terça-feira, 21 de janeiro de 2020

BOLSONARO E A ANCINE



Se Bolsonaro está certo ou não em “esvaziar” a ANCINE, isso vai da opinião de cada um, mas seria bom formarmos a nossa com base em fatos, não em narrativas. O filme Marighella, por exemplo, permanece inédito no Brasil não por “censura velada” — como disse o esquerdopata Wagner Moura, eterno Capitão Nascimento de Tropa de Elite 1 e 2 —, mas devido a uma linha de financiamento de R$ 1 milhão, que não foi liberada pela ANCINE porque a O2 Produções está inadimplente na prestação de contas relacionada ao filme O Sentido da Vida. A própria produtora declarou que pretende resolver o imbróglio o quanto antes para liberar a exibição de Marighella, e que em nenhum momento acreditou que houve qualquer tipo de censura.

Já a eventual premiação do documentário “Democracia em Vertigem”, incluído entre os finalistas do Oscar, poderá caracterizar uma crítica hollywoodiana ao “governo de extrema-direita que está colocando em risco a Amazônia”. Questionado na saída do Palácio da Alvorada por jornalistas, o presidente disse que não perderia tempo assistindo ao filme em que Ana Petra Costa narra sua versão do impeachment de Dilma. “Para quem gosta do que o urubu come, é um bom filme”, disse o capitão. Perguntado se assistiu ao documentário, sua excelência emendou: "Eu vou perder tempo com uma porcaria dessas?

Observação: Eu perdi, e me arrependi. Petra finge manter a neutralidade dando versões dos dois lados — buscando, segundo ela, uma reconciliação com os que não acreditam que o impeachment da ex-presidanta foi um golpe.

Um estudo do economista Roberto Macedo deu conta de que a variação média do crescimento do Produto Interno Bruto no Brasil entre os anos de 2010 e 2019 foi de 1,39% — a menor das últimas 12 décadas, puxada para baixo por dois anos de recessão (2015 e 2016) e uma recuperação tímida desde então.

Na verdadeira “década perdida”, o PIB cresceu 1,39% ao ano — o pior índice entre as 12 décadas analisadas pelo economista, quase 50% inferior aos 3,39% registrados na década passada, cujos primeiros 3 anos transcorreram sob a presidência do tucano FHC, e os demais, sob o jugo nefasto do lulopetismo — que, a despeito da roubalheira desbragada, só deu sinais de que quebraria a Economia quando a anta sacripanta resolveu “fazer o diabo” para se reeleger.