UMA COISA É QUERER APRENDER, OUTRA COISA É QUERER GARANTIAS DE QUE NÃO VAI ERRAR.
Diferentemente do que muitos imaginam, a telefonia móvel precedeu a Internet, o primeiro celular capaz de conectar a Rede Mundial de Computadores não foi o iPhone e a interface gráfica não foi inventada pela Microsoft ou pela Apple. E quem “nasceu” primeiro foi o ovo, não a galinha.
Mas o iPhone foi um divisor de águas, pois transformou em computador
pessoal ultraportátil o que até então era basicamente um telefone sem fio de
longo alcance.
Num primeiro momento, os fabricantes investiram pesado na miniaturização do hardware, já que, ate o lançamento do iPhone, em 2007, a demanda dos usuários era por aparelhos cada vez menores.
Os primeiros celulares
vendidos no Brasil (no final dos anos 1980) eram “tijolões” pesados e
desajeitados. Já o Motorola StarTAC (vide imagem), lançado em 1996,
media apenas 94 x 55 x 19 milímetros (com a tampa fechada) e pesava míseras 88g
(a título de comparação, uma caixa de fósforos comum mede 54 x 35 x 15
milímetros).
O iPhone obrigou a concorrência a se adequar à
nova tendência de mercado, e assim os dumbphones de até então deram lugar aos smartphones, que mais adiante se tornariam (como de fato se tornaram) computadores pessoais ultraportáteis capazes também de fazer receber ligações
telefônicas.
O aumento exponencial de funcionalidades tornou o smartphone indispensável para a maioria das pessoas — segundo o Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da FGV, entre os 440 milhões de dispositivos computacionais em uso no Brasil, 53% são telefones celulares —, mas também contribuiu para interromper o processo de miniaturização e prejudicou a portabilidade (no sentido de acompanhar o usuário a toda parte), que é justamente o diferencial do smartphone em relação aos desktops e notebooks.
“Grandes poderes implicam grandes responsabilidades”,
disse tio Ben a Peter Parker. Por grandes responsabilidades, no
caso, entenda-se uma tela de tamanho compatível com as novas funções, sobretudo
depois que a tecnologia touchscreen e o teclado virtual se tornaram padrão de mercado.
Andar para cima e para baixo com um dispositivo do tamanho de uma tábua de carne é complicado. Levá-lo na mão é desconfortável — e perigoso: além do risco de queda, essa exposição chama a atenção dos amigos do alheio (smartphones top de linha chegam a custar mais de R$ 10 mil).
Pendurar o aparelho no cinto ou no cós da calça era moda nos tempos de antanho, mas nem o hardware nem as capinhas dos modelos atuais integram a indispensável presilha. Na bolsa... bem, cada vez menos mulheres usam esse acessório no dia a dia. Ainda que assim não fosse, as notificações sonoras ficam inaudíveis e olhar a tela para conferir se chegou mensagem pelo WhatsApp torna-se mais complicado.
Moçoilas (de todas as idades) andam com seus celulares emergindo do bolso traseiro da calça, como se isso não facilitasse a
ação da bandidagem. Aliás, muitas “tanajuras” usam calças justíssimas para valorizar o
derriére, o que não só chama ainda mais a atenção da bandidagem como submete o aparelho a
uma pressão que ele não foi projetado para suportar. Afora a possibilidade de trincar a
tela quando a dona do buzanfã se aboleta no assento do carro, no sofá de casa ou seja onde for sem tirar o aparelho do bolso. E colocá-lo no sutiã não é a solução, pois potencializa os riscos de câncer de mama.
Para os varões o cenário não é muito melhor. Levar o celular no bolso lateral implica o risco de a radiação eletromagnética inibir
a produção de espermatozoides. Nas calças tipo “cargo”, o bolso próximo à coxa seria
a solução ideal, não fosse o fato de manter o aparelho junto à coxa ou ao
quadril pode enfraquecer os ossos, especialmente se essa prática se prolongar
por anos a fio.
Puérperas e baby-sitters jamais devem colocar o telefone no carrinho do bebê — segundo pesquisadores, a criança pode apresentar problemas comportamentais, como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Igualmente desaconselhável é dormir com ele sob o travesseiro. O fato de a tela se iluminar a cada mensagem recebida interfere na produção de melanina (hormônio que induz o sono), podendo, inclusive, causar tonturas e/ou dores de cabeça.
Recomenda-se falar ao celular com o aparelho afastado
do rosto de 0,5 cm a 1,5 cm. Além de evitar a contaminação por bactérias, esse
cuidado reduz a quantidade de radiação eletromagnética absorvida pela pele.
Por último, mas não menos importante: deixar a bateria na carga a noite não só reduz sua vida útil como pode provocar superaquecimento (e até explosão) caso o carregador não interrompa a passagem de corrente quando a carga estiver completa.
Por falar nisso, se você precisar substituir o carregador original, opte por um modelo homologado pelo fabricante (jamais se deixe seduzir pelo preço convidativo dos dispositivos comercializados por ambulantes, camelôs e assemelhados).