terça-feira, 17 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO

ONDE TODOS MANDAM E NINGUÉM OBEDECE, TUDO FENECE.

Em 1956, valendo-se das tecnologias desenvolvidas até então, a empresa sueca Ericsson criou Ericsson Mobílie Telephony A, considerado a primeira versão de telefone móvel da história e precursor do celular — mas que só era móvel se fosse levado em um carro, pois pesava cerca de 40 quilos, sem mencionar que o custo de produção também não ajudou em nada sua popularização.

A primeira chamada telefônica de um celular móvel foi feita em Nova York no inícios da década de 1970, pelo engenheiro eletrotécnico Martin Cooper, da Motorola, para o também engenheiro Joel Engel, da concorrente AT&T (daí Cooper ser considerado o inventor do celular). Em abril de 1973, a Motorola, concorrente da Ericsson, lançou o Dynatac 8000X, um celular "portátil" que media 25 cm de comprimento por 7 cm de largura, pesava 1 kg e dispunha de uma bateria com autonomia para 20 minutos (mas que levava cerca de 10 horas para ser recarregada). Mas demorou seis anos para a tecnologia começar a funcionar no Japão e na Suécia — nos EUA, apesar de ser o país sede da invenção, o celular só começou a se popularizar em 1983.

No Brasil, os primeiros aparelhos desembarcaram nos anos 1990, mas só se tornaram acessíveis a quem não figurava na lista do bilionários da Forbes depois da privatização das TELES. Inicialmente, o hardware (ou seja, o aparelho propriamente dito) era caríssimo e a conta, assustadora (além do custo elevado do minuto de ligação, pagava-se tanto pelas chamadas efetuadas quanto pelas recebidas). Como havia poucas antenas, a área coberta pelo sinal das operadoras era pífia, mesmo nas capitais e grandes centros urbanos. Além disso, era preciso ficar imóvel durante a conversa, pois batava dar um passo para o lado ou mudar o telefone de orelha para a chamada cair.

Mais adiante, os aparelhos diminuíram de tamanho e preço, mas cresceram em recursos e funções — relógio, despertador, agenda, câmera fotográfica etc. Paralelamente, a concorrência entre as operadoras derrubou as tarifas e os planos “pré-pagos” conquistaram os usuários: apesar de o minuto de ligação custar um pouco mais que no pós-pago, não havia conta e nem o risco de enfartar ao recebê-la.     

Idealizado pelo visionário Steve Jobs e lançado pela Apple em 2007 — com pompa e circunstância dignas do nascimento de um príncipe —, o iPhone foi o “divisor de águas” entre os dumbphones fabricados até então e os smartphones produzidos dali em diante (a palavra “dumb” significa “idiota” e se contrapõe a “smart”, que quer dizer “inteligente”).

Uma vez promovido a “smartphone”, o telefone celular se transformou num verdadeiro computador de bolso. E daí a se tornar extremamente popular e se multiplicar feito coelhos foi um passo. Segundo dados da FGV, há atualmente no Brasil 230 milhões de celulares ativos — média de 1,12 por pessoa, considerando a população de 203,9 milhões de habitantes estimada pelo Censo 2017.

Continua.