Lá pelos idos de 1997, depois de “embutir” o Internet Explorer 4 no Windows, a Microsoft desbancou a Netscape, venceu a “primeira guerra dos browsers” e reinou absoluta por anos a fio, chegando a abocanhar mais de 90% desse segmento de mercado. Anos mais adiante, no entanto, essa popularidade viria a cobrar seu preço: amplamente utilizados em nível mundial, o Windows e demais produtos Microsoft se tornaram alvos naturais dos hackers, crackers, criadores de malwares e aparentados, o que levou muitos usuários a buscar segurança nos browsers da concorrência (notadamente o Firefox e o Chrome) e reduziu a participação do IE a menos de 60% do mercado de navegadores.
Não dá para dizer como essa história vai ficar com a chegada do IE9 – cujo “release candidate” está pra ser lançado nos próximos dias –, mas já se sabe que ele não será compatível com o XP. Inicialmente, eu achei que isso era apenas uma estratégia de marketing visando apressar a aposentadoria do velho sistema e “forçar” os usuários a migrar para o Seven, mas, segundo a Microsoft, a nova versão faz uso do Direct2D e do DirectWrite (tecnologias que não estão presentes no XP) para aprimorar a exibição de mapas e outras imagens, oferecer mais velocidade na execução do JavaScript e suportar padrões em ascensão na web (como HTML5, CSS3 e SVG).
Em face do exposto, usuários como este que vos escreve não devem se entusiasmar muito com esse lançamento – a menos que, nesse entretempo, se animem a fazer o upgrade do sistema operacional. O importante, isso sim, é atualizar seus navegadores para a última versão compatível com o XP (IE8) e instalar todas as correções/atualizações disponibilizadas pela Microsoft.
Uma ótima semana a todos.