quarta-feira, 18 de março de 2020

DO CELULAR AO SMARTPHONE, MITOS E ALGUMAS DICAS IMPORTANTES PARA PROLONGAR A VIDA ÚTIL DO APARELHO (CONTINUAÇÃO)


AS REDES SOCIAIS LEVAM AS PESSOAS A VIVER NUM MUNDO IRREAL, NARCISISTA E POVOADO POR PERSONAGENS SOLITÁRIOS QUE SE AUTOPROCLAMAM FELIZES.

Como vimos no post anterior, o lançamento do iPhone foi um divisor de águas entre o celular convencional e o smartphone, daí a criação revolucionária de Steve Jobs ter sido “emulada” pelos demais fabricantes de aparelhos celulares.

Controlados por um sistema operacional sofisticado — houve uma porção deles, inclusive da Microsoft, mas o Android e o iOS dominaram o mercado (com 73,3% e 25,89%, respectivamente, conforme dados de fevereiro do Statcounter Global Stats) —, os telefoninhos inteligentes são capazes de executar arquivos digitais e rodar toda sorte de aplicativos, além, é claro, de se conectarem à Internet (tanto via 3G/4G quanto por rede Wi-Fi).

Atividades que até então dependiam do computador convencional, de mesa (desktop) ou portátil (notebook), tais como navegar na Web, gerenciar emails, fazer compras em lojas virtuais, transações bancárias online e muito mais, tornaram-se possíveis de fazer a qualquer tempo e em qualquer lugar a partir dessas pequenas maravilhas (que já não são tão pequenas assim, pois o acréscimo de funções exigiu o aumento do tamanho do display, quando mais não seja porque o teclado virtual substituiu, com vantagens, o teclado físico padrão dos dumbphones).

Também como eu mencionei no post anterior, existem hoje mais linhas celulares ativas do que habitantes em nosso país, o que se deve em grande em grande medida ao igualmente popular WhatsApp, que tem presença garantida 99% dos smartphones no Brasil. Mas isso já é outra conversa e fica para uma outra vez. Para os efeitos desta abordagem, interessa dizer que o aumento exponencial dos recursos e funções não tornou os smartphones mais difíceis de usar do que os celulares convencionais, antes pelo contrário.

Nos modelos antigos, as configurações (mesmo as mais básicas) variavam conforme a marca e o modelo do aparelho. Alguns fabricantes simplificavam os procedimentos, mas outros os dificultavam a tal ponto que os respectivos manuais (impressos) tinham mais de 100 páginas. Trocar o modelo em uso por um novo, mesmo que da mesma marca, exigia um período de adaptação que ia de muitos dias a algumas semanas. Hoje, noves fora algumas configurações elementares, tudo é feito pela interface do sistema e dos aplicativos.

Ao substituir seu velho smartphone, você não leva mais que uma ou duas horas para se familiarizar com o modelo novo — desde, é claro, que não mude do sistema Android para o iOS ou vice-versa, pois aí o período de adaptação tende a ser consideravelmente maior. Demais disso, os volumosos manuais deram lugar para simples folhetos com um resumo básico dos ajustes essenciais. O resto você consulta na ajuda do aparelho, que oferece um manual detalhado em arquivo digital (.PDF), ou faz o download a partir do site do fabricante, tomando o cuidado de, ao realizar busca, mencionar o modelo e a versão do seu gadget.

Como operar o celular já não requer “prática nem habilidade” —  como diziam os camelôs de antigamente para exaltar a simplicidade de algum badulaque cuja utilização parecia complicada —, a maioria dos usuários se considera “expert” no assunto, embora quase sempre desconheçam alguns detalhes importantes (e o mesmo raciocínio se aplica ao Windows, dada a complexidade do sistema e a enormidade de coisas que ele permite fazer, embora a maioria dos usuários nem sonha serem possíveis, já que não conhecem o caminho das pedras — mas isso também já é outra conversa).

Continua...