quarta-feira, 20 de junho de 2007

Senhas não tão secretas...

Em atenção ao simpático lembrete da nossa amiga Vanda, mudei a frase de pé de página aqui do blog (vale conferir).
Passando agora ao assunto em pauta, senhas, como todo mundo sabe, são códigos alfanuméricos que funcionam como chaves virtuais. Mediante a inserção da senha correta, o usuário se loga no sistema e acessa programas e/ou serviços disponibilizados na Web.
Um dos princípios elementares da segurança virtual consiste na criação de senhas "fortes" (que combinem oito ou mais letras, números e caracteres especiais); em utilizar um código diferente para cada finalidade (ou seja, não usar a mesma senha de logon do Windows para acessar seu serviço de Webmail, por exemplo); em manter as senhas SECRETAS (de nada adianta criar uma senha forte, escrevê-la num post-it e colá-lo na moldura do monitor) e substituí-las regularmente (de três em três meses, por exemplo, coisa que todo mundo sabe mas quase ninguém faz).
Já tratamos desse assunto aqui no blog, de modo que não pretendo me repetir descendo a detalhes ora desnecessários. Nesta postagem, quero apenas divulgar algumas informações curiosas a que tive acesso recentemente. Acompanhem.


Alguns estudiosos afirmam que as senhas digitais, mais do que simples identificações eletrônicas, também oferecem informações sobre a personalidade dos usuários. Até porque a gente as cria mediante livre associação - ou seja, não censura os pensamentos da forma que faria se parasse para analisá-los bem - e, por isso, elas são "expressões verdadeiras".
Uma pesquisa realizada pela psicóloga britânica Helen Petrie com 1200 executivos dá conta da existência de quatro grupos distintos de senhas:
48% dos analisados (grupo dos emotivos) escolhem o próprio nome ou o nome do marido, esposa ou namorado(a), de alguém da família, de algum animal de estimação, ou ainda sua data de aniversário, do aniversário do parceiro ou de algum familiar (isso porque as senhas devem ser fáceis de lembrar; embora existam softwares que criem e gerenciem senhas extremamente complexas - o usuário só precisa lembrar da senha que dá acesso ao programa -, pouca gente os conhece ou utiliza).

32% dos entrevistados (menos afetivos) usam nomes que remetem a seus ídolos - artistas, atores de cinema ou TV, jogadores de futebol etc.
11% se valem de palavras relacionadas a amor ou sexo (grupo dos que "só pensam naquilo") e - pasmem - apenas 9% criam códigos rebuscados, misturando letras, algarismos e caracteres especiais.

Estudos feitos pelo site britânico Modernlife (http://www.modernlifeisrubbish.co.uk/) apontam como as senhas mais usadas (e fáceis de quebrar):

1) a seqüência 123;
2) a palavra "senha";
3) nomes de times de futebol;
4) a seqüencial 123456;
5) a seqüencial "qwerty" (as primeiras letras do teclado);
6) o próprio nome do usuário.

Então, se a senha revela detalhes sobre a personalidade do usuário, ela também facilita o trabalho dos piratas da rede: se você publicar sua data de nascimento ou o nome do seu bichinho de estimação no Orkut, por exemplo, evite usar essas informações na criação da sua chave secreta.
Bom dia a todos e até a próxima.