Para ganhar um belíssimo Ano Novo, da cor do arco-íris - ou da cor da paz
Sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido)
Não apenas pintado de novo, remendado às carreiras
Mas novo nas sementinhas do vir-a-ser
Novo no coração das coisas menos percebidas
Novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota - mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende e se trabalha
Você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita
Não precisa expedir nem receber mensagens
Não precisa fazer lista de boas intenções (para arquivar na gaveta)
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas, nem acreditar que, por decreto da esperança, a partir de agora as coisas mudarão tudo será claridade, recompensa, justiça entre os homens, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados (começando pelo direito augusto de viver).
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, meu caro, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo.
Eu sei que não é fácil, mas tente: é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Agradeço a Deus por mais um ano, e aos leitores que me "visitaram" nesse período, mesmo que eventualmente, por seu carinho e atenção. Desejo a todos boas entradas e um ótimo final de semana prolongado. A gente "se vê" na segunda.