O CÃO NÃO
LADRA POR VALENTIA, MAS POR MEDO.
A maioria dos usuários de computador raramente precisa do Prompt de comando ou do Windows PowerShell, até porque é bem
mais fácil interagir com o sistema pela interface gráfica. No entanto, algumas
tarefas podem ser executadas mais rapidamente através de comandos, razão pela
qual eu resolvi dedicar mais algumas linhas a esse tema. Antes, porém, vale
fazer uma breve retrospectiva.
Operar um PC no alvorecer da computação pessoal exigia
decorar centenas de intrincados comandos de prompt ― e digitá-los corretamente,
pois qualquer letra, cifra, espaço ou caractere a mais ou faltando resultava em
mensagens de erro. A GUI ― sigla de Graphical User Interface, ou interface gráfica do usuário ―,
desenvolvida pela Xerox nos
longínquos anos 1970 e popularizada pela Apple
na década seguinte, pôs ordem no caos ao permitir a interação com a máquina
através de um dispositivo apontador (mouse) combinado com elementos gráficos e
outros indicadores visuais (janelas, menus, ícones, caixas de seleção, etc.). O
Windows, que era inicialmente uma
interface gráfica para o MS-DOS,
popularizou-se a partir da edição 3.0, que já podia ser usada por qualquer
pessoa, mesmo sem conhecimentos de programação.
Observação: A interface gráfica se baseia numa
combinação de tecnologias e dispositivos para fornecer a plataforma a partir da
qual o usuário interage com o sistema. Nos PCs, a combinação mais conhecida é o
WIMP, baseada em janelas, ícones, menus
e ponteiros, onde o mouse é utilizado para movimentar o cursor pela tela e
efetuar os comandos através de seleções e “cliques”.
Mesmo depois que o Windows se tornou um sistema um sistema operacional autônomo, em 1995, o prompt foi preservado, mas, a partir do XP, o command.com do velho DOS foi substituído pelo cmd.exe.
O prompt ― ponto de entrada para a digitação dos comandos ― costuma ser representado pela
letra que designa uma unidade, ou partição, seguida de dois pontos (:), de uma barra invertida (\) e do sinal de “maior que” (>),
embora outros elementos sejam adicionados conforme o usuário navega pelos
diretórios, pastas e arquivos. Volto a dizer que os comandos precisam ser
inseridos com muito cuidado,
pois basta um espaço a mais ou a menos,
ou um caractere faltando ou sobrando, para que o sistema exiba uma
mensagem de erro.
Tenha em mente que nem todos os comandos usados com o command.com (interpretador padrão do Windows 3.x/9x e ME) funcionam com o
cmd.exe (seu equivalente no XP/Vista/7) ou com PowerShell (substituto do prompt
tradicional no Windows 8.1 e 10), e a recíproca é igualmente verdadeira.
Por hoje é só. Volto oportunamente com algumas dicas de comandos
“úteis” no nosso dia a dia.