A popularização dos CDs como meio físico para o armazenamento de arquivos multimídia (músicas, filmes) e de dados em geral fez com que a maioria dos usuários aposentasse os obsoletos LPs, fitas cassete, VHS e disquetes de 3,5 polegadas.
Sem entrar no mérito das vantagens da gravação digital em relação à magnética - até porque isso já foi abordado em outras oportunidades - vale dizer que seus CDs podem durar décadas se você tomar alguns cuidados em relação à conservação (dentre outras coisas, guardar as mídias nas respectivas caixinhas plásticas ou envelopes de papelão, não empilhá-las umas sobre as outras e evitar expô-las diretamente à luz solar ou a fontes de grande calor). Vale dizer também que muitos dos problemas apresentados por esse tipo de mídia são de fácil solução:
Se sua leitora se recusar a ler um determinado disco, experimente inserir outro CD no drive, para verificar se o problema não está relacionado à leitora (você pode também confirmar isso usando a mídia problemática num outro computador). Os CDs são lidos através de um feixe de laser que varre a superfície do disco; havendo sujeira ou gordura, o laser pode não ser capaz de ler adequadamente as trilhas, o que fará seu sistema exibir uma mensagem de erro. Nessas circunstâncias, convém tentar limpar o disco com um pano macio, preferencialmente do tipo que não solte fiapos (uma camiseta de algodão, por exemplo), fazendo movimentos do centro para as bordas da mídia. Se isso não resolver, verifique a existência de riscos ou imperfeições.
Os CDs são feitos de policarbonato (plástico) e são sensíveis a arranhões. Riscos pequenos são geralmente corrigidos pelo próprio mecanismo da leitora, mas os maiores - que atingem grande quantidade de informações - podem tornar o disco ilegível. Arranhões paralelos costumam comprometer uma pequena parcela dos dados - havendo, portanto, grandes chances de recuperação do restante do conteúdo -, ao passo que os radiais afetam áreas maiores, dificultando em muito sua recuperação.
Por estranho que pareça, uma maneira prática (e econômica) de se tentar recuperar CDs danificados é com o uso de creme dental - de preferência daqueles com função "branqueadora" (você deve esfregar a pasta com um pano ou flanela, de dentro para fora da mídia e na direção oposta à leitura do dados).
Arranhões mais profundos ou de grandes dimensões podem ser eliminados (embora nem sempre) com massa de polir do tipo automotivo ou com cera de polimento, daquela utilizada em vidros de óculos, relógios, etc. (esse material pode ser adquirido em lojas especializadas).
Se sua mídia estiver mesmo danificada (com arranhões profundos, furos ou desgaste do material reflexivo), não custa experimentar alguns programinhas que se propõem a recuperar os dados: o CD/DVD Diagnostic permite testar, examinar e recuperar dados de CDs, CD-Rs e CD-RWs (ele ignora o Windows e os demais softwares instalados no PC, razão pela qual é capaz examinar praticamente qualquer CD, incluindo os da Macintosh e de audio. Outro programinha interessante é o CDR Inspector (semelhante ao anterior, mas que inclui funções adicionais para recuperação de dados, identificação de conteúdos ocultos e salvamento das informações do disco examinado). Ambos estão disponíveis em http://www.infinadyne.com/. Já o CD Data Rescue (http://www.naltech.com/) foi desenvolvido para recuperar dados de CDs-ROM, CDs-R e CDs-RW danificados ou defeituosos - ele usa algoritmos que permitem recuperar dados que o Windows não consegue ler, mantendo a estrutura interna dos arquivos.
É recomendável tentar a recuperação das mídias usando um gravador de CDs (em vez de uma leitora comum), porque esse dispositivo é mais preciso e tolerante a problemas em trilhas e capaz ler dados cujo acesso é impossível para a leitora convencional.
Já no caso de CDs-R/CDs-RW, o melhor é tentar recuperar os dados usando o equipamento onde foi feita a gravação (na impossibilidade, tente achar outro da mesma marca e modelo).
Bom dia a todos e até a próxima.