terça-feira, 16 de março de 2021

SOBRE A RESTAURAÇÃO DO SISTEMA

UM ORAL CAPRICHADO SEMPRE RENDE DIVIDENDOS. 

Até o lançamento do Windows Millennium Edition, ao usuário que instalasse um driver problemático ou um app malcomportado e fosse brindado com instabilidades ou travamentos que conseguisse resolver desinstalando o vilão da história, restavam duas opções: 1) tentar recolocar o bonde nos trilhos restabelecendo a última configuração válida executando o “Scanreg”; 2) formatar o HDD e reinstalar o Windows do zero.

Como era preciso recorrer ao prompt para acessar uma lista de backups do registro e escolher, por tentativa e erro, uma que funcionasse, a maioria dos usuários não conhecia ou não sabia usar esse recurso. Sensível ao problema, a Microsoft introduziu a Restauração do Sistema no WinME (que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da chegada do ano 2000). Além de ser mais eficiente que o Scanreg, o novo recurso era (e continua sendo) executado a partir da interface gráfica do sistema, o que facilita bastante sua utilização (mais detalhes nesta postagem).

Não vou repetir aqui o que disse em outras oportunidades (para saber o que é, como funciona e como deve ser configurado e utilizado esse expediente, basta digitar "restauração" no campo Pesquisar aqui do Blog), mas apenas reforçar que a restauração está longe de ser uma panaceia, mas pode poupar muita dor de cabeça em caso de desconfigurações acidentais do sistema ou ações de vírus e outros malwares, por exemplo. 

Para dar uma ideia de como a coisa funciona traçando um paralelo com nosso quotidiano, imagine que, ao caminhar tranquilamente pela cidade, você escorrega numa casca de banana e acorda no hospital com um galo enorme na testa. Se a vida concedesse uma "segunda oportunidade" — como faz a Restauração do Sistema —, bastaria simplesmente voltar ao momento anterior ao escorregão e, sabedor da existência da tal casca de banana, evitar o tombo e as respectivas sequelas.

O Windows cria pontos de restauração automaticamente (desde que o recurso esteja habilitado e os pressupostos que lhe permitam fazê-lo sejam satisfeitos), mas nada impede que você também os crie manualmente sempre que levar a efeito uma reconfiguração abrangente, instalar drivers de dispositivos e aplicativos, ou mesmo antes de abrir um anexo de email suspeito, por exemplo.

Na hipótese de haver problemas, basta escolher um ponto criado anteriormente, comandar a restauração do sistema e torcer para que tudo volte a ser como antes no quartel de Abrantes.

Lembre-se apenas de que você terá de reinstalar eventuais atualizações (do Windows e de apps) que tenham sido implementadas após a criação do ponto de restauração para o qual o sistema foi revertido.