terça-feira, 4 de dezembro de 2018

COMO BARRAR PROGRAMINHAS MALICIOSOS AO INSTALAR APLICATIVOS LEGÍTIMOS


MIRE NA LUA, PORQUE, SE ERRAR, VOCÊ AINDA ESTARÁ ENTRE AS ESTRELAS.

Segurança é um hábito e, como tal, deve ser cultivada. Insisto nisso desde que criei este Blog, há mais de 12 anos, pois há muito que a navegação na Web passou de um bucólico passeio no parque (se é que um dia realmente o foi) a um safári nas savanas da África.

Como eu já publiquei informações detalhadas sobre a evolução dos vírus e antivírus nesta sequência de postagens, relembro apenas que as primeiras pragas eletrônicas “pulavam” de uma máquina para outra através de disquetes contaminados e se limitava a pregar sustos nos usuários. Mas a maldade humana não tem limites, e logo surgiram versões destinadas a causar danos cuja reversão quase sempre exigia a reinstalação do Windows. Na sequência vieram os trojans, worms, spywares, botnets (não necessariamente nessa ordem) e mais uma penca de ameaças que, pegando carona na agilidade da Internet, passaram a se multiplicar em progressão geométrica (estima-se que 500.000 novos malwares são identificados todos os dias, e que a maioria deles serve de ferramenta para os cibercriminosos aplicarem seus golpes).

Observação: O malware (termo que designa indistintamente qualquer programa nocivo) é um software como outro qualquer; a diferença é que ele é programado para executar ações maliciosas e/ou potencialmente destrutivas. Em princípio, qualquer programa de computador age segundo as instruções do seu criador, que tanto pode escrevê-lo para interagir com o usuário através de uma interface quanto para realizar, automática e sub-repticiamente, as mais diversas tarefas.

Há inúmeras maneiras de ser infectado e outras tantas de se proteger (mais detalhes na sequência de postagens iniciada por esta aqui). Todavia, a bandidagem está sempre um passo adiante — como dizia Kevin Mitnick, tido como “o papa dos hackers“ nos anos 1980, “computador seguro é computador desligado, e mesmo assim um hacker competente encontrará um jeito de levar o usuário liga-lo. É certo que o risco diminui consideravelmente se trabalharmos offline, mas convenhamos que, em pleno limiar da era da Internet das coisas, isso é o mesmo que ter uma Ferrari e não sair na rua com ela.

Para encurtar a história (até porque boa parte das quase 4.000 postagens publicadas aqui no Blog tem a ver com segurança digital), lembro que instalar aplicativos sem os devidos cuidados é uma das maneiras mais comuns de ser pegos no contrapé, e que isso vale tanto para PCs quanto para smartphones e tablets. De momento, vamos focar a plataforma Windows, cuja popularidade a torna mais atraente para os cibercriminosos do que o Mac OS e as distribuições Linux. Para saber mais sobre ameaças que visam ao sistema operacional móvel Android, acesse a sequência de postagens iniciada por esta aqui.  

Continuamos no próximo capítulo.