MIRE NA LUA,
PORQUE, SE ERRAR, VOCÊ AINDA ESTARÁ ENTRE AS ESTRELAS.
Segurança é um hábito e, como tal, deve ser
cultivada. Insisto nisso desde que criei este Blog, há mais de 12 anos,
pois há muito que a navegação na Web passou de um bucólico passeio no parque (se é que um dia realmente o foi) a
um safári nas savanas da África.
Como eu já publiquei informações detalhadas
sobre a evolução dos vírus e antivírus nesta sequência
de postagens, relembro apenas que as primeiras pragas
eletrônicas “pulavam” de uma máquina para outra através de disquetes
contaminados e se limitava a pregar sustos nos usuários. Mas a maldade humana não tem limites, e logo surgiram versões destinadas a
causar danos cuja reversão quase sempre exigia a reinstalação do Windows. Na sequência vieram os trojans,
worms,
spywares,
botnets
(não necessariamente nessa ordem) e mais uma penca de ameaças que, pegando carona na
agilidade da Internet, passaram a se multiplicar em progressão geométrica (estima-se que 500.000 novos malwares são identificados todos os
dias, e que a maioria deles serve de ferramenta para os cibercriminosos
aplicarem seus golpes).
Observação: O malware
(termo que designa indistintamente qualquer programa nocivo) é um software
como outro qualquer; a diferença é que ele é programado para executar ações maliciosas e/ou
potencialmente destrutivas. Em princípio, qualquer programa de computador age segundo as instruções do seu
criador, que tanto pode escrevê-lo para interagir com o usuário através de
uma interface quanto para realizar, automática e sub-repticiamente, as mais
diversas tarefas.
Há inúmeras maneiras de ser infectado e
outras tantas de se proteger (mais detalhes na sequência de postagens iniciada
por esta
aqui). Todavia, a bandidagem está sempre um passo adiante
— como dizia Kevin Mitnick, tido como
“o papa dos hackers“
nos anos 1980, “computador seguro é computador desligado, e mesmo assim um hacker
competente encontrará um jeito de levar o usuário liga-lo”. É certo que o risco diminui
consideravelmente se trabalharmos offline,
mas convenhamos que, em pleno limiar da era da Internet das coisas, isso é o mesmo que ter uma Ferrari e não sair na rua com ela.
Para encurtar a história (até porque boa
parte das quase 4.000 postagens publicadas aqui no Blog tem a ver com segurança
digital), lembro que instalar
aplicativos sem os devidos cuidados é uma das maneiras mais comuns de ser pegos
no contrapé, e que isso vale tanto para PCs quanto para smartphones
e tablets. De momento, vamos focar a plataforma Windows, cuja popularidade
a torna mais atraente para os cibercriminosos do que o Mac OS e as distribuições Linux.
Para saber mais sobre ameaças que visam ao sistema operacional móvel Android, acesse a sequência de
postagens iniciada por esta
aqui.
Continuamos no próximo capítulo.