ONDE TODOS MANDAM E NINGUÉM OBEDECE, TUDO FENECE.
Em 1956, valendo-se das tecnologias desenvolvidas até então, a empresa sueca Ericsson criou Ericsson Mobílie Telephony A, considerado a primeira versão de telefone móvel da história e precursor do celular — mas que só era móvel se fosse levado em um carro, pois pesava cerca de 40 quilos, sem mencionar que o custo de produção também não ajudou em nada sua popularização.
Em 1956, valendo-se das tecnologias desenvolvidas até então, a empresa sueca Ericsson criou Ericsson Mobílie Telephony A, considerado a primeira versão de telefone móvel da história e precursor do celular — mas que só era móvel se fosse levado em um carro, pois pesava cerca de 40 quilos, sem mencionar que o custo de produção também não ajudou em nada sua popularização.
A primeira chamada telefônica de um celular móvel foi feita
em Nova York no inícios da década de
1970, pelo engenheiro eletrotécnico Martin
Cooper, da Motorola, para o
também engenheiro Joel Engel, da
concorrente AT&T (daí Cooper ser considerado o inventor do
celular). Em abril de 1973, a Motorola, concorrente da Ericsson, lançou o Dynatac 8000X, um celular "portátil" que media 25 cm de comprimento por 7 cm de largura, pesava 1 kg e dispunha de uma bateria com autonomia para 20 minutos (mas que levava cerca de 10 horas para ser recarregada). Mas demorou seis anos para a tecnologia começar a funcionar no
Japão e na Suécia — nos EUA, apesar de ser o país sede da invenção, o celular
só começou a se popularizar em 1983.
No Brasil, os primeiros aparelhos desembarcaram nos anos
1990, mas só se tornaram acessíveis a quem não figurava na lista do bilionários
da Forbes depois da privatização das
TELES. Inicialmente, o hardware (ou seja, o aparelho
propriamente dito) era caríssimo e a conta, assustadora (além do custo elevado do
minuto de ligação, pagava-se tanto pelas chamadas efetuadas quanto pelas
recebidas). Como havia poucas antenas, a área coberta pelo sinal das operadoras
era pífia, mesmo nas capitais e grandes centros urbanos. Além disso, era
preciso ficar imóvel durante a conversa, pois batava dar um passo para o lado
ou mudar o telefone de orelha para a chamada cair.
Mais adiante, os aparelhos diminuíram de tamanho e preço, mas cresceram em recursos e funções — relógio, despertador,
agenda, câmera fotográfica etc. Paralelamente, a concorrência
entre as operadoras derrubou as tarifas e os planos “pré-pagos” conquistaram os
usuários: apesar de o minuto de ligação custar um pouco mais que no
pós-pago, não havia conta e nem o risco de enfartar ao recebê-la.
Idealizado pelo visionário Steve Jobs e lançado pela Apple
em 2007 — com pompa e circunstância dignas do nascimento de um príncipe —, o iPhone foi o “divisor de águas” entre
os dumbphones fabricados
até então e os smartphones produzidos
dali em diante (a palavra “dumb”
significa “idiota” e se contrapõe a “smart”,
que quer dizer “inteligente”).
Uma vez promovido a “smartphone”,
o telefone celular se transformou num verdadeiro computador de bolso. E daí a se tornar extremamente popular e se multiplicar feito coelhos foi um passo.
Segundo dados da FGV, há atualmente
no Brasil 230 milhões de celulares
ativos — média de 1,12 por pessoa,
considerando a população de 203,9
milhões de habitantes estimada pelo Censo
2017.
Continua.