quarta-feira, 3 de novembro de 2021

SOBRE RELÓGIOS, PULSEIRAS E QUE TAIS (CONTINUAÇÃO)

O BOLSONARISMO BOÇAL NÃO EXISTIRIA SEM O LULOPETISMO CORRUPTO.

Relógios populares (e algumas versões de grife) são "movidos a quartzo" (dióxido de silício), que é o mineral mais abundante na crosta terrestre e largamente utilizado em construções (na forma de areia) e na fabricação do vidro (de janelas, garrafas, etc.). 

O quartzo tem propriedades piezoelétricas que o fazem vibrar como um diapasão, 32.768 vezes por segundo, quando ele é submetido a uma corrente elétrica (que, no caso dos relógios, é fornecida por uma pequena bateria). Essa vibração é captada por eletrodos e "interpretada" por um circuito integrado (CI). 

Nas versões digitais dos modelos a quartzo, hora, data e demais informações são exibidas em um display; nas analógicas, os ponteiros e o calendário (caso haja) são acionados por engrenagens ligadas a um minúsculo motor elétrico.

Por ter menos partes móveis que um mecanismo mecânico, essas versões custam menos e são mais precisas que as de corda (manual ou automática). Por outro lado, a bateria que lhes fornece energia precisa ser substituída a cada dois ou três anos, e a estanqueidade da caixa tende a ficar prejudicada se o relojoeiro não trocar o o-ring (anel de vedação) antes de recolocar a tampa, o que propicia a contaminação do módulo por água ou poeira.

Nos modelos mecânicos, a assim chamada "mola principal", que é enrolada quando "damos corda ao relógio", armazena uma quantidade de energia que é liberada aos poucos, conforme ela se distende. A quantidade de energia acumulada corresponde à "reserva de marcha" do relógio, pois é ela que movimenta a "roda de balanço" e faz o mecanismo funcionar. 

Observação"Dar corda", nos relógios de corda manual, consiste em girar a coroa no sentido horário até que ela passe a oferecer alguma resistência. Convém não forçar a mola além desse ponto, pois ela pode se partir e o conserto certamente custará mais caro que uma simples troca de bateria nos modelos a quartzo.

Mecanismos de movimento automático não deixam de ser relógios de corda, pois seus marcadores de tempo são basicamente os mesmos dos modelos manuais. A diferença é que o movimento natural do nosso pulso aciona uma "roda de balanço", gerando a energia que é acumulada pelo "tambor" e movimenta as engrenagens que acionam os ponteiros e mudam a data no calendário (mais detalhes no próximo capítulo).

Se você não usa o relógio todos os dias e acha aborrecido acertar a hora e a data sempre que coloca o dispositivo no pulso, girar a coroa no sentido horário por cerca de 30 segundos gera energia suficiente para manter a máquina funcionando até o dia seguinte. Esse procedimento evita, inclusive, o ressecamento dos lubrificantes e, consequentemente, eventuais danos às partes móveis quando o relógio voltar a funcionar. 

Pelo fato de o mecanismo ser complexo e formado por diversas componentes, os modelos de corda (manual ou automática) são mais pesados e menos precisos: bons relógios a quartzo variam alguns milésimos de segundo por dia, enquanto nos modelos mecânicos essa variação é de alguns segundos.

Continua...