O FATO MAIS
FUNDAMENTAL SOBRE AS IDEIAS DA ESQUERDA POLÍTICA É QUE ELAS NÃO FUNCIONAM.
PORTANTO, NÃO DEVEMOS FICAR SURPRESOS AO ENCONTRAR A ESQUERDA CONCENTRADA NAS
INSTITUIÇÕES ONDE AS IDEIAS NÃO TÊM DE TRABALHAR PARA SOBREVIVER.
Conforme eu venho comentando nas últimas postagens, os antivírus
estão desacreditados, havendo até quem os considere obsoletos e até inúteis, mas
quando se trata de segurança, é sempre melhor pingar do que secar.
Como eu também já disse, além da opinião polêmica de John McAfee ― que é visto por uns como
um gênio da computação e por outros como um doido varrido ―, há que se levar em
conta o que diz gente “mais centrada”, como Brian Dye e Ted Schlein.
O primeiro, que é vice-presidente da Symantec,
calcula que o índice de proteção dos antivírus atuais não chega a 50%. O
segundo, um dos criadores do Norton,
diz que os antivírus são “necessários, mas ineficientes”.
Eu, particularmente, acredito que os desenvolvedores de
aplicativos de segurança não vão abrir mão facilmente do filão que eles
representam, e com alguns aprimoramentos ― como heurística, análise
comportamental na nuvem e outros que tais ―, tornarão o peixe novamente
atraente para os consumidores sem precisar recorrer a penduricalhos úteis (como
limpadores de arquivos, atualizadores de aplicativos, módulos para criação de
backups, etc.), mas que fogem à finalidade precípua das ferramentas de
segurança propriamente ditas.
Em última análise, os antivírus são necessários, mas insuficientes. Na verdade, há muito tempo que é assim. Por mais diligentes que sejam essas ferramentas, elas não são idiot proof, ou seja, capazes de protegê-lo de si mesmo, de evitar que você tome decisões erradas. Por isso, o futuro delas depende em grande medida de aprimorar seu canal de comunicação com o usuário, de maneira a aprender com ele e, concomitantemente, ensiná-lo a se proteger.
Então, não ser que você seja um hacker habilidoso, que conheça profundamente os meandros usados pelas pragas digitais em seus ataques, ou que seja experiente o bastante para abandonar a plataforma Windows e usar o Linux (não porque não existe vírus para essa plataforma, pois isso é mito, mas sim porque quem tem habilidade para dominar os sistemas operacionais abertos saberá igualmente neutralizar qualquer tipo de ataque e/ou desfazer facilmente seus efeitos), ou que use o PC apenas offline (para redigir textos, jogar Paciência ou realizar outra atividade qualquer que dispense conexão com a internet), você precisa de uma suíte de segurança. E ponto final.
Alguns dos antivírus mais bem avaliados pela crítica especializada: Kaspersky, Bitdefender, F-Secure, ESET, Norton/Symantec. Clique nos links, avalie as características dos produtos disponíveis, compare os preços e condições de pagamento, faça a sua escolha e boa sorte.
Na última quarta-feira (22), o ministro do TSE Herman Benjamin encaminhou a seus
pares o relatório parcial sobre a ação que pede a
cassação da chapa Dilma-Temer por
abuso de poder político e econômico. No documento, constam trechos dos
depoimentos dos 77 da Odebrecht, com
destaque para o de Marcelo Odebrecht,
que se encontram sob segredo de Justiça. Como era de se esperar, boa parte das
informações “sigilosas” vazou para a imprensa.
O ministro Gilmar
Mendes, presidente do TSE, culpou integrantes do Ministério Público Federal
pelo “vazamento seletivo” e acenou com uma possível anulação de provas “obtidas legalmente, mas divulgadas
ilegalmente”. Em resposta, o Procurador Geral de República classificou as
acusações de disenteria verbal: “É
uma mentira, que beira a irresponsabilidade, afirmar que realizamos, na PGR,
coletiva de imprensa para 'vazar' nomes da Odebrecht.
Só posso atribuir tal ideia a mentes
ociosas e dadas a devaneios, mas, infelizmente, com meios para distorcer
fatos e desvirtuar instrumentos legítimos de comunicação institucional”,
disse Rodrigo Janot no discurso mais
contundente de sua carreira à frente do MPF.
Como dizia o poeta, não há nada como o tempo para passar. Na última sexta-feira, novas informações sigilosas chegaram ao conhecimento da imprensa, desta
feita vazadas por integrantes do
próprio TSE, cujo atual presidente é... o ministro Gilmar Mendes, que manteve o discurso ―"deploro vivamente,
seriamente, e exijo que façamos a investigação desse vazamento agora lamentavelmente
ocorrido. Acho que isso fala mal das
instituições. É como se o Brasil fosse o país de trambiques, de infrações.
Assim como nós não podemos praticar vazamentos aqui, ninguém pode fazê-lo, nem
procuradores, nem juízes, nem ninguém" ―, mas, diante
do problema no seu próprio quintal, baixou o facho quanto a uma possível
anulação de provas (como diz um velho ditado, quem tem telhado de vidro não joga pedras no do vizinho).
A celeuma parece estar longe do final. Deltan
Dallagnol, procurador do MPF e coordenador da Lava-Jato, criticou a tese defendida pelo ministro
(de que as delações cujo
conteúdo tenha vazado podem ser anuladas). Na sua visão, ainda que os vazamentos sejam condenáveis, "a ideia de anular provas não tem pé nem cabeça, e afirmar que colaborações são ilícitas porque houve vazamentos
posteriores significa rasgar a lei e os livros". Cá entre nós, bastaria acabar com esse “segredo
de Polichinelo” e dar nomes aos bois para pôr fim nos “indesejáveis
vazamentos seletivos”, mas parece que, no Judiciário, nenhum gênio chegou a essa singela conclusão.