ATUALMENTE,
NEM TODA LIGAÇÃO DE PRESÍDIO É SIMULAÇÃO DE SEQUESTRO. EM MUITOS CASOS, PODE
SER PEDIDO DE VOTO.
Depois de promover o Windows
a serviço e batizar a nova edição com o número 10, a Microsoft deixou de lançar novas versões em intervalos de 3 a 5 anos,
como vinha fazendo desde as mais priscas eras. Em vez disso, numa estratégia de
marketing inusitada — que mais adiante se revelou bem-sucedida —, a empresa disponibilizou
gratuitamente (pelo período de 12 meses contados a partir do lançamento oficial
do Windows 10) os arquivos de atualização
para usuários de cópias legítimas do Windows
7 e 8.1. Assim, os interessados
não precisaram comprar a mídia de instalação nem arcar com o custo de uma nova
licença, pois a evolução era feita in
loco e mantinha intocados todos os aplicativos, configurações e arquivos do
usuário.
O Windows 10 como serviço
inaugurou uma nova política de atualizações: saíram de cena os tradicionais service packs — pacotes que reuniam
todas as correções liberadas desde o lançamento oficial do sistema ou do service pack anterior (só o XP foi alvo de três deles) — e entraram
as atualizações semestrais de recursos (foram
5 até agora). O Patch Tuesday
— pacote de correções de segurança e confiabilidade — foi mantido e sua
periodicidade mensal, preservada (toda segunda terça-feira de cada mês).
Enquanto os service
packs corrigiam bugs e fechavam brechas de segurança identificadas após o
lançamento comercial daquela edição do sistema — e por vezes implementava novos
recursos e funções), os upgrades de build são verdadeiras caixinhas de surpresa.
O mais recente (update de Outubro, que implementa o build 1809) foi especialmente pródigo em problemas — houve
relatos de que a instalação apagava
arquivos armazenados em pastas como Documentos e Imagens,
apresentava problemas
com o drive de áudio da Intel, acarretava inconsistências
na descompactação de arquivos, e por aí afora.
A questão é que o Windows
10 limitou sobremaneira as opções de gerenciamento das atualizações automáticas.
Na versão Professional, clicando em Iniciar > Atualização e Segurança >
Windows Update > Avançado, é possível pausar as atualizações, escolher
quando elas devem ser instaladas, e assim por diante. Na versão Home, no entanto, não há como bloquear
o download e a instalação dos patches, apenas alterar o horário ativo do computador, de maneira a evitar que as
instalações sejam instaladas e o computador, reiniciado nesse intervalo — que
vem configurado por padrão das 8h às 17h, mas pode ser ampliado para até 18
horas a partir do horário inicial. Para alterar essa configuração, abra o menu Iniciar, clique no ícone da engrenagem, selecione a opção Atualização e Segurança, acesse a seção
Windows Update e clique em Alterar horário ativo.
Volto a lembrar que, mesmo não havendo um comando direito
para postergar os updates no Windows 10
Home, é possível interromper o serviço respectivo abrindo o menu Executar (pressione as teclas
do logo do Windows e da
letra R ao mesmo tempo),
digitando services.msc na caixa de diálogo, clicando em OK e, na janela Serviços, dando um clique direito sobre Windows Update (caso a lista seja
exibida pelo nome dos executáveis, procure por wuauserv) e, no menu suspenso, selecionado a opção Parar (note que pode ser preciso
logar-se como administrador do sistema para fazer esse ajuste).
Se você achar esse caminho muito complicado, tente fazer o
sistema a “acreditar” que sua conexão com a Internet é “metered” (ou medida, em
tradução livre). Com alguma sorte, o Windows
Update entenderá que seu trafego de dados é tributado (como nos tempos
da velha rede Dial-Up), e que
você não quer sobrecarregar sua conexão. Para isso, clique em Iniciar > Configurações > Rede &
Internet. Feito isso, se você usa uma conexão cabeada, clique em Ethernet e, no ícone de rede, mude
o botão da opção “Definir como conexão
limitada” para Ativado.
Caso utilize uma conexão wireless (sem
fio), clique em Wi-Fi e
proceda da mesma maneira.
Mais dicas na próxima postagem.