sábado, 1 de junho de 2019

BRASIL — UM PAÍS QUE NÃO PODE DAR CERTO



O Banco Central derrubou a Selic (taxa básica de juros) dos 14,25% ao ano — índice que vigorou de setembro de 2015 a outubro de 2016 —, para 6,5% a.a. em maio do ano passado, e a manteve nesse patamar desde então, mês a após mês. Não pretendo fazer aqui fazer um juízo de valor dessa medida, do ponto de vista econômico, mas apenas salientar que ela provocou uma queda dramática nos rendimentos das aplicações financeiras, afetando, inclusive, as Cadernetas de Poupança, que rendem 70% da Selic mais TR (taxa referencial).

Por outro lado, o spread bancário (diferença entre a remuneração que a instituição financeira paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto ela cobra para emprestar o mesmo dinheiro) continua nas alturas. Para se ter uma ideia, as taxas médias cobradas no rotativo dos cartões de crédito e no cheque especial continuam próximas de 300%. No cartão, o juro médio para pessoas físicas caiu de  299,4% para 298,6% ao ano, entre março e abril de 2019, e no cheque especial, no mesmo período, avançou de 322,7% para 323,3% ao ano.

Um país assim não pode mesmo dar certo.

Para encerrar, sobre as manifestações convocadas dias atrás por centrais sindicais, partidos de esquerda e militantes travestidos de professores, com direito a achincalhe a jornalistas que cobriam o protesto e, portanto, estavam fazendo seu trabalho: