VOCÊ
JAMAIS TERÁ DE EXPLICAR ALGO QUE NÃO DISSE.
Observação: Bug significa inseto, mas, no âmbito da TI, o termo é sinônimo de “defeito”, tanto de hardware quanto de software. Essa acepção se deve às frequentes queimas de válvulas provocadas pelas mariposas, que, atraídas pelo calor, invadiam os gigantescos mainframes da pré-história da computação. Aliás, circuitos de placas-mãe e de expansão destruídos por formigas (que buscam abrigo e calor no interior do gabinete) não são exatamente incomuns, mesmo nos dias atuais.
Ainda que os sistemas e programas sejam testados
exaustivamente antes do lançamento comercial, nenhum código é imune a bugs
(erros) e, por isso, alguns problemas podem vir à tona mais adiante, quando
então se impõe corrigi-los através patches (remendos) ou upgrades
(novas versões). A indústria de TI trabalha com uma margem de erros (“x” bugs
para “y” linhas de código) que reputa “aceitável”, até porque muitas falhas são
inócuas e outras, apesar de incômodas, não comprometem a segurança dos usuários.
No entanto, não faltam bugs que fragilizam o sistema e,
para piorar, eles costumam ser prontamente explorados por “hackers do mal”, de
modo que é fundamental neutralizá-los com a possível urgência.
Uma falha que leva um aplicativo a travar de tempos em
tempos não deixa de ser um aborrecimento, mas quando permite que um “hacker do
mal” acesse e opere remotamente o PC, ela passa a ser um problemão. Para
piorar, a atualização de softwares sempre foi considerada pelos usuários como
coisa de importância menor; primeiro, por ser um processo trabalhoso e
aborrecido (era preciso vasculhar os websites dos desenvolvedores em busca de
atualizações/novas versões de seus produtos), segundo, porque muitos achavam
que remendos e upgrades serviam apenas para tornar os aplicativos “mais
pesados” e comprometer o já reduzido espaço disponibilizado pelos discos
rígidos dos anos 80 e 90.
Por conta disso, a Microsoft criou o Windows
Update — implementado no Win98 e
aprimorado ao longo das edições subsequentes do sistema —, e o mesmo fizeram os
demais desenvolvedores de software, ou pelo menos os mais zelosos. Assim, a
maioria dos aplicativos atuais conta com um comando (geralmente em Ferramentas ou Ajuda) que, mediante uns poucos cliques do mouse, permite
localizar, baixar e instalar as atualizações.
Observação: Ciente de que a maioria dos consumidores
prefere amaldiçoar a escuridão a acender uma vela, a empresa de Redmond
aprimorou seu serviço de atualizações, que foi rebatizado como Microsoft Update e passou a englobar
aplicativos do MS Office e demais produtos Microsoft que porventura estejam
instalados no PC.
Com o lançamento do segundo Service Pack para o Windows
XP (para quem não sabe, um SP é
uma coleção de updates e hotfixes destinada a corrigir bugs e agregar novas funções a um
programa) veio a “Central de Segurança”,
que tornou mais fácil identificar e solucionar algumas vulnerabilidades —
basicamente, ela verifica se o firewall
(nativo ou de terceiros) está habilitado, se existe um antivírus ativo e operante e se as atualizações do SO estão adequadamente configuradas. E para debelar
a grita dos tradicionais insatisfeitos (como bem disse JFK, é impossível agradar todo mundo ao mesmo tempo), a Microsoft abriu
o leque de configurações do Windows/Microsoft
Update, e a despeito de padronizar a opção que automatiza a verificação,
identificação, descarga e instalação dos patches, permitiu que a ferramenta
fosse ajustada para apenas alertar os usuários da existência de atualizações ou
baixá-las automaticamente, mas deixando a instalação a critério de cada um (essa
liberdade foi bastante reduzida no Windows
10, mas isso já é assunto para se discutir noutra ocasião).
É importante frisar que os programas “não-Microsoft” não são
contemplados pelo Windows/Microsoft
Update, embora seja importante mantê-los devidamente atualizados. Antivírus
e suítes de segurança que exigem atualizações constantes costumam oferecer como
opção o update automático (permitindo ao usuário configurar o horário e a
freqüência desejada) ou incluir em suas interfaces links ou botões para
disparar manualmente o processo (procure algo como “atualizar” ou “check for
update”). Outros apps trazem links em suas interfaces ou embutem comandos em
seus menus — para atualizar o CCleaner,
por exemplo, clique em Verificar
atualizações, no canto inferior direito da janela principal; no Chrome e no Firefox, o processo é automático, mas você pode convocá-lo
manualmente no primeiro pressionando o botão Ferramentas e clicando em “Sobre
o Google Chrome”, e clicando em Ajuda
> Verificar atualizações no segundo, e o mesmo vale para o Adobe Acrobat Reader, que se atualiza
sozinho, mas também conta com o comando Verificar
atualizações no menu Ajuda. E
assim por diante.
Mesmo que esse procedimento seja bem menos trabalhoso do que
o de alguns anos atrás, quando, como dito, era preciso visitar o website de
cada desenvolvedor para garimpar eventuais correções e atualizações, existem diversas
ferramentas capazes de vasculhar os softwares instalados no PC, identificar as
versões desatualizadas em oferecer os links para as respectivas correções. Um
bom exemplo — que eu uso e recomendo — é o FILEHIPPO APP MANAGER,
mas há outras opções igualmente gratuitas e eficientes, dentre as quais vale
citar o OUTDATEFIGHTER e o R-UPDATER.
Amanhã a gente conclui, pessoal. Abraços e até lá.