Entusiastas da fotografia têm muito a festejar com o advento das câmeras digitais, com as quais só é preciso clicar, excluir as fotos que não ficaram a contento, transferir as demais para o computador e editar, publicar na Web, enviar aos amigos por e-mail, etc.
Como vimos no post do último dia 9, a obsessão do homem em criar "álbuns visuais" de seus feitos remonta à pré-história, e a idéia de tirar fotos sem o uso de filmes, ao início do século XX. Na prática, todavia, a fotografia digital começou a se tornar popular na década de 90, especialmente por desobrigar os usuários de gastar com filmes e revelações, além de permitir tirar centenas de fotos “de uma enfiada só” (enquanto os filmes convencionais ofereciam 12, 24 ou 36 poses).
As máquinas digitais funcionam, basicamente, como as convencionais, só que, em vez de filmes, elas usam sensores para captar a luz e convertê-la para o formato digital. As imagens são decompostas em milhões de pixels (quanto mais megapixels, melhor a resolução).
A quantidade de megapixels presente numa imagem corresponde ao número de pontos de cor (ou de luz) que o sensor é capaz captar – a título de comparação, um filme de 35 milímetros teria o equivalente a 20 milhões de pixels, ou seja, uma resolução correspondente à de uma câmera digital de 20 MP. Mas essa quantidade pode variar também por conta do tamanho dos sensores e respectivos pixels (sensores e pixels menores são mais susceptíveis a interferências eletromagnéticas responsáveis pelos "pontos sem resolução" nas imagens). Quando o sensor capta a imagem, o processador da máquina grava-a na memória como um arquivo, cujo formato determina o tamanho e a qualidade da foto (devido à taxa de compressão do formato JPEG, cerca de 20% das informações de cor ou luz referentes à imagem capturada são perdidas, conquanto esse efeito só seja perceptível em grandes ampliações).
Se você estiver planejando comprar uma câmera digital, não o faça por impulso (o caminho mais curto para o arrependimento). Depois de ler as postagens de amanhã e depois, vá até uma loja idônea, peça ao vendedor uma demonstração do produto e, se possível, faça um “test drive”. Caso realmente se interesse pelo modelo em questão, anote as especificações técnicas e outros detalhes relevantes, bem como o preço e as condições de pagamento. Em casa, analise as informações à luz do seu perfil de usuário e dos recursos oferecidos pela câmera que integra seu celular, e na hipótese de você continuar inclinado a comprar o “brinquedinho”, não volte à loja sem antes fazer uma pesquisa em outros estabelecimentos, sites de leilão e de compras online (às vezes, a diferença de preço é brutal).
Amanhã a gente continua.