PASSEI ANOS
CONSTRUINDO MINHA REPUTAÇÃO. AGORA CHEGOU A HORA DE VENDÊ-LA A QUEM PAGAR MELHOR.
Tudo bem, o
“computador da família” é coisa do passado, daqueles tempos em que o hardware
custava os olhos da cara, não existiam tablets e os celulares eram apenas
telefones móveis. Hoje, os membros da família compartilham apenas o sinal de
internet distribuído pela casa por roteadores wireless, e cada um navega a partir
de seu próprio dispositivo.
Mesmo assim, há
situações em que podemos ser obrigados a compartilhar nosso PC com outras
pessoas, ainda que eventualmente, é não é exatamente incomum que esses usuários
eventuais instalem aplicativos que não gostaríamos de ter em nosso PC. E ainda
que a política de contas de usuário do Windows seja uma mão na roda, não
custa saber impedir a instalação de novos aplicativos sem nossa expressa
permissão.
O próprio Windows
oferece duas maneiras de proibir a adição de novos softwares, que funcionam em
todas as edições recentes do sistema. À primeira vista, ambas parecem
trabalhosas, mas são bem simples e, o que é melhor, podem ser facilmente revertidas.
Note que a primeira opção pode não funcionar nas versões de entrada do Windows (Home ou Basic), mas não
custa nada você testá-la antes de partir para o “plano B”. Para tanto:
― Pressione as teclas Win+R
para convocar o menu Executar;
― Digite gpedit.msc
na caixa de diálogo e pressione a tecla Enter.
― Na tela do Editor
de Diretiva de Grupo Local, navegue pelas pastas Configuração do Computador > Modelos Administrativos >
Componentes do Windows > Windows Installer, dê um clique duplo sobre Windows Installer e, na lista à
direita, localize a opção Desabilitar o
Windows Installer.
― Dê duplo clique sobre essa opção, selecione Habilitar e confirme em OK.
Observação: Nem seria preciso dizer, mas vamos lá: para
reverter o sistema ao status quo ante, ou seja, liberar novamente a instalação
de novos softwares, basta seguir os mesmos passos selecionar a opção Desabilitar.
Supondo que você
receba uma mensagem de erro ao tentar abrir o editor em questão, o jeito será
recorrer ao plano B, que requer uma
alteração na configuração do Registro do
Windows. Mas isso e assunto para a próxima postagem. Abraços e até lá.
MANIFESTAÇÕES
MANIFESTAÇÕES
O povo voltou às ruas no último
domingo, mas a adesão foi bem inferior à esperada. Um ano atrás, quando os
manifestantes pediam a cabeça da ex-grande chefa toura sentada, mais de 500 mil
pessoas ocuparam a Avenida Paulista. Ontem, havia cerca de 15 mil. E o mesmo
(baixo índice de participação) se verificou nos mais de 100 municípios
brasileiros onde protestos haviam sido programados.
Para alguns palpiteiros, isso se
deveu à pulverização da pauta. E faz sentido. Afinal, o impeachment da anta
vermelha desmiolada era uma questão bem mais relevante do que o fim da
contribuição sindical obrigatória ou da (a meu ver intempestiva) intervenção
militar que alguns participantes defendiam, embora o mote do movimento fosse o
apoio à Lava-Jato e o repúdio ao caixa 2, ao foro privilegiado, ao
financiamento público de campanha e ao sistema de lista fechada nas eleições.
Aliás, havia até pautas opostas, com discursos em prol da reforma da
Previdência e grupos com cartazes contrários às mudanças.
Outro aspecto que “esfriou” os
ânimos da população foi a repercussão negativa da Operação Carne Fraca. Deflagrada no dia em que a Lava-Jato
completou 3 anos, a ação movimentou 1100 policiais ― mais preocupados com os
holofotes do que com o cuidado na divulgação das informações ―, mas capturou
apenas 33 pessoas, entre fiscais e intermediários de alguns frigoríficos. Para
piorar, a divulgação irresponsável das irregularidades manchou reputação de
mais de 5 mil empresas e acarretou um prejuízo bilionário ao país, que é um dos
maiores exportadores de carne do mundo e cujo setor frigorífico movimenta R$
400 bilhões por ano.
Não se nega que há fiscais
corruptos e empresas problemáticas, mas daí a generalizar e espalhar o terror
no mercado interno e externo? Se a PF queria pirotecnia, por que não prendeu o
Lula? Afinal, já está mais que na hora! Aliás, não faltaram protestos contra o
santo-do-pau-oco e sua pupila (a honesta
de araque), embora muitos criticassem o presidente Michel Temer, o PMDB, os presidentes da Câmara e do Senado, os
tucanos Aécio, Alckmin e Serra, o
ministro Gilmar Mendes, e por aí
afora.
A verdade é que os cidadãos de bem
já não se sentem estimulados em passar boa parte do seu dia de folga nesses
protestos, mas isso não significa que não apoiam a causa, e sim que têm outros
planos para o domingo. Diferentemente dos que engrossam os movimentos
orquestrados pela patuleia atávica, geralmente convocados através de sindicatos
e entidades como o MST e o MTST para marcar presença em troca do proverbial
sanduíche de mortanga com tubaína, transporte grátis e uma graninha para a
cachaça, que ninguém é de ferro, a maioria dos brasileiros precisa trabalhar
(ou procurar emprego) nos demais das da semana. Daí ser importante não medir o
humor da população somente pelo número de pessoas que atendem ao chamado para
participar dessas manifestações.
O site Sensacionalista tem outra teoria a respeito: bilhões no ralo da corrupção, carne adulterada, febre amarela avançando
e vacina faltando, alto índice de desemprego, aposentadoria adiada servidores
sem receber e direitos trabalhistas ameaçados é muita tragédia para pouca
reação. Ou os brasileiros terceirizaram sua capacidade de contra-ataque, ou a
água nacional estaria contaminada por Rivotril.
Enfim, era isso. Quem tiver algo
acrescentar, que deixe seu comentário. Afinal, essa seção anda mesmo às moscas.
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