Se Bolsonaro está certo ou não em “esvaziar” a ANCINE,
isso vai da opinião de cada um, mas seria bom formarmos a nossa com base em fatos,
não em narrativas. O filme Marighella, por exemplo, permanece inédito no
Brasil não por “censura velada” — como disse o esquerdopata Wagner Moura,
eterno Capitão Nascimento de Tropa de Elite 1 e 2 —, mas devido a
uma linha de financiamento de R$ 1 milhão, que não foi liberada pela ANCINE
porque a O2 Produções está inadimplente na prestação de contas
relacionada ao filme O Sentido da Vida. A própria produtora declarou
que pretende resolver o imbróglio o quanto antes para liberar
a exibição de Marighella, e que em nenhum momento acreditou que houve
qualquer tipo de censura.
Já a eventual premiação do documentário “Democracia em
Vertigem”, incluído entre os finalistas do Oscar, poderá caracterizar
uma crítica hollywoodiana ao “governo de extrema-direita que está colocando
em risco a Amazônia”. Questionado na saída do Palácio da Alvorada por
jornalistas, o presidente disse que não perderia tempo assistindo ao filme em
que Ana Petra Costa narra sua versão do impeachment de Dilma. “Para
quem gosta do que o urubu come, é um bom filme”, disse o capitão. Perguntado
se assistiu ao documentário, sua excelência emendou: "Eu vou perder
tempo com uma porcaria dessas?”
Observação: Eu perdi, e me arrependi. Petra finge manter a neutralidade dando versões dos dois lados — buscando,
segundo ela, uma reconciliação com os que não acreditam que o impeachment da
ex-presidanta foi um golpe.
Um estudo do economista Roberto Macedo deu conta de
que a variação média do crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil
entre os anos de 2010 e 2019 foi de 1,39% — a menor das últimas 12 décadas,
puxada para baixo por dois anos de recessão (2015 e 2016) e uma recuperação
tímida desde então.
Na verdadeira “década perdida”, o PIB cresceu 1,39%
ao ano — o pior índice entre as 12 décadas analisadas pelo economista, quase
50% inferior aos 3,39% registrados na década passada, cujos primeiros 3
anos transcorreram sob a presidência do tucano FHC, e os demais, sob o
jugo nefasto do lulopetismo — que, a despeito da roubalheira desbragada, só deu
sinais de que quebraria a Economia quando a anta sacripanta resolveu “fazer o
diabo” para se reeleger.