quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mouse

O mouse foi criado no início da década de 1960, e assim chamado devido a seu formato, que lembrava vagamente um camundongo - por conta do longo fio elétrico que o atrelava ao computador. Mas ele só se tornaria popular após o advento das interfaces gráficas em sistemas e programas (costa que o Macintosh, desenvolvido pela Apple no início dos anos 1980, teria sido o primeiro computador pessoal a utilizar um mouse).
A despeito de sua sensível evolução ao longo de quase meio século, o mouse convencional mantém basicamente as mesmas características do SleekMouse (criado pela IBM). Até alguns anos atrás, a maioria dos computadores usava mouses "de esfera", onde os movimentos de uma bolinha de borracha fazem girar os eixos (ou roletes) existentes no interior da cavidade, gerando sinais que são interpretados pelos circuitos lógicos do dispositivo e resultam nos movimentos do cursor na tela do monitor. Atualmente, todavia, os modelos ópticos (que "fotografam" a área de varredura milhares de vezes por segundo) se tornaram padrão, até porque transportam os movimentos para a tela de forma mais precisa, proporcionando uma utilização bem mais confortável - tanto em games quanto em aplicações convencionais.
Embora seja possível operar normalmente o PC sem o auxílio do simpático ratinho, tal prática requer habilidade e memorização de atalhos de teclado, sendo trabalhosa e desconfortável para a maioria dos usuários comuns. Por conta disso, cuidar bem do mouse é essencial para que ele lhe preste bons serviços durante uma porção de tempo.
Quem utiliza um mouse "de esfera" sabe que a sujeira é a principal causadora de problemas: tanto a bolinha quanto os roletes podem ficar impregnados de partículas de poeira, fiapos que caem de tecidos, fios de cabelo e outros que tais, tornando errático o comportamento do cursor, que pode "grudar" ou dar "saltos" na tela. Nesse caso, você deve abrir a portinhola existente na parte inferior do mouse, retirar a esfera e lavá-la em água morna acrescida de algumas gotas de detergente neutro (não utilize produtos fortes ou que contenham amoníaco). Limpe também o interior da cavidade com um pincel de cerdas macias, remova a sujeira dos roletes com auxílio de uma pinça e troque seu mousepad - aquele tapetinho emborrachado sobre o qual o mouse desliza. Já os modelos ópticos dispensam essa faxina (até porque não têm esfera, cavidade ou roletes que exijam limpezas periódicas); basta limpá-los externamente - em especial a parte inferior, onde fica a leitora óptica - e um abraço.
Seja óptico, seja mecânico, o mouse pode apresentar problemas devido a mau contato em seus botões. Quando isso ocorre, os cliques não atuam corretamente (é preciso clicar duas ou mais vezes até o dispositivo responder). Abra o dispositivo, aplique spray limpador de contatos nos botões, espere secar e confira o resultado.
Se não der certo, o jeito será partir para uma reconfiguração via software (quando possível), transferindo as funções do botão inoperante para o do meio, que geralmente não é utilizado. Em último caso, pode-se tentar um transplante - ou seja, a substituição "física" do botão problemático -, mas isso requer ferro de solda, sugador, alguma habilidade e um bocado de paciência. E como um mouse novo não custa caro...
Quando for substituir seu mouse, não olhe apenas para o preço (mais baixo), nem valorize exageradamente um formato curioso ou "engraçadinho", ou mesmo aquela profusão de recursos adicionais que você provavelmente não irá utilizar. E ainda que alguns modelos possam ser encontrados em bazares, papelarias e supermercados por menos de R$10, é melhor adquirí-los em lojas de suprimentos de informática, que geralmente oferecem opções de qualidade superior (em minha opinião, os mouses da Microsoft são imbatíveis, mas existem bons produtos da Genius, da Leadership e da Logitech, dentre outros fabricantes igualmente renomados).
Quanto à interface, há tempos que o jurássico padrão DB-9 deu lugar ao PS/2 (ou mini-DIN) e, mais recentemente, ao USB (recomendável). Mesmo que seja possível plugar qualquer modelo usando o adaptador correspondente, convém levar para casa um mouse adequado ao conector suportado pelo seu computador e compatível com seu sistema operacional (hoje em dia, quase todos são compatíveis com quase tudo, mas ainda assim...).
Observação: Mesmo que a comunicação wireless (sem fio) entre dispositivos computacionais seja a tecnologia do futuro, e que teclados e mouses "anuros" contribuam para reduzir aquela macarronada de fios atrás da mesa, a necessidade do uso de pilhas (ou de baterias recarregáveis) e as frequentes interferências e travamentos me levam a ter alguma reserva em relação ao uso desses periféricos.
Para encerrar, não custa lembrar que os botões do mouse devem ser pressionados com delicadeza; quem gosta de games de ação - nos quais os botões são mais exigidos - deve comprar um joystick. Note também que diversas anomalias podem decorrer de problemas no cabo, na interface, ou mesmo de conflitos de hardware. Para não jogar dinheiro fora, antes de comprar um mouse novo, instale uma peça emprestada de algum amigo e veja se tudo volta a ser como antes no quartel de Abrantes (reze para que sim).

Até amanhã.