CHORAR NÃO PAGA DÍVIDAS.
Há mais de uma década que o smartphone desbancou o PC tradicional como dispositivo mais usado para navegar na Web, não só por ser “ultraportátil” e estar sempre à mão, mas também graças à popularização dos rotadores Wi-Fi e das rede móvel (3G/4G) das operadoras de telefonia móvel celular.
Como todo dispositivo comandado por um sistema operacional, os pequenos notáveis são susceptíveis à ação do malware (vírus, spyware e outros códigos maliciosos). O Android (sistema open source criado pelo Google) é mais vulnerável que o iOS (sistema de código proprietário desenvolvido pela Apple), o que não significa que o iPhone seja 100% inexpugnável.
Sintomas de infecção são comumente confundidos com
problemas que nada têm a ver com códigos maliciosos. Um bom exemplo é o aquecimento excessivo do aparelho, que
pode decorrer tanto do uso intenso de seus recursos quanto da ação de programinhas
maliciosos. Portanto, se seu smartphone aquecer e a temperatura não baixar depois
que você terminar de assistir a um vídeo ou de atualizar aplicativos, ponha as barbichas de molho.
Outro sintoma ambíguo é a lentidão excessiva do sistema. Ainda que a performance de qualquer aparelho eletrônico tenda a se degradar com o tempo, essa debacle ocorre paulatinamente e de forma progressiva. Se a lentdião surgir da noite para o dia, algo deve estar muito errado.
Fique esperto também se o aparelho
adquirir “vontade própria”, ou seja, se o brilho da tela, sons, alertas de
mensagens e perfil de fonte, entre outros, forem alterados sem
motivo aparente. Pior ainda se a bateria passar descarregar mais depressa que o normal — sinal de que mais processos
estão sendo executados em segundo plano, o que pode ser causado por malware.
A maioria dos apps gratuitos sobrevive da propaganda, e a exibição de anúncios é o
preço que pagamos para utilizá-los. No entanto, quando a página inicial do
navegador passa a exibir websites
estranhos, ou se a webpage
exibida não corresponde ao URL que digitamos na caixa de endereços do navegador,
ou, ainda, se os apps que
utilizamos regularmente passam a oferecer produtos e serviços estranhos (notadamente de cunho pornográfico ou
ilegal), que nada tenham a ver com as recentes pesquisas que realizamos, o
melhor a fazer é reverter o aparelho às
configurações de fábrica e começar vida nova.
Antes de chutar o pau da barraca, vale tentar algumas
medidas menos invasivas, como veremos na próxima postagem.