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Dias atrás, a Microsoft anunciou que o
suporte ao Windows10 será encerrado em 14 de outubro de 2025. De acordo com o site Thurrott,
foi a primeira vez que a empresa divulgou uma data para o fim do ciclo de
vida do Win10 — note que não se trata do fim do suporte a versões
específicas do sistema, mas do sistema como um todo.
Esse é mais um indicativo de que a nova versão do Windows (e não apenas um update de versão do Win10) será apresentada amanhã, e deverá trazer mudanças ostensivas — como a atualização de elementos do sistema que permaneceram com o mesmo visual desde o Win95 —, bem como melhorias na interface de áudio Bluetooth e a adição do Auto HDR. Afora isso, a loja oficial do Windows deve passar a comercializar também aplicativos de terceiros.
Outros indicativos já mencionados são: 1) a sombra produzida pela luz que entra pela janela do logo do sistema, na ilustração que divulga o evento marcado para as 11 horas de amanhã (horário da costa leste dos EUA), não formar uma cruz, já que o corte horizontal não aparece, deixando visíveis somente as duas barras verticais, o que, especula-se, é uma referência ao número 11; 2) o vídeo em que a Microsoft compilou os sons de inicialização do Windows 95, XP e 7 com velocidade reduzida em 4.000% e combinou com paisagens de nuvens em um vale ensolarado durar exatos 11 minutos.
No último dia 10, a Microsoft confirmou publicamente que seu novo rebento será batizado de Windows Sun Valley, e não de Windows 11. A informação foi publicada pelo site Windows Latest, com base numa página de suporte que empresa editou remover especificamente o “Windows Sun Valley” (no código original, que fica hospedado no GitHub, a referência ainda está presente, como se pode ver na parte inferior da figura que ilustra esta postagem). O texto sugere que Windows10 e Sun Valley podem coexistir por algum tempo, inclusive em suporte, oferecimento de manutenção e dicas de desenvolvimento. Ainda assim, “Sun Valley” pode ser apenas o codinome utilizado internamente pela companhia, ou mesmo uma pista falsa para disfarçar o nome verdadeiro da novidade.
Segundo o site The Verge, o Windows11 (ou seja lá qual for o nome que ele terá) deve incorporar elementos desenvolvidos para o recém-cancelado Windows 10X, entre os quais destacam-se a Barra de Tarefas centralizada, com menos ícones. O novo menu Iniciar terá o logo do Windows renovado e perderá os blocos dinâmicos (live tiles) herdados do desditoso Win8. No topo, ficarão os aplicativos fixados, um botão para visualizar todos os apps e uma área de recomendados. As opções de energia (desligar, reiniciar e suspender) foram “escondidas” em um botão no canto inferior direito da janela. Outros elementos que compartilham esse espaço ganharam um visual minimalista e com grande distinção de cores e o Explorador de Arquivos, uma aparência mais “enxuta”. O campo de pesquisas será substituído por um botão, que abre uma interface com opções de busca.
Também chamam a atenção os cantos arredondados nas janelas e menus — coisa que a Microsoft nunca usou em versões anteriores do sistema — e o retorno dos “widgets”, ora agrupados num painel móvel à esquerda da tela. Fala-se também que haverá um novo “som de inicialização” (a célebre musiquinha que tocava durante a inicialização das versões antigas do sistema).
Em julho de 2015, quando o Win10 foi lançado, a Microsoft ofereceu o upgrade gratuito para usuários do Seven, 8 e 8.1, e anunciou que aquela seria a edição definitiva do Windows. Nos últimos meses, porém, mudanças visuais nas builds distribuídas para participantes do programa Insider, o fim prematuro do Windows 10X (cujos avanços seriam diluídos em outros produtos da marca), as declarações de executivos e pistas em materiais promocionais levam a crer que a empresa de Redmond mudou de ideia.
A estratégia de distribuição do Win11/Sun Valley não deve fugir ao modelo adotado quando do lançamento do Win10, já que a estratégia de marketing proporcionou bons frutos: no início deste ano, o Ten já contabilizava 1,3 bilhão de instalações. Como diz a velha máxima do futebol, “não se mexe em time que está ganhando”, donde se conclui-se que o sistema continuará a ser comercializado como serviço e recebendo atualizações por anos a fio, sem custo adicional para os usuários.
Como vem acontecendo há décadas, notebooks e desktops de
grife trarão o novo SO instalado de fábrica, e a migração do Win10 para seu sucessor será distribuída pelo Windows Update. Já
a instalação “do zero” numa máquina comprada sem sistema operacional deverá exigir a chave de licença (Product Key),
que, a exemplo do que ocorre atualmente, poderá ser comprada da Microsoft ou de revenderes autorizados.
Enfim, falta pouco para a gente conferir o que vem por aí.