ESNOBAR É PEDIR CAFÉ FERVENDO E DEIXAR
ESFRIAR.
Os produtos Microsoft têm
um ciclo de vida pré-definido,
que se inicia quando o software é lançado e termina quando ele deixa de receber
suporte.
O Windows 7 foi aposentado compulsoriamente no último dia 14. A partir de então, ele não mais receberá atualizações/correções, nem mesmo as críticas e de segurança. Seus usuários, que já vinham sendo notificados através de janelas pop-up, receberão mensagens em tela cheia como parte da atualização KB 4530734 para o Seven SP1, lançada no dia 10 de dezembro passado. O aviso lhes dará conta de que os computadores estarão mais vulneráveis a malware e invasões, e que a Microsoft recomenda adotar o Windows 10, preferencialmente através da aquisição de um novo PC com o sistema pré-carregado de fábrica.
O Windows 7 foi aposentado compulsoriamente no último dia 14. A partir de então, ele não mais receberá atualizações/correções, nem mesmo as críticas e de segurança. Seus usuários, que já vinham sendo notificados através de janelas pop-up, receberão mensagens em tela cheia como parte da atualização KB 4530734 para o Seven SP1, lançada no dia 10 de dezembro passado. O aviso lhes dará conta de que os computadores estarão mais vulneráveis a malware e invasões, e que a Microsoft recomenda adotar o Windows 10, preferencialmente através da aquisição de um novo PC com o sistema pré-carregado de fábrica.
Usuários do Seven
podem fechar o aviso, clicar numa URL para obter mais
informações ou assinalar a opção de não serem lembrados novamente. Há quem afirme que tudo não passa de uma estratégia de marketing visando estimular a adoção do Win 10, mas um estudo da Kaspersky deu conta de que mais de 40%
dos usuários do sistema da Microsoft continuam rodando
o XP ou outras edições que não
contam mais com suporte oficial ou estão em via de perdê-lo. Ainda segundo a Kaspersky, o Seven é, disparado, a edição mais popular do Windows, seguida de longe pelo 8.1 pelo XP, que é o
terceiro mais usado, superando o Vista, que foi lançado justamente com o propósito de substituí-lo.
O problema com as edições antigas é o fato de elas
não recebem mais atualizações ou correções, enquanto os cibercriminosos
continuam procurando por vulnerabilidades. Assim, as brechas que forem
descobertas permanecerão abertas por tempo indefinido, expondo usuários a
ataques — basta lembrar o caso do WannaCry, que assustou o mundo em 2017 aproveitando-se de uma
vulnerabilidade do Windows.
Em 2015 a Microsoft
promoveu seu festejado sistema a serviço e disponibilizou
gratuitamente, pelo período de um ano, o upgrade para o Windows 10 aos usuários que rodavam
cópias legítimas do Seven SP1 ou do Eight.1. O prazo para a evolução
gratuita expirou em 2016, mas Ed Bott,
da ZDNet, descobriu que a ferramenta de
atualização ainda funciona. Entre julho e agosto de 2019, Bott recebeu dezenas
de relatos de usuários que instalaram o sistema com sucesso em computadores
domésticos e de empresas. Basta acessar a página Baixar o Windows 10 no site da Microsoft, clicar em Baixar
a ferramenta agora, selecionar a opção Atualizar
este PC agora e clicar em Avançar.
Feito isso, é só seguir as instruções e, ao final, ir até Configurações > Atualização e Segurança > Ativação e conferir
se o Windows "está ativado com
uma licença digital".
Observação: Se você tiver o Windows 7 Starter, Home Basic, Home Premium ou Windows 8.1, receberá o Windows 10 Home. No caso do Windows 7 Professional, Ultimate ou Windows 8.1 Pro, você receberá o Windows 10 Pro. Em alguns casos, a instalação será bloqueada se
houver problemas conhecidos de compatibilidade com drivers ou programas já
instalados em seu PC. Feita a atualização, você terá uma licença digital
associada ao PC. É possível então formatar o disco e realizar uma instalação
limpa da mesma edição do Windows 10
a qualquer momento; neste caso, a ativação é automática.
Em tese, o prazo para o upgrade gratuito terminou em julho de 2016,
mas a Microsoft o prorrogou para
usuários de tecnologias adaptativas, que poderiam baixar o Windows 10 de graça até
o final de 2017. Só que isso estava liberado para todo mundo, pois não
havia nenhuma verificação, e o fato de ainda estar funcionando em 2019, segundo
Bott, tem a ver com os parceiros OEM
da Microsoft, cujo modelo de negócios depende da venda de PCs novos (a empresa sequer vende licenças específicas de atualização para o
Windows 10, apenas licenças para
instalar o sistema do zero, e o marketing é focado em novos PCs com Windows para consumidores, e em
assinaturas do Windows 10 Enterprise
e Microsoft 365 para o segmento
corporativo).
Usuários com PCs antigos, com pelo menos quatro anos
de idade, são os candidatos naturais à evolução gratuita, já que a maioria dos computadores lançados a partir de 2016 já devem ter vindo com o Windows 10. "É do interesse
da Microsoft aposentar as versões antigas do Windows, tanto para fins de suporte quanto para melhorar a
segurança do ecossistema", explica Bott,
que acha inconcebível a revogação das licenças concedidas gratuitamente, sobretudo
por receio da publicidade negativa que essa medida traria.
Na seção de
perguntas frequentes, a empresa de Redmond explica que o
usuário precisa inserir uma chave do produto (Product Key) válida do Windows
10 ou comprar a versão completa dessa edição do sistema, sob pena de a ferramenta não funcionar, mas continua considerando válidas as chaves do Windows
7 e 8.1 para essa finalidade. Claro
que ela nunca permitiu atualizar gratuitamente a partir de versões Enterprise — ou seja, uma empresa que
ainda roda o Windows 7 Enterprise ou
8/8.1 Enterprise terá que adquirir
licenças para o Windows 10 ou pagar
por atualizações estendidas do Windows 7,
que serão oferecidas até 2023. Segundo o NetMarketShare, o Windows 10 está presente em 53,33% dos computadores conectados à
internet, contra 26,86% do Windows 7.
Por último, mas não menos importante:
a próxima atualização abrangente do Windows
10 (atualização semestral de conteúdo) deve chegar em breve, embora a data
ainda não tenha sido definida.
Ela será lançada com o codinome Windows 10
v2004, o que pode causar certa estranheza, já que a numeração costuma seguir
um padrão de nomenclatura xx03 e xx09,
onde 'xx' são os dois últimos
dígitos do ano em que a versão em questão é lançada. Mantido esse padrão, o próximo
update seria a atualização v2003 — fato que poderia causar confusão, por
exemplo, com o Windows Server
2003.
Segundo a Computerworld,
a denominação das atualizações de recursos do Windows 10 já é imprecisa há algum tempo. O Windows 10 1607, por exemplo, chegou no dia 2 de agosto de 2016,
quando deveria vir em julho. Já as atualizações 1703 e 1803 foram lançadas em
abril, enquanto a 1903 foi lançada em maio (ou seja, nenhuma delas apareceu em março). Tendo
como base essa falta de padronização, não é impossível que o Windows 10 2004 será liberado somente
abril.
Para essa nova atualização, são esperadas correções de
bugs, melhorias na pesquisa no sistema operacional, suporte para mais kaomojis,
melhorias no Subsistema do Windows para Linux,
suporte para exibição da temperatura da GPU no Gerenciador de Tarefas, nova experiência de uso em portáteis
híbridos (portáteis que podem ser usados como tablets e notebooks), suporte
para restauração do PC a partir da nuvem, melhorias no suporte para áreas de
trabalho virtuais e mais. A conferir.