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terça-feira, 28 de março de 2017

COMO PROIBIR QUE INSTALEM PROGRAMAS NO SEU PC

PASSEI ANOS CONSTRUINDO MINHA REPUTAÇÃO. AGORA CHEGOU A HORA DE VENDÊ-LA A QUEM PAGAR MELHOR.

Tudo bem, o “computador da família” é coisa do passado, daqueles tempos em que o hardware custava os olhos da cara, não existiam tablets e os celulares eram apenas telefones móveis. Hoje, os membros da família compartilham apenas o sinal de internet distribuído pela casa por roteadores wireless, e cada um navega a partir de seu próprio dispositivo.

Mesmo assim, há situações em que podemos ser obrigados a compartilhar nosso PC com outras pessoas, ainda que eventualmente, é não é exatamente incomum que esses usuários eventuais instalem aplicativos que não gostaríamos de ter em nosso PC. E ainda que a política de contas de usuário do Windows seja uma mão na roda, não custa saber impedir a instalação de novos aplicativos sem nossa expressa permissão.

O próprio Windows oferece duas maneiras de proibir a adição de novos softwares, que funcionam em todas as edições recentes do sistema. À primeira vista, ambas parecem trabalhosas, mas são bem simples e, o que é melhor, podem ser facilmente revertidas. Note que a primeira opção pode não funcionar nas versões de entrada do Windows (Home ou Basic), mas não custa nada você testá-la antes de partir para o “plano B”. Para tanto:

― Pressione as teclas Win+R para convocar o menu Executar;

― Digite gpedit.msc na caixa de diálogo e pressione a tecla Enter.

― Na tela do Editor de Diretiva de Grupo Local, navegue pelas pastas Configuração do Computador > Modelos Administrativos > Componentes do Windows > Windows Installer, dê um clique duplo sobre Windows Installer e, na lista à direita, localize a opção Desabilitar o Windows Installer.

― Dê duplo clique sobre essa opção, selecione Habilitar e confirme em OK.

Observação: Nem seria preciso dizer, mas vamos lá: para reverter o sistema ao status quo ante, ou seja, liberar novamente a instalação de novos softwares, basta seguir os mesmos passos selecionar a opção Desabilitar.

Supondo que você receba uma mensagem de erro ao tentar abrir o editor em questão, o jeito será recorrer ao plano B, que requer uma alteração na configuração do Registro do Windows. Mas isso e assunto para a próxima postagem. Abraços e até lá.

MANIFESTAÇÕES

O povo voltou às ruas no último domingo, mas a adesão foi bem inferior à esperada. Um ano atrás, quando os manifestantes pediam a cabeça da ex-grande chefa toura sentada, mais de 500 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista. Ontem, havia cerca de 15 mil. E o mesmo (baixo índice de participação) se verificou nos mais de 100 municípios brasileiros onde protestos haviam sido programados.

Para alguns palpiteiros, isso se deveu à pulverização da pauta. E faz sentido. Afinal, o impeachment da anta vermelha desmiolada era uma questão bem mais relevante do que o fim da contribuição sindical obrigatória ou da (a meu ver intempestiva) intervenção militar que alguns participantes defendiam, embora o mote do movimento fosse o apoio à Lava-Jato e o repúdio ao caixa 2, ao foro privilegiado, ao financiamento público de campanha e ao sistema de lista fechada nas eleições. Aliás, havia até pautas opostas, com discursos em prol da reforma da Previdência e grupos com cartazes contrários às mudanças.

Outro aspecto que “esfriou” os ânimos da população foi a repercussão negativa da Operação Carne Fraca. Deflagrada no dia em que a Lava-Jato completou 3 anos, a ação movimentou 1100 policiais ― mais preocupados com os holofotes do que com o cuidado na divulgação das informações ―, mas capturou apenas 33 pessoas, entre fiscais e intermediários de alguns frigoríficos. Para piorar, a divulgação irresponsável das irregularidades manchou reputação de mais de 5 mil empresas e acarretou um prejuízo bilionário ao país, que é um dos maiores exportadores de carne do mundo e cujo setor frigorífico movimenta R$ 400 bilhões por ano.

Não se nega que há fiscais corruptos e empresas problemáticas, mas daí a generalizar e espalhar o terror no mercado interno e externo? Se a PF queria pirotecnia, por que não prendeu o Lula? Afinal, já está mais que na hora! Aliás, não faltaram protestos contra o santo-do-pau-oco e sua pupila (a honesta de araque), embora muitos criticassem o presidente Michel Temer, o PMDB, os presidentes da Câmara e do Senado, os tucanos Aécio, Alckmin e Serra, o ministro Gilmar Mendes, e por aí afora.

A verdade é que os cidadãos de bem já não se sentem estimulados em passar boa parte do seu dia de folga nesses protestos, mas isso não significa que não apoiam a causa, e sim que têm outros planos para o domingo. Diferentemente dos que engrossam os movimentos orquestrados pela patuleia atávica, geralmente convocados através de sindicatos e entidades como o MST e o MTST para marcar presença em troca do proverbial sanduíche de mortanga com tubaína, transporte grátis e uma graninha para a cachaça, que ninguém é de ferro, a maioria dos brasileiros precisa trabalhar (ou procurar emprego) nos demais das da semana. Daí ser importante não medir o humor da população somente pelo número de pessoas que atendem ao chamado para participar dessas manifestações.

O site Sensacionalista tem outra teoria a respeito: bilhões no ralo da corrupção, carne adulterada, febre amarela avançando e vacina faltando, alto índice de desemprego, aposentadoria adiada servidores sem receber e direitos trabalhistas ameaçados é muita tragédia para pouca reação. Ou os brasileiros terceirizaram sua capacidade de contra-ataque, ou a água nacional estaria contaminada por Rivotril.

Enfim, era isso. Quem tiver algo acrescentar, que deixe seu comentário. Afinal, essa seção anda mesmo às moscas.

Confira minhas postagens diárias sobre política em www.cenario-político-tupiniquim.link.blog.br