de alguns processos que estavam com o magistrado, inclusive aqueles que tratavam de réu preso, como é o caso da Lava-Jato.

Já para ocupar a vaga criada com a morte de Zavascki ― volto a lembrar que essa indicação compete ao presidente Temer e que o indicado terá de ser sabatinado pela CCJ do Senado e avalizado pelo plenário da Casa ―, três nomes se destacam: Alexandre de Moraes, ministro da Justiça, Ives Gandra da Silva Martins Filho, ministro do TST, e Luis Felipe Salomão, do STJ. Não me perguntem qual é o pior.

Quanto à homologação da Delação do Fim do Mundo, espera-se que Carmen Lucia o faça “ex-oficio” ― o regimento interno do STF lhe confere poderes para tanto e o fato de ela ter autorizado o prosseguimento dos trabalhos (que estavam suspensos desde a confirmação da morte do ministro, na quinta-feira 19) é bastante sugestivo. Ademais, na última segunda-feira, Carmen teria se reunido com Rodrigo Janot, que apresentou no dia seguinte um pedido formal de urgência para apressar a homologação da delação. Com isso, na condição de plantonista do STF durante o recesso, a presidente pode assumir o caso (mas tem de se apressar, pois, como dito em outra postagem, a janela de oportunidade se fecha no próximo dia 31). E a homologação só pode ser feita depois que os colaboradores confirmarem que não foram coagidos a depor, e o relator da Lava-Jato no Supremo ― ou quem lhe fizer as vezes ― analisar e aprovar os termos dos acordos (essa fase deve ser concluída amanhã, 27).

Observação: A homologação da delação em caráter de urgência divide opiniões. Todavia, com o pedido de Janot, o assunto será discutido internamente e a ministra teria embasamento para avocar para si essa prerrogativa, evitando indesejáveis atrasos. O fato de o STF estar trabalhando em sintonia com a PGR é alvissareiro, e o pedido de Janot, para que ao menos a delação do Marcelo Odebrecht seja homologada em caráter de urgência, pode ser a estratégia que abrirá o precedente para as demais (voltarei a este assunto oportunamente).

No que diz respeito às causas do acidente, a Justiça Federal do Rio de Janeiro colocou as investigações sob sigilo, mas já se sabe que os peritos conseguiram ouvir a gravação dos últimos 30 minutos do voo (outros palpiteiros “bem informados” disseram inicialmente que a aeronave não tinha caixa-preta) e que a análise preliminar não apontou qualquer anormalidade. Conclui-se, então, que houve falha humana decorrente de “desorientação espacial” ― o que, em termos leigos, significa que o piloto perdeu a noção de espaço entre a aeronave e o solo. Então tá.

Difícil mesmo é entender como Osmar Rodrigues, um comandante tarimbado, de 56 anos de idade e 30 de carreira ― 15 dos quais a serviço de Carlos Alberto Filgueiras, dono da aeronave, da rede de hotéis de luxo Emiliano e de uma ilha na Costa Verde fluminense ―, que já havia perdido a conta das vezes em que pousou no campo de Paraty... Olha, não é incomum o imprevisto ter voto decisivo na assembleia dos acontecimentos, mas, aqui entre nós, essa justificativa não passa de uma prosopopeia flácida para dormitar bovinos ― ou conversa mole para boi dormir, em bom português.

E como hoje é sexta-feira:


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