Conforme eu disse nesta postagem, a atualização semestral de qualidade que resultará no Windows 10 v2004 deve ser lançada entre este mês e o próximo (a data oficial ainda não foi definida, ou, se foi, não foi divulgada). ,
O cronograma que a Microsoft estabeleceu ao lançar o sucessor do Windows 8.1 como serviço, em 2015, não vem sendo cumprido à risca. O motivo são os "acidentes de percurso" causados pelos inevitáveis bugs (erros de programação), presentes em todos os pacotes de atualização desde o Anniversary Update (lançado em meados de 2016, quando o Windows 10 "soprou sua primeira velinha"). O caso mais emblemático foi a v1809, que, a despeito de “09” remeter ao mês de setembro, foi liberada em outubro de 2018, suspensa em seguida (em razão de uma enxurrada de reclamações) e relançada livre dos bugs somente em meados de dezembro daquele ano (mais detalhes nesta postagem).
Qualquer programa de computador — de um simples script a uma monstruosa obra de engenharia computacional, como é o caso de sistemas como o Windows e o Mac OS, entre outros — está sujeito a bugs. Para quem teve preguiça de seguir o link que eu inseri dois parágrafos atrás, o termo “bug”, que significa “inseto”, é usado no léxico da informática como sinônimo de “defeito”, tanto de hardware quanto de software. Mas vale frisar que nem todo bug tem a ver com segurança; alguns são inócuos ou causam instabilidades e probleminhas de relevância menor, mas muitos servem de porta de entrada para invasores e softwares maliciosos.
A origem dessa "associação" remonta à pré-história da computação, quando mariposas, atraídas pelo calor, invadiam os gigantescos mainframes e provocavam a queima das válvulas. Aliás, circuitos de placas-mãe e de
expansão destruídos por formigas (que buscam abrigo e calor no interior do
gabinete do computador) não são exatamente incomuns, mesmo nos dias atuais.
Para alguns pesquisadores, o termo bug passou a ter essa acepção no século XIX ― muito antes, portanto, de os primeiros computadores serem construídos ―, quando Thomas A. Edison o utilizou para se referir a uma falha em um de seus inventos. Outros vão mais além, atribuindo essa "associação" à expressão medieval BUGGE, que deu origem a BUG BEAR (termo que, em tradução livre para o português, corresponde a “bicho papão”).
Para não estender demais esta postagem, o resto fica para o próximo capítulo.