segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

FORMATAR É PRECISO


OS FILMES SÃO ILUSÕES EM MOVIMENTO FORMADAS POR MILHARES DE FOTOGRAFIAS IMÓVEIS.

Na pré-história da computação pessoal, os PCs não dispunham de HDD (sigla em inglês para drive de disco rígido). Nos anos 1980/90, o MB de memória de massa custava os olhos da cara, e os drives de então ofereciam míseras centenas de megabytes de espaço. Mas o preço foi caindo e os modelos de 1 GB se tornaram comercialmente viáveis lá pela virada do século.

Atualmente, qualquer notebook de entrada de linha oferece de 500 GB a 1 TB de espaço, o que pode parecer um latifúndio, mas é preciso ter em mente que tanto o Windows quanto aplicativos como o MS Office vêm se agigantando ao longo do tempo.

Visando valorizar seus produtos, os fabricantes de discos rígidos se valem da notação decimal para referenciar a capacidade de seus produtos. Assim, a um modelo de 500 GB faltam cerca de 37 bilhões de bytes para os 500 bilhões de bytes “nominais”. Pela notação binária, 1 GB corresponde a exatamente 1.073.741.824 bytes e 500 GB, a 536.870.912.000, ou seja, um drive comercializado como sendo de 500 GB tem na verdade 465 GB reais.

Demais disso, os fabricantes de computadores quase nunca se dão ao trabalho de particionar drives de grandes capacidades (ou seja, dividi-los em duas ou mais unidades lógicas). Na maioria das vezes, eles criam uma pequena partição oculta para armazenar os arquivos de recuperação do sistema (que antigamente eram fornecidos em mídia óptica) e utilizam o espaço remanescente na criação da unidade que abriga o sistema operacional (geralmente C:) e os penduricalhos que que o acompanham. Mas manter essa configuração é como colocar todos os ovos no mesmo cesto: se você precisar reinstalar o Windows do zero, a formatação da unidade C: apagará todos os dados, inclusive seus arquivos pessoais e/ou de difícil recuperação.

No tempo do Windows 9x/ME, o particionamento e subsequente formatação do HDD eram feitas durante a instalação do sistema com o auxílio do FDISK e do FORMAT — utilitários de legado que eram executados via prompt de comando. Dividir a unidade C: com o Windows instalado só era possível com ferramentas dedicadas, como o festejado Partition Magic. Atualmente, porém, a história é outra. No Windows 10 (a exemplo do Eight e do Seven), para dividir em duas ou mais unidades lógicas — o limite é de 4 partições primárias ou 3 primárias e uma estendida — a partição onde o sistema se encontra instalado, bastam alguns cliques do mouse. Vamos aos detalhes:

1) Dê um clique direito no botão Iniciar e selecione a opção Gerenciamento de Disco;

2) Na tela do gerenciador (que exibe todas as partições existentes, inclusive as ocultas), dê um clique direito sobre a unidade do sistema, selecione a opção Diminuir Volume..., defina o tamanho da nova partição e clique em Diminuir.

ObservaçãoEssas configurações devem ser feitas tomando por base o tamanho do disco e das partições em megabytes, que podem ser convertidos em gigabytes mediante a divisão do valor por 1.024.

3) Ainda na tela do gerenciador, dê um clique direito sobre o espaço não alocado e selecione a opção Novo Volume Simples...

4) Na janela do Assistente para Novas Partições Simples, clique em Avançar e ajuste a quantidade de espaço a ser utilizado (por padrão, o Windows seleciona todo o espaço não alocado disponível, mas você pode alterar esse valor, caso pretenda criar mais partições).

5) Defina então a letra para a nova unidade, formate o espaço respectivo, digite um nome no campo Rótulo do Volume (opcional), confira se os dados correspondem àquilo que você definiu e, caso afirmativo, clique em Concluir e aguarde a finalização do processo, que tornará o espaço anteriormente marcado como não alocado, que estará pronto para ser usado como uma nova partição depois da formatação (se essa etapa não for cumprida, não será possível armazenar os arquivos de forma efetiva). Use a caixa Formatar partição para executar o procedimento com as configurações padrão, clique em Avançar, examine suas escolhas e clique em Concluir

Observação: Note que os sistemas de arquivos mais comumente utilizados pelo Windows são o NTFS e o FAT32. Este último é mais rápido, mas o primeiro, além de mais seguro, permite trabalhar com grandes volumes de arquivos e criar permissões de acesso de forma mais elaborada.

Se você quiser criar mais partições, basta repetir os procedimentos sugeridos. Já para desativar uma partição, torne a acessar a janela do Gerenciamento de disco, clique com o botão direito sobre ela e selecione a opção Excluir volume... Tenha em mente, porém, que isso irá resultar no apagamento de todos os dados armazenados nessa unidade, de modo que, antes de excluí-la, você deve criar um backup em outra partição, pendrive, HD externo, disco virtual etc.