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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

COMO DESAFOGAR O SISTEMA OPERACIONAL (FINAL)

QUANDO SE ANDA COM VIRA-LATAS, O QUE MAIS SE VEEM SÃO RABOS E PATAS.

Cumpridas as etapas detalhadas nos capítulos anteriores, sua unidade não volátil de armazenamento de dados estará dividida, mas ainda falta formatar a nova partição, ou seja, criar o sistema de arquivos (FAT32 ou NTFS) que permitirá ao Windows “enxergar” e gerenciar o novo volume. O procedimento é simples e pode ser feito tanto com o utilitário do Windows quanto com o Mini-Tool Partition Wizard. Para evitar repetições desnecessárias, sugiro reler o capítulo 5 e seguir as instruções ali expostas.

Concluída a formatação, sua unidade D: (ou qualquer que seja a letra designada para identificá-la) estará pronta para uso. Caso pretenda usá-la para desafogar a partição do sistema (geralmente C:), basta transferir para ela seus arquivos pessoais, backups, músicas, vídeos e o que mais você quiser, seja copiando e colando (usando as opções respectivas exibidas no menu de contexto ou os atalhos Ctrl+C e Ctrl+V), seja arrastando-os com o mouse. Depois que as cópias forem feitas com sucesso, apague os originais da partição do sistema.

Conforme eu disse no início desta sequência, o recomendável é você manter na partição do sistema apenas o Windows e os programas que utiliza com frequência. Para que seus aplicativos passem a ser instalados na partição suplementar, clique no botão Iniciar, selecione Configurações (na coluna à esquerda), clique em Sistema > Armazenamento > Alterar onde o novo conteúdo foi salvo e proceda às alterações desejadas.

Feita essa reconfiguração, os aplicativos que você descarregar e instalar a partir Loja do Windows irão automaticamente para a unidade que você redefiniu como padrão. Para modificar o local dos que já estão instalados no drive C:, volte ao menu Iniciar, clique em Configurações > Aplicativos e recursos, selecione o item que você quer mudar, clique em Mover e siga as instruções na tela.

Observação: Se o botão Mover não estiver disponível, é porque se trata de um aplicativo padrão do Windows; nesse caso, pressione o botão Desinstalar e aguarde a conclusão do processo. Em seguida, baixe novamente o aplicativo a partir da Loja do Windows e torne a instalá-lo ― depois de reconfigurar a localização padrão, naturalmente.

No caso de aplicativos de terceiros, o botão Modificar pode ou não estar disponível. Caso negativo, desinstale o software que você deseja remanejar e torne a instalá-lo em seguida, tomando o cuidado de escolher, durante o processo de instalação, sua nova partição como local de destino.

Para concluir, uma dica: Abra o menu Iniciar, clique em Sistema > Armazenamento e ative o Sensor de Armazenamento. Assim, se e quando sua unidade de sistema ficar com pouco espaço, o próprio Windows se encarregará de apagar automaticamente o conteúdo da lixeira, os arquivos temporários e o que mais ele entender dispensável. Para fazer uma faxina no ato, clique em Alterar o modo de liberar espaço e siga as instruções na tela.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

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terça-feira, 28 de março de 2017

COMO PROIBIR QUE INSTALEM PROGRAMAS NO SEU PC

PASSEI ANOS CONSTRUINDO MINHA REPUTAÇÃO. AGORA CHEGOU A HORA DE VENDÊ-LA A QUEM PAGAR MELHOR.

Tudo bem, o “computador da família” é coisa do passado, daqueles tempos em que o hardware custava os olhos da cara, não existiam tablets e os celulares eram apenas telefones móveis. Hoje, os membros da família compartilham apenas o sinal de internet distribuído pela casa por roteadores wireless, e cada um navega a partir de seu próprio dispositivo.

Mesmo assim, há situações em que podemos ser obrigados a compartilhar nosso PC com outras pessoas, ainda que eventualmente, é não é exatamente incomum que esses usuários eventuais instalem aplicativos que não gostaríamos de ter em nosso PC. E ainda que a política de contas de usuário do Windows seja uma mão na roda, não custa saber impedir a instalação de novos aplicativos sem nossa expressa permissão.

O próprio Windows oferece duas maneiras de proibir a adição de novos softwares, que funcionam em todas as edições recentes do sistema. À primeira vista, ambas parecem trabalhosas, mas são bem simples e, o que é melhor, podem ser facilmente revertidas. Note que a primeira opção pode não funcionar nas versões de entrada do Windows (Home ou Basic), mas não custa nada você testá-la antes de partir para o “plano B”. Para tanto:

― Pressione as teclas Win+R para convocar o menu Executar;

― Digite gpedit.msc na caixa de diálogo e pressione a tecla Enter.

― Na tela do Editor de Diretiva de Grupo Local, navegue pelas pastas Configuração do Computador > Modelos Administrativos > Componentes do Windows > Windows Installer, dê um clique duplo sobre Windows Installer e, na lista à direita, localize a opção Desabilitar o Windows Installer.

― Dê duplo clique sobre essa opção, selecione Habilitar e confirme em OK.

Observação: Nem seria preciso dizer, mas vamos lá: para reverter o sistema ao status quo ante, ou seja, liberar novamente a instalação de novos softwares, basta seguir os mesmos passos selecionar a opção Desabilitar.

Supondo que você receba uma mensagem de erro ao tentar abrir o editor em questão, o jeito será recorrer ao plano B, que requer uma alteração na configuração do Registro do Windows. Mas isso e assunto para a próxima postagem. Abraços e até lá.

MANIFESTAÇÕES

O povo voltou às ruas no último domingo, mas a adesão foi bem inferior à esperada. Um ano atrás, quando os manifestantes pediam a cabeça da ex-grande chefa toura sentada, mais de 500 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista. Ontem, havia cerca de 15 mil. E o mesmo (baixo índice de participação) se verificou nos mais de 100 municípios brasileiros onde protestos haviam sido programados.

Para alguns palpiteiros, isso se deveu à pulverização da pauta. E faz sentido. Afinal, o impeachment da anta vermelha desmiolada era uma questão bem mais relevante do que o fim da contribuição sindical obrigatória ou da (a meu ver intempestiva) intervenção militar que alguns participantes defendiam, embora o mote do movimento fosse o apoio à Lava-Jato e o repúdio ao caixa 2, ao foro privilegiado, ao financiamento público de campanha e ao sistema de lista fechada nas eleições. Aliás, havia até pautas opostas, com discursos em prol da reforma da Previdência e grupos com cartazes contrários às mudanças.

Outro aspecto que “esfriou” os ânimos da população foi a repercussão negativa da Operação Carne Fraca. Deflagrada no dia em que a Lava-Jato completou 3 anos, a ação movimentou 1100 policiais ― mais preocupados com os holofotes do que com o cuidado na divulgação das informações ―, mas capturou apenas 33 pessoas, entre fiscais e intermediários de alguns frigoríficos. Para piorar, a divulgação irresponsável das irregularidades manchou reputação de mais de 5 mil empresas e acarretou um prejuízo bilionário ao país, que é um dos maiores exportadores de carne do mundo e cujo setor frigorífico movimenta R$ 400 bilhões por ano.

Não se nega que há fiscais corruptos e empresas problemáticas, mas daí a generalizar e espalhar o terror no mercado interno e externo? Se a PF queria pirotecnia, por que não prendeu o Lula? Afinal, já está mais que na hora! Aliás, não faltaram protestos contra o santo-do-pau-oco e sua pupila (a honesta de araque), embora muitos criticassem o presidente Michel Temer, o PMDB, os presidentes da Câmara e do Senado, os tucanos Aécio, Alckmin e Serra, o ministro Gilmar Mendes, e por aí afora.

A verdade é que os cidadãos de bem já não se sentem estimulados em passar boa parte do seu dia de folga nesses protestos, mas isso não significa que não apoiam a causa, e sim que têm outros planos para o domingo. Diferentemente dos que engrossam os movimentos orquestrados pela patuleia atávica, geralmente convocados através de sindicatos e entidades como o MST e o MTST para marcar presença em troca do proverbial sanduíche de mortanga com tubaína, transporte grátis e uma graninha para a cachaça, que ninguém é de ferro, a maioria dos brasileiros precisa trabalhar (ou procurar emprego) nos demais das da semana. Daí ser importante não medir o humor da população somente pelo número de pessoas que atendem ao chamado para participar dessas manifestações.

O site Sensacionalista tem outra teoria a respeito: bilhões no ralo da corrupção, carne adulterada, febre amarela avançando e vacina faltando, alto índice de desemprego, aposentadoria adiada servidores sem receber e direitos trabalhistas ameaçados é muita tragédia para pouca reação. Ou os brasileiros terceirizaram sua capacidade de contra-ataque, ou a água nacional estaria contaminada por Rivotril.

Enfim, era isso. Quem tiver algo acrescentar, que deixe seu comentário. Afinal, essa seção anda mesmo às moscas.

Confira minhas postagens diárias sobre política em www.cenario-político-tupiniquim.link.blog.br