Quando a Apollo 11 chegou à Lua, dizia-se que dali a poucos anos as viagens interplanetárias seriam corriqueiras. Na Terra, navios e trens alcançariam velocidades estonteantes, enquanto monotrilhos elevados a 30 metros do solo resolveriam o problema do transporte. As grandes metrópoles seriam parecidas com o que se via então no desenho animado “Os Jetsons”, com edificações futuristas, esteiras rolantes, automóveis voadores e pessoas usando “cinturões foguetes” (veja mais em (a propósito, vale rever a postagem de 27 de agosto de 2008).
Mesmo assim, só conseguimos (até agora) colocar robôs em Marte, voar de avião (e com dificuldades, haja vista a superlotação dos aeroportos), sem mencionar que continuamos enfrentando quilômetros de congestionamento todos os dias, mesmo que haja carros capazes de estacionar sozinhos e de interagir com o motorista para prevenir potenciais acidentes (como o novo Mercedes Benz CL, por exemplo, que será objeto de uma postagem posterior.
Mesmo assim, só conseguimos (até agora) colocar robôs em Marte, voar de avião (e com dificuldades, haja vista a superlotação dos aeroportos), sem mencionar que continuamos enfrentando quilômetros de congestionamento todos os dias, mesmo que haja carros capazes de estacionar sozinhos e de interagir com o motorista para prevenir potenciais acidentes (como o novo Mercedes Benz CL, por exemplo, que será objeto de uma postagem posterior.
No campo da computação pessoal, mesmo próceres do quilate de Thomas J. Watson e Bill Gates deram suas “escorregadelas”. O presidente da IBM teria profetizado, ainda na década de 40, que um dia haveria mercado para talvez cinco computadores (quatro décadas mais tarde, sua empresa lançaria o Personal Computer e daria o primeiro passo para transformar a computação pessoal num produto de consumo de massa). Já ao fundador da Microsoft atribui-se a infeliz previsão de que 640 k seria mais memória do que qualquer um viria a precisar em um computador (claro que ele nega ter dito esse absurdo, até porque os PC modernos integram entre 2 e 4 GB de RAM).
Observação: “Tio Bill” é citado como protagonista de diversas situações curiosas, como aquela em que teria simplesmente continuado a caminhar após deixar cair no chão uma nota de US$ 1.000, indiferente à perda do que, diante de sua fortuna, seria “dinheiro de pinga”. No entanto, isso não passa de uma lenda urbana, até porque o Tesouro americano tirou essas notas de circulação em 1969, quando Gates tinha apenas 14 anos de idade.
Em contrapartida, a Lei de Moore – profecia de Gordon Earl Moore, co-fundador da Intel, segundo a qual o poder de processamento dos computadores dobraria a cada vinte e quatro meses – foi bem mais acurada, embora talvez não sobreviva por muito tempo mais, já que a “Cloud Computing” vem sendo vista como o futuro da computação. Seja como for, é quase impossível encontrar alguém plenamente satisfeito com os recursos de seu computador. Devido a agigantamento dos sistemas e programas, mesmo máquinas de topo de linha se tornam ultrapassadas em poucos anos, e a despeito de dispositivos de hardware mais avançados serem lançados em intervalos cada vez mais curtos, são poucos os usuários que têm condições financeiras para acompanhar essa vertiginosa evolução.
Quem acompanhou o alvorecer da computação pessoal deve estar lembrado dos PCs que integravam dois ou mais Floppy Drives – como eles não dispunham de discos rígidos, tanto o sistema quanto os programas eram executados a partir de prosaicos disquetes. Quando os HDs começaram a se tornar populares, 10 MB de espaço custavam 2.000 dólares, mas a evolução tecnológica cumpriu bem o seu papel: embora os fabricantes tenham levado décadas para romper a “Barreira do Gigabyte”, bastaram poucos anos, a partir de então, para que produzissem drives gigantescos – de 500 GB a 1 TB – a preços bem mais acessíveis.
Para ter uma noção melhor desse espaço, considere que uma música em MP3 de 3 minutos ocupa cerca de 3 MB – ou três milhões de bytes – e que 1 Terabyte corresponde a um trilhão de bytes (faça as contas). Pelo andar da carruagem, é possível que logo alcancemos a casa dos Petabytes, dos Exabytes, ou mesmo dos Zettabytes (grandezas que correspondem, respectivamente, a um quatrilhão, um quintilhão e um sextilhão de bytes).
Observação: Segundo alguns especialistas, 1 TB equivale à capacidade da memória humana, enquanto que 1 ZB é espaço suficiente para armazenar toda a informação digitalizada no mundo (se cada byte fosse um grão de arroz, isso corresponderia a 20 quatrilhões de quilos – arroz suficiente para alimentar a humanidade por 30 mil anos!
Para concluir, considerando que a informática tende a evoluir de maneira “circular”, talvez devêssemos reavaliar o vaticínio de Mr. Watson. De uns tempos a esta parte, a venda de computadores (desktops e notebooks) vem caindo sistematicamente, enquanto dispositivos móveis (tablets e smartphones) se multiplicam como coelhos. Demais disso, se a computação em nuvem realmente prosperar, importante mesmo será garantir um plano de banda larga decente, de preferência com boas taxas de upload, pois o armazenamento dos arquivos em servidores remotos e a execução dos aplicativos via navegador propiciarão uma experiência mais rica e interativa sem exigir máquinas cada vez mais poderosas e quantidades ainda maiores de memória e espaço em disco.
Amanhã a gente vê isso melhor; abraços e até lá.