Até meados da década passada, nove em cada 10 usuários de PC sonhavam ter um modelo portátil, mas o preço era proibitivo. Meu primeiro note foi um Compaq EVO n1020v, que custou, no início de 2003, "módicos" R$ 4,5 mil — valor correspondente a 22 salários-mínimos de então.
Os notebooks (ou laptops, como queiram) perderam parte de seu encanto com a popularização dos ultraportáteis — smartphones e tablets —, ainda que algumas aplicações (de games radicais a softwares de edição de imagens) exijam mais processamento, memória e outros recursos que os diligentes telefoninhos ainda não são capazes de oferecer. Isso sem mencionar que é complicado digitar textos longos nos tecladinhos virtuais exibidos em touchscreens de 4 ou 5 polegadas.
Seja como for, há mais celulares ativos, no Brasil, do que habitantes. No primeiro trimestre deste ano, eram 240 milhões. Não surpreende, portanto, que o smartphone seja o dispositivo mais utilizado em compras online — 87%, chegando a alcançar 93% nas faixas etárias entre 18 e 34 anos.
Essa popularidade se deve em grande medida ao barateamento dos "planos de dados" disponibilizados pelas operadoras. Em muitos casos, o uso de alguns aplicativos ― entre os quais o onipresente WhatsApp ― e o acesso às indefectíveis redes sociais são liberados, ou seja, não consomem dados do plano.
Ainda assim, a experiência de navegação costuma ser melhor via rede Wi-Fi, não só porque a velocidade e a estabilidade são superiores às das redes 3G/4G, mas também porque o usuário pode assistir a filmes, atualizar aplicativos e fazer downloads e uploads mais "pesados" sem se preocupar com a franquia de dados.
Caso o roteador e o computador (portátil ou ultraportátil) suportarem o padrão Wi-Fi de 5 GHz (não confundir com a ainda incipiente rede 5G), utilizá-lo resulta numa conexão melhor e mais rápida.
Em tese, bastaria selecionar o nome do roteador/rede, inserir a senha e um abraço, mas na prática a teoria costuma ser outra, como veremos no post de amanhã.