
O jeito é correr para as lojas e cuidar pessoalmente do assunto, até porque fazendo isso por conta própria, ainda que o desembolso seja maior, o resultado certamente será melhor ou mais adequado aos seus propósitos e necessidades.
Vale lembrar que aquelas máquinas chinfrins, de mil e poucos reais, vendidas feito pão quente nos grandes magazines e redes de supermercados estão longe de ser um PC topo de linha (e o orçamento do Papai Noel é sempre limitado, mas o número de interessados aumenta a cada ano - qualquer semelhança com a Previdência Social é mera coincidência).
Além disso, a menos que seu PC esteja abrindo o bico ou totalmente divorciado da realidade atual (leia-se PIII ou inferior, com 64 ou 128 MB de RAM, HD de 10 ou 20 GB e sistema operacional Windows 98 ou ME), talvez seja melhor esperar mais um pouco. Conforme já discutimos numa postagem de meados de Dezembro, estamos vivendo uma época de transição. O advento de novos sistemas e programas cada vez mais exigentes incentiva a criação de soluções (e a fabricação de componentes e máquinas) mais poderosas. Apenas para se ter uma ideia, o jurássico Windows 3.1 (lançado em 1992) ocupava módicos 8 MB de espaço no HD. A versão 98 cresceu para 35 MB; o XP ocupa 1.5 GB e o Vista, 6.9 GB (a Microsoft recomenda escandalosos 15 GB de espaço livre em disco para a instalação dessa nova versão do Windows).
A Intel vem apregoando as vantagens de seus processadores de núcleo duplo (Pentium D, seguido pelo Core Duo e pelo Core 2 Duo), mas já acena com a possibilidade de estender aos usuários domésticos ainda neste ano os benefícios dos chips de quatro núcleos. A AMD, por seu turno, também promete lançar em breve o Barcelona (versão de quatro núcleos do chip Opteron), com chegada ao mercado prevista para o segundo semestre de 2007.
Com isso fica claro que a corrida pelo aumento da frequência de operação (ou velocidade) dos chips deu lugar à multiplicação dos núcleos de processamento - ter dois ou quatro núcleos não significa dobrar ou quadruplicar a potência, mas sim realizar múltiplas tarefas simultâneas com melhor desempenho e sem lentidão ou travamentos.
Como a evolução natural dessas novas tecnologias levará a indústria de microcomputadores a oferecer, no médio prazo, máquinas bi-processadas em seus modelos de entrada de linha, as opções baseadas em chips de um único núcleo deverão sofrer uma queda de preço bastante significativa, tornando-se um "prato cheio" para aquela categoria de usuários domésticos que não se beneficiam necessariamente (ou não podem arcar com o custo) do multiprocessamento, até porque raramente executam múltiplas aplicações pesadas ao mesmo tempo.
Resumo da ópera: se puder esperar, espere; se não, assegure-se de que seu novo PC ofereça amplas possibilidades de upgrade posterior sem que isso implique substituir, além do processador, também a placa de sistema e os módulos de memória.
Bom dia a todos e até amanhã.