sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

AINDA SOBRE A (IN)SEGURANÇA

CHORAR NÃO PAGA DÍVIDAS.

Há mais de uma década que o smartphone desbancou o PC tradicional como dispositivo mais usado para navegar na Web, não só por ser “ultraportátil” e estar sempre à mão, mas também graças à popularização dos rotadores Wi-Fi e das rede móvel (3G/4G) das operadoras de telefonia móvel celular. 

Como todo dispositivo comandado por um sistema operacional, os pequenos notáveis são susceptíveis à ação do malware (vírus, spyware e outros códigos maliciosos). O Android (sistema open source criado pelo Google) é mais vulnerável que o iOS (sistema de código proprietário desenvolvido pela Apple), o que não significa que o iPhone seja 100% inexpugnável.

Sintomas de infecção são comumente confundidos com problemas que nada têm a ver com códigos maliciosos. Um bom exemplo é o aquecimento excessivo do aparelho, que pode decorrer tanto do uso intenso de seus recursos quanto da ação de programinhas maliciosos. Portanto, se seu smartphone aquecer e a temperatura não baixar depois que você terminar de assistir a um vídeo ou de atualizar aplicativos, ponha as barbichas de molho.

Outro sintoma ambíguo é a lentidão excessiva do sistema. Ainda que a performance de qualquer aparelho eletrônico tenda a se degradar com o tempo, essa debacle ocorre paulatinamente e de forma progressiva. Se a lentdião surgir da noite para o dia, algo deve estar muito errado. 

Fique esperto também se o aparelho adquirir “vontade própria”, ou seja, se o brilho da tela, sons, alertas de mensagens e perfil de fonte, entre outros, forem alterados sem motivo aparente. Pior ainda se a bateria passar descarregar mais depressa que o normal — sinal de que mais processos estão sendo executados em segundo plano, o que pode ser causado por malware.

A maioria dos apps gratuitos sobrevive da propaganda, e a exibição de anúncios é o preço que pagamos para utilizá-los. No entanto, quando a página inicial do navegador passa a exibir websites estranhos, ou se a webpage exibida não corresponde ao URL que digitamos na caixa de endereços do navegador, ou, ainda, se os apps que utilizamos regularmente passam a oferecer produtos e serviços estranhos (notadamente de cunho pornográfico ou ilegal), que nada tenham a ver com as recentes pesquisas que realizamos, o melhor a fazer é reverter o aparelho às configurações de fábrica e começar vida nova.

Antes de chutar o pau da barraca, vale tentar algumas medidas menos invasivas, como veremos na próxima postagem.